Love Story escrita por Fofura


Capítulo 24
Sobrecarga


Notas iniciais do capítulo

Heeeey amorzinhos!
Primeiro capítulo de 2017!!! Como foi a virada de ano de vocês? Espero que tenha sido m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a porque pensa num ano ruim, Jesus!
O dia de postagem era ontem, mas houve um imprevisto, teve que ser hoje uehuehe
Enfim, Boa leitura! ♥



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Mais uma semana chegou e com ela um caso complicado. Gil havia sido informado sobre um acidente numa construção. Um homem havia caído de uma altura bem grande e, obviamente, morreu lá em baixo. Um caso como qualquer outro, mas tinha Gil Grissom ali pra complicar.

O xerife, que não sabe merda nenhuma da vida, havia dito que foi suicídio. Oi? Como tu sabe, queridinho? Ele te contou né? Aham. Grissom tinha certeza que não tinha sido suicídio e nem acidente. Ele tinha um palpite e achou que Valente tinha sido eletrocutado. Mas de acordo com Doutor Robbins não havia nenhum sinal de eletrocussão no corpo. Não satisfeito com a informação, Grissom foi atrás de evidencias para provar sua teoria de que a vítima havia sido eletrocutada passando por cima do legista e do xerife.

O povo do laboratório ficou sabendo e já começou a apostar, pois não perdem uma oportunidade.

Na sala de evidências, Gil e Sara examinavam as ferramentas e coisas de Valente. Em determinado momento Sara suspirou.

Grissom ouviu e quando a olhou ela o fitava.

— Que foi?

— Eu não sei o que eu estou procurando.

— Sinais de carbonização ou derretimento, você já fez isso.

— Eu sei, mas... nós sempre voltamos pro corpo, porque ele conta tudo. E neste caso o corpo diz que não foi crime, mas você não aceita. Por quê?

De vez em quando é bom quebrar as regras. Começar pela conclusão do caso e voltar pro começo.

— Como, por exemplo, quando não concordamos com o legista?!

“Poxa! Achei que ela ficaria do meu lado nessa.”

— Como, por exemplo... em 1800, quando a cirurgia era uma roleta russa e os pacientes morriam na mesa.

Ótimo exemplo!

— Germes!

— Até Lui Paster* descobrir que coisinhas que não víamos, os organismos microscópicos atacavam os pacientes.

— Relevância...? - Sara queria saber onde ele queria chegar com aquilo tudo.

— Os cadáveres contam histórias que aprendemos a interpretar com nossos antepassados. Só porque a gente não enxerga uma coisa, não significa que ela não exista.

“Como, por exemplo, eu ser caidinha por você e você não enxergar isso? Hm!” - ela pensou.

Segundos se passaram e Grissom descobriu algo enquanto Sara olhava a bota da vítima.

— Opa, alguém sabotou a furadeira de Valente.

— A sola de borracha da bota devia ter protegido do choque elétrico. - Sara observou. _ É por isso que os carros são seguros durante a tempestade, os pneus fazem o isolamento.

— A borracha é isolante, mas o metal é condutor. Que tipo de metal fica escondido no meio de uma construção? - ele disse ao ver um prego na bota.

Sara viu e sorriu.

— Um prego!

...

— Oi!

Depois de ficar com Grissom na sala de evidências, Sara foi atrás de Warrick saber o que ele havia descoberto.

— E a digital que o Grissom tirou do alicate?

— Está indo bem. - ele respondeu. _ Estou comparando agora. Ainda bem que a construção tem sindicato, todos os membros estão no banco de dados. Tudo o que eu tive que fazer foi juntar os detalhes das digitais à partir das parciais que achei no alicate.

— Legal!

Warrick suspirou.

— E aí? Acha que o cara fritou antes de cair?

— Eu não sei... Tinha um prego na bota. Pode ter furado a sola protetora, pode ter deixado a eletricidade circular pelo corpo...

— Está todo mundo apostando. Um pra dois que Grissom errou, um pra cinco que ele vai ser suspenso por interromper a obra, e um pra dez ...

— Despedido. - Sara completou. Torcia para isso não acontecer.

O computador apitou indicando que a digital havia sido processada e que já havia identificado o dono dela.

De repente, eles escutam a voz do chefe que estava parado na porta.

— Parece que identificaram!

— Oi Gil! Há quanto tempo está aí? - Warrick imaginou que Gil havia escutado a conversa deles, esperava que não.

— É! Identificamos! - Sara ficou sem graça e deu um sorriso amarelo. Logo tratou de dizer a ele pra esquecer o assunto das apostas. _ Ele é ... um ex sindicalista que virou gerente de projetos no turno da noite.

— Robert Harris. - disse Warrick. _ Te lembra alguém?

