Love Story escrita por Fofura


Capítulo 15
Sexo, Mentiras e Larvas


Notas iniciais do capítulo

Hey amorzinhos!
Aqui está o episódio que todos nós GSR's amamos ♥
Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704963/chapter/15

Mais um caso juntos! Eles foram chamados para o meio das montanhas.

Chegaram, falaram com Brass e foram ver um corpo que estava cheio de insetos.

— Ai. Eu odeio abelhas.

Mas vai passar a gostar depois, Sara. u.u

— Isso são vespas. Estão ocupadas demais se divertindo.

— Eu nunca me acostumo com essa parte, sabe?! Esses insetos voando. - fez uma careta.

— Estão cumprindo o plano de Deus. Os reciclam de volta à terra. Oh guarda! - chamou. _ Me dá um pouco de café quente, por favor? - o guarda lhe entregou. _ Obrigado. - ele pegou uma vespa, pôs dentro de um potinho de evidência e derramou o café lá dentro. Sara olhou pra ele e ao ver sua cara de interrogação, ele explicou. _ Pra conservar.

Ela assentiu.

Depois ele foi pegando as larvas, nomeando-as.

— Jon, Paul, George, e Ringo!

— Beatles!? Ha! Sem fluido alcalino na terra então... não foi morta aqui. Quem a jogou aqui estava com pressa. Nem quis enterrá-la. O que você acha?

— Você ainda tem aquela carne desidratada que você vive mastigando?

— Consegue comer?? - fez careta de novo.

— Eu quero manter esses carinhas vivos, são as primeiras testemunhas do crime.

Voltaram ao laboratório e Sara foi direto pra sala de descanso, Gil ainda tinha que ir buscar os casos da noite.

Estavam todos na sala de descanso e Gil chegou minutos depois pra distribuir os casos.

— Oi. Desculpem o atraso.

— Ah, como vai o corpo com insetos? - perguntou Catherine.

Ele olhou para Sara e perguntou:

— Como já sabem disso?

— Hey! Não olha pra mim.

— Nós tivemos um palpite e checamos com a homicídios. Você estava atrasado! - explicou Nick.

— O que tem pra nós? - Cath perguntou.

Gil deu o caso de Catherine e Warrick, eles deram tchau e saíram.

— Quer ajuda no homicídio?

— Não, a Sara vai trabalhar comigo.

Sara fez uma "arma" com as mãos e apontou pra Nick como se atirasse, piscando em seguida.

— Você tem uma pessoa desaparecida, Sharon Applegate*. O marido avisou a polícia que ela pegou o carro e foi para Los Angeles, mas ela não chegou lá. Horas atrás a polícia encontrou o carro numa rodoviária e pediu nossa ajuda.

— Ela pegou um ônibus. Caso resolvido. - sorriu.

Sara deu risada.

Gil sorriu e disse:

— Tomara que esteja certo, mas até ser localizada, o carro é o local do crime.

Nick pegou o papel e quando ia saindo jogou a fruta que segurava para Sara que pegou.

Gil fez um sinal com a mão para que eles fossem trabalhar. Primeiro eles foram pra autópsia e lá descobriram que a mulher que acharam nas montanhas tinha muitas fraturas faciais, típico de mulher agredida. Aquilo mexeu tanto com Sara que ela, mais do que nunca, queria achar o culpado. Depois foram pra sala do Gil onde Sara fez umas perguntas e logo depois foram falar com o marido da vítima que Jim já havia encontrado.

Claro que o cara negou que havia matado a esposa. E quando Sara perguntou da arma dele, o cínico ainda perguntou a Gil e Jim: “Vocês tem trabalho com ela?”, fazendo Sara ficar com mais nojo ainda dele.

...

Foram direto pra casa dos Shelton para investigar, já que ele facilitou deixando-os irem sem mandado.

Sara olhou em volta, deu uma olhada nos quadros e viu que não tinha nenhum da vítima.

— Não tem muito espaço para Kaye.

— Ela é tímida. - Scott explicou.

Sara não se convenceu muito. Com certeza ele controlava a esposa.

— Faz muito frio aqui no inverno? - Gil perguntou ao achar uma fibra de cobertor no sofá.

— As vezes. Por quê?

Gil pegou a fibra com a pinça.

