Love Story escrita por Fofura


Capítulo 115
Monstro na Caixa


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Mais uma miniatura encontrada, agora o bicho pega!



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Como havia dito, Grissom voltou para o laboratório naquela mesma noite, estavam todos de plantão ainda e ele foi para sua sala. Assinou alguns relatórios e curioso para abrir logo a caixa grande que havia lá, não se conteve. Sempre que ia abrir era interrompido, mas naquele momento não. E o que encontrou lá o deixou chocado. Uma miniatura!

Meio assustado, Gil tirou da caixa e caminhou pelos corredores onde viu Catherine e gritou por ela:

— Catherine, sala de análises, agora!- continuou andando com Catherine logo atrás dele. Entrou na sala e colocou a miniatura sobre a mesa de luz.

— Gil, onde é o incêndio?- ela perguntou chegando até ele e ficou muda ao ver do que se tratava.

— Esteve em meu escritório nas últimas quatro semanas.

— Mas nós pegamos o assassino das miniaturas, ele confessou.- disse a ruiva confusa.

— Sim, e eu o vi estourando os miolos. Mas acho que o pacote foi enviado depois que ele se matou.

— Talvez ele tenha dado um jeito para que fosse entregue após sua morte.

Grissom a virou e olhou com mais atenção. Parecia a sala de estar de um apartamento, a vítima estava deitada no sofá.

— Nos outros três assassinatos, a miniatura foi deixada na cena. Essa foi endereçada a mim.

— Então virou pessoal?!- constatou ela.

— A vítima parece ser uma mulher caucasiana… com muitos livros. Pode ser um escritório, a sala de alguém ou um moderno saguão de hotel. Quando eu estava fora, alguém trabalhou em alguma cena como esta?

— Não. ela respondeu. — Pelo menos não no nosso turno.

Com a lupa, Grissom olhou com mais atenção para o jornal em cima da mesinha enquanto a ruiva continuava a falar.

— Vou ver com o turno do dia e o intermediário se alguém pegou um caso como esse.

— Deixa pra lá.- ele disse quando ela ia sair, então ela voltou perguntando o porquê. — Dê uma olhada no jornal. Olha a data.

— Sábado, 17 de fevereiro de 2007.- ela leu. — Mas isso é depois de amanhã.

— Esse assassinato ainda não aconteceu.

(WHOOOOO ARE YOU? WHO? WHO? WHO? WHO?

Tá, parei.)

Catherine ficou chocada.

— Que bizarro!

— Bem, eu cuido da miniatura. É provável que eu passe o turno inteiro aqui.

— Eu vou pegar o embrulho na sua sala e levar pra Mandy. Vou mandar o endereço do remetente pro Brass. É provável que não dê em nada. Mas não custa tentar.

Grissom concordou.

— Vou ver se consigo alguma coisa que possa identificar a vítima.

Enquanto isso, na sala de descanso, Sara — que ficou sabendo da miniatura e voltou correndo pro laboratório —, mostrava para Nick e Warrick o vídeo que Ernie enviou para Grissom confessando os assassinatos e cometendo suicídio.

Ao pausar um pouco o vídeo, Sara resumiu os casos. O assassino das miniaturas havia matado três pessoas num período de seis meses e todas as vítimas tinham relação com Ernie Dell. Falou sobre a teoria das bonecas mortas que podiam ser três visões diferentes da mesma e a possibilidade de ser a assinatura. Viram o resto do vídeo, ainda chocados com a parte do suicídio, e debateram sobre talvez ser um imitador. Sara argumentou dizendo não poder ser, pois nunca foi divulgado em nenhum lugar nenhuma delas, e não se pode copiar aquilo que não se vê. No fim, chegaram a conclusão de que a pessoa não trabalhava em parceria e que Ernie confessou e se matou para proteger essa pessoa, alguém que ele se importava muito.

Voltando à sala de análises, que eu passei sete temporadas chamando de sala da mesa de luz, Catherine informava que as coisas não deram em nada e perguntou se Gil tinha alguma ideia de quem a vítima era.

— Não.- ele respondeu. — Até procurei na bolsinha dela.

Ao olharem o rosto e a almofada, supuseram que a vítima seria sufocada. Os livros estavam organizados por assunto, arte, religião, ciência… aparentemente a vítima era bem instruída.

De repente, no meio dessas observações pelas prateleiras, eles viram algo incomum. Era uma fotografia de Izzy Delancy, aquela que Grissom achou na primeira miniatura que tinha a foto da boneca atrás.

