Love Story escrita por Fofura
Notas iniciais do capítulo
Heeeey amorzinhos! Vamos à mais um capítulo!
Já que o Grissom teve uma paquera, por que a Sara também não pode ter, não é mesmo?
— Ai, mas que merda! - Sara reclamou pela terceira vez por não conseguir desentupir o vaso sanitário. _ Que meleca!
Parecia que Sara tinha duas miniaturas dela em cada ombro. Uma aconselhando a pedir ajuda e a outra discordando dizendo que ia passar vergonha pedindo pra alguém ajudar na sujeira que ela fez.
— Aff, até parece que ninguém fez isso antes! - reclamou sozinha no banheiro e tentou por mais duas vezes até que conseguiu vencer aquela árdua tarefa. _ Uffa! Até que enfim.
Resolveu lavar o banheiro pra ele voltar a ser cheiroso antes de ir pro laboratório.
— Está foda o negócio aqui. Socorro. - ela dizia nada contente.
Terminou de lavar, tomou um banho, secou tudo, se aprontou e foi pro laboratório.
...
Grissom recebeu um chamado numa escola, um garoto havia sido morto no banheiro por um tiro. Foi até lá com Brass e ligou para Catherine e Warrick o encontrarem lá.
Entrar num colégio sempre o lembrava do tempo que estudava. Aquele garoto nerd, quieto e invisível para todos ao seu redor. Gil era assim, e ele pensava consigo as vezes, que se não fosse tão admirado pelas pessoas, ele seria aquele garoto nerd, quieto e invisível pro resto da vida.
Só havia uma pessoa no mundo que havia o enxergado de verdade, que havia visto além de seus olhos e que havia descoberto que Gil tinha um certo medo da vida social, e essa pessoa fez uma promessa a si mesma, que lhe mostraria a verdadeira essência da vida. Só o que faltava pra isso acontecer era ele querer.
Enquanto os três periciavam a escola, Sara e Nick sobrevoavam num helicóptero de encontro com o corpo nas montanhas que o resgate havia encontrado. Foram avisados que o corpo estava dentro de uma mala.
Desceram do helicóptero por duas cordas. Ao chegarem lá em baixo encontraram com um dos caras, Hank Peddigrew. Um homem alto, loiro e de olhos azuis. Um pitéu.
— Stokes e Sidle, criminalística! - Nick os apresentou gritando por conta do barulho do helicóptero. _ Você abriu a mala?
Sara passou a observar o homem desconhecido. Era bonito!
— Só pra ver a mão toda retorcida. - respondeu Hank. _ Bom, a ossada da mão.
— Alguém mais mexeu nessa mala? - Sara perguntou.
— Com esse cheiro?
— Achei que os caras do resgate fossem durões. - o provocou.
— Hey! Eu sou durão!
— Calma, eu estou brincando! - abriu um grande sorriso.
Nick chegou bem perto dela e soltou essa:
— Está gostando de paquerar perto do morto, é? - riu.
Sara não disse nada, mas de fato estava. Quer dizer, não necessariamente. Só foi um flertezinho.
— Agora a gente vai levar o corpo pro legista, você avisa pelo rádio? - Nick perguntou ao paquera de Sara.
— Claro.
— Espera aí! - disse Sara se abaixando para mexer na mala.
— Já pode fazer isso é? - Hank perguntou confuso.
— O corpo é do legista, a mala é nossa!
O loiro sorriu e dali em diante não tirou os olhos dela.
Nick percebendo o que estava acontecendo apenas balançou a cabeça pensando: “Agora pronto! Sara já arranjou mais um admirador.”.
Depois de saírem das montanhas e voltarem ao laboratório, Nick e Sara foram direto ao necrotério ver o “corpo” que estava dentro da mala.
— Vamos ver que metal aparece. - disse Nick olhando no raio-x*. _ Não tem bala nesse cadáver aí não.
— Você não acha que seria mais fácil abrir a mala e ver em que estado a vítima está? - Sara perguntou a David.
— Prefiro deixar pra última hora nos casos de decomposição. - ele respondeu.
Excelente escolha, eu faria o mesmo e Sara com certeza iria concordar com ele depois que abrissem a mala.
— Eu estou vendo uma moeda. - observou Sara. _ É de 50 centavos?
— É um dólar de prata. Já vi isso antes. - disse David sorrindo.
Deram mais uma olhada e David disse:
— Parece um homem, e pelo barulho morreu há dois meses.
Sara estranhou.
— Barulho?