— Por isso precisa de cobertor no sofá. Um verde, aposto.

Encontraram Kaye em um cobertor verde.

Scott olhou pra ele surpreso.

Opa!

Jim olhou a arma de Scott.

— Sua arma parece ter sido limpa há pouco.

— É. Eu a limpei antes de viajar. Também recolhi o lixo. Sou culpado de alguma coisa? - sorriu cinicamente.

— Aqui não faltam balas. - Jim pegou a caixa de balas. _ Mas aqui sim.

— Fui atirar no campo de provas, no mês passado. Vou lá com colegas de trabalho.

“Esse cara tem resposta pra tudo.” - pensou Jim.

— Vamos pegar emprestadas algumas balas.

Ele viu que não tinha alternativa e levantou as mãos um pouco como se desse autorização sem vontade.

Gil procurou Sara e a viu indo para um corredor. Foi até ela.

Ela estava agachada pegando uma fibra no canto da parede.

Scott e Jim foram até eles.

— Essa porta leva ao seu quarto? - Sara perguntou.

— À um carro. Dirijo vários carros de teste, são da concessionária. - dissr se exibindo. Grande bosta.

Ela cheirou o local.

— Grissom, sente o cheiro?

— Você lavou roupa hoje aqui? - brincou com Scott e voltou a olhar para Sara.

— Novidades pra você Scott, alvejante não faz o sangue desaparecer, só não dá pra ver a olho nu.

Ela esguichou luminol em todos os lugares do corredor até chegar no sangue na parede direita.

Todos olham pra Scott querendo que ele de explique.

— Não tenho ideia de como foi parar aí.

Sara se alterou.

— Mas ele parou aqui! - se levantou e foi em direção a ele dizendo e lhe apontando o dedo. _ Quando você atirou na cabeça da sua esposa, depois enrolou ela num cobertor e jogou nas montanhas!

Ele deu um tapa violento na mão dela dizendo:

— Não me aponte o dedo, vadia!

Ela o empurrou e Gil a segurou.

— Encosta a mão em mim que você vai ver! - gritou.

Ah se ele encostasse. Ia pagar muito caro! Onde já se viu bater em mulher?

— Sara! - Gil a segurava tentando não machucá-la. _ Brass, tira esse cara daqui.

Enquanto Brass o tirava dali a força e dizia:

— Segura ela. Você disse que ela dá trabalho!

Sara ouviu.

— E você nem imagina o quanto!

Gil a segurou pelos braços.

— Hey, hey. - ele fez ela olhar pra ele. _ O que há com você?

Ela o respondeu ainda alterada, mas nem tanto.

— Eu sou uma mulher, eu tenho uma arma e olha só como ele me tratou! Dá pra imaginar como ele tratava a mulher dele?!!- ao terminar de dizer essas palavras, saiu dali pra tomar um ar e se acalmar.

Saiu do apartamento e sentou-se na calçada.

Gil pegou todas as evidências do apartamento e saiu de lá com Brass. Colocou as evidências no porta malas e foi até ela sentando-se ao seu lado.

— Tudo bem?

Ela assentiu sem dizer nada.

— Certeza?

— O lugar dele é na cadeia! - respondeu sem olhá-lo. _ Ele mente na cara de pau!

— E ele vai. - pegou sua mão. _ Mas você precisa se acalmar.

Ela não disse nada.

— Hey... Olha pra mim?

Ela o olhou.

— Promete que não vai mais perder o controle?

Ela o fitou por alguns segundos, admirando seus traços e por fim respondeu.

— Tá.

Jim assistia a cena de dentro do carro, mas não pensou nada demais. Só percebeu que Gil sentia um enorme carinho por ela.

— Muito bem. - levantou-se e lhe estendeu a mão para ela fazer o mesmo. _ Vamos embora?

Ela segurou sua mão para levantar. Entraram no carro e partiram para o laboratório.

...

Sara foi até Grissom dizer o que tinha conseguido com as evidências. Ele disse a ela o que conseguiu com seus insetos, que Kaye estava morta há 3 dias e não 5, e depois foram falar com Scott e a advogada dele na sala do interrogatório, o que fez com que Scott fosse liberado pelo álibi de 3 dias. Sara ficou mega decepcionada.

...