— Claro! Ainda mais se apostar contra mim. - deu um sorrisinho discreto e saiu de lá deixando Warrick e Sara mais sem graça do que já estavam.

...

Grissom encontrou com o xerife depois disso e, obviamente, o xerife deu aquela investigação por encerrada, pois Grissom querendo ou não, tinha sido acidente. Gil novamente se recusou a parar a investigação e foi atrás de doutor Robbins pra ver o corpo novamente. Como o corpo já havia sido liberado, Gil apenas viu as anotações de Al, mas isso não significava que depois dali ele não ia procurá-lo pra ver o que queria.

Assim que saiu do necrotério, Gil foi até a sala de descanso e foi com confusão no olhar que viu Sara e Warrick jogando damas em vez de trabalharem. Greg também estava na sala.

— O que estão fazendo?

— Esperando. Tem algum caso novo?

— Um caso novo?

— A gente soube que o xerife interrompeu a investigação. - disse Warrick.

— Mas não fui eu que disse isso.

Imediatamente Sara e Warrick olharam para Greg com expressões nada agradáveis. Ele tinha que ter aberto a boca e deixá-los encrencados né?

Greg tentou “fugir” dali.

— Gente, eu... estou sentindo cheiro de queimado no laboratório. - levantou-se e foi em direção a porta com um origami de papel nas mãos. _ Eu adoraria bater papo, mas...

— Greg! - Gil o chamou e ele se virou com medo da bronca. _ Espero que não sejam palavras cruzadas! - disse ao ver o origami dele.

Greg suspirou e entregou a ele, pois eram sim as palavras cruzadas dele. Virou-se e foi embora.

Gil voltou a olhar seus subordinados.

— E o prego que tiramos da bota do Valente? Você checou? - perguntou a Sara.

— Não, é que...- ele a interrompeu.

— Processem esse prego. Se tiver digitais...- agora foi a vez dela interromper.

— Eu comparo com as digitais do Rob Harris. - levantou-se e foi até ele. _ Mais alguma coisa?

— Sim. O alicate. Eu preciso comprovar ou não se ele foi usado para sabotar a furadeira.

— Tá. - tratou logo de ir fazer o que já era pra ter feito se não fosse Greg.

— Você vem comigo. - Gil disse a Warrick e ambos foram atrás do corpo de Valente para Gil ver as genitais dele. Precisava ver se tinha algo de estranho.

...

Depois de um tempo, Sara encontrou Warrick no corredor. Ele estava com um envelope na mão.

— Warrick!

— Oi!

— Eu tirei uma digital do prego, é só parcial, o laboratório ainda está comparando.

— O que aconteceu com o alicate?

— As serrilhas não batem. Não foi com ele que cortaram o pino. O que você tem no envelope?

— O sangue de Roger Valente. O Grissom pediu pra embalar em plástico, não faço a mínima ideia pra quê. - disse e foi indo ao encontro de Gil na sala de evidências.

— Hey! Quer almoçar? - ela perguntou.

— Depois.

Sara não ia aguentar esperá-lo, pois estava morrendo de fome, então foi comprar um lanche na lanchonete.

Enquanto isso Gil "conectava" o sangue da vítima a uma lâmpada para saber se tinha ferro no sangue capaz de fazê-lo ser eletrocutado. O resultado foi positivo, pois a lâmpada ascendeu.

Mas Grissom precisava de alguma coisa pra eletrocutar. Encontrou Sara no corredor com um saco na mão.

— Hey, isso é da lanchonete?

— É. É um lanche natural, você quer?

— Não, me dá o pepino?

— Claro! - ela tirou de dentro do saco e o entregou. _ Pode comer.

— Ah, maravilha. - Gil pegou e saiu andando.

Sara estranhou ele querer só o pepino e falar daquele jeito. Com certeza ele estava querendo o pepino pra alguma experiência, então não pensou duas vezes e foi atrás dele pra ver o que ele faria, sem largar seu lanche, claro.

— Transformou o pepino numa lâmpada? - Sara perguntou depois de morder mais um pedaço do sanduíche.

— Estou eletrocutando ele.

— Estou vendo. - sorriu. Grissom tinha cada ideia!

— Isso explica o cheiro. - disse Warrick.

— Eu fazia cachorro quente assim na faculdade.

Sara sorriu.

— Estão vendo marcas de queimadura? - Gil perguntou a eles.

— Nenhuma. - respondeu Sara.

— Como no corpo do Valente. - notou Warrick. _ Sem evidência de eletrocussão.

— O pepino tem auto teor de sódio. - disse Gil.

— E o sódio é condutor, o ferro.

— Normalmente o fluxo de eletricidade no corpo gera calor. As queimaduras são as evidências físicas disso. Mas, se o corpo não oferecer resistência a eletricidade, sem calor não há queimadura.