— O que está fazendo aqui?- perguntou a ruiva mais confusa ainda.

— Eu não sei.

Grissom pegou com a pinça e virou. No rosto da boneca parecia que havia pinceladas. Catherine pegou o filtro UV, ligou e apontou pro quadro. Uma palavra apareceu: vocês.

Gil e Catherine se olharam meio assustados, e Grissom viu uma almofada da miniatura de Penny Garden. Virou pra parte da boneca e colocou ao lado do quadro de Izzy. Pegou também a foto da boneca da miniatura de Raymundo Suarez que estava em outra prateleira e colocou ao lado da almofada. Catherine ligou o filtro novamente em cima deles e uma mensagem surgiu: vocês estavam errados.

Abriram a boca surpresos.

Ernie Dell de fato não era o assassino e ele confessou pra proteger o verdadeiro culpado.

Catherine deixou Grissom sozinho novamente e depois quem chegou foi Hodges pra encher o saco, mas pelo menos deu uma ideia para o supervisor. Grissom tinha achado um gato morto atrás de uns livros, ele parecia ter bebido leite, foi o que Hodges disse ao chegar.

Mas Hodges tinha ido até lá levar uns panfletos pra eles pedirem alguma coisa pra comer. Então, Grissom lembrou que viu dois na mesinha de centro da vítima, e com isso ele conseguiu chegar a uma área onde aqueles dois restaurantes/lanchonetes/whatever entregavam.

Com a foto da àrea do apartamento da miniatura, Brass, Nick e Warrick mais alguns policiais foram checar pra ver se tinha alguma fachada daquele jeito. Acharam, e o recepcionista reconheceu logo de cara que apartamento era. De Bárbara Tallman, era estava desequilibrada, parecia bêbada, mas estava bem e viva. Era uma coisa boa.

No armazenamento de provas, Sara pegava as evidências dos casos arquivados com a ajuda de Greg. Em uma dessas caixas que continham as coisas de Ernie, Sara achou filmes caseiros. Logo, foi ver do que se tratava na sala de áudio e vídeo. Eram Ernie, a esposa, e muitas crianças entrando em um trem para dar um passeio, era a festa de aniversário do menor. Descobriram que ele podia ser filho biológico de Dell.

Enquanto tentavam descobrir a identidade dele, Brass e Sofia armavam uma emboscada para o assassino. Uma policial chamada Kamen seria a vítima e durante toda a sua “soneca”, seria vigiada pela câmera que haviam colocado na casa. Ela estava com uma escuta e preparada caso o assassino aparecesse para matá-la. Ela estava vestida como a vítima, estava tendo a rotina dela, não podia dar errado.

Suspeitaram de um homem com uma maleta, ficaram de olho e ele parecia que ia entrar no apartamento, então o prenderam. Mas a identidade dele confirmou, ele era irmão da vítima e só ia lhe fazer uma visita. Voltaram para as posições e esperaram mais.

Sofia ficou de olho na câmera a noite inteira e nada aconteceu. Então resolveu abortar a missão. Enquanto isso, Grissom percebia algo estranho em sua sala, pois havia levado a miniatura pra lá. As plantas da miniatura simplesmente murcharam e morreram. Aquilo foi bizarro, mas ele logo suspeitou de algo. No apartamento, Sofia, ao não receber resposta da policial pela escuta, foi até onde ela estava e tentou acordá-la. Como ela não se mexeu, Sofia tirou a almofada do rosto dela e… Kamen estava morta.

Grissom soube e logo foi até lá. David chegou primeiro, já que era o legista e determinou o óbito. Sofia não tinha saído do lado dela nem um minuto sequer e estava péssima. Grissom até tentou confortá-la depois. Mas voltando à cena. A policial morreu na posição certa e o gato também. No mesmo lugar da miniatura, atrás dos livros na estante.

Grissom voltou ao laboratório com o vídeo da câmera que eles usaram pra vigiar a casa, e notou algo estranho. A lareira. Alguma coisa atiçou a lareira e produziu monóxido de carbono. Por isso o assassino não apareceu, ele não precisava estar lá pra cometer o crime, por isso ele estava seguro em mandar a miniatura para Grissom, estava tudo planejado, ele mataria e não seria pego. Engenhoso.

