Love Story escrita por Fofura


Capítulo 26
Mergulho Fatal


Notas iniciais do capítulo

Hey amorzinhos!!!
Eis o gesto romântico que causará um probleminha num futuro próximo kkkk
Espero que apreciem :)



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— Oi princesa!

— Tio Grissom!

Lindsey correu até ele e pulou em seu colo aos olhares de Catherine e Lillian Flynn, mãe da ruiva.

— Ai que saudade de você! - disse a colocando no chão.

Gil conhecia a pequena desde bebê, pois Catherine era sua amiga de muitos anos. E Lindsey o adorava e gostava também dos lemas que ele falava.

— Desculpe não trazer seu presente antes, eu não tive tempo.

Lindsey havia feito aniversário duas semanas atrás e Gil só teve tempo de ir lá naquele dia.

— Tudo bem. - ela sorriu e abriu o presente ali mesmo. _ Um tabuleiro de xadrez! - ela gritou.

Os adultos riram.

— Você gostou?

— Gostei! Mas... eu não sei jogar, tio.

— Isso não é problema, tio Grissom te ensina.

— Oba! Tabom.

Gil foi cumprimentar Lilly e sua amiga.

— Obrigada por vir. - a ruiva agradeceu o abraçando. Gil podia ser estranho o quanto fosse, mas continuava sendo seu melhor amigo. O amava.

Passou um bom tempo lá com elas ensinando Lind a jogar. Ele hesitou um pouco em comprar o tabuleiro, pois achava que xadrez era um jogo muito complexo para crianças, mas Lindsey surpreendentemente aprendeu rápido.

— Ele ganhou de mim de novo, mamãe! - Lindsey disse rindo para Catherine que também riu.

— Ele já é craque nesse jogo, filha. Ninguém conseguiu ganhar dele ainda. Mas sabe o que você podia fazer?

— O que? - perguntou curiosa.

— Treinar bastante pra ganhar do tio Grissom um dia.

— Mas vai ter que treinar bastante hein. - Grissom fez cosquinha nela fazendo-a gargalhar. _ Eu não perco facilmente.

Seu celular tocou, ele pediu licença e atendeu.

— Quem era? - Cath perguntou assim que seu amigo finalizou a ligação.

— Era o Jim. Surgiram dois casos. Vamos ter que ir, eu fico com um e você com outro.

— Ok. Eu vou trocar de roupa. - Catherine sumiu corredor adentro.

— Tio Grissom?

— Oi princesa.

— Lema 1. - ela queria ouvir.

— Pó demais a prova pode enferrujar, pó de menos um problema pode gerar.

Ela sorriu. Adorava os lemas dos peritos criminais.

Se despediram de Lindsey e Lilly minutos depois e foram rumo ao laboratório. Gil levou Sara e Warrick com ele, e Catherine levou Nick com ela pro local onde curiosamente um mergulhador estava morto em cima de uma árvore.

...

O apartamento em que Gil, Sara e Warrick foram chamados estava cheio de borrifos de sangue nas paredes e não tinha móveis, estava pra alugar a pouco tempo. Dois visitantes foram dar uma olhada com o síndico e chamaram a polícia assim que viram o sangue.

— Alguém encontrou algum padrão? - perguntou Sara.

— Bom, em linhas gerais o diâmetro médio é d e um milímetro. - respondeu Gil.

— Gotas de sangue desse tamanho são características de impacto em alta velocidade, como um ferimento a bala, mas não tem nenhum sinal de tiro nas paredes. Acho que não foi arma de fogo.

“Ela está se precipitando.”.

— Comece a se inteirar, Sara. Ainda não interprete, tabom?

Ela assentiu. Tinha levado uma bronca básica, mas fofa.

— Muito bem. - disse Warrick assim que terminou de passar o reagente no carpete. _ Hora do show.

— Parece que foram várias vítimas e não só uma, vê se eu estou certa.

“O que foi que eu falei, teimosa?”.

Ah, ela não podia conter, era instinto.

— Olha só esses espaços. - observou Warrick todas as marcas dos moveis no chão. _ Isso é que é evidência!

— Vamos, só temos trinta segundos antes do reagente sumir. - avisou Grissom.

Tiraram várias fotos das marcas e uma marca chamou atenção.

— Parece uma serra elétrica. - disse Warrick.

— Alta velocidade, gotas pequenas. - supôs Grissom.

