Love Story escrita por Fofura


Capítulo 136
O Lugar Feliz


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Como vocês estão depois do capítulo passado? Tudo bem? Tudo certo?
Então sinto lhes informar que esse também é triste, perdão v( ‘.’ )v
Boa leitura :')



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Sara acordou por volta das seis e meia da manhã e assim que seus olhos se acostumaram com a claridade do quarto, ela tateou o lado de Grissom na cama. Estava vazio. Sentou-se e espreguiçou-se, em seguida se levantou e caminhou pela casa procurando por ele.

O encontrou na sala sentado no sofá, ele assistia o jornal da manhã.

— Hey…

— Oi.- sorriu e estendeu a mão pra ela.

— Saiu da cama cedo.- disse segurando a mão dele e sentando ao seu lado.

— É, não consegui dormir… não quis te acordar.

Sara sorriu e lhe deu um beijo suave.

— Senti sua falta…

— Eu também senti.- ela disse acariciando a barba dele.

— Quanto tempo vai ficar?

— Alguns dias.

— Alguns dias…- ele repetiu com tristeza. Ela não estava pronta pra voltar pra Vegas ainda.

— Você me entende?

— Entendo sim.- deu mais um beijo nela. — Tudo bem.

Sara o abraçou e ele correspondeu, apertando-a ainda mais em seus braços.

O celular de Grissom tocou e ele suspirou.

— Ah não, trabalho não.- bufou desfazendo o abraço. — Não estou com ânimo pra trabalhar.

— Acho que ninguém está.- acariciou o cabelo dele enquanto ele atendia.

Após finalizar a ligação, Grissom suspirou.

— Era o Ecklie. Quer que alguém vá pra lá ajudar o diurno num caso.

— Você vai?

— Não. Vou ligar pro Greg e pedir pra ele ir. Passei os últimos meses enfurnado no laboratório, não vou ir fora do meu horário tendo você aqui.

Ela deu um sorriso fraco, sentou no colo de dele e acariciou seu cabelo enquanto ele fazia a ligação para Greg. Sentiu tanta falta de admirá-lo assim, ficar pertinho dele, beijar ele...

Greg aceitou numa boa ir ajudar, assim mantinha sua mente ocupada.

Quando Gil desligou, abraçou mais a cintura dela.

— Me promete uma coisa?- pediu ele.

— O que?

— Promete que dessa vez não vai ir sem se despedir?

— Prometo.- sorriu.

Grissom também sorriu de lado e Sara lhe deu um beijo, lentamente, matando a saudade dos últimos meses.

Passaram o dia assim, matando a saudade dos dias comuns que eles tinham quando ainda era segredo o relacionamento. Namoraram, trocaram carinhos, cozinharam, assistiram tv,  cochilaram no sofá, brincaram com Hank, jogaram xadrez, fizeram palavras cruzadas… as mesmas coisas que faziam quando tinham uma vida normal e sem preocupações…

Quando já estava anoitecendo, eles tomaram um banho juntos e deitaram na cama, cada um em seu respectivo lado. Ficaram quietinhos, só curtindo o calor e a presença do outro, perdidos em pensamentos.

O celular de Grissom tocou na mesinha de cabeceira. Ele se inclinou e ao olhar o visor, ignorou, voltando a deitar-se ao lado de Sara. A trouxe mais pra perto e beijou sua testa. O celular tocou mais uma vez e ele ignorou.

— É do trabalho?

— É.

Ficaram em silêncio e o celular não tocou mais por alguns minutos. Mas logo ele estava fazendo barulho de novo.

Sara levantou um pouco com o cotovelo no colchão e com isso apoiando seu peso no braço.

— Do laboratório de novo… Quer atender?

— Não.- respondeu simplesmente.

Sara abaixou o olhar e pegou a mão dele, começou a fazer carinho nela enquanto conversavam.

— Talvez seja melhor viajar…- ela comentou sem olhá-lo, olhava para suas mãos unidas.

— Eu não posso.- sabia que não seria possível, não naquela situação. — Temos pouca gente.- Gil suspirou e a olhou. — Por que você não fica?

Sara balançou a cabeça, triste. Ele sabia porquê.

