Perdoe-me, por favor escrita por CohenHiraMi


Capítulo 7
Capítulo 7 – O que você está escondendo?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como estão? Bom, como hoje é feriado, venho com mais um capítulo pra vocês! Espero que gostem! ♥



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Frisk se via em meio à escuridão. Por onde olhava ou passava, via somente o breu tomando conta do lugar onde estava. No começo ficou assustada, mas logo foi lembrando o que aconteceu. Estava lutando contra Papyrus... Depois ele lhe deu um abraço... E depois? O que aconteceu depois? A garota lembrava-se que o esqueleto havia dado meia volta e estava retornando para Snowdin, mas depois disso não se lembrava de mais nada.

Estava começando a ficar inquieta, até tudo ficar claro. Agora estava em um cenário completamente diferente de Snowdin. Já estava prestes a lutar contra Undyne. Mas... Como ela chegou ali tão rápido? Isso era impossível! Talvez tudo fosse apenas fruto de sua imaginação. Talvez ela estivesse desacordada. Não deu muita importância para isso, já que viu a guerreira que nunca desiste vindo rapidamente em sua direção.

Tentou correr para longe dela. Não queria lutar ou feri-la, mas algo a prendia naquele lugar. Percebeu também que segurava uma faca. O que estava fazendo com aquilo nas mãos? Estava confusa. Não teve tempo de pensar ou agir, pois a guerreira foi para cima da garota com tudo o que tinha. Undyne parecia estar com raiva e determinada a acabar com tudo aquilo de uma vez por todas.

Então, o mais inesperado aconteceu: Frisk atacou Undyne. Por sorte a guerreira se esquivava de seus ataques, mas era perceptível a exaustão da mais alta. A garota fazia todo o possível para tentar parar de atacar, mas todo o seu esforço era em vão.

— Viu como eu consigo o controle? Eu vou acabar com essa linha do tempo como fiz com a outra e, como prêmio, terei sua alma também! – Chara exclamou animada com o calor da batalha.

— Como você conseguiu isso? Como conseguiu tomar o controle? Eu tinha tudo sob controle! Como conseguiu isso? – Frisk questionava desesperada.

— Eu sempre consigo o que quero! Agora fique quieta aí e assista a guerreira que nunca desiste morrer! Bem diante de seus olhos! – Chara exclamava em tom distorcido. Estava louca e a cada ataque que desferia sobre a guerreira mostrava isso.

— Pare, por favor! – Frisk falou em vão.

— Nunca! – Chara falou, antes de desferir o golpe final em Undyne.

— Não! – A garota gritou o mais alto que conseguiu.

E então, quando viu, estava em um lugar diferente. Parecia um quarto. O mesmo quarto que passou a noite. Não entendendo nada, olhou ao redor, ainda ofegante. O que estava acontecendo? Aquilo foi outro pesadelo? Quantos mais ela teria? Estava cansada daquilo. Mas... O que ela estava fazendo ali? Quem a levou para lá? Essa última questão foi respondida quando ela olhou na cadeira ao lado da cama.

Nela estava Sans cochilando. O esqueleto mais velho parecia estar em um sono pesado, pois não a ouviu gritar. Isso era bom. Resolveu não acordá-lo e nem atormentá-lo mais com sua presença. Levantou-se e, quando foi tentar ir em direção a porta, sentiu uma mão ossuda segurando-lhe o pulso. Seu coração deu uma leve acelerada.

— S-Sans...! Pensei que estivesse dormindo... – Frisk falou, virando-se para o mais velho.

— Eu estava, até ouvir você gritar. – Sans respondeu.

— Ah, isso... – A garota não sabia o que dizer. Estava envergonhada por ter gritado daquele jeito.

— Outro pesadelo? – O esqueleto questionou.

— S-sim... – Frisk respondeu, olhando para baixo.

— E ainda não quer conversar sobre...? – Sans perguntou preocupado.

— Você se importa? Estava desconfiado de mim até a pouco tempo atrás! – Frisk exclamou alterada.

— Ainda estou. Mas você poupou meu irmão. E ele gosta muito de você, então posso dar uma trégua por um tempinho. – Sans respondeu dando de ombros.

— Trégua? Sans, ou você acredita em mim ou não! Estou tentando o meu máximo para provar que mudei! – Frisk falou ainda alterada.

— Hey, não te salvei pra você vir com estupidez pra cima de mim. E outra, tem algo que quero te perguntar. – Sans falou seriamente.

— O-o que quer perguntar...? – Frisk questionou receosa.

— O que está acontecendo? – Sans perguntou direto.

— C-como assim? – A garota questionou de volta, se fazendo de desentendida.

— Eu vi sua luta contra meu irmão. Eu falei que estaria te observando. Aquilo... Não foi normal. – Sans falou.

— Se você contar sobre mim, eu assumo o controle de qualquer jeito e mato ele. – Chara apareceu e ameaçou Frisk.

— S-só foi uma forte dor de cabeça... Quando me dá isso eu começo a delirar! – Frisk respondeu de imediato, inventando a primeira mentira que lhe veio à mente.

— Boa garota. – Chara falou assumindo a forma de um fantasma, pousando uma das mãos no queixo de Frisk.

— Está pensando que sou idiota criança? – Sans falou, apertando um pouco mais o pulso da garota.

— É sério Sans! Desde que cai aqui tenho essas dores! – Frisk falou tentando esconder o pavor que estava sentindo ao ver Chara ali.

— Isso. Continue mentindo e ele não sofrerá as consequências. Pelo menos não por agora. – Chara falou flutuando atrás do esqueleto.

— Você pensa que me engana? Eu me lembro muito bem do seu último reset. Você não tinha dor de cabeça nenhuma. – Sans falou.

— C-comecei a ter agora, dá licença? – Frisk falou, tentando ao máximo desviar do assunto.

— Nossa conversa ainda não acabou, ouviu...? Vamos voltar a falar sobre isso em uma outra ocasião. – O esqueleto falou desconfiado.

— Por mim... – A garota respondeu abaixando a cabeça.

Só então ela percebeu que Sans ainda a segurava pelo braço. Isso a fez corar instantaneamente. O esqueleto percebeu a reação da garota e a largou imediatamente, sem jeito. Não queria admitir, mas ela de certa forma mexia com seus sentimentos. Era uma mistura de mágoa, ressentimento, mas algo a mais estava batendo no coração do mais velho.

Ele não sabia explicar, mas vê-la desacordada e frágil do jeito que estava o tinha preocupado e muito. Sentia uma vontade enorme de sempre estar por perto para protegê-la, mas também queria ficar longe, com medo de se decepcionar.

Pensando nessas coisas, o mais velho levantou-se da cadeira e foi em direção à porta. Deu uma última olhada para trás antes de sair apressadamente para casa. Não queria preocupar o irmão também. Falando nele, precisava dizer-lhe que a humana estava bem.

Na verdade, era para ela ter ficado com os irmãos na casa deles, porém Sans pensou que fosse melhor ela ficar na pousada. Não confiava nela cem por cento ainda. Uma pontinha de dúvida ainda assolava seu coração. Mesmo assim, ele continuaria seguindo-a em sua jornada. Queria ver com seus próprios olhos se ela havia mudado ou não. Isso só o tempo irá dizer.


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Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviews? *---*



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