Love Story escrita por Fofura


Capítulo 155
Negócios de Família


Notas iniciais do capítulo

E chegamos na décima temporada!
Obrigada Pamella por ter comentado no capítulo anterior ♥



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Eram cinco da tarde e estavam no aeroporto esperando a hora do voo de Sara.

— Me liga quando chegar, tabom?

— Tá. Vou sentir saudades.

— Eu já estou sentindo.- se abraçaram e assim ficaram até o anúncio do voo.

— Volto em alguns dias, tá? Vê se não apronta!

— Me respeita, Sara!

Ela deu risada e colou seus lábios nos dele.

— Te amo.

— Também te amo. Boa viagem!- lhe deu um último beijo e ela partiu.

~ ♥ ~

Las Vegas!

Jamais pensou que voltaria um dia, muito menos para ser CSI novamente. Aquela cidade lhe fez tanto bem e tanto mal ao mesmo tempo. Mas já havia superado as coisas ruins, e ficaria ali apenas por um curto período de tempo.

Ligou para Gil quando chegou, deixou sua mala no apartamento e foi só com a mochila pro laboratório.

Cumprimentou Juddy que ficou contente em vê-la, porém, na sala de descanso as coisas não estavam tão alegres. Catherine e Ecklie estavam discutindo.

Escutou Ecklie dizer que colocou algo na mesa dela e era pra ela ler, não entendeu direito. Ecklie nem a viu, saiu puto da sala, e assim que parou na porta percebeu as caras de surpresos.

— Ah… Oi! Eu cheguei numa hora ruim?- sorriu.

— Sara!!- Catherine e Nick exclamaram correndo para abraçá-la. — O que faz aqui?- perguntou a ruiva ao abraçá-la por último.

— O reforço chegou!- brincou sorrindo.

— Sério? Por isso Ecklie disse que eu ia me dar bem com a pessoa e não ia precisar treiná-la. Era você!

— Falando nele, o quê que rolou aqui?

— Ah, longa história, a gente tem que ir senão ele volta aqui. Já, já eu te deixo a par do caso e de todo o resto.

— Ok, eu vou guardar minhas coisas enquanto isso. Você é o Ray né?- Sara percebeu que ele estava quietinho no canto.

— Sou sim.- sorriu. — E você é a esposa do Dr. Grissom, não é?

— Sou sim.- ela repetiu a frase também sorrindo. — Prazer em conhecê-lo.

— Já estamos enrolando demais.- a chefe reclamou.

Ray então a cumprimentou rapidamente e saiu.

— Muito prazer, estou ansioso para trabalhar com você.

— Obrigada, eu também.

— Te vejo depois, tá?

— Certo.- ela respondeu ao amigo texano.

Catherine foi a seguinte a sair.

— Vamos comer depois do turno?

— Com certeza!

— Legal!

Assim que Catherine saiu com Nick e Ray, Greg chegou na sala surpreso e sorrindo ao ver a amiga ali.

— Sara!!

— Oii!!- o abraçou forte e assim que desfez o abraço ele lhe perguntou a mesma coisa que Catherine.

— Está fazendo o quê por aqui? Já cansou de ser feliz e casada?

— Não! Grissom dá aula como convidado na Sorbonne, e enquanto esperamos fundos pra nossa pesquisa Ecklie ligou e disse que estavam com um a menos, queria que eu indicasse alguém. E sabe… eu amo muito Paris, e o meu francês está muito bom agora.- sorriu. — Mas eu sinto saudades de vocês.

— Nós também sentimos.- ele sorriu.

— E aí? Como é que o mundo tem tratado você?- perguntou num tom divertido.

Ele riu.

— Ah, como o técnico de laboratório com o cabelo esquisito.

Sara riu.

— Então nada mudou em dez anos.

— Pois é. Ainda não me levam a sério. Mas tudo bem.

— Quer me inteirar sobre o caso ou está ocupado?

— Ah, eu estou em outro caso, o de um senhor morto em seu apartamento, havia sinais de luta lá. Mas o da Catherine e do resto do pessoal é a morte de uma atriz famosa, um acidente de carro. O suspeito até o momento é um bêbado que a perseguia, a imprensa está caindo em cima querendo saber o que aconteceu.

— Urg, imprensa! O turno será longo.- suspirou. — Mas estou ansiosa pra voltar à ativa. Sinto falta de solucionar crimes.

