Love Story escrita por Fofura


Capítulo 153
Fim das Férias de Verão




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O dia seguinte também era especial, o aniversário de Nick. Às dez e cinquenta e quatro da manhã, o texano recebia uma mensagem de voz de Grissom, e uns dez minutos depois uma mensagem de texto enorme de Sara. O mesmo estava enfrentando um caso difícil e ficou muito abalado no final. Ray disse que ele até chorou por ter se apegado tanto com a vítima, bem do jeito que Sara se envolvia. Ao fim do caso, quando estava mais tranquilo, ele aceitou a chamada de vídeo do casal e conversou com eles. Abby dormia no momento.

~ ♥ ~

Era o final de agosto, uma sexta feira de manhã, e eles resolveram dar uma passadinha na feira de Paris para conhecer e aproveitar pra comprar alguma frutas.

Estavam lá de boa comprando laranjas quando um homem abordou Sara, assim que a mesma olhou pro lado o reconheceu imediatamente.

— Stwart?

Para recordarmos, Stwart era o filhinho de papai que vivia atrás de Sara em São Francisco, e também, o mesmo cara que Grissom botou pra correr dizendo ser o namorado de Sara na época.

— Nossa! Você não mudou nada, continua um espetáculo de mulher!

Sara revirou os olhos e Grissom também, recordando-se do sujeito.

— Obrigada.- a contra gosto ela agradeceu. — O que faz aqui?- quase que ela completa com um “achei que tinha parado de me perseguir”, mas ficou quieta, pois viu que ele estava com duas crianças, um casal, ambos loiros iguais a ele.

— Passeando com os filhotes. Tenho dois mais velhos também, estão em NY com a mãe.

— Ah, que legal.- ela não tinha interesse nenhum em saber da vida dele, tinha era dó das mães das crianças, porque com certeza não era uma só.

— Vejo que também construiu uma família.- ele comentou ao dar-se conta da presença de Grissom e de Abby que segurava a coleira de Hank.

— Pois é.- quem respondeu foi Grissom e Sara quis rir disso.

— Você é aquele cara de São Francisco?

— O que te botou pra correr? Sim, sou eu.

Sara se segurou muito, mas muuuito, pra não gargalhar. Abby franziu o cenho e também quis rir, mas segurou, pois viu que Sara também segurava.

Stwart fingiu não se abalar com aquela resposta.

— Nossa! Vocês estão juntos desde aquela época? Que bacana!

“Quem dera”, ambos pensaram, mas assentiram, pois ele não precisava saber que antes fora tudo encenação para que ele ficasse com medo de Grissom e deixasse Sara em paz.

— Sim, estamos.

— Podíamos tomar um café juntos e…

— Não!- ambos o interromperam, mas não de um jeito grosso, e sim engraçado. Como se fosse um “nããão, pelo amor de Deus, não”. — É que, já temos que voltar pra casa, muita coisa pra arrumar.

— Ah, entendi. Bom, se cuidem.

Despediram-se dele e Sara comentou ao irem se distanciando da barraca de laranjas:

— Parece que ele mudou. Não está insistente e chato como antes.

— As pessoas evoluem.- por incrível que parece foi Abby quem disse isso.

— É verdade, pequena.- Sara a abraçou pelo ombro e lhe deu um beijo no topo da cabeça.

— Pra mim ainda pareceu chato.

Sara riu.

— Ciumento!

— Olha, eu vou confessar que adorei colocá-lo pra correr aquele dia.- sorriu. — Me senti o máximo dizendo que era seu namorado e era pra ele nunca mais chegar perto de você.

— Eu também adorei.

— Você fez isso mesmo? Mesmo não sendo namorado dela?- a menina ficou curiosa.

— Fiz.- Grissom riu satisfeito. — E faria de novo. É que dessa vez não precisou.

Passearam mais um pouco pela feira, compraram mais algumas coisas e voltaram pra casa. Abby foi pro quarto enquanto Gil e Sara faziam o almoço.

Do nada Sara começou a rir.

— Que foi, doida?- Gil perguntou ao olhar pra ela sem entender, porém sorrindo.

