Love Story escrita por Fofura


Capítulo 133
A Divina Comédia de Grissom


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas! Boas notícias, estou com outro pc e posso voltar a postar de novo eeeeeh õ/ 2019 não está mais tão merda assim hsauhsa mas os capítulos sofredores continuam, fazer o que v( ‘.’ )v
Griss está dodói nesse aqui ๏̯͡๏
Boa leitura :')



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— Oi amor.- ela atendeu com um sorriso. Estava com sua mãe e teve que sair do quarto para aceitar a ligação.

— Oi honey. Tudo bem?

— Tudo, e com você?

— É, tudo indo.

— Ainda está mal por minha causa, né?

— Vai começar a se culpar de novo? Eu vou ficar bem.

— Me sinto mal em “ver” você assim.

— Onde você está?- ele resolveu mudar de assunto.

Sara suspirou.

— Com a minha mãe. Ela está dormindo já tem um tempinho.

— E como ela está?

— Está bem. Comigo aqui ela não faz besteira.

— Isso é bom. Acha que agora ela pode melhorar?

— É, quem sabe… Amor, eu vou desligar, tenho que falar com a enfermeira e ir pra casa. Eu já retorno, tabom?

— Tabom. Mas quando retornar, chama no Skype, tá? Quero ver você.

Sara sorriu.

— Está bem. Até daqui a pouco.

— Até.

Enquanto esperava, Gil resolveu ir pro único lugar que podia lhe fazer bem naquele momento. Pegou seu notebook e foi para o carro em direção à montanha. Ficar encostado na árvore deles com aquela vista enquanto via Sara pelo computador talvez acalmasse um pouco seu coração.

Ficou lá sentado esperando ela. Cerca de quarenta e cinco minutos depois que encerrou a ligação, Sara o chamou no Skype. Assim que um apareceu na tela do outro, seus corações bateram forte.

— Oi!- ela abriu um lindo sorriso.

— Coisa linda.- ele disse também sorrindo.

Ao ouvir isso o sorriso dela só ficou maior.

— Onde você está?

— Adivinha.- disse ele.

Sara percebeu que ele estava encostado num tronco e supôs:

— É a nossa árvore?

Gil não respondeu, apenas sorriu e virou o notebook.

— Não se tem uma vista dessa em qualquer lugar.- sorriu.

Grissom voltou a tela do computador pra si e fez a mesma pergunta.

— Você não tinha dito que ia pra casa? Onde você está?

— Adivinha.- ela sorriu. Grissom fez com o ombro que não sabia e ela também virou o notebook sobre o mármore.

— Eu conheço essa vista.- sorriu. — Está naquela cobertura, não está? Tem algum balão aí?- brincou.

Sara riu.

— Não, pelo jeito só tem balão aqui quando estamos juntos.- ela suspirou apreciando São Francisco.

— Sabe que vista é melhor que essa da Golden Gate e essa aqui de Vegas?

— Qual?

— Vira o notebook de volta.- Sara fez isso e ele voltou a vê-la. — Isso! Essa aí mesmo.- sorriu. Pra ele, a melhor vista era ela, amava olhar pra ela, mesmo de longe.

Sara também sorriu e tombou a cabeça pro lado.

— Eu estava viajando nas lembranças quando cheguei. Nosso primeiro beijo foi aqui.

— E o último foi no meio do laboratório, que progresso.- ele sorriu.

— Não foi o último.- Gil ergueu a sobrancelha. — Eu ainda vou beijar muito essa boca aí.

— Esperando ansiosamente.- ele disse fazendo cara de galanteador. Sara riu disso.

— Eu te amo…- enxergar mais amor no olhar de Sara ao dizer isso era impossível.

— Eu também te amo.

Sara fechou os olhos por um instante ao ouvir isso. Ao abri-los, suspirou e abaixou a cabeça.

— O que foi?- perguntou ele.

— Abby me ligou quando eu estava vindo pra cá. Perguntou por que eu não fui vê-la no natal há duas semanas, nem no ano novo semana passada.

— Não tinha contado a ela?- surpreendeu-se.

Sara negou com a cabeça, se sentia culpada por isso.

— Como ela reagiu?

— Gritou comigo. Disse que eu a abandonei, que eu quebrei minha promessa, que eu menti quando disse que a amava e nunca ia deixá-la sozinha mesmo trabalhando demais. Griss, ela não parava de chorar.

