Perdoe-me, por favor escrita por CohenHiraMi


Capítulo 2
Capítulo 2 – Conhecendo (de novo) Napstablook


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Voltei com mais um capítulo! Este eu já tinha deixado pronto ontem, mas resolvi postá-lo somente hoje...! Espero que gostem!



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Enquanto andava pelas ruínas, Frisk tomava o máximo de cuidado que conseguia ao lutar contra um monstro. Poupava a todos que apareciam a sua frente, até encontrar-se com Napstablook. O fantasma agira como na primeira vez. Estava fingindo dormir. Teria que movê-lo a força novamente se quisesse passar. Então a luta começou. A garota desviava de todos os ataques do fantasma, sendo atingida poucas vezes. No meio da luta, uma voz ecoou em sua cabeça novamente.

— Por que não ataca ele? – A voz perguntou animadamente.

— Já falei que não vou atacar ninguém! – Frisk respondia dentro de si mesma, enquanto desviava e animava o fantasma.

— Oras, isso seria tão mais fácil se você atacasse... Ele sairia imediatamente do seu caminho! – A voz continuou falando, como um sussurro.

— Não, ele vai sair do meu caminho sem eu precisar atacar! – A garota respondia com certeza em sua voz, enquanto assistia o fantasma fazendo um truque com suas lágrimas.

— Eu chamo isso de chicblook... E aí, gostou...? – Napstablook questionou, esperando a resposta da garota.

— Esse truque é sem graça pra caramba, só ataque ele! – A voz ecoou dentro da cabeça de Frisk.

— Muito bom fantasma! Gostei demais! – Frisk respondeu batendo palmas, ignorando completamente a voz em sua cabeça.

— Oh puxa... Eu costumo vir para as ruínas por ser um lugar vazio... Mas hoje conheci alguém legal... Oh puxa... Estou falando demais de novo... Meu nome é Napstablook, e o seu...? – O fantasma perguntou timidamente.

— O meu é Frisk! Prazer em conhecê-lo Napstablook! – Frisk o cumprimentou.

— Puxa... Você é legal mesmo... Mas, por hora, irei sair do seu caminho... – O fantasma respondeu, sumindo das vistas da garota.

Depois desse encontro, Frisk continuou feliz por seu caminho. Finalmente estava aprendendo a poupar os monstros e não atacá-los como fazia antes. Andou mais um pouco até encontrar um lugar cheio de teias de aranhas. Em uma das plaquinhas, dizia para deixar 7 ouros na teia. A garota resolveu deixar, já que na outra rota, essa área passou despercebida por ela. Ficou surpresa quando viu uma aranha deslizar pela teia e lhe dar um biscoito no formato de aranha. Guardou o biscoito para comer mais tarde. Estava com a sensação de que aquele petisco iria ser útil mais tarde.

Andou mais um pouco pelas ruínas, até encontrar outro quebra-cabeça. Este era para encontrar um interruptor escondido em uma das salas. Não foi difícil encontrar, mas acabou caindo na sala errada por descuido, encontrando Napstablook mais uma vez.

— Oh puxa... Caí neste buraco e agora não sei como sair daqui...! – O fantasma murmurava deitado no chão.

— Mas... – Frisk começou a falar, mas foi interrompida por Napstablook.

— Oh... Mas eu sou um fantasma... E fantasmas passam por entre as coisas... Oh puxa... Vou seguir meu caminho... Até logo... – Dito isso, o fantasma sumiu novamente.

— Que fantasma estranho... Teria sido melhor tê-lo matado quando teve a chance. – A voz começou a ecoar na mente de Frisk de novo.

— Não teria sido melhor, e outra, pelo que eu me lembre, ele fingiu que estava perdendo HP, só para eu não me sentir mal. Ele é um bom fantasma... – Frisk respondeu.

— Mesmo assim! Se você tivesse atacado, não teríamos que ficar encontrando com ele! – A voz falou impacientemente.

— Tanto faz. Vamos somente prosseguir o caminho. – A garota falou, dando de ombros.

— Ué, já se acostumou comigo falando com você? – A voz falou destorcida.

