Perdoe-me, por favor escrita por CohenHiraMi


Capítulo 3
Capítulo 3 – Isso está certo?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como estão? Estou aqui com mais um capítulo! Eu tenho outro pronto, mas postarei somente amanhã, ok? Divirtam-se! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704482/chapter/3

Depois de se encontrar com Flowey, Frisk seguiu em frente. Mostraria para a flor que o mundo não precisava ser daquele jeito, porém, faria isso mais tarde. Agora estava ansiosa por outra coisa. Sabia que o esqueleto mais velho estaria logo a frente, então apertou o passo, entrando na fria estrada que levava a Snowdin. Tudo correu como na primeira vez em que caiu naquele lugar. Depois de andar um pouco, encontrou um galho robusto, que não dava para pegar porque era pesado. O ignorou e continuou seu caminho.

Ouviu-o partindo em pequenos pedaços. Sans estava se aproximando. Seria sua chance de fazer tudo diferente. Chegou até a ponte e ali ficou parada, fingindo não saber o que fazer. Então, ouviu passos atrás de si. Acabou ficando um pouco nervosa. Já tinha vivido aquele momento antes, mas o nervosismo insistia em continuar em seu corpo.

— Humano. Não sabe cumprimentar um novo amigo? Vire-se... – Frisk escutou o esqueleto falar, mas não o deixou terminar a frase, já se virando e apertando sua mão.

— ... – A garota nada disse, só esboçou um pequeno sorriso nos lábios, depois de ouvir a almofadinha de pum fazer seu trabalho.

— Oh, que estranho... Até parece que você já passou por isso antes... Bom, tanto faz. Sou Sans, Sans o esqueleto. – Sans falou normalmente.

— Meu nome é Frisk! – A menina respondeu sorridente.

— Frisk... Certo Frisk. Sabe, era para eu estar caçando humanos agora, mas eu não dou a mínima pra isso. – Sans falou desinteressado. Parecia já ter repetido esse diálogo antes.

— Ahn... E então...? – Frisk questionou confusa. Não era esse o comportamento do esqueleto geralmente.

— Bom, eu não dou a mínima, mas meu irmão, Papyrus, é um caça humanos fanático. Falando nisso, acho que é ele logo ali na frente. Vamos, passe por essa ponte com as barras muito largas. Sim, meu irmão as fez muito largas para prender alguém aqui. – Sans falou indiferente.

— Ok... – Frisk respondeu ainda confusa.

— Viu só? Ele sabe que você cometeu seus pecados! – A voz ecoou na mente da menina.

— Bobagem. Quando eu resetei, todos eles se esqueceram do que eu fiz... – Frisk respondeu incerta.

— Isso é o que veremos...! – A voz falou, rindo e sumindo aos poucos.

Frisk atravessou a ponte e parou perto de um abajur, esperando que Sans falasse mais alguma coisa. O mais estranho disso tudo é que ele não disse nada, só ficou parado, olhando na direção de onde seu irmão estava vindo. A garota ficou impaciente, pois Papyrus estava se aproximando cada vez mais. Sans pareceu notar o desespero no rosto da menina, então começou a falar.

— Se você quiser, pode se esconder atrás daquele abajur ali. Ele não vai te ver. – Sans disse, parecendo não se importar com a situação.

— O-ok... – A garota respondeu e correu a tempo para trás do abajur.

— Viu só? Ele se lembra. Ele se lembra de cada monstro que você matou. Não adianta se fingir de boazinha mais. Ele nunca irá te perdoar. – Chara disse se materializando na mente de Frisk.

— Como fez isso? – A garota perguntou assustada.

— Com suas dúvidas e medos, fica mais fácil eu tomar minha forma corpórea. – Chara sustentava um sorriso doentio nos lábios.

— Oras, me deixe em paz. Eu vou conseguir fazer todo o caminho sem machucar ninguém... – Frisk respondeu incerta.

— Viu só? Já está se entregando as incertezas. Logo, logo esse corpo será controlado por mim! – Chara falou triunfante.

— Não vou deixar isso acontecer. – A menina respondeu e passou a ignorar Chara o máximo que conseguia. Agora que ela estava em sua fase corpórea, seria mais difícil ignorá-la, mas tentou focar na conversa dos irmãos.

— Sans! O que está fazendo parado aí? Faz oito dias que você não recalibra seus quebra-cabeças! – Papyrus falou irritado.

— Ah mano, dá uma folga prósseu irmão! – Sans falou, fazendo mais uma de suas piadas ruins.

— Sans! – Papyrus chamou a atenção do irmão.

— Ah, qual é? Você está sorrindo! – Sans disse divertido.

— Estou! E eu odeio isso! E se um humano passar por aqui? Eu tenho que fazer todo o trabalho duro! – Papyrus reclamou.

— Você está se esforçando pra osso hein mano? – Sans soltou mais um de seus trocadilhos ruins.

— Sans! Pare de fazer piadas ruins e me ajude! Como poderei me tornar um membro da guarda real desse jeito? – Papyrus continuou reclamando.

— Calma mano, você está de crânio quente! Tem que se distrair um pouco! – Sans disse risonho.

— Meu Deus, eu vou voltar pro meu posto. E você, seja mais... Osso duro em seu trabalho! Nyehehe! – Papyrus disse, saindo logo em seguida.

— Se quiser, já pode sair daí. – Sans voltou a falar com indiferença.

— Ahn... Sans... Deixe-me fazer uma pergunta? – Frisk perguntou receosa da resposta que receberia.

— Você acabou de fazer uma. – Sans deixou escapar.

— Bom, tanto faz... Eu fiz alguma coisa pra você? Ou melhor... Você... – Frisk não pode terminar de falar, já que foi interrompida pelo mais velho.