— Estou lembrando de hoje mais cedo. “O que te botou pra correr? Sim, sou eu”.- gargalhou. — Eu juro por Deus que quase gargalhei assim, Griss.

Ele balançou a cabeça admirado com aquele momento, amava ouvir o riso dela, e melhor ainda, vê-la sorrindo.

— Só falei verdades.

Sara se acalmou e continuou preparando a salada. Gil a abraçou pela cintura.

— Fica ainda mais linda quando sorri, sabia?

—  É?- se virou pra ele e chegou mais perto de sua boca. — E você fica lindo de qualquer jeito.

—  Até quando acordo todo despenteado ou quando chego do trabalho com olheiras de cansaço?- riu.

— Até assim! - riu também. — Vem, vamos almoçar. Abby!- gritou para que ela ouvisse. — O almoço está pronto.

Comeram no maior bate papo como sempre faziam, depois os três arrumaram a cozinha e foram para a sala.

— Sara, eu posso ir brincar com o Hank no quintal?

— Claro, vão lá.

Os dois saíram correndo e Sara deitou no sofá, o chamou pra deitar-se com ela enquanto ouviam as risadas de Abby e latidos de Hank do lado de fora. Ele deitou ao lado dela com a cabeça em seu peito e ficou a olhando como se nada mais no mundo importasse, como se para sobreviver, precisasse somente se perder em seu olhar.

— Que foi?- perguntou carinhosamente e acariciou seus cabelos grisalhos.

— Me perco nesses seus olhos castanhos.

— E eu nesses seus lindos olhos azuis.

Ele sorriu e a beijou.

— Tem ideia do quanto eu te amo?

— Um montão assim?- ela abriu os braços, ou pelo menos tentou, pois estavam deitados no sofá.

— Linda!!- começou a dar vários beijinhos em seu rosto e em seu pescoço fazendo-a rir, pois adorava fazer isso.

Ficaram deitados no sofá juntinhos até Abby e Hank cansarem da brincadeira.

~ ♥ ~

Enfim, chegou setembro!

Era bom e ruim ao mesmo tempo para Abby.

Bom porque havia chegado o mês de seu aniversário e estava ansiosa para finalmente passar essa data com Sara, e também com Gil e Hank.

E ruim porque teria que ir embora e sua vida voltaria a ser o que era. Sentia falta de Martha e das crianças que moravam com ela, mas se voltasse demoraria demais para ver Sara de novo, e não queria isso. Foi tão perfeito esses meses que passou morando com ela, queria poder ficar ali pra sempre.

Estava sentada na grama do quintal dos fundos — quer dizer… só tem esse né ‘-’ — lendo um livro que Sara lhe deu, na verdade, tentando ler, mas seus pensamentos estavam em outro lugar. Em Las Vegas. Não queria voltar pra lá, tinha gostado de Paris, de viver ali com seus amigos, praticamente tutores.

Estava tão pensativa que nem viu Sara se aproximar.

— Oi.

Se assustou, mas disfarçou.

— Oi.- disfarçou apenas o susto, não quis disfarçar a tristeza. Para Sara ela não precisava mentir.

— O que foi?

— Amanhã é meu aniversário.

— Eu sei, e isso é o máximo! Por que está triste com isso?

— Não é com isso que eu estou triste.- abaixou a cabeça.

— É por que vai embora, não é?- a viu assentir com a cabeça e fungar querendo chorar. — Oh meu amor… você vai voltar, eu prometo, tá?- Sara a amparou nos braços como muitas vezes já fez, e depois, para que ela parasse de chorar, começou a fazer cócegas. Abby riu e tentou se soltar.

— O que estão fazendo?- Grissom perguntou ao sair pro quintal junto com Hank e pulou em cima delas querendo participar da brincadeira.

— Eu estou tentando fazê-la parar de chorar.

— Já parei, já parei!- ela dizia aos risos misturados com os latidos de Hank.

Grissom sorriu.

— Ela está triste porque vai embora?- Sara disse que sim ainda fazendo cosquinhas nela. — Mas não precisa, você vai voltar mais vezes.