— Vai ser ótimo ter você de volta, mesmo que seja por um tempinho.

~ ♥ ~

Sara procurou Catherine e a mesma pediu que a morena checasse as companhias que vendem emissores com fatura do cartão de Tom O’Nell — o advogado do namorado da vítima. Estavam suspeitando dele. Ray tinha certeza de que ele era culpado pela morte de Olívia — a atriz — e que armou para o perseguidor para se safar.

Sara foi falar com Catherine assim que terminou e a ruiva tinha acabado de falar com Ray no corredor. Sara comentou sobre o colega.

— Gosto da atitude dele.

— Faz você se lembrar de si mesma?- a ruiva provocou e Sara riu indo direto ao foco, ambas entrando no locker.

— Eu chequei as companhias que vendem emissores com fatura do cartão de O’Nell e não deu em nada. Ele podia ter seu próprio emissor, antes não eram codificados.

Cath nada disse e abriu seu armário.

— Tá… e agora?- perguntou já que ela nada pronunciou.

A ruiva suspirou mudando de assunto.

— Sara… eu sei que você viu arranca rabo na sala de descanso…

— O quê? Ecklie? Ah, qual é!- sorriu e se aproximou dela. Desde quando Catherine abaixava a cabeça pra ele?

— Não…- Catherine estava péssima com aquela situação e resolveu se abrir com a amiga, sentia falta de alguém com quem falar, não se sentia tão a vontade falando disso com Nick, pois queria passar segurança pra ele da liderança que estava tendo. Sara sempre a ouvia e a entendia, pois era esposa de alguém que também já foi chefe. — Eu acabei de ler a entrevista de saída da Riley. Ela disse umas... coisas bem pesadas sobre a minha liderança. Que a equipe está desunida, que falta… coesão... por minha causa, por causa... do meu estilo de gerenciar.- Sara escutava com atenção e sentia muito pela amiga, por ela estar passando por tudo aquilo. Era uma grande responsabilidade e um grande peso. — Eu não sei, eu…- ela se sentou ainda de frente pro armário. — Eu admito que as coisas ficaram diferentes desde que Grissom saiu.

— Olha…Sabe quando um grande time de beisebol perde o melhor rebatedor? De repente, todo mundo quer dar grandes tacadas e ninguém quer fazer o básico.

Catherine ergueu as sobrancelhas.

— Está usando uma analogia de beisebol.- estranhou.

— Ér… Aparentemente, parte do casamento é compartilhar os interesses do cônjuge.

Catherine deu risada.

— Ok, esse é um lado estranho seu.

— Eu sei.- também sorriu, mas depois voltou a falar sério. — Mas você ainda tem ótimos jogadores, e talentos novos! Talvez… só tenha que reordenar sua escalação.

— Traduz, por favor.

— Você é uma ótima CSI, Catherine! E você sabe como gerenciar a equipe.- Catherine balançou a cabeça como se agradecesse o elogio, mas sem acreditar no que estava ouvindo. Focou seu olhar no armário enquanto Sara falava. — A única coisa que Grissom tinha que você não tem…- fez uma breve pausa e prosseguiu. — É você.

A supervisora a olhou surpresa com o que Sara disse. Quando Gil era chefe, Catherine era o braço direito dele, aliás, o direito e o esquerdo praticamente, era o apoio dele, a parceira, estava sempre ali para ajudá-lo e dar suporte. Os dois juntos na liderança eram imbatíveis, mas quando ele saiu, ela ficou sozinha nisso.

O sorriso que a ruiva abriu fez Sara perceber que a tinha ajudado de alguma forma, que a fez se sentir melhor e não ligar pra comentário maldoso, pois ela era boa como supervisora sim e dava seu melhor todo dia.

— Obrigada!

— Estou aqui pra isso.- a morena respondeu.

Catherine se levantou e foi abraçá-la.

— Ai como senti falta de você.

Sara sorriu.

