Love Story escrita por Fofura


Capítulo 161
Relacionamentos XXV - Dúvidas




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Duas semanas se passaram e Sara voltou para Las Vegas para investigar um caso com seus amigos, a morte de dois estudantes do ensino médio envolvidos em corridas de rua ilegais. Assim que concluiu esse caso, foi direto para a casa de Martha, pois recebeu uma ligação da mesma no meio do turno, dizendo que Abby estava de cama com gripe e muita febre, e queria vê-la.

Mesmo que Sara tenha ficado muito preocupada, não podia largar o trabalho para ir vê-la e disse que iria assim que saísse. E foi o que fez, nem passou em casa.

Assim que chegou lá, falou com as crianças que estavam na sala de estar e Martha a levou para o quarto de Abby. Ela dividia com mais três meninas que não estavam lá, ela se encontrava sozinha, deitadinha e enroladinha, com os olhos fechados.

Sara se aproximou morrendo de dó porque era nítido que estava muito mal. Sentou-se na cama com cuidado, bem do lado de seu rosto e acariciou sua cabeça.

Abby, ao sentir esse toque, abriu os olhos lentamente. Estava com o nariz escorrendo e estava evitando ficar de lado. Sara sorriu, ela estava vestida com o moletom que deu a ela de natal.

— Sara…?

— Oi anjinho…- ela sussurrou ainda acariciando sua cabeça. — Ela está pelando.- disse olhando para Martha.

— Pois é, já fiz de tudo pra abaixar e nada.

— Estou com frio…- ela murmurou com a voz manhosa e colocou a mão na boca pra espirrar.

Sara ajeitou o edredom mais junto ao corpo dela pra cobri-la completamente e deixá-la mais quentinha.

— Chá de alho é muito bom, quem sabe ela melhore.

— Chá de alho?- ao ouvir o sabor do chá, Abby fez careta.

— Com limão. É ótimo pra gripe.

— Vou lá fazer, você fica com ela?

— Fico sim.- sorriu.

— Certo, já volto.- Martha beijou a testa da menina e saiu. Demorou alguns minutos e voltou com a xícara quente. — Prontinho.

Sara ajudou Abby a sentar e pegou a xícara da mão de Martha.

— Aqui, meu amor, toma tudo.

Abby aspirou o aroma do chá e seu estômago embrulhou.

— Eca!

Sara riu.

— Vai, prometo que você vai melhorar.

Abby deu um gole e quase cuspiu.

— É muito ruim, é muito ruim! Eu não quero tomar isso.

— É ruim, mas eficaz.- ela não resistiu e riu da careta que ela fez. Acariciou mais uma vez a cabeça dela, do mesmo jeito de antes. — A febre está aumentando. Toma tudo de uma vez pra ser um sofrimento só.

Abby tomou tudo de uma vez como Sara falou, e quase vomitou depois.

— Pronto, pronto, já foi.

Abby voltou a deitar com aquela ânsia de vômito, mas logo passou.

— Agora tenta dormir um pouquinho, tabom?- Abby assentiu. — Vem cá…- a trouxe para seu peito e Abby a abraçou pela cintura.

Martha sorriu e as deixou sozinhas. Com Sara ali, Abby com certeza ia melhorar.

E melhorou, mas só da gripe, não da febre, ela ia e vinha. E começou a ter enjoos também. Como Ecklie já tinha liberado ela aquele mês, Sara resolveu ficar com Abby até ela melhorar, depois voaria pra Paris. A levou ao médico, comprou os remédios que o doutor passou, e a levou para sua casa. Martha tinha outras crianças pra cuidar e quis ajudar com isso levando Abby para sua casa, já que ela estava com atestado médico na escola. Martha não achou má ideia, pois Sara cuidava muito bem dela e a menina adorava ficar com ela, então sempre que Sara se oferecia pra cuidar dela, Martha deixava.

— Sara?

A menina, que estava encolhidinha no sofá do apartamento de Sara e Grissom, chamou a atenção da morena.

— Oi meu amor, quer vomitar?- ela subiu pra sala com um balde nas mãos.

— Não, ainda não.

Sara suspirou aliviada e colocou o balde no chão antes de se sentar ao lado dela.

— O que houve?

— Você vai voltar a morar aqui?

Sara foi pêga de surpresa com aquela pergunta.

— Eu estou tão confusa quanto você. Renovei meu contrato no CSI duas vezes e Ecklie ainda não conseguiu um substituto, e estou começando a achar que não vai rolar.

— Mas você não gosta de ficar aqui?

— Gosto, Vegas já foi minha casa por muito tempo.

— E não é mais?- Abby pareceu triste ao perguntar.

— Não, meu amor. Eu só estou aqui pra ajudar a equipe, não vou ficar pra sempre.

A menina abaixou a cabeça e Sara a abraçou. Por pouco tempo, pois a menina logo gemeu querendo vomitar. Sara pegou o balde rapidamente e segurou os cabelos da menina enquanto a mesma colocava os bofes pra fora.

Abby ficou alguns dias com Sara, quase uma semana, e voltou pra casa renovada. E assim, Sara pôde ir pra casa despreocupada no fim de semana passar o dia dos namorados com Grissom.

Ainda estava nevando em Paris, mas bem pouco, então eles passaram o dia patinando e se divertindo, fizeram até bonecos de neve no quintal.

No inverno não havia muito o que fazer, pois só o que dava vontade era ficar em casa se aquecendo, mas Sara preferia assim. O clima em Vegas é muito quente na grande maioria das vezes, por isso o verão é insuportável.