— Foi o que eu disse.- parou de fazê-la rir a fez olhar pra ela. — Olha, vai ser o melhor aniversário que você já teve.

E de fato foi.

Fizeram ela brincar o dia todo pra ficar cansada e acordar tarde pra poderem preparar a surpresa. Quando Abby acordou, viu um urso de pelúcia enorme segurando um cartão de aniversário. Quando saiu, a casa estava decorada com balões de coração e na cozinha uma mesa de café da manhã maravilhosa decorada com flores, pois Abby amava flores. E mais balões, mas estes formando um 10.

— Bom diaaa!- eles disseram.

Abby levou as mãozinhas até a boca e tentou segurar a emoção. Ninguém nunca fez aquilo pra ela, e se fez, foi quando era bem pequenininha, então não lembrava, pois além de fazer um tempo, ela tinha levado um tiro na cabeça, por isso não lembraria nem se quisesse.

— Feliz aniversário, meu amor!- Sara se aproximou para abraçá-la e com isso Abby não conseguiu segurar, chorou mesmo dizendo “obrigada” com a vozinha embargada. — Oh meu Deus…- Sara a pegou no colo, com um pouquinho de dificuldade, e a levou pra perto da mesa.

Gil também a pegou no colo e lhe deu um beijinho na bochecha também desejando feliz aniversário.

— Gostou da surpresa?- Gil perguntou secando as lágrimas dela. Abby assentiu. — O bolo você que vai fazer do jeitinho que quiser. A gente ajuda você, tabom?

— Tabom.- sorriu. — Pode ser de morango?

— Claro!- sorriram.

Abby não só fez o próprio bolo, como passou o dia no parque de diversões que Gil e Sara foram aquele dia. Também ganhou algumas roupas, pois Sara a levou no shopping e a presenteou com isso, Gil lhe deu um tabuleiro de xadrez pra ela continuar treinando e propôs uma jogada na próxima vez que eles se encontrassem para ela vencê-lo.

E no fim do dia, era hora de ir embora. O voo estava marcado para quase meia noite. Abby dormiu no colo de Sara enquanto esperavam na sala de embarque e só acordou na hora de entrar, quando entrou dormiu de novo.

Sara a deixou em casa, Martha já esperava por ela do lado de fora. Despediram-se com um abraço longo e bateu aquele drama em Abby que começou a chorar querendo que Sara não fosse embora.

— Eu prometo que não vou demorar tanto pra vir te ver de novo, tabom? Nunca mais vou demorar daquele jeito.

— Tá.- ela acreditou. E de fato Sara não demoraria.

Enfim, as aulas voltaram, Gil voltou a trabalhar e tudo voltou a velha rotina de antes.

~ ♥ ~

Grissom chegou em casa por volta das cinco da tarde, jogou o casaco e a pasta no sofá e se dirigiu ao quarto em busca de sua esposa. Ele adorou como a encontrou.

Sara estava deitada na cama meio de lado com os braços na altura da cabeça, uma perna reta e a outra dobrada no colchão, os cabelos soltos espalhados no travesseiro e a expressão serena. Ah, como sua abelhinha era linda! Ela era uma tentação! E ele era completamente louco por ela.

Como a tarde estava quente, assim que Sara terminou de tomar banho, ela apenas colocou uma blusa de alça fina cinza - sem sutiã como costumava dormir - e não colocou nada na parte inferior, somente a calcinha. Ela se sentia mais confortável dormindo assim. Mas tinha um tempinho que havia acordado, estava apenas de olhos fechados. Só os abriu quando sentiu a presença dele no quarto. O viu parado, encostado na porta sorrindo de lado pra ela.

— Oi amor! Chegou tarde. - ela levou um dos braços mais pra cima no travesseiro levando um pouco de seu cabelo junto, levantou a perna ainda dobrada e depois deslizou devagar deixando-a quase reta como a outra.

Ela não sabia, mas apenas esse gesto atiçou o desejo de Gil. Ela foi sexy sem querer ser.