— Como se você não soubesse... Enfim, vamos seguir em frente. Meu irmão talvez queira te encontrar. Isso faria o dia dele. Se não se importar. – Sans falou e saiu andando para um de seus atalhos.

— Haha! Eu sabia! Ele sabe o que você aprontou Frisk, não tem como fugir! – Chara falou zombando da menina.

— Essa não... – Frisk deixou escapar, enquanto olhava para o caminho que o esqueleto tinha tomado.

— O único jeito é se render a mim agora Frisk. Você não tem escapatória. – Chara insistia, tentando tomar o controle da situação.

— Não. Vou provar a ele que mudei. Não vou deixar você fazer o que quer Chara. – Frisk disse determinada, tomando o caminho oposto ao de Sans.

Andou por algum tempo. Estava ventando mais que o normal naquela rota, tornando a visão e o caminho mais difíceis para a menina. Mas isso não a impediu de chegar a seu primeiro destino: o cão guarda real, que não podia enxergar coisas que não estivessem se mexendo. Passar por ele foi fácil. Ela permaneceu imóvel por toda a luta e, quando teve oportunidade, fez carinho na cabeça do cão.

— O que? O que foi isso? Fui acariciado por algo que não está se mexendo! – O cão falou. Estava louco, olhando para todos os lados para ver se encontrava alguém.

— Que cachorro estúpido! Se fosse ele, parava de dar importância a coisas que se mexem e ficaria atento as que não se mexem também! – Chara comentou incrédula com a atitude do cão.

— Não fale assim dele... Ele até que é fofinho assim! – Frisk falou, se divertindo com a situação.

— Meu Deus, preciso de alguns biscoitinhos caninos depois dessa! – O cão falou, indo para sua estação de vigia.

Logo a luta acabou rápido e Frisk pode seguir seu caminho. Estava com pressa de encontrar os irmãos esqueletos. Queria mostrar ao mais velho que tinha mudado. Não sabia porque estava necessitada disso, mas o faria da melhor maneira possível.

Não demorou muito e os irmãos já estavam a sua frente. Ambos conversavam animadamente, até notarem a sua presença. Papyrus, o mais alto, continuou animado. Talvez até mais animado que antes. Já Sans, a olhava como se não estivesse nem aí com a presença dela.

— Oh, meu Deus Sans! Isso é um humano! Mas... Ele me parece familiar... – Papyrus falou, analisando Frisk de cima a baixo.

— Isso te parece familiar porque é uma pedra! – Sans falou, olhando para seu irmão e apontando para a pedra atrás de Frisk.

— Como eles conseguem ser tão idiotas? – Chara comentou, batendo em sua própria testa.

— Deixe-os em paz. – Frisk comentou, enquanto observava a cena com um aperto no coração. O gelo que Sans estava dando nela a matava por dentro.

— Oh sim... – Papyrus respondeu ao irmão em tom desapontado.

— Mas... E aquilo na frente da pedra? – Sans perguntou a Papyrus.

— Oh! É um humano! Se prepare humano! Porque esse será o dia mais difícil de sua vida! Puzzles e refrescos serão providenciados! Você não passará dessa área! Nyehehehe! – Papyrus disse animado indo embora.

— O quão burro ele pode ser? – Chara perguntou olhando-o partir.

— Ele não é burro. É apenas inocente demais... – Frisk comentou.

— Vai falar com o comediante agora? – Chara questionou interessada.

— Vou tentar mais uma vez... – Frisk falou incerta.

— Não vai dar certo. Lute com ele aqui e agora! Mate-o! Deixe-me acabar com isso logo! – Chara falou impaciente.

— Não! – Frisk respondeu alto. Para seu azar, Sans ouviu.

— Não o quê, criança? Está ficando doida? Ah é. O que você fez já prova que você é maluca. – Sans falou olhando seriamente para ela.

— Não quis fazer aquilo por mal... E eu vou provar que eu só quero o bem de vocês! – Frisk respondeu a Sans.

— Só quer o nosso bem? Não me faça rir. Você matou a todos nós. Pensa que eu não lembro? – O esqueleto falou, mudando a cor de seu olho direito para azul claro.

— C-como você se lembra disso...? – Frisk perguntou chocada.

— Isso não vem ao caso. Eu só lembro. E gente como você não muda assim de uma hora para outra. – Sans respondeu.

— Eu vou provar que posso sim mudar. Nem que eu tenha que ficar aqui com você pela eternidade. – Frisk respondeu determinada.

— Eu só não te mato agora porque meu irmão iria estranhar o seu sumiço. E outra, quero ver ele te capturar e te entregar para Asgore. – Sans falou, fazendo seu olho direito voltar ao normal.

— Isso não vai acontecer. Eu com certeza conseguirei um final feliz para todos aqui. – Frisk respondeu tentando não chorar.

— É o que quero ver, pirralha. Mas duvido. – Sans disse, pegando mais um de seus atalhos.

— Viu? Ele não confia mais em você. – Chara falou, atingindo em cheio o coração de Frisk com aquelas palavras.

— Vou fazê-lo voltar a confiar. Preciso só de me tornar amiga do irmão dele... E conseguir ficar na casa deles por uns tempos... – Frisk falou incerta de seu plano.

— Endoidou? Ele vai te matar assim que tiver chance! Eu preciso de você viva para concretizar meu plano! – Chara falou impaciente.

— Você não vai concretizar plano nenhum! E ele não vai me matar também. Eu vou conseguir consertar tudo, você vai ver! – Frisk falou determinada e seguiu em frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, mereço reviews? Vamos lá gente, podem comentar qualquer coisa! Se estão gostando, se preciso melhorar algo, se está do jeito que vocês imaginavam...! Vamos lá, não tenham medo! Eu não mordo! 8D #apanha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Perdoe-me, por favor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.