— Conseguiu explicar pra ela?

— Conseguir eu consegui, só não sei se ela entendeu. Ela está brava comigo.

— Calma, Abby vai entender o porquê de você ter ido embora.

— Espero. Disse que ligaria pra ela toda noite pra saber como foi o dia, basta saber se ela vai me atender.

— Vai sim, ela te ama e sente saudade. Aliás, ela não é a única.

Sara sorriu.

— Está sendo difícil ficar longe de vocês… Mas as tempestades passam.

— É… elas passam.

~ ♥ ~

Pois é, as tempestades passam, mas enquanto estão por aí causam alguns estragos. A tempestade que Gil estava enfrentando não só estava fazendo ele voltar a ser solitário e um homem que só vivia pro trabalho que não saía, não fazia nada além de trabalhar e ficar sozinho.

A falta de alegria era tanta que Grissom se descuidou de sua saúde e acabou ficando doente, além das enxaquecas que ele tinha às vezes. Aquilo pra eles era quase o fundo do poço, Gil nunca imaginou que ficar longe de Sara lhe faria tão mal. Ah, ele ficou doente por causa da Sara! Não, até porque Nick e Greg também estavam resfriados.

O supervisor estava com uma gripe forte, dor no corpo, tosse, estava só o pó da rabiola. Pela primeira vez na vida Gil não foi trabalhar e ficou em casa.

Maaas, tinha uma pessoa que não estava nem aí se ele estava doente ou não, queria ele no caso e apenas ele no comando da investigação. De quem estou falando? Madeline Klein, assistente do promotor, amiga de Grissom. Eles se ajudavam em casos difíceis, e claro que nesse ela não deixaria que outro a ajudasse, não confiava em mais ninguém.

Gil estava descabelado, de pijama, seu companheiro fiel — além de Hank — era um lenço de papel. Sua refeição? Sopa de frango. Era o que ele preparava pra comer e quem sabe se sentir melhor, já que sua cura mesmo estava em São Francisco. Ainda não tinha falado com ela sobre como estava doente, falou com ela pela tarde quando ainda não estava tão ruim, agora já era madrugada. Se Sara estivesse ali, com certeza estaria cuidando dele e ele não estaria tão mal.

Catherine estava falando com ele, já havia amanhecido e ela estava lhe contando as condições do corpo que acharam. Madeline viu que era com ele que a ruiva falava e pediu o telefone.

— Estou esperando por você há mais de uma hora, e então, não vai vir pra cá?

— Eu estou de cama, Maddie.

— Quantas vezes eu saí da cama no meio da noite por você, Gil?- ela rebateu.

— Não dá pra tratar por telefone? Eu estou doente.

— Eu também queria tratar por telefone, deixei de ir a uma reunião dos alcoólicos anônimos por isso. Está me parecendo pneumonia.

Ela devolveu o celular a Catherine que não resistiu, teve que dar uma zoada.

— Quer dizer que a assistente do promotor saiu da cama por você? De quem era a cama?

— Me fale sobre a estrada.

— Tabom.- Catherine riu.

Assim que devolveu o celular pra ruiva, Madeline foi até a casa de Grissom para deixá-lo a par do que ele teria que fazer para ajudá-la e, sobre a vítima também que era importante. Quando ele abriu a porta…:

— Você está péssimo hein!- entrou. — Preciso de açúcar, tem refrigerante aí?

— É bom ver você também, Maddie.- Gil disse e foi buscar o refrigerante.

— Seis meses de investigação, dois meses trabalhando com o supremo tribunal, cinco denúncias leves contra os LAT’s… Por que você?! Porque você é o único que não vai estragar tudo.

— Minha equipe não vai estragar tudo.

— Ah claro, sua equipe… Warrick Brown envolveu-se com um juiz desonesto, Sanders atropelou um civil enquanto estava de serviço, a senhorita Willows mentiu sobre estar em uma cena de crime entre outras coisas. E quem pode esquecer do Stokes?! Suspeito de matar a namorada prostituta.- Gil revirou os olhos e voltou pra perto dela enquanto ela falava. — Como é a história mesmo? Você me chama, eu dou um jeito pra você. Se não fosse por mim, você não teria equipe nenhuma.

— Já terminou?- abriu a latinha de refrigerante pra ela.