— Reunião de professores depois das aulas. Demorou uma eternidade. - ele explicou e foi chegando perto da cama devagar como se examinasse a área.

— Deve estar cansado.

— Estou.

— Vem cá?

Ela nem precisava chamar!

Mas antes de deitar-se com ela, Grissom tinha que fazer uma coisa.

“Tem mais no que te mostro

Não escondo o quanto gosto de você

O coração dispara, tropeça, quase para

Me encaixo no teu cheiro

E ali me deixo inteiro” — Tiago Iorc

Chegou ao pé da cama e acariciou um dos pés de sua amada antes de cobri-lo de beijos. Fez a mesma coisa com o outro.

Sara apenas observava com um sorriso meigo o carinho e cuidado que seu marido tinha com ela. Ele a tratava como uma princesa e cuidava dela como se ela fosse a mais delicada joia.

Os beijos foram subindo para seus tornozelos e não tardou para que chegassem às longas e macias pernas da morena. Enquanto ele beijava uma, acariciava a outra. Ao terminar de beijar suas coxas, Gil chegou à parte mais sensível do corpo dela. Ele resolveu não fazer muitos carinhos em sua intimidade, pois ela poderia ficar muito excitada e isso com certeza o excitaria mais ainda. Ele apenas queria beijá-la e amá-la daquele jeito, beijando seu corpo, sua boca, seu rosto... Satisfazendo seu desejo em beijos, pois isso não se consegue apenas com o sexo. Eles não precisavam fazer amor pra saciarem suas vontades de terem um ao outro.

Sara estava adorando aqueles carinhos. Gil foi subindo até seu quadril, depois beijou toda sua barriga quando levantou o tecido macio que a cobria, e em seguida seus seios por cima da blusa. Beijou seu colo, seus ombros e a olhou nos olhos. Sara lhe deu um sorriso singelo e acariciou seu rosto barbudo. Gil pegou sua mão e beijou-lhe a palma, seguida dos dedos, dorso, pulso e toda a extensão do braço esquerdo. Fez a mesma coisa com o direito e ela sorria de lado a todo momento.

Seu pescoço foi onde demorou mais. Beijou e até mordiscou algumas vezes arrancando gemidos baixos dela, coisa que ele adorava ouvir.

Sara mantinha os olhos fechados e suspirava o tempo todo. Gil era maravilhoso e sabia muito bem como satisfazê-la.

Grissom subiu seus beijos para as bochechas, têmporas, testa, a ponta do nariz, queixo e finalmente os lábios, que foram saboreados com gentileza e calma. Gil sentiu o gosto de cada cantinho daquela boca que conhecia tão bem. Como amava beijá-la! Um dos maiores prazeres de sua vida.

Assim que o beijo foi ficando mais intenso e suas línguas já se enroscavam, Sara enlaçou as pernas na cintura dele e puxou sua nuca aprofundando mais o beijo. Gil apertou a cintura dela contra seu corpo com uma das mãos e com a outra acariciou a coxa dela.

Tiveram que separar seus lábios, pois precisavam de ar.

Assim que abriram os olhos e o mar fitou o mel, sorriram abertamente e deram um beijo de esquimó.

— Sou louco por você, sabia?- ela sorriu e bicou seus lábios. — Esse sorriso, esse beijo, esse corpo, esse cheiro...- aspirou o perfume dela e soltou um suspiro. — Ai meu pai!

Sara riu.

— Ah Griss! Eu não sou tão maravilhosa assim. Isso não é exagero seu?

— Claro que não é exagero! Você é uma tentação, Sara.- ele a olhou de cima a baixo e mordeu o lábio inferior.

Sara se sentiu lisonjeada. Não achava que causaria tanto desejo em um homem como causava em Grissom. Ela, de fato, o deixava maluco com seu jeito, sua beleza e sensualidade. Não podia deixar de ficar feliz com isso.

— Se existe mulher mais apaixonada no mundo, essa mulher sou eu!- rolou na cama ficando por cima dele. — Eu te amo.

— Eu te amo.- ele repetiu sorrindo e a beijou mais uma vez.


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