— Eu não posso ficar aqui…- respondeu ainda sem olhá-lo e quando fez isso, ele não olhava mais pra ela. Estava sério/triste olhando pro teto. Sara voltou a deitar ao lado dele, porém ainda mais perto. Deitou em seu peito e o abraçou pela cintura. — Seria bom fazer uma viagem… eu não sei… Viajar no Sea Shepherd, ir até Galápagos... poderíamos, literalmente, seguir os passos de Darwin.

Grissom nada disse. Queria muito viajar com ela, tirar um tempo de folga e espairecer na companhia dela, casar com ela, viver com ela, mas…

Sara moveu o braço que estava abraçando a cintura dele, e apoiou em seu peito, e com isso ela acariciou o mesmo. Gil pousou a mão direita sobre a dela e fez um leve carinho, pra cima e pra baixo, repetidamente. Sara se aconchegou mais ao peito dele mexendo a cabeça como um gatinho esfrega a própria em seu dono, gostava de fazer isso.

O celular de Grissom tocou de novo e ele bufou. Sara levantou a cabeça para olhá-lo.

— Acho melhor atender.

Gil suspirou e esticou o braço para atender a ligação.

— Grissom… Desculpe, estava ocupado… Onde?... Certo, logo estarei aí… Até logo.- desligou e suspirou mais uma vez.

— Um corpo?

— É, uma mulher num beco. Eu preciso ir.

Sara se soltou dele e se sentou. Ele fez o mesmo e virou-se pra ela.

— Vai estar aqui quando eu voltar?

Sara sorriu de lado.

— Vou.

Grissom sorriu do mesmo jeito e segurando o rosto dela, lhe deu um beijo.

— Até mais tarde.

— Até. Bom trabalho.

Sara ficou em casa com Hank por um tempinho, até que recebeu uma ligação de Greg sobre um caso importante que ela teria interesse em ajudar, porque foi um dos primeiros casos que mexeram com ela. O perito sabia que Sara ia querer ser avisada, mesmo não estando mais naquele trabalho.

— Eu preservei a cena.- disse Greg ao ver Sara chegar na porta do quarto no hospital.

Sara suspirou ao ver Tom sentado na cama ao lado de Pam, a moça que pra ela era forte demais pra morrer.

— Obrigada.- ela agradeceu e entrou no quarto tocando o ombro de Tom. — Oi Tom.

— Sara? O que está fazendo aqui? Pensei que tinha se afastado.

Sara se sentou numa cadeira a frente dele.

— Sinto muito. Eu sei o quanto a amava.

— Eu prometi isso. Eu falhei com ela uma vez, eu não ia falhar de novo.

— Como assim?

— Ele começou a me ligar, me assediar. E ele estava aqui no quarto dela.

— Quem estava aqui, senhor Adler?- o detetive Vega que estava com Greg na porta perguntou ao entrar.

— O cara que a colocou aqui. Tony Thorpe. Ele me deixou um recorte de jornal de oito anos passados, com uma nota. Disse que a violou de novo, que ela gostou mais da segunda vez. Era a única maneira de salvá-la.

— Ainda tem o jornal?- perguntou Greg. — Nós podemos procurar impressões.

— Aquilo me deixou com o estômago revirado… eu o queimei.

— Senhor Adler, precisa vir comigo. Vamos até a central para dar um depoimento.

O homem nada disse e olhou para Sara.

— Tom, olha… eu não sou mais uma CSI, mas… eu vou com você, tá?- segurou a mão dele. — Eu não vou deixar você.

E assim ela fez. Foi até a delegacia com ele enquanto Greg analisava o quarto. Tom deu seu depoimento e mesmo assim foi algemado. Sara ficou indignada quando o viu passar com um policial. Olhou pra Vega imediatamente.

— Isso é justiça?? Ele é a vítima nisso!

— Ele admitiu: matou a esposa. O ato de eutanásia é um crime. Eu sinto pena do cara, mas está fora de minhas mãos.

— Ele disse que Thorpe foi até o quarto da Pam, fez Deus sabe o quê, ligou pra casa dele e se gabou!!

— Estamos verificando isso. Você ajudaria se tivesse o bilhete.

— Você guardaria? Se fosse sua esposa?

— Sara, o fato é… que ele desligou os tubos e viu a esposa morrer.

Sara riu de nervoso, balançou a cabeça e suspirou, passando pelo detetive.

