Love Story escrita por Fofura


Capítulo 112
Pegou na mão dela? Vou contar pro Gil!


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Tudo bom, tudo bem, tudo bão? É nóis! ♥
Perdão pelo título, não resisti hsuahsuahsua



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Uma semana depois, os CSI’s tiveram que investigar dois casos. Nick e Keppler investigaram a possível venda de partes de corpos no mercado negro depois de encontrar um corpo carbonizado de um ex-presidiário em um barraco de soldagem com várias partes do corpo removidas. O resto da equipe investigou a morte da esposa de um milionário, espancada até a morte com uma garrafa de champagne em sua casa. A suspeita caiu sobre o marido, que alegou ter encontrado a mulher depois de voltar para casa mais cedo de uma viagem de negócios. O relevante aqui é esse segundo caso.

Ao analisarem a cena do crime, Warrick encontrou um ticket de estacionamento na chave da vítima, e Sara encontrou um fio de cabelo sintético rosa. O ticket os levou ao cabaré Over Under que os levou até uma stripper que usava peruca rosa.

Falaram com ela e a moça, Candy, disse que bateu em Margo Dorton, a vítima, porque ela estava saindo com seu noivo Jesse, mas alegou que não a matou. Disse que ele trabalhava no andar de cima.

Warrick e Sara subiram e deram uma olhada.

— Isso é um restaurante?- perguntou Sara.

— Se for, estou com medo do menu.- respondeu Warrick vendo que o “menu” eram fotos de homens.

Warrick viu um bar e foi conversar com o cara sobre os champagnes. Sara ficou onde estava e um homem alto se aproximou dela.

— Você gostaria do catálogo ou tem um garoto fixo?

— Na verdade, essa é a minha primeira vez. O que exatamente acontece aqui?- ela perguntou meio sem graça.

— Isso é um Clube de Acompanhantes, um lugar onde os homens entretêm as mulheres. É o primeiro do gênero em Las Vegas. Começou no japão. Pode escolher.- ele entregou a ela o “menu” e Sara foi passando as páginas. — Os acompanhantes são pagos por garrafa. O mínimo são duas garrafas. As garrafas vão de 50 a 5000 dólares.

— Qual o gosto de uma champagne de 5 mil?- um absurdo pagar 5 mil numa garrafa de champagne.

— Nós só vendemos um tipo de champagne. É o cara que vem com a garrafa que determina o preço.- ele respondeu.

Sara falou uma coisa que ofendeu um pouco ele.

— Qualquer coisa é legal em Clark County.

— Senhorita, nós não vendemos sexo aqui.

— E o que vocês vendem?

— Um relacionamento. Não é isso que a maioria das mulheres quer?

— Eu não sei.- fugiu do assunto. — Mas eu sei o que eu quero. Eu quero o Jesse.- apontou pra foto dele. Era bonito pra caramba, tinha carinha de neném!

Ah, se Grissom escutasse isso!

— E quem não quer?- ele não pareceu surpreso. — Vou ver se está disponível.

Sara ficou olhando pelo vidro enquanto o rapaz ia falar com Jesse. Viu que o mesmo olhou pra ela logo quando o rapaz mostrou quem era. E modéstia parte, ele parece ter gostado do que viu.

Jesse pediu licença para as três mulheres que estava com ele e foi receber Sara.

— Ah, vindo do trabalho, né?

— Na verdade, trabalhando.- ela disse mostrando sua identidade em seguida. — Sara Sidle, perícia criminal.

— O que posso fazer por você?

— Você conhece essa mulher?- mostrou a foto a ele que reconheceu imediatamente.

— Senhora Dorton.- sorriu. — Sim, ela é um dos meus relacionamentos.

— Posso te fazer algumas perguntas sobre ela?

— Pode. Ãhn…- ele olhou pro lado rapidamente e voltou a falar. — Não falo sobre meus relacionamentos aqui. Vamos para um lugar mais íntimo, certo?- um sorriso surgiu no canto dos lábios dele.

— Certo.- ela respondeu.

Jesse pegou na mão dela e a conduziu até uma sala vazia.

Ah, se Grissom visse isso!

Sara ficou meio surpresa com esse gesto, mas não ligou, foi fofo. Não foi com ele pra ter nada, obviamente, precisava somente interrogá-lo sobre Margo. Mas que seu namorado não soubesse disso.

O começo da conversa foi meio relativo para Sara, ela se identificou com o que Jesse falou. Vamos por partes. Sara perguntou como ele conheceu Margo, ele disse que ela o escolheu no catálogo dizendo que ela queria o que a maior parte das mulheres querem. Em seguida ele ofereceu champagne a Sara, que agradeceu, mas não aceitou. Quando Sara perguntou o que seria o que as mulheres querem, ele respondeu:

— O sonho.

— E esse é você?!

— Os 50 mil que ganho por mês dizem que sou. Quem não quer se apaixonar?

Opa.