Um tempo depois, pela manhã, Grissom foi até a sala de descanso e encontrou Sara lá com a cabeça apoiada na mesa, dormindo, e a chaleira ligada no fogo fazendo aquele barulho irritante.

Ele foi até lá, tirou a chaleira do fogo e a chamou.

— Sara. - ele não teve resposta. _ Sara?

Ela levantou a cabeça e o olhou com um sorriso.

— Você está bem?

— Estou, claro.

Ele viu que ela estava com uma carinha de sono.

— Dormiu aqui?

— Eu trabalhei até às 4h. Verifiquei cada carro que o Scott dirigiu, e nada.

Ele ainda a olhava. Tão esforçada! Ele tinha certeza que ela não desistiria de pôr Scott na cadeia.

...

Ficaram um tempo sem fazer nada, pois não tinha o que fazer. Sara estava mal por causa de Kaye e resolveu ir falar com Grissom.

O supervisor estava em sua sala lendo um livro, anotando algo dele, e comendo alguma coisa quando Sara foi até lá e parou na porta.

— Oi. - sorriu. _ Eu preciso falar com você um pouquinho.

— Diga. - sorriu de lado.

— Sabe quando você diz... que somos a última voz da vítima? - ele assentiu e ela continuou. _ Acho que deveríamos... falar por Kaye Shelton.

— Não fazemos a evidência caber na teoria.

Ah é? Mas ele não é sempre afetado como ela.

— E se... você ouvisse os gritos da vítima? No carro, no supermercado...

— Você tem empatia por ela, Sara. Quer que alguém pague pelo que fez, isso é normal.

Ela pensou em hesitar, mas perguntou.

— Quer dormir comigo?

Ele paralisou.

Oi?

Parou de comer, tirou os óculos e fitou os olhos dela não acreditando no que ela perguntou, mas até ficou pensando como seria dormir com ela. Tratou logo de afastar esses pensamentos, não era certo.

— Disse o que eu pensei ter ouvido?

Ela ignorou.

— Aí quando eu acordar soando sob o cobertor ouvindo os gritos dela, poderá me dizer que não é nada, é só empatia.

Ele ficou sem reação, e como ele não disse nada ela saiu de lá.

Ele então se deu conta logo depois que ela saiu que não havia considerado o cobertor na hora da morte, na regressão linear, então pegou um porco morto e foi fazer uma experiência do lado de fora, fazendo o que Sara disse. “Acampou” do lado do porco tirando fotos dos insetos que iam até ele.

Sara soube por Brass onde ele estava e foi até lá com sua maleta e uma bolsa.

Assim que ele a viu, sorriu, pegou um caixote de madeira, virou-o ao contrário e colocou ao seu lado para ela se sentar. Ela sentou, tirou uma garrafa de café da bolsa e entregou a ele sorrindo.

Ele sorriu de volta.

Ela tirou um cobertor de dentro da bolsa, sacudiu para que "abrisse" e passou por suas costas o cobrindo, o que também o fez sorrir. Depois disso ela apoiou a mão nas costas dele e sorrindo docemente disse:

— Obrigada.

Ele nada disse, apenas desviou o olhar dela, sorrindo. Apenas aquele gesto tão atencioso fez com que o coração de Gil batesse forte.

Ela se cobriu também, e ele lhe deu uma xícara de café.

...

Depois daquela linda noite "romântica" ao lado do porco coberto de insetos, eles conseguiram descobrir que a vítima estava morta há 5 dias e não 3, então foram falar com o xerife na sala de Grissom acompanhados de Brass.

Poderia ter terminado por aí, mas o xerife, achando que a prova dos insetos não era o suficiente para a prisão do suspeito, pediu que eles continuassem a investigação em busca de uma prova mais concreta.

Gil foi fazer o que o xerife queria, foi para o necrotério. Sara, ao saber disso, foi até ele que esperava o corpo na porta.

— Soube que ia entrar numa autópsia. - parou em frente a ele. _ Como você pôde passar pra outro caso? Estão rindo de nós, você sabe disso. - ele a olhava curioso. Ela realmente achou que ele ia abandonar este caso? _ Acham que estamos abandonando nossas descobertas.

David passa e diz:

— O corpo logo estará aqui, Sr. Grissom.

— Obrigado. - olhou de volta pra ela.

Ela olhou pra ele esperando ele dizer algo.