Madeline sorriu, entregou o DVD do interrogatório pra ele e ambos assistiram juntos. Depois disso ela falou e explicou tudo sobre a vítima pra ele.

— Temos que provar que Alvarado ordenou a morte da sua testemunha.

— Quanto tempo acha que vai levar pra você investigar isso e…- olhou pra ele de pijama. —… colocar um terno?

— Não muito, pode me esperar lá. Não posso dizer “não” pra você, não é?

— Não.- ela sorriu e se levantou.

Na porta, Madeline parou antes de ir embora.

— Sabe por que não falei da Sidle, não é?

— Ela não fez nada de errado pra você ter que dar um jeito pra mim.

— Isso também.

— Eu sei. Obrigado por isso.

Madeline nem perguntou como ele estava em relação àquilo, pois era óbvio, então foi embora.

Gil ligou para Catherine e pediu que ela fosse até lá. Enquanto isso ele saboreava um pouco da sopa que preparou.

~ ♥ ~

Catherine chegou e bateu na porta. Pôde ouvir seu amigo ir atender soltando os pulmões de tanto que tossia. Assim que ele abriu a porta, exclamou:

— Meu Deus! Você está horrível.

— Oi Catherine.- Gil suspirou e deu passagem a ela.

A ruiva viu o cão indo até ela e sorriu.

— Oi Hank! Oi garoto!

— Obrigado por vir.- disse Gil apressado em descer as escadas. Eu tenho que estar no tribunal em trinta minutos.

— Ok. Que cheiro é esse? Sopa de frango?- sorriu.

— Receita da minha mãe.

— Sério? Que fofo.

— Preciso me trocar, vai me inteirando.- ele gritou indo para o quarto.

— Tá.

Enquanto Catherine contava como andava a investigação e tudo o que já tinham feito, ela ia xeretando a casa de Grissom. Olhou a sala, desceu a escada, olhou a estante na cozinha que tinha fotografias de Hank, e da equipe. Deu a volta no balcão, deu uma cheirada na sopa e foi até a geladeira onde viu uma foto de Grissom e Sara em São Francisco, bem antiga. Assim que pegou pra olhar, Gil apareceu arrumando o terno e a gravata, o cabelo ainda estava bagunçado. Nem percebeu que ela segurava a fotografia.

— Olha Catherine, depois que você estiver livre da investigação, você pode levar o Hank pra dar uma saidinha? Eu preciso ir para o tribunal.- dito isso ele subiu a escada.

— Há quanto tempo você e Sara se conhecem?

Gil parou no topo da escada e evitou a pergunta. Não dava pra falar em Sara naquele momento.

— Eu tenho que ir, obrigado.- antes de sair ouviu Catherine falar e a olhou novamente.

— E pensar que todos esses anos eu achei que você era só um alcoólatra solitário.

Grissom riu da maneira mais fofa que você possa imaginar e foi embora.

Catherine riu da reação dele e balançou a cabeça.

~ ♥ ~

Quando Gil voltou do tribunal, Catherine já tinha ido embora e ele recebeu a visita de Jim que estava muito mal emocionalmente, pois não conseguiu proteger a testemunha, quase chorou, tadinho. Gil ficou sentido por ele e ficaram conversando por um tempo. Depois Gil teve que voltar ao tribunal.

A investigação ia dificultando conforme o tempo ia passando. Quando Alvarado ia ser solto, Gil conseguiu achar uma ameaça que ele fez de dentro da prisão, uma ordem, pra matarem Madeline. Com isso, o supervisor conseguiu mantê-lo na cadeia.

Ele foi até Madeline com o que descobriu e a viu desabafar, respirar com alívio. Maddie disse que estava devendo essa a ele e Grissom riu dizendo que não ficava registrando isso.

Agora que “ela tinha liberado ele”, Gil pôde voltar pra casa, tomar mais um pouco de sua sopa e ficar debaixo das cobertas. Mas antes resolveu levar Hank pra passear um pouco, o pobrezinho ficava muito tempo em casa.

Não demorou muito no passeio. Assim que chegou, soltou a coleira de Hank — que desceu as escadas —, e colocou a mesma e seu celular sobre a mesinha de centro. Sentou-se no sofá.

Nem respirou direito e seu celular começou a tocar. De saco cheio achando que era do trabalho, Gil pegou o celular… mas ao olhar no visor um sorriso brotou em seus lábios.