— O corpo do Roger Valente não ofereceu resistência por causa do excesso de ferro.

— O ferro conduziu a eletricidade. - Sara estava entendo tudo perfeitamente agora.

Warrick, então, continuou seu raciocínio.

— O corpo funcionou como um fio condutor a caminho do chão.

— Entrou pela furadeira na mão e saiu pelo prego na bota.

— Sem queimaduras, ainda assim eletrocutado. - concluiu Grissom satisfeito por estar certo desse o início.

— Você acaba de provar um assassinato. - aquela frase de Warrick foi como um parabéns.

Nesse momento Greg entrou e “acabou com a festa”

— Eu ainda não abriria o champanhe pra comemorar. Olha, a culpa não é minha. As digitais do prego. - entregou o papel a Grissom.

— Não são do Harris. - Gil fez cara de decepcionado.

— Eu só acho que você vai ter ir lá falar com xerife. - disse Sara fazendo uma careta.

— O chefinho está encrencado. - disse Greg fazendo Grissom olhar feio pra ele. Greg imediatamente saiu da sala com medo fazendo Sara e Warrick rirem.

Evidente que o xerife ficou puto por Gil manchar a reputação de seu amigo sendo ele inocente, então resolveu fazê-lo se retratar contra a vontade, por passar por cima de suas ordens e acusar o cara errado.

...

Grissom conseguiu achar mais um suspeito, pediu para Brass checar o cara e foi até a sala de Mandy pra ela comparar as digitais do prego com as do cara que com certeza estava no banco de dados. Mas ao chegar lá Mandy não estava e sim Sara.

— Cadê a Mandy?

— Estava cansada com o relatório parcial. Eu não queria perder tempo então assumi. 70.000 no banco de dados, vai demorar um pouquinho.

— E se eu refinar essa busca pra um?

— Tem algum suspeito?

— Yan Wolf com F mudo no final.

Sara digitou, fez a comparação e ele acertou em cheio.

— A parcial combinou perfeitamente. Onde ele entra na cena do crime?

— Isso é com o Warrick. Tem um mandado pra checar as ferramentas dele.

...

Na sala de análises eles faziam as análises finais.

Conseguiram provar que foi Wolf que colocou o prego na bota do Valente, danificou a furadeira e cortou o fio terra com o próprio alicate.

— É muito trabalho pra matar alguém. - relatou Warrick.

— Não para um eletricista. Eu vou procurar o Brass.

Gil ia saindo quando Warrick o chamou.

— Hey Gil! Acho que posso falar por nós dois quando digo: desculpe por te deixar na mão.

— Desistimos antes da hora. - concluiu Sara arrependendo-se disso. Com certeza ele havia ficado chateado não só com ela, mas com Warrick também, por não terem ficado do lado dele.

— É. Pois é.- ele apenas disso isso e foi efetuar a prisão com Jim.

— Ele ficou chateado.

— É. Pois é.- Warrick imitou Grissom fazendo Sara rir.

— Bobo! Acho que temos que pedir desculpas de novo.

— Concordo.

...

No fim do turno Warrick e Sara foram até a sala dele.

— Hey!

— Oi crianças! O que houve?

— Queremos falar com você.

— Olha, se for por causa do caso de eletrocussão, está tudo bem.

— Não está não, Gil. Nosso dever era ter ficado do seu lado mesmo se você estivesse errado.

— E se ele estivesse errado, Sara? - Warrick resolveu perguntar pra ver o que ela diria no improviso.

— Eu, com certeza, iria dizer: Eu não avisei?!

Warrick deu risada, o que fez Grissom rir também. Grissom havia gostado do jeito que Sara o chamou. Todos os seus amigos o chamavam de ‘Gil’, Warrick até o chamava de ‘Griss’ as vezes, mas essa foi a primeira vez que ouviu Sara abreviar seu nome. Foi legal ouvir ‘Gil’ na voz dela.

— Estão desculpados.

— Ah, e mais uma coisa, “chefinho”. - Sara imitou Greg, o que o fez rir novamente.

— O que, moça curiosa?

Ela adorou ouvir aquele apelido de novo.

— Está me devendo um pepino!


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Notas finais do capítulo

E então, lindezas? Vocês gostam desse episódio? O que acharam das cenas acrescentadas nele? Eu não ia escrever, mas algumas leitoras pediram :D
O próximo tem quem chegando? Um certo paramédico que a Vicky estava na curiosidade se ele ia aparecer uehue. Como eu disse a ela na resposta do review, Hank é uma parte importante da história, mesmo que seja uma importância pequena. Ele é essencial para o nosso lindo supervisor abrir os olhos um pouquinho ;)
Espero ansiosamente pelos reviews de vocês e logo, logo tem mais ^^
Abracinhos de urso :3