— Claro que não... Mas é só eu te ignorar, certo? – Frisk respondeu determinada.

— Vamos ver por quanto tempo irá conseguir me ignorar...! – A voz falou, sumindo aos poucos.

Com a calmaria tomando conta do lugar novamente, Frisk prosseguiu. Não sabia por quanto tempo aguentaria Chara falando em sua mente. Mesmo assim, estava determinada a não matar ninguém.

Agora que estava pensando... Estava caminhando para o fim das ruínas. Logo teria sua luta contra Toriel para sair de lá. Também estava mais perto de encontrar Sans. O motivo maior de querer refazer todo o seu caminho era dar um final feliz para ele. Sans sempre a alertou, sempre esteve em seu caminho para tentar impedir o que ela estava fazendo. Por não ter dado ouvidos a ele, acabou matando a todos. Ele era o motivo de querer fazer tudo diferente. Queria agradá-lo dessa forma, para ver se conseguia ser sua amiga.

Com esses pensamentos em mente, prosseguiu sua jornada. Estava um passo de encontrar a aconchegante casinha de Toriel nas ruínas. Apressou-se e logo foi para a sala seguinte, encontrando a árvore com folhas secas em sua volta. Logo, Toriel apareceu com seu celular em mãos. Sabia para quem ela estava ligando.

— Oh minha criança, você está bem? Você está ferida? Venha cá, deixe-me te curar! – Toriel falou, vendo que Frisk estava ali, na sua frente, toda machucada.

— Fala sério... Essa melação toda me dá nos nervos... – A voz voltou a falar.

— Eu estou bem...! – Frisk disse, ignorando mais uma vez a voz que insistia em fazer algum comentário maldoso.

— Creio que eu não possa mais esconder isso de você... Venha, vamos entrar! – Toriel falou sorrindo e andando logo à frente.

Frisk somente a seguiu. Estava querendo acabar com aquela parte logo. Queria poupar Toriel logo e ir encontrar-se com Sans nos caminhos de Snowdin. Não sabia o porquê, mas algo dentro de si queria poder ver o esqueleto mais velho o quanto antes. Queria pedir-lhe desculpas por tudo o que fez mesmo ele não se lembrando de nada.

Fez como da primeira vez que caiu no lugar. Depois de apresentada a casa, o cheiro bom que vinha da cozinha e seu novo quarto, a garota pulou em cima da macia cama e adormeceu, sem ao menos dar um “boa noite” a cabra mãe.

A “noite” passou rapidamente e logo amanheceu. Mesmo o tempo sendo confuso no subsolo, ainda dava para ter um pouco de noção entre a noite e o dia.

Quando acordou, viu um pedaço de torta em cima de uma mesinha que tinha dentro do quarto. Ficou feliz com o agradável cheiro dela. Caramelo e Canela. As tortas de Toriel eram uma delícia. Resolveu pegar o pedaço e guardá-lo para mais tarde. Não estava com fome naquele momento. Estava com pressa. Pressa de encontrar com Sans em Snowdin.

Teve uma conversa rápida com Toriel. A cabra, quando viu a determinação da menina em querer ir pra casa, largou seu livro em sua poltrona e dirigiu-se ao andar de baixo da casa. A criança a seguiu.

O andar de baixo era um corredor imenso, escuro e com as paredes em um tom roxo, como o resto das ruínas. Frisk seguiu Toriel por todo o caminho.

— Não tente me impedir. Volte para cima agora. – Toriel disse em um tom autoritário.

— Mas...! – Frisk tentou argumentar, mas foi interrompida.

— Todo humano que cai aqui tem o mesmo destino. Eles vêm, eles vão embora, eles morrem. Eu só estou tentando te proteger, minha criança. Agora, seja uma boa menina e suba. – Toriel falou duramente, enquanto seguia seu caminho.

— Não a obedeça. Essa é a única forma de sair daqui e se encontrar com aquele comediante irritante. – A voz sussurrou na mente de Frisk.

— Como sabe que quero me encontrar com ele? – Frisk questionou assustada.