“Depois fica falando de mim.” - pensou Sara.

Foram falar com o antigo morador do apartamento, Cliff, que confessou ter espirrado o sangue nas paredes com o nariz.

Levaram Cliff pra interrogatório enquanto Sara e Warrick testavam algumas serras elétricas pra ver se batiam com os borrifos. Já Cliff garantiu que espirrou todo aquele sangue com seu nariz, mas Grissom custava a acreditar.

— Vamos fazer um resumo. O senhor não gostava do síndico e resolveu se vingar espirrando sangue do nariz em todas as paredes do apartamento, é isso?

— É.- respondeu Cliff.

— Um dia, uma semana, dois meses... Quanto tempo levou?

— Eu sei lá, talvez um mês.

— Então o senhor levanta de manhã, preparara um cafezinho e diz: "Hoje eu vou espirrar sangue na parede da cozinha.". Sai do chuveiro, pega a toalha e diz: "Noossa! Esse canto é legal pra dar uma borrifadinha!".

(Meu Deus! Uehueheu amo essa parte)

Grissom tinha que ver pra acreditar, então ele fez na frente deles pra provar que não era mentira. Ele alegou que fez aquilo pra se vingar do síndico, pois o apartamento fedia, ninguém recolhia o lixo, faltava água, a privada quebrava, estava cheio de moscas...

Gil foi dizer a história do nariz pra Sara e Warrick.

— Não é conversa mole? Você viu o cara fazendo? - Warrick também não acreditava.

— Mandou ver no espirro. Ambidestro, as duas narinas.

— Que bom! - ironizou Sara. _ Nosso assassino era só um nariz!

Mas a ex-namorada dele ainda estava desaparecida, então Gil pensou que o corpo dela estaria lá, preso em alguma daquelas paredes.

Gil e Sara voltaram ao apartamento.

— O que vamos procurar especificamente?

— A mesma coisa de sempre. Evidências de um crime. Senão precisamos liberar o apartamento.

— Hum.

Entraram e notaram que tinham mais moscas do que antes.

— Quantas moscas tem aqui?

Sara olhou, mas não deu pra contar.

— Umas quinze, chutando.

— Tinha quatro na minha primeira visita.

Sara viu uma mancha na parede e disse:

— Manchas de mosca, regurgitações.

Grissom subiu numa cadeira e tocou na mancha.

— Frescas. A questão é: moscas não se alimentam de sangue seco.

— O apartamento está fechado e elas não nascem do nada.

— Estão se alimentando de sangue fresco. Pode ser apenas um rato, ou lixo podre.

— Ou uma coisa do topo da cadeia alimentar como a Allison Scott.

Grissom desceu da cadeira e ambos olharam o lugar, de costas um pro outro, encostados.

— As moscas se concentram nesse cômodo.

— Elas conseguem atravessar um espaço com um milésimo de centímetro. - Sara viu a grade da ventilação e viu as moscas por lá. _ Aqui atrás, ventilação.

Grissom se virou e ficou atrás dela, bem encostadinho, apontando sua lanterna para a grade e mantendo os olhos fixos nela.

Já Sara não conseguiu se concentrar direito com toda essa aproximação, virou a cabeça pro lado e deu de cara com os lábios dele, desviou rapidamente pra lanterna e voltou a olhar pra grade antes que ele percebesse e questionasse o que ela estava olhando.

Sua vontade era capturar aqueles lábios com os seus e nunca mais parar de beijá-lo. Ainda lembrava muito bem das primeiras vezes.

...

Gil capturou um besouro que achou na grade e colocou dentro de um potinho pra poderem levar pro laboratório e checar seu conteúdo estomacal.

— É um besouro importante?

— Muito importante. Um besouro carnívoro, geralmente se alimenta de carniça humana.

— Tem um cadáver em algum lugar.

O síndico ouvia tudo e ficava incomodado.

— Sr. Evans, pode pedir permissão pro proprietário para quebrarmos as paredes? Nosso mandado não inclui essa parte.

— Depende. Quantas paredes e pra quê?

— Não podemos definir, mas talvez todas elas.

— Todos os cômodos??

— É.

— E a polícia vai pagar pelo conserto?

— Isso não vai dar.

— Mas o senhor pode pedir um reembolso pra prefeitura. - disse Sara.

— Eu nem preciso incomodar o proprietário, ele não vai deixar vocês derrubarem as paredes. - dito isso, ele saiu.