Era raro Sara estar toda agasalhada em Las Vegas como ficou três semanas depois, ao investigar o caso de um homem em decomposição retirado do lago Mead. Sara até revelou para Ray nesse caso — enquanto falavam de canoas — como ela e Gil passaram a lua de mel. Foi a primeira vez que Langston ouviu que um casal caçou insetos na lua de mel, achou estranho, mas resolveu não comentar.

Esse caso foi menos complicado que o da semana seguinte. O corpo de um menino de 14 anos foi encontrado em um campo e a investigação revelou que a vítima tinha sangue sob as unhas que correspondia a um assassino condenado que estava na prisão por ter assassinado a esposa. Ray acreditava que o preso podia ter tido o sangue plantado na cena do crime para tentar obter a sua liberdade. Um rolo, foi bem estressante e cansativo, principalmente para Sara que investigou o caso antes e estava revivendo ele. Todos sabemos como ela fica em casos assim, mas dessa vez não foi tão ruim, pois o cara já estava preso. A parte boa foi reencontrar seu amigo George que trabalhava no cofre central de provas. Ele até comentou que lembrava do ocorrido.

— Sim, eu lembro de você nesse caso.- disse o senhor calvo de cabelos brancos. — Nossa, quando Rose foi liberado da primeira vez por anulação, isso deve ter deixado você louca.

— Me levou à alguns folhetos sobre Costa Rica.- ela comentou e sorriu ao ouvi-lo dizer:

— Você é esperta em se afastar assim.

Foi a melhor coisa que ela fez, mas estava feliz por estar de volta mesmo assim.

Seguindo o baile, parecia que o caso Jekyll tinha sido esquecido, mas um mês depois lá estavam eles com mais pistas sobre quem poderia ser o tal serial killer. Estavam chegando cada vez mais perto e Ray estava cada vez mais envolvido. Inclusive, Ray foi atacado pelo próprio Jekyll depois de uma perseguição num hospital. Ray levou uma paulada e o encontraram desacordado.

— E ele está bem?- Gil perguntou quando Sara contou o que aconteceu, depois que foi pra casa.

— Está sim, está no hospital se recuperando, a pancada foi forte.

— O pior é que chegaram perto de pegá-lo e ele fugiu.

— Pois é, e ainda roubou o crachá do Ray, isso não é bom.

— Diga pra ele tomar cuidado, Jekyll pode usar o nome dele pra muita coisa ruim.

— Eu sei, vamos tomar cuidado. Da próxima ele não escapa.

Todos acreditavam nisso, mas Jekyll deu uma sumida do radar. Duas semanas se passaram e nada. Aquilo era bom e ruim. Bom porque nenhum corpo foi encontrado com seus métodos, e ruim porque demorariam mais para pegá-lo se ele não desse sinal de vida.

Depois de mais um caso concluído, lá estavam os dois pombinhos conversando por vídeo chamada novamente.

— E como foi esse turno, amor? Trabalhou muito?

— Bastante. Investigamos a morte de um garoto que estudava na escola da Lindsay, ele morreu enquanto ela estava ensaiando pra uma peça. Tinha que ver, Gil, ela está enorme.

— Quase uma adulta, né? Faz tanto tempo que não a vejo que é capaz que eu não a reconheça.

— Pois é, quase uma adulta. Tinha que ver a cara de boba da Cath vendo ela cantar.- sorriu ao lembrar. A ruiva havia lhe convidado para assistir a peça de Lindsay junto com ela. — Lind disse que sente falta de você.

— Também sinto dela. Lembro quando ela era bem pequenininha e brincava com meus óculos.

Sara sorriu. Achava muito fofo como Lind gostava de Gil desde bebêzinha, logo ele que se considerava péssimo com pessoas, sempre tão fechado e recluso em seu próprio mundo.

— E a Abby, falou com ela?

— Falei sim, ela te mandou um beijo. Agora estou indo vê-la todo fim de semana.- sorriu. — Ela disse que as notas melhoraram depois que estudou com a gente.

— Ai que bom!- ele também sorriu. — Ela é muito esperta, aprende rápido.

— E você, cara dos insetos? Quais as novidades?

— Ah, nenhuma. Só que eu tenho falado com a minha mãe.

— Mesmo?- surpreendeu-se, pois fazia tempo que o assunto “Betty” não era discutido. Principalmente depois da cena que ela fez naquela vídeo chamada. — E como ela está?

— Bem, inclusive, ela sempre me pergunta quando vamos nos ver. E eu sempre digo que não sei.

— Ela ainda mora em Santa Mônica, não é?

— Sim, mas ela me disse que quer se mudar pra Las Vegas, por causa da Faculdade Gilbert, lembra dela?

— Lembro, Warrick e eu fomos expulsos de lá pela diretora. Como eu esqueceria?!- brincou e ele riu.

— Minha mãe é uma grande colaboradora da instituição e vai começar a dar aula lá.

— Ah, que legal.

— Eu disse a ela que você está em Vegas ajudando o CSI e que eu iria nas férias aqui da Sorbonne.

Sara ergueu as sobrancelhas com aquela surpresa.

— E quando ia me contar que viria?

— Agora.- ele sorriu. — Vou aproveitar que as duas mulheres da minha vida vão estar no mesmo lugar, para poder apresentá-las finalmente, não é?

Sara abriu um lindo sorriso com o jeito que ele falou, tão fofo!

— Olha, eu confesso que gostaria de conhecê-la o quanto antes, mas... ainda estou com um pé atrás. E tenho certeza que ela também está.

— Vai dar tudo certo, amor. Vocês vão se dar bem.

Sara duvidava disso.


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