Love Story escrita por Fofura


Capítulo 19
Durma em Paz


Notas iniciais do capítulo

Hey amorzinhos!
E agora vamos para esse, onde quem se envolve no caso agora é o Sr. Grissom. O caso do pequeno Zac.



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Mais um caso os chamavam e o mesmo era de sequestro. Se já não bastasse alguém ter sido sequestrado, esse alguém era um bebê de quatro meses.

Grissom distribuiu as tarefas a seus subordinados. Sara ficou com o bilhete de resgate, Nick com a garrafa de refrigerante que o pai do bebê tomou depois que chamou a polícia, Warrick ficou com o perímetro e ele e Catherine ficaram na parte de dentro.

Minutos se passaram e em determinado momento, depois de Sara ter checado a impressora da casa pra saber se o bilhete havia sido impresso lá, ela ligou para Grissom.

— Grissom! - ele atendeu.

— O bilhete não saiu da impressora dos Andersons. - disse enquanto andava pelos corredores do laboratório.

— A ligação está ruim.

Sara então resolveu falar um pouco mais alto.

— Os Andersons estão limpos. A carta foi escrita em lugar diferente e depois foi deixada lá.

— Por acaso você está perto da copiadora da balística?

— Quer que eu cheque a balística??

— Não, eu quero que você se afaste dessa máquina. Escuta, cheque todas as impressoras da empresa do Steve Anderson. Peça ajuda para obter o mandado. Identifique todos os funcionários imediatos e principalmente os descontentes. - nesse momento os cães farejadores acharam alguma coisa e Warrick cutucou Grissom.

Sara escutou os latidos pelo telefone.

— São os nossos cães? - não obteve resposta. _ Grissom? Grissom!

Gil, imediatamente, esqueceu que estava falando com Sara e desligou o telefone na cara dela.

Correram atrás dos cães que haviam encontrado o pequeno Zac, infelizmente morto, embrulhado num cobertor branco.

Algo tomou conta de Grissom assim que viu aquele bebê no gramado. Não deixou ninguém tirar fotos e nem tocar no bebê, dizendo que ele mesmo faria tudo, inclusive leva-lo ao necrotério. Pegou Zac e viu Catherine e os Andersons de longe. Uma tristeza imensa lhe invadiu assim que viu a mãe do garoto desesperada gritando pelo filho.

Após sair do necrotério e ver o corpo de Zac, que morreu de asfixia, sufocado, a raiva havia lhe invadido. Agora mais do que nunca ele queria o responsável preso. Ele encontrou Sara no corredor carregando as impressoras para serem avaliadas.

— São da empresa do Anderson?

— São. Tem umas duzentas lá. Eu vou comparar uma a uma com o bilhete de resgate.

Passaria um bom tempo imprimindo folhas.

— A homicídios já tem uma lista dos funcionários descontentes?

— Não, ainda não está pronta.

Ele deu uma ordem levemente alterado.

— Então ligue pra homicídios e diga pra trazer essa lista agora! - deu as costas e continuou andando pelo corredor deixando-a perplexa.

Encontrou Warrick, foi grosso com ele também deixando-o falar sozinho enquanto seguiu para o laboratório de Greg. Foi imensamente rude e explosivo com ele, o que o fez ficar com um pouco de medo. Ninguém nunca tinha visto Gil assim. Foi o que Nick disse à Sara ao ver essa reação do chefe. Sara não pensou duas vezes e foi atrás dele o alcançando no corredor.

— Grissom!!

— O que??- respondeu alterado.

— Outro dia você me disse que nada é pessoal. Nenhuma vítima é especial. - disse calma e preocupada com ele. _ Os outros seguem o que você diz.

Ele tentou não ser grosso com ela e tentou manter a calma, sem êxito.

— Mas os outros não acharam o bebê. Eu achei! E ele está morto porque alguém perdeu a cabeça ou fez bobagem, ou sabe Deus o quê. Então vai me desculpar, mas essa vítima é especial sim!

Ele se virou, pois Catherine chegou para irem à casa da família do bebê.

— Você dirige! - passou por Cath e ela olhou para Sara como se dissesse: fazer o que né?