David sacodiu um pouco a mala e parecia que só o que havia lá dentro era água.
Tudo o que Sara conseguia pensar era: “Ah não, chega de cheiro ruim por hoje!”
— Vocês não estavam lá quando o resgate chegou, não é?
— Mas não foi por falta de vontade. - Nick provocou Sara que o olhou preferindo não dizer nada.
Hank era bonito sim, ela flertou com ele sim, e foda-se.
— Vamos pra sala VIP, eu vou explicar direito. - disse o legista.
Ao chegarem lá, prepararam-se para abrir a mala.
— Lembrem-se: respirem pela boca.
Ou acabariam vomitando, com certeza!
David abriu a mala e o cheiro que subiu foi horrível. Sara quase não aguentou. Aquela com certeza era a pior parte da profissão, ter que lidar com cadáveres em decomposição, e aquele ali, sem dúvida, foi um dos piores que já lidaram na vida.
David tirou o que restou de um braço e de uma cabeça. Tirou o dólar de prata, uma ficha de cassino, e uma jaqueta do exército ensopada de sopa humana. Não tinha mais nenhum órgão, tudo tinha virado...
— Sopa. - Sara disse com muita dificuldade por tentar não respirar pelo nariz.
— Junte as bactérias, os gases e vai dar nisso. - informou Dave.
Sara não via a hora de sair dali então tratou logo de pegar a jaqueta do homem sopa pra ver o que descobria.
Ao saírem da sala soltaram a respiração como se tivessem acabado de sair do fundo do mar.
— Deixa eu adivinhar... Decomposição em recinto fechado. - disse Gil ao tombar com eles no corredor.
— É.- afirmou Nick. _ Dentro da mala.
Com certeza eles ficariam com o cheiro no corpo, então Grissom resolveu dar uma solução para ajudar seus amigos nesse quesito.
— Limão. - nada mais disse e seguiu em direção à saída.
Obviamente eles não entenderam.
— O que? - perguntaram.
Gil então explicou fazendo um gesto com o braço em cima da cabeça.
— Usem limão.
— Ah! - Nick entendeu e rapidamente foi fazer isso.
Já Sara, deu uma última olhada em David lá dentro daquela sala tendo que aguentar o cheiro.
Sorriu. O admirava e sentia-se honrada por ele gostar tanto dela.
Ignorou o fato de que tomar banho com limão tiraria o mau cheiro e foi até uma das salas de evidências para analisar a jaqueta.
Nick a encontrou lá um tempo depois.
— E aí! Como é que está com o homem sopa? - perguntou já fazendo uma careta por conta do cheiro.
Sara falou que achava que tinha identificado a vítima pelo nome que estava escrito na jaqueta. Já Nick discordou dizendo que muitos sem-tetos compravam aquelas jaquetas em bazares então podia ser qualquer um.
Nick tirou alguma coisa do bolso da jaqueta que tinha um cheiro muito, mas muito forte.
— O que é isso?
— Não dá pra enxergar endereço nem telefone.
— Ai como fede! - Sara tentou prender a respiração, mas tarde. O vômito já estava subindo pra boca. _ Um perito em documentos... descobre alguma coisa...- não conseguiu aguentar e vomitou dentro da lata de lixo.
Se recompôs e olhou para Nick rezando pra ele não espalhar o que acabou de ver.
— Não conta pra ninguém!
— Contar o que? - se fez de desentendido.
Nesse momento a porta foi aberta e o lindão apareceu.
— Sara...
— Oi! - disse surpresa.
“O que ele está fazendo aqui?”
— Disseram que eu podia te encontrar...- sentiu o cheiro e fez uma careta. _ ... aqui.
— É. Ãnm...- ela estava meio envergonhada por causa do cheiro que estava lá dentro e resolveu pedir pra ele esperar lá fora. _ Eu já estou saindo.
Sara ficou mega surpresa. Aquilo era sinal de que ele havia gostado dela!
Hank saiu da sala.
— Me dá uma bala!
Que lindo seria se ele não desse. Sara já iria falar com o novo crush com o corpo com cheiro de decomposição, ia ser pior se continuasse com cheiro de vômito na boca.
— Uma só é pouco. - Nick estava adorando aquela situação embaraçosa da amiga.
— Dá logo!
Ele riu e resolveu ajudar um pouquinho, mesmo sabendo que não ia adiantar de nada.
Sara foi pro corredor encontrar o Hank depois de ter chupado toda a bala.
— Nossa, que surpresa!