— E agora? - perguntou Sara.

Ele suspirou e deu o pote com o besouro pra ela.

— Manda pelo DNA. Esse besouro é a última esperança, ele pode ser nossa única chance de quebrar essas paredes.

Sara tratou de levar o pequeno inseto ao laboratório de Greg - que estava vazio - e encontrou Warrick nos corredores que ficou interessado no que ela ia fazer com o besouro.

— A gente já sabe que esse besouro se alimenta de sangue humano, então pra quê analisar o que ele tem no trato digestivo?

— Ah, não é isso. Segundo o Grissom, o rei dos insetos, esse besouro carnívoro pode se alimentar de qualquer mamífero em decomposição, então se nós não encontrarmos DNA humano, não conseguiremos o mandado pra derrubar as paredes. - conseguiu retirar o que o besouro tinha no trato digestivo com uma seringa.

— Bom, tomara que ele tenha jantado antes de vir pra cá.

— Cadê o Greg? Tem que processar logo. Olha, quer saber?! Eu estou achando que esse cara tem dois empregos.

Warrick riu.

...

Conseguiram o resultado positivo para DNA humano e pegaram as ferramentas para poderem quebrar as paredes e achar Allison Scott.

Passaram um tempo lá quebrando e não acharam nada.

Em determinado momento enquanto estavam procurando pelo corpo, quem apareceu? Allison, a ex-namorada de Cliff, vivinha da silva.

Se não era Allison que estava morta, então quem era?

Gil e Sara foram até o apartamento do síndico pra olhar lá já que não acharam nada. Grissom quis olhar a ventilação dele e na hora Brass chegou com um mandado de que podia olhar a vontade por causa do desaparecimento da esposa do Sr. Evans. Ele não tinha contado que a esposa havia desaparecido e como Allison estava viva, o corpo naquele lugar só podia ser dela.

— Você pode dizer onde o corpo está onde a gente... derruba o apartamento peça por peça. Pode escolher. - “ameaçou” Grissom.

Quebraram várias paredes e nada encontraram.

— Droga! - Warrick reclamou. _ Será que erramos de apartamento de novo.

— Eu não sei. Não me incomodo de errar, só acho que não errei dessa vez.

Grissom ficou irritado, mas não deixou transparecer. Ele falou para Warrick para começarem pelo piso e foi lá fora, mas Sara o seguiu.

Segundos depois de Grissom ter encostado num murinho olhando seu relógio de pulso, Sara fez o mesmo.

— Tudo bem?

— 95. - respondeu calmamente.

— Como é? - ela não entendeu.

Ele já aumentou um pouco o tom de voz.

— Normalmente meu pulso é 70, quando atinge 95 é porque eu estou furioso. Eu coloquei dez pessoas trabalhando direto nesse caso!

— Está com raiva de você mesmo?

Ele se alterou um pouco mais.

— Não, não, eu não estou com raiva de mim não... Tem um corpo lá dentro e o cara sabe onde está!!

Ela sorriu nervosa.

— E o seu pulso agora?

Ele suspirou.

Ela pareceu hesitar, mas perguntou.

— Você quer... dar uma volta no quarteirão pra tomar um ar?

Ele suspirou e negou.

— Pra se acalmar. - ela insistiu.

Ele forçou um sorriso.

— Eu estou bem.

— Tabom.

Ele abaixou a cabeça olhando pro chão e a cena fofa aconteceu.

Sara tocou o rosto dele e acariciou com o dedão, como se quisesse acalmá-lo com aquilo e dissesse mentalmente que tudo ia acabar bem.

Ele a olhou assustado, foi pego de surpresa. Mas tinha que confessar que estava morrendo de saudades de sentir aquela mão macia em seu rosto. O toque dela era único.

Ela percebeu que ele ficou um tanto assustado com seu gesto, pois ele não esperava, então arrumou uma maneira de dar uma desculpa.

— Sujeira... do reboco.

Gil tentou limpar também muito desconfortável com aquela situação.

Sara sorriu nervosa de novo.

— Melhor lavar. - disse e voltou pra dentro.

Gil ficou surpreso demais, e lhe veio um momento na cabeça que ele tinha esquecido completamente nos últimos meses.

“_ Eu, sinceramente, acho essa regra absurda.                                                        

— E por que?

— Porque se duas pessoas se gostam, elas devem ficar juntas, não acha?”