— Eu estou no seu subconsciente, sua tola. Tenho acesso à informações interessantes daqui. – A voz zombou.

— Não fique espionando meus pensamentos! – Frisk esbravejou dentro de si.

— É inevitável. Agora siga em frente. – A voz falou autoritária.

Frisk, não tendo muito que fazer, seguiu em frente. Logo estavam em frente à porta que levava para fora das ruínas. A garota estava nervosa, trêmula. Sabia o que estava por vir, sabia que a voz iria ecoar mais forte que nunca nessa situação. Porém, não iria fraquejar. Iria passar pelas ruínas sem ferir Toriel.

— Se quer tanto assim sair, prove para si, prove para mim que consegue sobreviver lá fora! – Toriel disse, entrando em uma luta com Frisk.

— Eu não quero lutar com você...! – Frisk falava, enquanto desviava com dificuldade dos ataques de Toriel.

— Ela não vai te ouvir. O único jeito é matar ela! – A voz apareceu novamente.

— Não vou matar ninguém! – Frisk falou mentalmente, enquanto era atingida por uma bola de fogo.

— Vamos lá, isso é fácil pra você. É só pegar esse graveto e desferir um golpe nela. Em Snowdin, roubaremos uma arma melhor! – A voz falou em tom maníaco.

— Não vou matar Toriel! Ela me deu uma casa, comida, um quarto! Deu-me amor! Não vou ser cara de pau e estragar tudo! – Frisk falou, enquanto era atingida mais uma vez.

— Ela vai te matar, sua tola! Deixe-me acabar com isso logo! É só matar ela primeiro! – A voz falou distorcida.

— Não! – A garota falou. Já não aguentava mais desviar e responder à voz em sua mente. Estava exausta. Seu HP estava em 2. Logo iria morrer.

Porém, uma coisa curiosa aconteceu. Os ataques de Toriel não estavam mais acertando a garota. Ela mantinha-se parada pelo cansaço, mas as bolas de fogo desviavam seu caminho, não a acertando. Observando isso, a menina começou a apertar o botão de poupar várias vezes.

— Eu só estou tentando te proteger... Por que está tornando isso tudo mais difícil? – Toriel disse, com algumas lágrimas escorrendo de seus olhos.

— Eu só quero sair do subsolo... – A menina respondeu.

— Aqui você tem comida, uma casa... Uma pessoa que cuida de você... Por que quer tanto ir embora? – A cabra questionou mais uma vez, não contente com a resposta.

— Porque tem coisas que preciso fazer... – Frisk falou, segurando para não chorar.

— Tudo bem... As ruínas ficariam pequenas demais para você... Minha solidão, meus medos, minhas incertezas, por você minha criança, eu os deixarei de lado... – Toriel disse, acabando assim com a luta.

— Vou poder ir embora...? – A garota questionou com o coração apertado.

— Vai... Mas, quando for, por favor, não volte... Espero que me entenda... – Toriel respondeu, dando um grande abraço na criança.

— Pode deixar... – Frisk respondeu, sentindo a dor em seu peito aumentar.

Depois de desfazer o abraço, Toriel seguiu corredor acima, parando somente para dar uma última olhada na criança e seguir seu caminho. A garota seguiu pelo lado oposto. Já estava sentindo o friozinho de Snowdin nas portas das ruínas. Antes que pudesse atravessar a porta e ir para seu tão desejado destino, Flowey apareceu mais uma vez.

— Está vendo? Ele quer te matar! Por que não mata ele agora? – A voz ecoou na mente de Frisk

— Oh, vejo que poupou todos os monstros das ruínas, criança ingênua! – Flowey proferiu sorrindo.

— Poupei! E irei poupar os de Snowdin também! – Frisk respondeu determinada.

— Pobre criança. Quando descobrir que neste mundo é matar ou morrer, será tarde demais! – A flor falou, sumindo logo em seguida, dando uma risada diabólica.


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Notas finais do capítulo

E então, mereço reviews por esse capítulo? Por favor, não deixem de expressarem suas opiniões, ok? Isso me deixaria muito feliz! 8D



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