— Topa sair pra jantar comigo?
“Uaaaaaaau! Claro!”
— Claro! Quando?
— Agora. Eu estou de folga.
“Puta merda!”
— Ah, puxa... Eu ainda estou trabalhando naquele indigente, falta identificar e saber as circunstâncias...
Sara o viu fungar e afirmou já não aguentando mais ficar naquela situação:
— Eu estou fedendo!
“Que vergonha! Já era! Não tenho mais chance nenhuma. Devia ter ouvido o Grissom.”
— Não! Bom... Só um pouquinho.
“Como ele é educado! Um pouquinho?!”
— Eu troquei de roupa, o problema é que a gordura humana reduziu e grudou nos meus folículos e nos meus poros, então...- Sara o viu fungar de novo, parecia que estava passando mal com o cheiro. _ Você não está legal.
— Eu vou tomar um ar fresco. - ele deu um passo pra trás.
— Tabom. - ela deu um passo pra frente.
— Ãhn, então você pode ficar aí, você... tem esse morto pra resolver, então...- ele continuava andando pra trás e ela pra frente, bem devagar. _ ... eu passo aqui uma outra hora.
— Legal... Tabom... Tchau.
Hank desistiu na hora e foi embora. Sara ficou que nem uma boboca no corredor dando tchau sendo que ele já tinha ido. Assim que ele saiu, Greg passou por Sara no corredor e parou assim que sentiu o cheiro.
— Você está com cheiro de morto.
“Só o que me faltava!”
— Eu sei! - respondeu impaciente.
Greg continuou andando, mas resolveu parar e dizer algo pra ela já que percebeu que ela tinha levado um toco.
— Um homem de verdade não ligaria. - dito isso, Greg se virou foi embora.
Sara não deixou de sorrir com aquilo. Greg não perdia uma.
...
Catherine chegou na sala de descanso e Nick e Warrick falavam dela.
— Eu o quê?
— Ah, eu contei pro Nick como você era briguenta no colégio. - Warrick explicou.
— Briguenta? - ela riu. _ Tabom, até acho que era, mas não era do tipo que as pessoas quisessem matar a tiros.
— Não. - eles disseram.
— De jeito nenhum. - Nick acrescentou. _ Você era do tipo que os caras disputavam, que tentavam impressionar.
— Caras como você, né? - ela disse sorrindo.
Nick sorriu tímido e foi se sentar.
— E aí, Nick?! Como você era no colégio? - Cath quis saber.
Aquele caso do colégio despertou o interesse no assunto e bateu saudades daquele tempo.
— Eu? Ah, eu era... eu gente fina. - ele respondeu.
— Gente fina...- Catherine repetiu e Nick assentiu. _ Gente fina atleta? Gente fina doidão? ...
— Não, eu nunca brigava, eu nunca fumava, eu era só um cara gente fina e pronto. - respondeu na maior naturalidade.
— Em outras palavras: era impopular. - disse Warrick tirando sarro e Catherine riu.
— Eu era popular com quem eu queria, tá legal?! E vou contar o que eu não era. Eu não era um filhinho de papai que usava jaquetas de gangue e ficava enchendo o saco das garotas.
Riram.
— O que tem as jaquetas de gangue? Era sucesso naquela época.
— Oi! - Sara chegou na sala e cumprimentou todos. _ Nick, o Ronnie tem notícias boas pro homem sopa.
— Oh! - Nick se levantou pra ir com ela até lá.
Warrick então resolveu perguntar para a morena também
— Hey Sara, como você era no colégio?
— Bem CDF.
Nick parou ao lado dela e a cheirou.
— Trocou de roupa, é? Ainda está cheirando! - sussurrou.
Sara sorriu sem graça para Catherine e Warrick e o seguiu.
Cath então resolveu saber da boca de Warrick como ele era.
— Ah, eu era baixinho, de pé grande, quatro olhos...
— Você? - ela não imaginava.
— É. Os moleques me provocavam, e as meninas não me davam bola.
— Elas nunca repararam nos seus lindos olhos?
— Não. Tiravam sarro dos meus olhos, colocavam apelidos.
— Ah, mas que bobagem! É o que tem de mais bonito.
Catherine podia negar se perguntassem, mas ela sempre sentiu algo muito profundo por seu colega de trabalho e não eram só os olhos que ela achava bonitos, mas sim todo o resto.
— Eu não tinha nada de bonito no colégio. - ele disse.
Mas em compensação agora... Ai Deus!
...