~ ♥ ~

Pouco tempo se passou e aquele laboratório virou uma loucura. Um grupo de homens vestidos de terno preto e óculos escuros, armados, invadiram o laboratório para roubarem um corpo do necrotério. Foi uma bagunça, os vidros foram quebrados, tiros foram disparados por todo canto, dois técnicos foram atingidos, Ray deu um chutão em um deles, assim como Robbins, Catherine quase levou um tiro, Hodges tentou salvar Wendy a abraçando, Greg tentou salvar Henry o protegendo também, Nick e Sara trocaram tiros do lado de fora com os caras que conseguiram levar o corpo embora. Uma loucura!! Ah, e a aranha de Nick fugiu também. Sim, Nick tinha uma aranha. Além de estudar entomologia, o texano também arrumou um bichinho de estimação igual o de Grissom. A aranha fugiu pois um dos tiros pegou na caixa de vidro que ela estava guardada.

Mas os caras não levaram o corpo da atriz, e sim do velho, a vítima do caso de Greg. Não demoraram muito para achá-lo, porém tinham triturado ele, estava só os pedaços.

Nick e Sara ficaram responsáveis por separar os pedaços. Estavam ambos no necrotério com aquele fedor empesteando o ambiente, e ambos fungavam o tempo todo tentando não vomitar com aquele cheiro. Ambos se olharam e caíram na risada.

Foram interrompidos por Ray que chegou na sala com Catherine procurando por um objeto de metal, e Nick entregou o que achou. Era a abotoadura de Tom O’Nell. Aquela era a evidência que precisavam para prendê-lo. Foi pelo assassinato de Olívia? Não, mas pelo menos ele foi julgado por alguma coisa. Sabiam que tinha sido ele, só não poderiam provar.

Ray estava furioso.

— O curioso é que a morte do senhor foi provavelmente um acidente.- comentou Sara ao assistir o noticiário ao lado dele.

— Mas a de Olívia foi premeditada.- ele respondeu. — Me irrita não o termos prendido por isso.

— Mas quer saber, nós sabemos o que ele fez, e ele também. Ele pode passar os próximos vinte anos da vida sonhando com o crime perfeito. Pense nisso como… prender o Al Capone por sonegar imposto.

Enquanto isso, lá estava Nick pegando sua aranha de volta usando um grilo como isca. Greg ficou surpreso.

— Como sabia que ela estaria com fome?

— Isso não importa, elas seguem grilos, não importa o que aconteça. Acho que o barulho incomoda elas.- o texano a colocou numa cuba de vidro e a observou. Percebeu algo diferente na aranha e sorriu. — Essa não é minha aranha.

Greg o olhou com as sobrancelhas erguidas.

— É sério?

— Sério.- ele respondeu.

— Esse aí é…- Greg ficou ainda mais chocado com a descoberta. —… o pequeno Steve?! Ele estava desaparecido há anos! Eu vou contar pra Sara pra ela poder contar pro…

—… Marido.- eles disseram juntos e riram. Ainda não conseguiam acreditar que Grissom e Sara eram um casal, marido e mulher, ainda por cima.

Catherine chamou Nick naquele mesmo momento para promovê-lo. Agora ele era o assistente da supervisora. Quando Sara soube ficou super feliz. Ele merecia muito!

E como prometido, no fim do turno eles se reuniram para irem até o Frank’s comer.

— Vou ligar pro Gil pra avisar que já finalizamos o caso, quem sabe ele converse um pouco com a gente lá.

— Liga sim, vai ser ótimo.- disse a ruiva sorrindo ao caminho do estacionamento.

— Aproveita e conta do Steve.- disse Nick.

— Ele ficou muito triste quando Steve sumiu, vai ficar feliz em saber que foi encontrado vivo.- sorriu ao lembrar dele procurando a aranha pelo laboratório.

— Só o Grissom mesmo pra ter uma aranha de estimação!- expressou Greg.

— E o Nick que quis seguir os passos dele!- comentou Sara que ficou surpresa quando descobriu isso.

— Doido!- a ruiva fez todos rirem com esse comentário.

Entraram no carro e seguiram caminho à lanchonete. Enquanto isso, Sara ligava para o marido.

Oi honey!

— Oi amor!- todos no carro sorriram pelo modo como Sara o chamou. — Como você está?

Estou bem, e você? Muito trabalho?

— Estou bem também. Os casos foram fechados com louvor. Mas foi uma loucura, invadiram o laboratório. Os caras estavam armados, vestidos de terno e óculos escuros, parecia máfia mesmo, sabe?!

— Meu Deus, sério?

— Sim, tudo isso pra roubar um corpo. Dois técnicos foram feridos, Nick e eu trocamos tiros com os caras, foi tenso.

— Você se machucou?

