Love Story escrita por Fofura


Capítulo 28
Moedor de Órgãos


Notas iniciais do capítulo

Hey amorzinhos! Olha eu aqui de novo!
Agradeço à quem está tirando um tempinho pra comentar, isso é muito importante ♥
Que tal um pouquinho de Sandle hoje?



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Mais um caso os chamavam. Este, num Hotel Cassino, um casal havia encontrado um homem inconsciente, mas vivo, num elevador. Gil e Sara chegaram primeiro no local e o corpo já tinha sido retirado de lá. Minutos depois Nick chegou informando o número do quarto onde Bob Fairmont estava hospedado, enquanto isso Catherine estava lá fora estacionando o carro.

Assim que Catherine chegou ao encontro deles, subiram para o quarto e pararam na porta.

— O Sr. Fairmont estava hospedado no Crime Central. - disse Grissom.

— Crime Central? - Nick perguntou confuso.

— Nunca ouviu a expressão? - questionou Sara.

— Se tivesse ouvido, acha que perguntaria?

Sara quase sorriu fazendo um biquinho, adorava mexer com ele.

— Sara, fique aqui comigo. Vocês ficam com o elevador. - Grissom deu as ordens.

Gil e Sara entraram no quarto e Catherine e Nick foram andando. No caminho Nick comentou decepcionado.

— A Sara sabe tanto quanto eu sobre Crime Central.

— Ah, Nick, desista. - abraçou seu ombro. _ Temos uma morte iminente para nos preocupar.

Dentro do quarto, Gil e Sara analisaram o que puderam juntos até Nick se juntar a eles. Isso ocorreu quando estavam prestes a usar a luz ultravioleta.

— Esse quarto vulgar de hotel está cheio de manchas invisíveis a olho nu. - comentou Sara.

— Sim, mas não são todas biológicas. - disse Grissom. _ Há manchas de soda, de comida, de whisky.

— Por mais limpo ou chique que pareça o quarto, eu levo sempre espermicida comigo.

— Parece que está fazendo um comercial de TV.- ele comentou sorrindo e ela retribuiu. _ Nick, apague a luz, por favor.

Nick fez o que Grissom pediu e foram olhando as machas pelo quarto onde a luz iluminava.

Por fim Grissom deixou que eles coletassem tudo, mas antes de sair, chamou a atenção de Sara – mas querendo falar pra Nick e não pra ela, já que ela já sabia do que se tratava – com no mínimo a intenção de criar uma treta leve entre os dois amigos. Gil não era desses, mas talvez fosse divertido.

— E, Sara? O quarto mais perto da escada. Fácil entrada e saída para um intruso. Se a vítima teve uma luta, haveria menos 50% de hipóteses de ter sido ouvida.

Nick já ia falar de sua conclusão, mas Sara foi mais rápida, fazendo Grissom sorrir e sair do quarto:

— Quartos só de um lado... Crime Central.

Nick fez aquela cara de desagrado bem engraçada, e Sara voltou a fazer o que estava fazendo como se não tivesse dito nada demais.

Nick olhou pra ela depois que Grissom saiu e disse:

— Você não vale nada.

Sara se virou pra ele e sorriu.

— Você me ama que eu sei.

— Me provoca que você vai ver o amor que eu sinto por você, chata.

— Óh quem fala!

...

Enquanto isso no laboratório, Catherine foi saber o resultado do “pozinho” branco que achou no elevador. Greg disse a ela que era caspa e antes de Catherine se retirar da sala, ele soltou essa:

— Hey Catherine! Acha que a Sara toparia sair comigo?

— Claro. Desde que não lhe diga que é um encontro.

Disse isso e saiu da sala. Pouco tempo depois descobriram que Bob havia morrido.

Sara estava no laboratório de Greg olhando as fotos da vítima enquanto ele trabalhava. Ele resolveu então convidá-la, mas de um jeitinho diferente.

— Sabe, eu estava pensando... A gente podia tirar uma folga na mesma hora, mais tarde depois do turno... juntos.

— Claro! - ela disse continuando a olhar as fotos.

Greg ficou todo feliz.

— Sério? - sorriu e voltou a fazer o que estava fazendo.

Sara chegou bem perto dele pra poder observar, seu rosto ficou bem perto do dele.

— Sêmen. Nenhuma novidade aí.

Greg ficou meio desconcertado com essa aproximação da morena.

— Bom, sem a amostra de DNA do cara do hotel, esse teste não serve pra nada. - seus olhos focaram um instante nos lábios dela. Sara não reparou e ficou em pé direito novamente.

— Eu estou mais interessada em saber quem é a mulher.

— É como um sutiã, vou precisar de uma referência do DNA pra fazer alguma coisa...- enquanto Greg falava Sara reparou uma coisa nas fotos que segurava. _ E isso só vai acontecer quando...