— É por isso que eu não aguento mais trabalhar aqui.

Vega a observou sumir no corredor. O que podia fazer? Nem sempre as coisas acontecem do jeito que queremos.

Não demorou muito para Sara estar batendo na porta da sala do namorado/noivo/indeciso.

— Oi!- ele se surpreendeu. — O que faz aqui?

— Quero saber sua opinião.- mostrou a pasta em suas mãos.

— Que caso é esse?

— Pamela Adler.

Grissom se recordou do nome imediatamente.

— Ah, um dos primeiros casos que você se envolveu. A moça negra que foi agredida física e sexualmente e depois ficou em coma.

— Essa mesma… Foi ela que morreu.- entrou. — Tom desligou os aparelhos.

— Greg te avisou, não foi?

— Ele não devia?

— Não, não devia.

— Tenho um interesse pessoal nisso, Gil, eu tinha sim que saber.- sentou-se na cadeira em frente a mesa dele e lhe entregou a pasta. — Eu vou pegar esse cara dessa vez, sendo ou não uma CSI.

— Vamos com calma, está bem?- Grissom leu a ficha do caso e soube na hora que ela estava se precipitando, de novo. — Nenhuma ligação pra casa de Tom Adler foi rastreada como de Tony Thorpe.

— Ele pode ter usado um orelhão, ou um telefone de cartão.

— Não há provas que Thorpe tenha estado no quarto da Pam.- Sara olhou pra cima quase revirando os olhos. Suspirou enquanto ele falava. — Não há vestígios dele nela, e o Robbins não achou sinais de violência sexual.

— É, mas não sabemos quando isso aconteceu.- insistiu. — Nós dois sabemos que o sêmen deteriora dentro de doze a vinte e quatro horas.

— Tem que considerar a possibilidade de o marido ter inventado a história pra justificar sua ação.

— Não, é evidente que não!

— Não estou dizendo que ele não a amava, ele a amava tanto que a manteve viva por oito anos. Você é cientista.- Sara semicerrou os olhos e olhou bem pra ele. Sério? Não estava botando fé nela? Sara conhecia Tom, ele não. — Sabe que depois de tantos anos de atrofia ela nao ia mais voltar pra ele. Sabe… Cedo ou tarde uma relação estagnada, murcha. Você fica com raiva...- Sara desviou o olhar e balançou a cabeça “concordando”. Não acreditava no que estava ouvindo, agora ela estava com raiva. — Você precisa mais do que certeza pra saber não está só.

— Então ele simplesmente devia ter ido embora.- disse séria.

— Talvez ele não pudesse... Talvez precisasse que ela o deixasse.

Sara olhou bem pra ele, e ainda séria perguntou:

— Sobre quem estamos falando agora?

Grissom suspirou e desviou o olhar dela pra mesa. Voltou a olhá-la em seguida.

— Você só pode estar de brincadeira.- levantou-se brava da cadeira. — Acha que é o único que está sofrendo com tudo isso?- Grissom suspirou. — A solução é simples, Gil!

— Não, não é simples, Sara! Eu tenho que decidir o que é prioridade.

Sara o olhou um tanto indignada. Claro que ele não ia deixar aquele lugar por ela, nunca. Como ele mesmo disse, prioridades.

— Que no caso, não sou eu.

— Não foi o que eu quis dizer.- ele se arrependeu de ter dito aquilo.

— Ah não?- ironizou. — Desde que nos conhecemos, o que mais importa pra você?!- ela nem esperou ele responder. — O trabalho.

— Não é verdade.

Foram interrompidos por Greg que apareceu na porta chamando por Sara.

— Atrapalhei alguma coisa?

— Não.- Sara respondeu. — Descobriu alguma coisa?

— Descobri.- ele respondeu e Sara olhou para Grissom, depois deu as costas pra ele e seguiu Greg.

Até acharam um motivo para provar que Thorpe planejou aquilo tudo, porém isso logo foi descartado, pois não teria como Thorpe ter feito aquilo. Realmente Tom inventou tudo pra justificar sua ação, como Grissom disse. Sara se sentiu traída e estúpida por se envolver mais uma vez sendo que ela não devia nem estar ali. Foi tirar aquela história a limpo com Tom.