Nick e Sara até que resolveram o caso rapidinho e ao final do turno, Sara resolveu ir tomar um banho carregado de limão pra voltar a ter seu cheirinho suave e gostoso. Tomou banho no laboratório mesmo e ao terminar, foi até a sala de descanso onde todos já haviam ido embora menos Grissom.
— Oi! - ela disse.
— Oi! Está cheirosa.
— Ai, graças a Deus!
— Nick disse que você passou o caso inteiro cheirando a morto. - ele não conseguiu disfarçar o sorriso.
— Aposto que ele contou pro prédio inteiro. - revirou os olhos.
Grissom riu.
— Devia ter feito o que eu disse e não teria passado por isso.
— Se tivesse no mesmo caso que eu, não ia aguentar. A situação estava um tanto crítica. Perfume nenhum ajudou.
— Eu faria o mesmo que o Nick, não ligaria e até te zoaria. Disse aquilo pensando em você, não ia querer ficar cheirando a morto o resto da vida, ia?
— Não mesmo! - riu. _ Está fazendo o que aqui ainda?
— Esperando o Jim, a gente vai tomar um café, quer ir junto?
— Não, obrigada. Vou pra casa, tenho que lavar minhas roupas. - riu.
— Certo. - a acompanhou na risada. _ Se falar com a Rayle diga que eu mandei um abraço.
— Pode deixar.
...
— E aí, amiga? O que aconteceu com você nos últimos dias?
— Só senti cheiro ruim.
— Oi?
— Pra começar eu entupi meu banheiro, demorei pra caramba pra limpar, e ao chegar no laboratório tive que lidar um caso de decomposição e fiquei cheirando a morto até o caso ser resolvido.
Rayle não aguentou e soltou uma baita gargalhada.
— Isso mesmo Rayle! Fica aí rindo da desgraça alheia.
— Desculpa Sara, mas...- tentava se recompor. _ ... eu queria ser uma mosquinha pra ver como as pessoas te olhavam. - soltou mais uma gargalhada.
— Oh Ray, eu vou desligar na sua cara!
— Tabom, tabom, parei!
— E adivinha só, logo no dia em que eu conheci um super gato.
— Mentira!! Arrumou outro paquera?
— E outra, ele se interessou por mim também, até me convidou pra jantar.
— Que babado! Qual o nome dele?
— Nick me disse que é Hank. Ele é muito lindo! Só que como eu estava com aquele cheiro maravilhoso, ele acabou desistindo e disse que me chamaria pra sair outro dia.
Rayle soltou outra gargalhada.
— Você não dá uma dentro hein, Sara!
— Mas se ele me chamar de novo, eu vou aceitar com certeza!
— Mas espera aí, Sara! Está tudo confuso agora. Você não é apaixonada pelo Grissom?
— Você acha que eu também não estou confusa? O Hank é muito lindo e se interessou por mim, tem ideia do que é isso?
— Mas ele é mais bonito que o Grissom?
— Puts! Essa é a questão! Eu não sei. Mas olha...- Sara estava muito empolgada. _ Além de eu ter gostado bastante do Hank, essa proximidade entre a gente – se tiver – vai ser como uma estratégia.
_ Espera aí que eu estou mais perdida que cego em tiroteio agora.
Sara sorriu.
— Seguinte... Se ele lance com o Hank der certo e a gente começar a sair, a ficar e tals... Vai ser bom pra saber se o Grissom sente ou não ciúmes de mim. Isso vai fazer com que eu tenha mais um motivo pra tentar me aproximar dele e sair da friendzone.
— Você vai usar o Hank?
— Não. Acho que eu sou esse tipo de pessoa?
— Pelo jeito que você falou...
— Eu gostei dele de verdade, eu não estou dizendo que eu vou ter algo com ele só pra provocar o Gil, longe disso. Nós podemos virar grandes amigos e o Gil pode sentir ciúmes do mesmo jeito. Eu já percebi que ele ficou um tanto incomodado com a minha aproximação com o Nick.
— Ah, entendi. Você ainda está indo com calma.
— Exato. Ele já confessou que não quer me perder. E pode ter certeza, Ray, se o Grissom sente por mim o que eu sinto por ele, ele vai demonstrar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Tadinha da Sara huashuas
E então galerinha? O que acharam? Deixem seus reviews com suas opiniões.
O que acham que acontecerá entre a Sara e o Hank, fora o que já sabem?
No próximo capítulo teremos 'um gesto romântico' ;)
Abraços de urso :3