— Eu não acho que seria uma coisa pela qual eu pagaria.- ela comentou.

— É, mas você não quer passar sua vida esperando por isso também.- disse ele. — Aqui, agora, uma mulher pode ter um relacionamento com um homem que só quer agradá-la...- “Grissom”. — Que pode fazê-la rir…- “Grissom”. — limpar suas lágrimas.- “Grissom”... — Dar a ela confiança para ser ela mesma.

Tudo o que Jesse falava, Sara sentia o impacto e naquela hora, a saudade apertou mais seu peito.

— E quantos relacionamentos você tem?

Jesse disse que administrava 25 ao mesmo tempo. Disse que Candy era um deles, desmentiu sobre ser noivo dela e confirmou que ela bateu em Margo por ciúme, já que Margo tinha mais dinheiro e podia monopolizar o tempo dele. Disse que não via os relacionamentos fora dali, isso significava que era término, pois ao fazer sexo com ele a mulher alcança seu objetivo, não há mais nada que ele possa dar a ela. Ao contar que Margo estava morta, ele pareceu chocado e triste. Uma bela atuação, pois Sara descobriu que fora ele quem matou Margo. E o motivo? Eu vos digo, mas antes vamos pra cena que realmente importa aqui.

Andando em frente a sala de Grissom, Sara viu que Keppler estava lá dentro olhando uma das miniaturas que Grissom havia trancado em caixas de vidro. Entrou pra falar com ele.

— Oi.- ele a olhou. — O que está fazendo?

— Só olhando.- endireitou a coluna.

— E o que você acha?

— Meticuloso. Obsessivo. Sabe como mexer com kits de modelagem.

Espera. Ele está achando que Grissom que fez aquilo tudo?

— O Grissom… não fez isso aí.

— Não?- perguntou surpreso. — Encaixa no perfil.- Sara só observava. — Insetos em garrafas, kit de meda do Darwin.- sorriu.

— Ele... gosta de colecionar algumas coisas.

— É, conhecia um cara assim na Philadelphia. Tinha uma caixa de dedões no armário.

— Amigo seu?

— Não. Um serial killer.

Eita.

A próxima pergunta saiu sem querer. Sara sentia falta das estranhezas de Grissom, dos experimentos nojentos, os gafanhotos cobertos por chocolate que eram horríveis, as corridas de baratas gigantes que o deixavam doido.

— Sente falta?

— De quê?

Sara então contornou a pergunta.

— Philadelphia.

Ele desviou o olhar e ficou sério.

— Não.- disse simplesmente e saiu da sala.

Ela achou estranho. Na verdade, ele tinha um jeito estranho mesmo, algo meio sombrio ou sei lá.

Sara olhou imediatamente pra mesa de Grissom. Atolada de pacotes, caixas, papéis e envelopes. Bateu uma bad. A saudade estava lhe matando. Foi até o aquário onde havia colocado o casulo que ele lhe deu, ainda estava ali, intacto. Suspirou e pensou, quando será que iria se abrir? Quanto tempo mais ele ia demorar pra voltar? Será que ele estava sentindo tanta falta dela quanto ela estava dele?

Enquanto Sara pensava e tentava acalmar seu coração pela saudade, em seu escritório em Massachusetts, Grissom estava com um livro de Shakespeare ao seu lado, em sua mão estava uma caneta onde ele a usava para escrever em um papel. Uma carta. A carta que sua morena tanto estava esperando que ele mandasse.

Escreveu a folha inteira, colocou dentro de um envelope e no verso escreveu o nome dela e endereço. Porém, bateu uma insegurança em Grissom. Mandava ou não mandava? Faltava apenas uma semana para vê-la outra vez, talvez não houvesse necessidade. Foi aí que ele desistiu e guardou a carta dentro do livro.

Voltando ao caso, melhor dizendo, o final dele, quando Sara e Jim levaram Jesse para interrogatório, informaram que tinham achado DNA dele na casa e que compararam esse DNA com o de Margo. Juntando isso deduziram que Margo procurou Jesse e o levou pra casa para revelar que era mãe dele. Mas não falaram da compatibilidade até que ele confessasse. Conforme foram contando sua teoria, Jesse ia se desestabilizando, com cara de choro e demonstrava ter culpa na morte da mulher.

Foi aí que ele confessou.

— Ela mentiu pra mim. Disse que contratou um investigador particular para me encontrar.- seus olhos estavam marejados já ao falar. — Disse que estava criando coragem pra me dizer a verdade.- Sara se mantinha séria, pois aquilo estava começando a apertar seu coração. Não pena de Jesse, mas a situação que levou a morte de Margo. — Disse que tinha muito pra compensar. E que…- sua voz embargou. — Eu podia ficar com o carro dela. Que eu não teria mais que trabalhar.

— E você achou que era mentira?- ela perguntou.