— O quê que é isso? - ela o interrompeu, mas não perguntando a ele.

— Isso o que? - ele quis saber.

— Listras. - lhe veio um momento de clareza e saiu da sala em seguida deixando Greg confuso.

— Listras?

Sara foi diretamente falar com Grissom, encontrou com ele no corredor.

— Listras brancas e transversais aprecem seis semanas depois dos sintomas de intoxicação.

— Tem uma foto em close? - Sara lhe entregou.

— Elas não são contínuas.

— Lividez cadavérica.

— Ou estrias brancas, envenenamento com metal pesado.

— Não dá pra chegar a essa conclusão com uma fotografia, precisamos do corpo. Vamos lá.

Ao chegarem no necrotério, doutor Robbins já tinha liberado o corpo, mas sabia onde ele estava.

— Se ainda não foi embalsamado, pegamos uma amostra de sangue e fazemos o teste de envenenamento. - disse Gil.

— Legal! Eu dirijo. - obviamente quem disse isso foi Sara indo pra saída, quando notou que ele não a acompanhava perguntou: _ Você não vem?

— Você achou, agora continua. - na cara de Sara estava uma interrogação. _ Vai fundo, leva o Nick.

— Tabom.

Maaaas, ao chegarem lá, o corpo já estavas sendo cremado, o que os impediu de ter qualquer amostra. Mas Sara conseguiu achar selênio nas cinzas de Bob. Mas como ainda tinham os órgãos de Bob que foram retirados a pedido da esposa, ainda podiam achar vestígios do veneno neles. Só precisavam conseguir um.

As principais suspeitas eram a esposa e a secretária.

...

Enquanto andavam pelo corredor, Gil e Sara conversavam sobre o caso.

— E aí, conseguiram alguma coisa? - Gil quis saber.

— O Nick não conseguiu o rim e eu ouvi quatro recusas pelo telefone e um receptor em Illinois: Coração. - sabia que não daria.

— Inútil. O coração não acumula o veneno.

— Por que a gente não resolve isso logo procurando selênio na casa da esposa?

Ele a olhou e assim disse que ela sabe que isso não é possível. Ela entendeu, sempre entende.

— Tá, eu sei como são as leis. Primeiro teremos que conseguir um mandado de busca e depois teremos que...

Ela foi interrompida por Greg que a chamou e foi até ela entusiasmado, mas não tanto já que Gil estava com ela.

— Eu estava te procurando. Ainda está afim de sair? - ele queria marcar logo, estava ansioso.

— Ai. - ela fez cara que esqueceu, pôs a mão na têmpora e manteve por alguns segundos enquanto dizia: _ Desculpa Greg, é um caso difícil. - olhou para Grissom. _ Eu vou ver a garrafa de champanhe com o Nick. - olhou novamente para Greg. _ Como vai indo o DNA?

Gil apenas observava.

— Ah... Ainda estamos procurando uma referência pra fazer a comparação, mas... o epidérmico está indo muito bem. - sorriu.

— Legal! - dito isso ela sai deixando apenas os dois.

— Quer me informar melhor?

Greg entendeu a pergunta, mas sobre o assunto errado.

— Convidei a Sara pra jantar comigo.

“Perguntei sobre o caso, Greg, não de você estar a paquerando e ela nem perceber.”

Gil com certeza deve ter revirado os olhos em pensamento. Mas por que será que ele ficou tão incomodado com o fato de Greg dar em cima dela ou chamá-la pra sair? Qual era o problema disso? Acho que todos nós sabemos.

— Sobre o caso, Greggo.

— Ah, tá.

...

Tempos depois, Sara estava passando pela sala de computadores e enxergou Greg lá.

— Greg? - Sara estranhou ele estar ali.

— Oi! Eu estava imprimindo uma coisa pra você, pro seu caso difícil.

— Da internet?

— É, eu dei uma parada, tinha um tempo, e fiz isso aqui. - entregou a folha pra ela que ficou de boca aberta com a descoberta dele. _ Desculpa, eu não achei nada sobre a esposa.

Sara chegou perto dele, bem perto, pôs a mão seu peito e disse:

— Greg, eu podia mesmo te dar um beijo agora! - seria pouco pra agradecer?

Greg ficou meio envergonhado, e virou o rosto. Ah, como ele queria! Quando virou de novo pra falar “Ah tabom, pode dar”, ela já tinha ido embora.

...

Enquanto Catherine e Sara interrogavam as suspeitas, Gil as chamou. Não tinham como provar a culpa delas, elas estavam “trabalhando” juntas. Catherine foi pro laboratório deixando-os sozinhos do lado de fora da sala de interrogatório.

— Espera aí, mas... Quer dizer que elas vão se mudar pra outro estado, arranjar outro marido, ...?

— Nem sempre depende da gente.

Indignada, Sara não diz nada e saiu em direção ao estacionamento.