Cath foi atrás dele e Sara ficou lá preocupada com ele, nunca tinha o visto daquele jeito tão nervoso.

Falaram com os pais de Zac e Warrick recebeu o resultado do DNA que encontraram no quarto do bebê, que bateu com o do filho mais velho do casal. O interrogaram e depois periciaram a casa.

Depois de Grissom ir até Nick para saber o que ele havia descoberto com as garrafas de refrigerante, ele foi checar com Sara o resultado das impressoras.

— E então? - perguntou disfarçando sua admiração já que agora ela havia prendido o cabelo. Adorava quando ela prendia.

— Veja. - ambos passaram a olhar com a grande lupa o papel do resgate.

— As digitais da mãe, digitais do pai, e as de um desconhecido.

— Não é desconhecido. - ele olhou pra ela. _ Eu comparei com as de funcionários da Steve Anderson Computer Company. Descontentes ou não, pertence à Needra Fenway.

— Quem é Needra Fenway?

— Secretária de Steve Anderson.

Ele olhou pra ela tipo: ah, bom. E..?

— Então... Claro que eu chequei a impressora dela. - foram até uma mesa, atrás deles, onde estava a impressora. _ Como você deve saber, toda impressora tem uma assinatura única. - apertou o botão para imprimir, quando o papel saiu ela pegou e ambos olharam para ele. _ Essas manchas verticais da impressora de Needra batem com as do bilhete de resgate.

Ela continuou olhando para o papel e ele a olhou sorrindo. Era a primeira vez que ele sorria desde que pegaram aquele caso.

Parece que ela quase resolveu o caso.

Ah, como a adorava! Queria dar um beijo nela agora, pois ela conseguiu uma informação valiosa.

Ela percebeu seu olhar sobre ela, não conseguiu conter o sorriso fazendo um biquinho discreto e o olhou.

Sorriram um para o outro.

Ela sabia o porquê de ele ter sorrido assim pra ela, mas resolveu perguntar só pra saber o que ele diria.

— O que foi?

— Fica linda com rabo de cavalo!

“Na verdade, fica linda de qualquer jeito.”

Ele lembrou de que ela estava com o cabelo preso assim quando a viu pela primeira vez. Bateu saudade daquele tempo.

— Vou falar para Brass levar Needra Fenway para interrogatório. - em seguida deu um beijo em seu rosto. _ Obrigado. - agradeceu e saiu.

O sorriso de Sara foi de orelha a orelha. Até deixaria o cabelo assim o resto do turno só pelo o que ele disse.

Gil e Jim interrogaram Needra e descobriram que ela não tinha nada a ver com a morte de Zac. Robbie, o caçula da família, havia matado o irmão acidentalmente enquanto brincava com uma luva térmica quando o mais velho, Tyler, estava cuidando dos dois enquanto os pais estavam fora. Quando os Andersons chegaram e viram o que tinha acontecido, forjaram o sequestro para poderem proteger Robbie das acusações que as pessoas fariam, mesmo sabendo que tinha apenas três anos e não sabia das consequências de seus atos. Gwen, a mãe, preferiria ser presa ao deixar que todos soubessem o que o filho fez. Mas Gil e Catherine fizeram de tudo para ajudá-la.

...

No dia seguinte, Grissom pensava consigo em sua sala como havia se comportado naquele caso. O caso de Zac mexeu muito com ele, não podia negar. Até porque percebeu que foi grosso com muita gente enquanto estava quase consumido pela ira, e uma dessas pessoas era Sara, que havia sido tão atenciosa com ele se preocupando daquela forma.

A procurou na sala de descanso, mas só quem se encontrava lá era Warrick, que também havia sido “vítima” de sua grosseria. Pediu desculpas a ele e o mesmo disse que não precisava se desculpar, pois ele estava muito nervoso naquela hora e era compreensível. Grissom insistiu em pedir desculpas, pois sempre havia dito a seus subordinados para não se envolver nos casos para que esse tipo de coisa não acontecesse e foi ele quem acabou se envolvendo e dando “mau exemplo”.