— Sim, mentiras pra se aproximar de mim. Todas as clientes tem suas táticas. Mas a dela era… maluca.- Jesse estava se segurando pra não chorar, mas sem sucesso, seu rosto já estava vermelho.

— Ela não estava mentindo, Jesse. Vocês tem 13 alelos em comum.- Sara mostrou o teste pra ele. — Você matou sua mãe.

— Então me prendam.- disse ele. — Me chamem de assassino, matador, o que for.- sua voz embargou mais ainda por conta do choro que ele não queria soltar. — Mas não digam que eu tenho uma mãe, porque eu não tenho, eu nunca tive… E nunca vou ter.

Aquilo doeu muito em Sara que ela até desviou o olhar do homem à sua frente. Havia se identificado com as últimas frases dele e ficou com muita dó. Mas ainda assim, Jesse cometeu um crime, e seria punido por isso, mesmo sendo triste.

Caso fechado, sentimentos balançados, saudade apertando o peito. Era assim que Sara estava naquela madrugada quase manhã.

Tomou um banho quente quando chegou em casa, pois estava meio friozinho e resolveu não ficar lá, resolveu sair. Nas últimas semanas ela saiu bastante com os amigos, a semana passada nem tanto pelos sentimentos estarem feridos haha, mas passou bastante tempo com eles. Naquele dia ela resolveu ficar sozinha e ir para um lugar especial. Levou Hank também pra dar um passeio de carro, não se desgrudava dele quando estava em casa e quis levá-lo pra conhecer o cantinho dela e de Grissom.

Segurando sua coleira, Sara subia a montanha com Hank.

— É aqui que a gente vem quando deixa você em casa sozinho, filho.- Sara riu chegando perto da árvore. Viu o coração com as iniciais e sorriu suspirando. Os dias estavam passando tão devagar.

Resolveu ligar pra ele. Sentou-se encostada na árvore com Hank deitado em seu colo. Chamou, chamou, mas ele não atendeu. Será que ele estava dormindo? Ligou mais uma vez e no segundo toque ele atendeu. Estava com uma voz meio cansada.

— Desculpa amor, eu te acordei?

— Não honey, eu não estava dormindo, eu tenho tido um pouco de insônia até. Estava preparando um café, não escutei tocar a primeira vez.

— Ah sim, menos mal. Eu tenho tido um pouco de insônia também. Por que será né?- ela perguntou em um tom divertido.

Grissom sorriu.

— Não faço ideia.- ele respondeu no mesmo tom. — Como você está?

— Mais ou menos. E você?

— Eu estou bem. O que houve pra estar mais ou menos?

— Me envolvi em um caso.

— Ah.- Grissom suspirou de tristeza, pois Sara ficava muito emotiva quando se envolvia. — Violência doméstica?

— Não. Na verdade não foi o caso em si, mas o que o cara disse quando confessou. Doeu um pouquinho, sabe?

— Me conta.- disse ele carinhosamente. Mesmo estando longe, queria fazê-la se sentir melhor, e falar era bom pra ela.

Sara contou pra ele tudo o que Jesse tinha lhe contado, para Grissom entender o contexto. Contou o que Margo fez e o que Jesse fez quando soube. E no final, disse o que tinha deixado ela mal. Grissom compreendeu tudo.

— Eu tinha até esquecido essa coisa de não ter tido mãe durante anos, mas só foi ele falar aquilo e me deu um negócio aqui dentro do peito, sabe?

— Confesso que esse caso foi um tanto bizarro. “Clube de Acompanhantes”?!- ele franziu o cenho. — Mas seria mesmo estranho se você não se abalasse com essas últimas palavras dele.- Sara assentiu e suspirou. — É verdade que você teve mãe por pouquíssimo tempo e é normal ficar triste por conta disso, mas não se esqueça de que nada foi culpa sua, Sara. Você vai superar tudo isso um dia, eu sei que vai.

Sara sorriu.

Era tão bom se abrir com ele. Grissom sempre a fazia se sentir melhor, e até mesmo longe ele conseguia cuidar dela. Conseguia fazer com que ela se sentisse acolhida, protegida, amada...

Esperava que a próxima semana passasse rápido.

“Se eu tivesse de viver minha vida sem você perto de mim,

Os dias seriam todos vazios, as noites pareceriam tão longas.

Com você eu vejo a eternidade tão nitidamente

Eu posso ter estado apaixonado antes,

Mas nunca pareceu tão forte.

Nossos sonhos são jovens e ambos sabemos

Eles nos levarão onde nós desejamos ir.

Segure-me agora, toque-me agora

Eu não quero viver sem você.” ― George Benson


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Notas finais do capítulo

COMO ASSIM VOCÊ NÃO ENVIOU A CARTA, GRISSOM? ‍♀ Ôh Deus! Mas não faz mal, logo ela vai saber.
Aliás, essa saudade não vai durar muito tempo, no próximo tem Lei da Gravidade! ♥
Não esqueçam de comentar ^^
Abraço de urso :3



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