Enquanto isso, Sara e Greg identificavam o filho de Ernie, Lionel Dell e suspeitaram que ele fosse o assassino real. Mas Lionel afirmou que a relação com seu pai era das piores e que eles podiam falar com qualquer um dos outros filhos. Sara não entendeu nada, pois só havia registro de um filho. Pois é, Lionel era o único filho biológico, mas haviam dúzias de filhos adotivos, eles iam e vinham, alguns antes de Lionel nascer. Eles adoravam crianças. O assassino das miniaturas certamente era um deles.

— Conhecia a policial Kamen?- perguntou Sofia ao entrar na sala do supervisor. Ela estava muito triste e sentindo-se culpada.

— Não.

— Nem eu.- disse ela. Isso a fazia sentir mais culpa. — Eu a vi morrer e nem percebi.

— Olha, Sofia… Não havia sensores de monóxido de carbono no apartamento, então ninguém poderia saber. E, na verdade, se eu não tivesse ido embora, teríamos um mês a mais pra trabalhar nisso e você não estaria nessa situação.

— Isso também não faz você se sentir melhor, não é?- ela perguntou sabendo a resposta.

Grissom negou com a cabeça, também estava um pouco triste pelo que aconteceu. Queriam evitar uma morte, mas não conseguiram.

— Sabe, a cena foi liberada. A sra. Tallman foi bem insistente. Oferecemos para deixar um policial com ela, mas ela não quis.

Grissom suspirou e olhou mais uma vez pra foto da miniatura.

— O que você está procurando? A miniatura está completa.

— Mas não está perfeita. A policial Kamen não era a vítima visada.

— Bem, ela estava vestida como a vítima, morreu na posição correta, bem como o gato.

— Ainda não tenho certeza de que está perfeita o suficiente.- respondeu o supervisor.

Nesse momento o telefone tocou, ele atendeu e segundos depois ele desligou.

— Agora está perfeita.

Sim, Bárbara Tallman foi encontrada morta na mesma posição que deveria ter morrido antes.

Culparam o assassino das miniaturas? Sim, mas o culpado mesmo foi o irmão. Bárbara sofria de mal de Parkinson e já estava bem avançado, o irmão quis acabar com o sofrimento dela e achou que todos culpariam o serial killer. Ele foi preso e o caso foi “encerrado”.

Ao fim do turno, na sala de áudio e vídeo estavam Grissom e Sara. A morena estava mostrando pra ele os filmes caseiros que achou.

— Revisamos a filmagem várias vezes pra contar as crianças. Assumindo que eram todas crianças adotivas de Dell, há 13 deles.

— Nessa festa de aniversário?!

— É. Lionel só lembrou dos primeiros nomes deles e só alguns. Vai ser difícil conseguir os registros deles. Os juízes detestam dá-los, a não ser que haja muita necessidade e mesmo assim, eles não são consistentes. Muitas crianças adotadas mudam de nome aos dezoitos anos.

— Ernie Dell confessou e se matou para proteger alguém que ele amava. E esse alguém matou cinco pessoas. Uni-duni-tê… pegue o monstro pela boneca…

— E eu achando que isso já tinha acabado.- lamentou Sara.

— Vamos pegar o responsável, honey.- acariciou sua mão em cima da mesa.

— Soube que a Sofia ficou muito mal depois do que aconteceu com a policial Kamen.

— Sim, estava péssima. Ela foi falar comigo depois do ocorrido.

— Hã! Claro que foi…- Sara não ficou surpresa com isso e Grissom sorriu sem que ela percebesse. Ia dizer algo quando ela rapidamente mudou de assunto. — Espero que possamos chegar mais perto e que enquanto isso ele não mate de novo.

Grissom suspirou e concordou.

— Bom…- ele olhou em volta pra ver se não tinha ninguém escutando. — Vamos pra casa descansar? Esses turnos foram cansativos e bem tensos.

— Vamos sim, estou louca por um filme e uma pipoca. O que acha? Eu deixo você escolher hoje.

— Ótima ideia, ciumenta.- Sara o olhou com os olhos semicerrados e ele sorriu. Se levantaram.

Um filminho acompanhado de uma bacia de pipoca e um amor do lado, que bom descanso esse! E Sara se ainda não sentisse sequer um pouco de ciúme de Sofia, era sinal de que tinha algo errado com sua saúde.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só, pandinhas.
A tensão está pra chegar, acalmem os corações e deixem suas opiniões ^^
Abraço de urso :3



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