Ele resolveu “mudar de assunto” e lhe contou uma história.

— Sabe, houve uma morte recentemente numa aldeia do outro lado do mundo e todos os homens dessa aldeia negaram ter participação nela, a garganta da vítima foi cortada com uma pá. Então um sujeito, talvez você possa até chamá-lo de cientista idiota, ele mandou todos os homens irem com suas pás ao centro da aldeia e segurá-las com o cabo para baixo. E esperou. E finalmente, as moscas apareceram em uma pá específica.

Ela logo soube onde ele queria chegar. Ela sabia que história era aquela.

— Procuravam partes microscópicas de sangue e pele.

— “Primeiras testemunhas do crime.”.

— O investigador pegou o assassino e ...- ele sorriu e ela completou.

— A ciência forense nasceu. Sung T’su, 1.235 d.C. Acha 800 anos recentemente?

— Para um astrônomo, sim. Mas depois as pessoas esqueceram a ciência forense, não foi? E só em 1.600 foi relembrada por Francesco Redi.

— E em 1.800 por Bergeret d’Arbois.

— Cada civilização aprende o que precisa e a próxima que se vire. O xerife... Bom, não é nada pessoal.

Ela continuou o olhando, mas depois desviou o olhar.

— Somos parte de um ciclo.

— Tirando as impressões digitais há 70 anos, e hoje é lei.

— Mas alguém fez força para isso. E você fica aí dizendo: "Tudo tem o seu tempo"?!

— Está confusa, não é?

— Estou!

— Esse é o melhor lugar pra um cientista se confundir.

Ela suavizou a expressão.

— Meu corpo chegou. - disse ao ver a maca se aproximando e quando chegou perto dele, ele levantou o lençol pra mostrar a ela quem era. E quando ela viu, sorriu dizendo:

— Kaye Shelton. - e olhou pra ele.

Ele sorriu por vê-la sorrindo.

— Vamos lá?

Ela confirmou com o sorriso ainda em seu rosto. E assim, entraram.

Já olhando Kaye, Sara pergunta segurando uma máscara no nariz:

— Deu banho nela né?

— É limpeza de rotina. - respondeu Albert.

— Doutor, o que é essa marca azul aqui?

— Como a gente não viu na autópsia? - Sara perguntou.

— Estava sob uma camada de sangue, mas o azul não sai de jeito nenhum.

Gil olhou para Sara.

— Não disse que a munição do suspeito ia ser avaliada?

Ela tinha esquecido.

— É.- sai correndo pra ir ver o que deu.

Pegou o arquivo e ... “Chumbo, Cobre, Zinco, Teflon.”

— Teflon? - se perguntou.

...

E lá estava ela sorrindo ao saber o que tinha descoberto da bala de Scott.

Gil chegou na hora.

— Sara?! E aí?

Ela se levantou pra ele sentar e olhar o microscópio.

— Fios de cabelo da nossa garota da montanha. O azul em volta do ferimento é o impacto da bala. É feita de Teflon. Veja o próximo espécime. - ele olhou. _ A bala é do suprimento do Scott pra teste de tiro, viu? O Teflon se desintegra em pó azul na hora do impacto.

Ele levantou a cabeça do microscópio e olhou pra ela sorrindo. Ela resolveu o caso.

— Trabalhou muito bem.

Ela deu aquele sorriso lindo sem mostrar os dentes.

— Mas mesmo assim é prova circunstancial e está longe da condenação.

— Mas podemos enterrá-la sobre as provas. Você mesmo vive dizendo que é melhor uma prova do que dez testemunhas oculares.

— Quê que é? Você grava tudo o que eu digo? - perguntou com tom de surpresa.

Ela balançou a cabeça como se dissesse: Ééérr, bais ou benos, bais ou benos.

— Vai ter que dar uma aula pro júri.

— Sobre balas? É mais fácil do que insetos. - ele arqueou as sobrancelhas. _ Menos nativo. - brincou sorrindo.

Ele sorriu piscando pra ela.

Prenderam Scott por homicídio, e Brass sempre sarcástico, disse na hora de prendê-lo:

— Sabe, faz três dias que eu espero por isso. Ah não, são cinco dias.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Deixem seus reviews, por favorzinho ^^
Abraços da Sariinha e até o próximo :3