— Nós encontramos o Thorpe. Por que mentiu pra mim, Tom?- Sara estava profundamente magoada com ele.

— Eu não tinha o que perder. As pessoas me diziam que eu era egoísta por mantê-la viva, e olha pra mim.- Sara engoliu a seco e suspirou tentando segurar o choro. Aquilo era triste demais. — Eu estava revoltado porque ele estava solto por aí. E sempre que não estava trabalhando ou pagando pra cuidarem dela, eu estava sentado ao lado da cama. Depois de um tempo… eu percebi que quem estava sofrendo era eu. Eu não estava vivendo. Eu não podia seguir a vida e deixá-la lá daquele jeito.

— Podia ter pedido ajuda aos médicos.

— E dizer o que pra eles? Que eu estava cansado? Que queria… que matassem minha mulher pra eu ter um fim de semana?

— Pelo menos teria sido honesto.

Tom suspirou.

— Sei que te decepcionei, Sara. Sinto muito.

— Eu também sinto muito por tudo o que aconteceu. Vocês dois não mereciam isso.

Os dois se levantaram e trocaram um abraço. Depois se despediram.

Sara foi direto pra casa arrumar suas coisas. Disse a Grissom e os amigos que ficaria alguns dias, mas depois do que acabou de acontecer, não ficaria naquela cidade nem mais um minuto. Pegaria o primeiro avião e ele sairia em uma hora.

Enquanto isso, no interrogatório final do caso de Grissom, o mesmo falava com o garoto que matou a mulher no beco...

— Alguém colocou você no banco de dados de crianças desaparecidas.

— Meu pai alcóolatra sentiu falta de quem lhe trazia cigarros, isso não é amor.

— Mas e você e Paula?

— Ela era minha orientadora. Ela ouvia todos os meus problemas... Foi a primeira vez que alguém ouviu.

Grissom sentiu um certo incômodo, mas continuou ouvindo.

— E aí tudo foi pro inferno… eu fiquei velho demais pra ela.

Putz! Ficou mais incomodado ainda. Gil até franziu o cenho, quase se identificando com o garoto.

— Ela só gostava de mim quando eu era um risco... Assim que o proibido se acabou, ela começou a buscar riscos onde pudesse.

Ôh diacho!

— Eu só estava tentando começar uma vida melhor, ter uma família, e ela deu nossa filha pra pagar uma dívida de jogo!! Será que você já amou tanto uma pessoa… que mataria por ela?- Grissom o fitou na hora que ele perguntou isso. Será que ele seria capaz disso? — Eu já. E mesmo que a Lexie não possa ficar comigo, estará melhor sem ela.- o garoto ficou choroso e por fim disse: — Ela me prometeu tudo, cara… e depois tirou tudo de volta.

Grissom abaixou o olhar, essa última frase mexeu muito com ele e conseguiu sentir a dor do garoto. Estava sentindo a mesma coisa.

Finalizou o interrogatório e foi para sua sala.

Não demorou muito para ver Sara batendo em sua porta. Ela estava com a mochila nas costas e a mala na mão. Ele olhou pra elas e depois pro rosto de Sara.

— Eu prometi que ia me despedir dessa vez.- ela explicou.

Grissom só ficou mais triste quando ouviu aquilo.

— Você… não disse que ia ficar alguns dias?- levantou-se para ir até ela na porta.

— Disse…- deu um nó na garganta dela e ela colocou a mala no chão, juntamente com a mochila. — Mas depois do que aconteceu… não dá.

— Por isso eu disse que ele não devia ter te ligado.

Sara suspirou e olhou pro chão.

— Foi como o caso da Hannah… eu tive que me envolver.- olhou novamente pra ele.

— E os dois resultaram nisso…- disse com a voz tristonha. — A sua partida…

Sara o abraçou e Gil correspondeu fechando os olhos com força.

Catherine os viu e estranhou.

— Gente!- eles desfizeram o abraço e a olharam. — O que houve?- eles não responderam, Cath apenas olhou pro chão e viu as bagagens de Sara. — Vai embora de novo?

Sara assentiu e uma lágrima escorreu por seu rosto.

Catherine também ficou triste e a abraçou.

— Bom… pelo menos está se despedindo dessa vez.- riu pra descontrair.

