Perdoe-me, por favor escrita por CohenHiraMi


Capítulo 12
Capítulo 12 – Indo para a Casa de Napstablook!


Notas iniciais do capítulo

Essa história de um capítulo por dia está me animando...! Kkkkkkkk!! Espero conseguir continuar com esse ritmo até o fim das minhas férias! XD

Boa leitura pessoal! Divirtam-se! o/



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Tudo estava preto. Não se ouvia nada durante um tempo. Frisk pensou que realmente tivesse morrido. Mas, de repente, uma voz ecoou em sua mente. Não era a voz de Chara lhe atormentando. Era uma voz infantil, meiga e preocupada.

— Hey, você caiu por aqui, não foi? Qual o seu nome...? – A voz perguntou inocentemente.

— Meu nome...? Chara e o seu? – Ouviu uma voz parecida com a sua respondendo a outra voz. Espere, ela não era Chara. Isso é algum tipo de lembrança da psicopata?

— Chara... Que nome bonito! O meu é... – Antes que a voz pudesse terminar de falar, tudo ficou claro. Frisk havia aberto os olhos.

Assustou-se com o local que havia caído. Tudo estava cercado por águas que caíam de uma bela cachoeira. Seria mais bela ainda se não tivesse lixo escorrendo junto com a água. Todo o lixo acabava se acumulando em vários montinhos. Por onde passava, via marcas conhecidas por ela, via capas de DVDs de animes em mal estado e, por incrível que pareça, também encontrou uma comida espacial comestível. Estava bem conservada dentro de um freezer velho.

Abriu a barra espacial e começou a comer. Estava faminta. Não havia comido nada desde que saiu de Snowdin. Caminhando mais um pouco, viu um boneco de treinamento largado no meio do lixão. Encarou-o com compaixão. Pobre boneco. O que ele estaria fazendo em um lugar como aquele? Mas Frisk não podia perder tempo com isso. Tinha que prosseguir. Então continuou seu caminho.

Quando chegou perto da saída do lixão, o ar havia ficado mais denso. Será que Undyne já havia a alcançado? Nem tivera tempo de se recuperar da última corrida e já teria que fugir novamente? Temendo por sua vida, a garota apertou mais os passos. Porém, foi impedida de prosseguir.

— Hey você! Ficou com medo de me bater é? – Uma voz que vinha detrás da garota falou irritada.

— Q-quem disse isso? – Frisk virou-se assustada na direção da voz.

— Fui eu, é claro! Quem mais seria? – O boneco de treinamento falou. Sua cor estava mudando para vermelho.

— Oh... Desculpe-me, mas não quero brigar com você...! – A garota falou, tentando prosseguir caminho.

— O que? Vai me ignorar? – O boneco falou, indo rapidamente bloquear o caminho da menina.

— Eu não tenho tempo para conversar com você agora...! Se quiser, podemos conversar outra hora! – Frisk falou, temendo um pouco a atitude do boneco.

— Que audácia! Eu dito as regras aqui! Você me deixou furioso quando não deu atenção pra mim! Agora você pagará por isso! – O boneco falou, com o corpo todo avermelhado.

— Ele não vai sair da frente Frisk. É melhor atacar. – Chara manifestou-se na mente de Frisk, falando seriamente.

— Não vou atacar ele. – Frisk rebateu, pensando em alguma maneira de se esquivar do boneco.

— Meu primo costumava viver dentro de um boneco também, mas você o espantou para fora de seu corpo, falando aquelas coisas horríveis! – O boneco falou, mudando completamente de assunto.

— Espera um pouco... Você é um fantasma? – Frisk perguntou.

— Sou, por que a surpresa? Eu não disse isso antes? – O boneco parecia ainda mais irritado.

— Oh, você tem razão... – Frisk respondeu, se lembrando da outra rota.

— Vai ficar aí me encarando? Eu vou acabar com você e usar sua alma para atravessar a barreira! – O boneco avermelhado falou irritado.

E então uma batalha se iniciou. O boneco atacava Frisk com várias nuvens de algodão, que eram lançadas por pequenas réplicas dele mesmo. Aquilo parecia nunca ter fim. A garota até cogitou a ideia de atacá-lo, mas achou melhor não. Como explicaria isso ao Sans depois? E outra... Ele pode estar observando nesse exato momento.

Foi então que a pequena teve uma ideia. E se mirasse os ataques que ele lançava, nele mesmo? O que será que aconteceria? Frisk tentou fazer isso duas vezes seguida, acertando-o em cheio. Ótimo, assim ela não precisaria machucá-lo.