Warrick lhe informou que Sara havia acabado de sair dali então Grissom foi rapidamente ao estacionamento. Viu-a quando estava prestes a entrar em seu carro e a chamou.

Sara imediatamente olhou para trás e sorriu. Esperou que ele fosse até ela.

— Oi! - disse ela. _ Eu esqueci de alguma coisa?

“Do jeito que eu sou desastrada, devo ter esquecido algo”.

— Não, não esqueceu. Eu que gostaria de falar com você. - antes que ela tirasse conclusões precipitadas, ele logo deixou claro: _ Não se preocupe, não fez nada de errado. - sorriu.

— Uffa. - sorriu sem jeito colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

— Eu que fiz.

Ela não entendeu.

— Vim te pedir desculpas.

— Desculpas pelo quê?

— Fui grosso com você.

Sara recordou-se daquela hora no corredor do laboratório e tentou deixá-lo tranquilo.

— Está tudo bem.

— Não, não está. Você tentou me lembrar do que eu vivo falando pra todo mundo e eu me alterei, eu não sou assim.

— Relaxa Grissom. Eu não tentei te lembrar de nada, você sabe muito bem o que fala e o que faz. Eu apenas me preocupo muito com você. E te ver daquele jeito me deixou tensa. Sei que falou daquele jeito comigo sem querer.

Como ela podia ser tão compreensiva? Ela não ficou magoada e nem o julgou pelo modo como agiu. Sem dúvida alguma, os anjos haviam mandado uma amiga e tanto pra ele, e a cada dia ele dava mais valor àquela amizade tão única e intensa.

— Mesmo assim. Me desculpa? Por favor.

— Tudo bem, cara dos insetos, está desculpado. - ele sorriu por ela ainda o chamar assim. _ Mas você não é o único que precisa se desculpar.

Sara se lembrou, que duas semanas atrás, havia feito a mesma coisa com ele.

— Ah não? - ele não entendeu.

— Não. Eu também te devo desculpas pelo modo como agi com você há duas semanas.

Grissom então recordou-se do que se tratava.

— Me envolvi no caso da Pam e você só quis me proteger. Pelo menos você me entende agora, não é?

Seu olhar ao lhe perguntar isso foi tão intenso que ele não soube o porquê de sentir um frio na barriga. Sara causava isso nele as vezes, e ele a todo custo tentava arranjar uma explicação plausível para tal acontecimento, mas sempre sem êxito.

— Entendo sim.

— Me desculpa também? - tombou a cabeça de lado e sorriu.

Grissom se encantou com aquilo e sorriu.

— Está desculpada, moça curiosa.

Sara abriu um lindo sorriso e chegou mais perto dele para lhe dar um abraço, que ele correspondeu com intensidade. Sentir o abraço dela e principalmente o carinho que ela sentia por ele, era uma das coisas mais incríveis e maravilhosas que ele poderia sentir.

— Olha...- ela desfez o abraço. _ Estava indo no Frank’s comer alguma coisa. Quer ir?

— Adoraria. - sorriu. Adoraria ter sua companhia o resto do dia.

— Ótimo. - retribuiu o sorriso.

Ambos entraram no carro de Sara e assim que a morena deu a partida, disse:

— Também tem que pedir desculpas ao Greg.

— Nossa, é mesmo.

— O coitadinho ficou morrendo de medo de você. Foi mais rude com ele do que comigo e Warrick juntos.

— Assim que o turno começar eu o procuro.

— Espero que você não o tenha feito molhar as calças. - não conseguiu evitar e riu.

— Sara! - a repreendeu rindo também.

— É brincadeira.


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Notas finais do capítulo

Quem mais amou o sorriso trocado?
Será que Grissom vai demorar pra perceber o que realmente sente por Sara?
Os comentários estão cada vez mais diminuindo, isso não é motivador :/
Deixem sua opiniões sobre o capítulo e também suas teorias de quando ele vai se tocar do que realmente sente por ela.
O capítulo seguinte teremos Sara e Warrick descobrindo que Grissom sabe falar em linguagem de sinais.
Abraço de urso e até o próximo :3