Sara fez o mesmo e concordou. Desfizeram o abraço e a ruiva disse que ia chamar os meninos pra se despedirem dela também. Sabia que não adiantava insistir pra ela ficar.

Gil voltou a abraçar Sara enquanto esperavam os meninos irem até eles. Não demorou muito pra isso acontecer.

— Sara! É verdade? Está indo embora?

Sara sorriu triste e assentiu para Nick. Ele a abraçou forte.

— Não vai não.- pediu. — Vou sentir muito a sua falta.

— Também vou, maninho.

— Ah que saudade que eu senti disso.- a apertou mais em seus braços. Sara sorriu.

Depois, Sara foi abraçar Greg.

— Sinto muito.- ele disse. — Grissom vai me deixar dois meses sem folga por causa disso.

— Não fez nada de errado. E eu teria ficado chateada se não me ligasse.- Greg suspirou e Sara mudou de assunto. — Boa sorte com o livro.

Greg sorriu.

— Vou te mandar um.

— Valeu.- sorriu e desfez o abraço.

— Se cuida.

— Vocês também.- deu mais um abraço em Catherine e foi até Grissom que já segurava suas coisas.

— Vou te levar pro aeroporto.- Sara assentiu e deu tchauzinho pros amigos. Não gostava de despedidas, a primeira vez que foi embora foi muito mais fácil de encarar.

O caminho foi silencioso e adentraram o aeroporto de mãos dadas. Pararam frente a frente perto do portão de embarque. Suspiraram.

— Vai voltar pra Frisco?- envolveu sua cintura.

— Vou. Mas… Talvez eu vá pra Costa Rica depois.

— Costa Rica?- ele franziu o cenho ao perguntar, surpreso.

— Uhum… Sair um pouco da cidade… Ficar em meio a natureza vai me fazer bem.

— É… vai sim.- sorriu de lado.

Seus olhos não se desviavam. Estava doendo ter que dizer adeus “de novo”. Sara ainda estava chateada com o que ele disse quando estavam conversando na sala dele, mas essa chateação não chegava nem perto do tamanho da dor que estava sentindo em ter que ficar longe dele novamente. Talvez pra sempre. Ao pensar nisso, os olhos castanhos se encheram de lágrimas.

“Vai ficar tudo bem

Não precisa chorar, eu quero te ver sorrir

Logo eu vou me curar” ― Hugo e Tiago

 

Grissom a puxou para um beijo profundo. Queria que o gosto fosse doce, um beijo reconfortante e feliz, mas estava longe disso, o beijo era salgado pelas lágrimas, tinha gosto de melancolia e perda.

O beijo foi finalizado e ambos tinham a expressão mais triste do mundo.

A primeira chamada do voo para São Francisco foi ouvida. Ambos olharam pra cima e voltaram a se olhar.

— Eu tenho que ir…

Grissom engoliu a seco e assentiu. Sara não conseguiu segurar as outras lágrimas que teimavam em querer cair, e o abraçou forte pelo pescoço.

— Eu te amo muito…

Gil abraçou a cintura dela com força e fechou os olhos do mesmo jeito. Deixou que poucas lágrimas também rolassem por seu rosto.

— Eu te amo, meu amor…

Sara soluçou e não quis soltá-lo mais, porém teve que fazer isso em poucos minutos quando a voz no alto falante foi ouvida novamente.

— Última chamada para São Francisco. Embarque no portão 3.

— Vai perder seu voo.- sorriu triste e secou as lágrimas dela. Sara fez o mesmo.

— Se cuida, cara dos insetos.

— Você também, moça curiosa.- sorriu sentindo o coração doer. Sentiu falta de chamá-la e ser chamado assim. Beijou a testa dela e lhe deu um beijinho de esquimó.

Sara deu um último beijo em sua boca, pegou as malas e foi pro portão de embarque, vez ou outra olhando pra trás, para vê-lo observando-a partir. Por isso não se despediu da outra vez, sabia que doeria em dobro... não só nela, como nele também. Aquele era o fim?

“Mais uma vez você vai, leva um pedaço de mim

Mais uma vez vou ficar te esperando aqui” ― Zezé Di Camargo e Luciano


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Notas finais do capítulo

Pois é, mais uma despedida de partir o coração
Me digam o que acharam aqui nos comentários, tá?
Abraço de urso e até o próximo :3



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