Se com aquilo Sara quis dizer que gostava dele, e ele muito provavelmente achava isso, o que ele ia fazer? Ela lhe pareceu muito romântica na hora que acariciou seu rosto. Sim, acariciou! Ela não tirou sujeira nenhuma, ele sabia disso. Mesmo assim ele continuava firme na ideia de que aquilo era errado – aquilo de eles se envolverem romanticamente – mesmo sabendo que Sara causava nele coisas que nenhuma mulher havia causado. (Vai ter uma exceção aí logo, logo ¬¬ infelizmente). Mas deixou esse pensamento de lado e logo depois entrou também.

Encontraram a esposa do síndico no porão, dentro de um dos “tambores” de água.

...

Ao fim do turno, Gil e seu amiguinho besouro estavam “lanchando” na sala de descanso quando Sara e Nick apareceram na porta.

— E aí? Quer tomar café da manhã? - Sara convidou.

— Não, obrigado. - ele sorriu.

— Ah, qual é! É bem mais legal quando você vai junto. - insistiu Nick.

— Eu vou tomar café com um amigo meu.

— Você está cuidando dele? - Nick estranhou. _ Mas a Sara disse que vocês já resolveram o caso.

— Ele resolveu. - o corrigiu voltando a alimentar o besouro.

— Tabom.

Nick e Sara sorriram e foram sem ele mesmo.

— Chefe mais estranho que esse a gente nunca vai ter.

— É.- Sara riu concordando.

— Aí Sara! Já se passou um ano, você vai ficar definitivamente com a gente mesmo, né? Tipo, até se aposentar. - sorriu.

— Já se apegou, Nick? - ela provocou.

— Tenho que admitir: sim! - a abraçou pelo ombro enquanto andavam pelo corredor do laboratório, e deu um beijo super estralado em sua bochecha fazendo-a rir.

— Pode ficar tranquilo que nunca mais vai se livrar de mim. Promessa de dedinho. - o abraçou pela cintura.

Ele já havia se tornado seu grande amigo, mas do que Grissom até.

— De dedinho? - ele não entendeu.

— Assim... Me dá seu mindinho. - Nick fez o que ela pediu com a mão livre e Sara juntou seu mindinho com o dele. _ Assim, viu? Promessa de dedinho.

Nick sorriu e apertou o nariz dela fazendo-a sorrir também.

Chegaram no Frank’s, como era de costume, e fizeram seus pedidos.

— Como é que estão os braços? - Nick perguntou sorrindo já imaginando a resposta.

— Doloridos de tanto quebrar parede.

Meia hora se passou e eles conversavam animadamente até que...

— Sara?

— Hank? Oi! - Sara se surpreendeu, mas sorriu abertamente.

— E aí, Hank! - Nick também o cumprimentou.

— Fala Nick! - cumprimentaram-se com uns toques de mão.

Nick resolveu deixá-los sozinhos um pouquinho enquanto ia ao banheiro.

— Sara, eu vou ao banheiro rapidinho, tá? - piscou.

— Tabom, vai lá. - ela sorriu.

Assim que Nick saiu, Sara olhou novamente para Hank.

— Pode chegar perto agora, eu estou cheirando melhor. - ela riu.

Ele também riu e ela adorou ver o sorriso dele. Só não era melhor que um.

— E que por sinal é muito bom. - ele elogiou fazendo ela corar um pouco.

— Valeu!

Hank se sentou na frente dela e resolveu ir direto ao ponto.

— O convite pra jantar ainda está de pé. Você aceita?

— Claro, é só marcar o dia!

— Bom, eu estou de folga amanhã, se puder me liga. - Hank entregou um papel pra ela com seu número nele.

— Ok, ligo sim. - ela sorriu.

— Eu vou nessa! A gente se vê. – levantou, pegou a mão dela e beijou o dorso.

— Tchau. - ela sorriu meio sem jeito com o gesto dele, mas adorou.

Hank sorriu e foi embora.


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Notas finais do capítulo

E entããão, lindezas do meu coração? Como me saí? O que mais gostaram? (Vou fingir que não sei :P) Deixem seus reviewzinhos, amo cada um deles ♥
O próximo teremos a chegada de uma certa dominatrix pra confundir ainda mais os sentimentos de um certo tapado grisalho. Pois é, o próximo capítulo é mais um "Relacionamentos" pra alegrar o dia de vocês uehueheu
Bejinhos da Sariinha e até o próximo :*