—  Não, estou bem.- sorriu ao notar a preocupação dele consigo. — Não tive um arranhão, não se preocupe.- ouvindo isso, a equipe também sorriu.

— O que estão fazendo agora?

— Estamos à caminho do Frank’s.

—  Voltando aos velhos tempos, não é?- sorriu. — Queria estar aí com vocês também.

—  Ah, adivinha só quem Nick e Greg encontraram!

— Quem?

— Sua aranha!

— Acharam o Steve???

Sara riu com a reação dele e confirmou.

— Nick perdeu a dele, e quando usou um grilo de isca pra ela voltar, quem voltou foi o Steve.

— Não acredito nisso!- Gil estava só felicidade, adorava aquela aranha. Quando você vier, traz ele pra casa, Sara.

— Está doido? Não vou andar com uma aranha na mala!

Todos caíram na risada dentro do carro e Gil escutou.

Coloca no viva-voz, amor.— Sara fez o que ele pediu e o ex supervisor falou com sua ex turma. — Oi crianças!

— Oi Gil!!!

— Aí Grissom, vou te dar uma ideia agora. Por que você não solta todas as suas baratas em casa qualquer dia e filma a reação da Sara?

— Greg está querendo é levar um tapa no meio da fuça!

Sara fez todos rirem de novo.

— É uma boa ideia, Greg!- Grissom provocou.

— Mais um tapa anotado!

Riram novamente.

Assim que chegaram, trataram de conversar enquanto a comida não vinha. Grissom continuava na linha.

— Eu adorei trabalhar com vocês de novo!

— Não imaginou que fosse sentir tanta falta, não é?

— Não. Mas foi bom eu me afastar um pouco, voltei renovada!

— Foi bom mesmo, a gente percebe a mudança em você, maninha.- Nick sorriu. — Toda aquela rotina estava acabando com você, ainda mais depois do seu sequestro.

— É verdade.- disse Grissom. — Foi bom ela passar um tempo longe.

— Mas não vou exagerar, Gil deve estar morrendo de saudade de mim.

— Que convencida!

Riram.

— Mas fala a verdade, Gil.- começou a ruiva. — É difícil ficar longe da Sara, não é? Eu lembro de quando ela foi embora e como você ficou aqui sem ela. Dava até dó.

— Catherine para, ela vai ficar se achando mais ainda.

— Hey!

Grissom riu, mas depois concordou

— Não vou mentir, sempre sinto falta dela.

— Awn.- expressou a ruiva. No começo achou estranho, mas eles eram fofos demais juntos. Ficava feliz por Grissom ter encontrado sua alma gêmea e mais feliz ainda por ela ser Sara, que era uma mulher tão incrível.

— Grissom, você tinha que ver. O caso me fez voltar anos atrás lá em 2001 quando Sara e eu conhecemos o Hank.

— Nick, não me lembra desse traste não.

Todos riram.

— Quem é Hank?- perguntou Ray que até o momento estava quieto.

— Ex da Sara.

— Ah, entendi porque o Grissom não gosta dele.

Riram do comentário de Ray.

— Não é isso, dr. Langston, é que o cara realmente era um canalha, usou a Sara como se ela não fosse nada.- Sara assentia ouvindo o que Gil falava, concordando que era verdade. — Só de pensar que eu já vi ela aos beijos com ele me dá até ânsia.

— Você já viu??? Quando??- Sara ficou chocada com aquela revelação, ele nunca havia lhe contado isso, e se contou ela não lembrava.

— Um pouco antes de vocês terminarem, estavam saindo de uma sorveteria. Eu tinha ido buscar o Hank no Pet e passei em frente.

— Chocada que você não me contou isso.

— O pior é que eu já tinha sonhado com essa cena antes, na verdade, não foi um sonho, foi um pesadelo né.— Gil fez todos rirem. — Mas o que fez você lembrar desse tempo, Nick?

— O corpo que foi roubado foi triturado e, Sara e eu que ficamos responsáveis por mexer nos restos pra separar tudo.

— O cheiro devia estar uma beleza!- ironizou o então professor.

— Horrível! Isso me fez lembrar de quando investigamos o homem sopa e Sara ficou fedendo por uns dois dias.

Gargalharam.

— Lembrou de usar o limão dessa vez, Sara?- provocou mais uma vez.

— Eu não precisei, bobão!


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