Deitou-se com as pernas cruzadas e um braço atrás da cabeça antes de atender pronunciando um “Oi” depois.

— Oi! Aposto que achou que era do trabalho né.- ela sorriu.

Ele também. Sentia falta de ouvir sua voz todos os dias.

— Até bufei em desagrado. Mas só foi ver seu nome e ficou tudo certo.

— Awn, que saudade de você. Tudo bem?

— Agora sim. Também estou com saudade, honey.

— Eu falei com a Catherine hoje e ela deixou escapar que você estava doente. Você melhorou, amor?

— Não, meu anjo, não fiquei doente. Eu estou bem.

— Griss, eu te conheço, sei que não quer me preocupar. Conheço a Cath também. E ela não brincaria com uma coisa dessas. Ela disse que foi forçado a trabalhar, fiquei preocupada.

— Relaxa, eu estou bem, é só uma gripe. Nick e Greg estavam assim também.

— Tem certeza?

“Não”.

— Tenho.

O tom de voz dele não lhe convenceu.

— É estranho. Desde que nos conhecemos eu não te vi ou soube que ficou doente. Com exceção das enxaquecas, você nunca sentiu dor alguma.

— A dor que estou sentindo é diferente.

Ao ouvir essas palavras, o coração de Sara partiu em milhares de pedaços. Até ficou muda no telefone de tão culpada e triste por estar fazendo mal a ele.

“Ah coração, é saudade demais

Me enfeitiçou, me deu tanto prazer

Ah coração, estou sofrendo demais

Só fico bem quando estou com você” ― Gian e Giovani

— Sara? Ainda está aí?

— Estou.- ela disse depois de suspirar pesadamente. — Eu estou aqui.

— Me desculpa, eu não devia ter dito isso.

— Não é culpa sua.

— Eu não falei pensando em te fazer se sentir pior do que já está, na verdade eu nem pensei em nada, eu só…

— Tudo bem, Gil… Eu mereci ouvir isso.

— Não, não mereceu. A culpa também não é sua.

Sara forçou um sorriso e a linha ficou muda por alguns instantes.

— O que tem feito por aí?

— Nada… Eu praticamente só cuido da minha mãe. Ela quer ficar perto de mim. Eu só saio quando ela está dormindo, aí eu passeio por aqui sozinha. Fiz amizade com o segurança do hotel, ele é uma graça.- sorriu.

— Hm, que legal.

Pra ele não ficar imaginando coisas, Sara resolveu dar detalhes dos papos que eles tinham.

— Ontem ele me falou sobre a filhinha dele. Disse que ela quer ser bióloga, adora ver livrinhos de animais e insetos. Lembrei de você na hora.

Grissom sorriu. O cara tinha família! Mas espera, ele podia ser pai solteiro e quem sabe estar afim de Sara. A morena logo cortou esse pensamento.

— Ele disse que a mulher dele também gosta.

— Ah, que bom.- ele disse aliviado, porém não deixou que ela percebesse. — Insetos e animais são seres extraordinários mesmo.

— Certeza que achou que eu estava paquerando o segurança, você não vale nada, Gil.

— Não, eu não pensei isso.- ele deu uma risada involuntária ao dizer.

— E por que está rindo?- ela estava se divertindo com aquilo, certeza que ele tinha ficado com ciúmes.

— Porque foi ao contrário.

— Eu sabia!- ela disse um pouco mais alto, mas não gritando.

Deram risada.

— Seu bobo!

— Nunca se sabe.

— Você sabe que eu só tenho olhos pra você.

Grissom sorriu. Aquilo aquecia seu coração, saber que ela não pensava em trocá-lo, pois era só dele que ela gostava.

“Quando você olha pra mim

E o mundo inteiro desaparece

Eu sempre lembrarei de nós desse jeito” ― Lady Gaga


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Notas finais do capítulo

Siiiiim, eu coloquei essa coisa mais linda de cena deletada da Catherine na casa do Gil, porque eu amei ela e eu tenho certeza que vocês concordam comigo que ela não deveria ter sido deletada u.u
Me digam aqui o que acharam do capítulo, tabom? O cronograma está atrasado, mas a gente se ajusta nele de novo ♥
Não deixem de comentar ;)
Abraço de urso e até o próximo :3



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