Gil pensou por alguns segundos e foi atrás dela.

Sara andava em direção a seu carro quando ele a chamou.

— Sara!

Ela parou em frente ao carro, mas não olhou pra ele.

— Escuta, eu sei que você já sabe disso. - ela o olhou. _ Mas as vezes a ciência não é o suficiente.

— O que estamos fazendo? Cavando túmulos, colhendo digitais... Se não vale no tribunal? - sua expressão estava unicamente, séria. _ Se os assassinos ganham?

— Não é uma competição. A gente não ganha.

Ela desviou o olhar, olhando para o lado, ainda brava enquanto ele falava.

— Os tribunais são como dados, não tem memória. O que funciona numa semana, não funciona na segunda.

Ela voltou a olhá-lo.

— Eu sei disso, eu sei. Eu sei mesmo. Por isso estou furiosa.

Estava tão furiosa que nem sabia como sairia com Greg naquele humor e se desmarcasse iria magoá-lo.

— Mas se você ficar furiosa, aí é que eles ganham.

— Você acabou de dizer...- ela parou e o fitou.

Ele não havia dito que não era uma competição?

Ele deu um sorrisinho de lado.

— É mais um dos seus enigmas, né? - cruzou os braços.

— Enigmas da vida. - virou-se e foi andando.

Ela mantinha o olhar nele.

— Mas óh...- ele se virou pra ela novamente. _ Sabe a parte boa? Os assassinatos não prescrevem nunca.

Ela manteve o olhar fixo nele. Ele sorriu tombando a cabeça de lado – ela amava quando ele fazia isso, era muito fofo – e assim virou-se e foi embora.

Sara andou de braços cruzados até a porta do carro.

Resolveu ligar para Greg. Só ele pra animá-la, mesmo querendo mais que amizade – dava pra notar – mas ela sabia que era fase, até porque seu coração já tinha dono, aquele no qual acabara de falar com ela.

— Oi Sara! - Greg atendeu.

— Oi Greg. Você quer sair agora? Não deu pra solucionar o caso.

— Poxa, que chato. Quero sim, mas você deve estar cansada e abalada, ainda mais por não conseguir prender as moças culpadas.

— Pois é, mas só você pra me animar. - ele sorriu pra ouvir isso. _ Você espera eu tomar um banho?

— Claro. Passo na sua casa em 45 minutos, pode ser?

— Pode, claro. - sorriu. _ Até mais.

— Até.

Sara foi pra casa e em 45 minutos contados Greg já estava a chamando.

Sara colocou uma roupa simples e confortável, mas isso não a impediu de ficar mais bonita do que já é. Estava com uma calça jeans azul escura, uma regata branca e um casaco preto por cima. Prendeu o cabelo num rabo de cavalo também e passou um batom clarinho. Como era só um jantar entre amigos, ela não se produziu muito, mas também não ia sair toda desleixada. Assim que abriu a porta, os olhos de Greg brilharam.

— Você está linda!

— Obrigada. - sorriu. _ Também está bonito.

— Valeu. - sorriu tímido. _ Tudo pronto?

— Tudo, só tenho que pegar meu celular.

(Era uns celulares feios que só a peste, né?)

...

— Ainda está muito abalada, não é? Creio que o banho não ajudou a te tranquilizar. - Greg perguntou quando já estavam acomodados na mesa esperando os pedidos.

— Eu fiquei furiosa, confesso. Mas já passou, você me fez rir à beça no carro. - sorriu abertamente.

Greg sorriu do mesmo jeito. Era incrível como Sara havia despertado nele um sentimento tão forte que ele não sabia explicar, ele havia se encantado por ela. Ele ficava maravilhado cada vez que ela falava com ele e que sorria daquele jeito.

No caminho pro restaurante, Greg ligou o som e pra tentar diverti-la, cantava as músicas de um jeito muito desafinado e até comentava besteiras sobre as letras. Sara se acabava de rir.

— Eu gosto de te fazer rir.

E ela gostava das palhaçadas dele. Ela sentia que a amizade forte que ela sentia quando estava com Nick, também estava presente quando ela estava com Greg. Ela sentia no fundo de seu coração que Greg nunca a deixaria na mão, não sabia como tinha essa certeza, apenas tinha.

— Aquele beijo ainda rola? - ele perguntou piscando fazendo-a gargalhar.

— Rola.

Greg ficou todo alegrinho, mas seu entusiasmo passou assim que ela beijou somente sua bochecha.

— Poxa, já estava esperançoso.

— Na bochecha eu dou quantos você quiser.

— Por enquanto eu aceito. - lhe lançou um sorriso que foi retribuído por ela que também balançou a cabeça. Greg era uma figura!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim ^^
Pra aqueles que estão sentindo falta de uma ceninha GSR, no próximo tem, assim como teremos Hank também ;)
Beijinhos da Sariinha :*