A luta estava ficando prolongada demais. Agora, ao invés de nuvens de algodão, o boneco lançava mísseis em sua direção, com réplicas robóticas de si mesmo. Aquilo estava ficando cansativo. Seus movimentos já estavam ficando mais lentos. Já não conseguia acertar o boneco com tanta frequência mais.

— Que droga! Que droga! Que droga! Vocês são mais inúteis que os outros! Estão dispensados também! – O boneco falou irritado com os robôs, os fazendo sumirem da luta.

— A-acabou...? – Frisk questionou cansada.

— Claro que não! Eu não preciso de amigos! Eu tenho facas! – O boneco falou, tirando uma faca de algum lugar de seu corpo.

— F-faca...? – A garota questionou quase sem forças.

— Isso! Facas! E isso termina agora! – O boneco falou, lançando a faca em direção de Frisk.

— ... – Frisk nada falou, só desviou com o pouco de força que tinha. Mas, ainda assim, a faca pegou de raspão em seu braço, o cortando levemente.

— Droga, fiquei sem facas... – O boneco falou, caçando mais alguma faca em seu corpo.

— P-podemos terminar por aqui então? – Frisk perguntou ansiosa.

— Claro que não! Eu não tenho como te atacar e você também não pode me atacar, afinal sou um fantasma! Ficaremos dentro dessa luta pra sempre! – O boneco disse histericamente.

— Oh não...! – Frisk falou, perdendo as esperanças.

Foi quando umas gotas estranhas começaram a cair do céu. Estava chovendo? Dentro da caverna podia chover? Lembrou-se da outra rota, onde passou em um local que chovia, então ficou mais tranquila. Só ficou espantada com a reação do boneco. Aquelas gotas pareciam machucá-lo de alguma forma.

— Ai! Ai! Chuva ácida? Tô fora daqui! – O boneco falou, se retirando da sala, acabando assim com a luta.

— Oh... Eu atrapalhei a diversão de vocês... Vocês pareciam estar se divertindo tanto... Oh... – Então, uma voz conhecida por Frisk falou desanimada.

— Napstablook! – A garota exclamou feliz.

— Eu vou indo pra minha casa... Fique a vontade se quiser ir comigo... Ou se não quiser... – O fantasma falou, flutuando para o norte.

— Espera, eu vou com você! – Frisk falou, correndo atrás de Napstablook.

Frisk correu até chegar a um lugar calmo, onde havia três caminhos ao norte para seguir. Resolveu ir pelo caminho do meio, depois exploraria o resto do lugar. Chegando ao fim do caminho escolhido, a garota encontrou duas casinhas tortas, uma do lado da outra. Uma era azul clara e pendia para o lado esquerdo, a outra era de um rosa fraco e pendia para o lado direito.

Foi checar primeiro a casa rosa clara. Bateu na porta, mas ninguém atendeu. Tentou abrir, girando a maçaneta, mas esta estava trancada. Restou a singela casinha azul clara. Foi até ela e bateu na porta, como fez na primeira casa. Ninguém atendeu. Achou estranho, então resolveu entrar para ver o que tinha. Essa casa, diferente da outra, estava aberta.

Entrando na pequena casa, viu que ela só tinha um cômodo. Havia uma geladeira no canto esquerdo, um computador no canto direito, uma televisão encostada à parede, só que entre o computador e a geladeira. Também havia vários discos pelo chão.

O fantasma pareceu não ter notado a presença da garota ainda, pois estava concentrado mexendo no computador, com fones de ouvido.

— Napstablook? – A garota o chamou.

— Oh...! Você veio...! Não se sentiu pressionada a vir, se sentiu...? – O fantasma perguntou assustado.

— Claro que não! É sempre bom ter você por perto! – Frisk respondeu sinceramente.

— Oh... Fique à vontade para explorar a casa... É pouco, mas espero que se divirta... – Napstablook falou.

— Obrigada! – Frisk respondeu, indo em direção a geladeira.

— Oh... Está com fome...? Vou pegar algo para você comer... – O fantasma falou, indo em direção a geladeira também.

— Eu irei aceitar! Estou faminta! – Frisk respondeu animada.

— Aqui está... Um sanduíche fantasma... – O fantasma falou, entregando-o para Frisk.

— Ahn... Ok... Vou comer...! – A garota falou, tentando não ser indelicada com o amigo. Deu uma mordida no nada que estava em suas mãos.

— Oh... Ele passou por entre seus dentes... Ah, esquece... – Napstablook falou desanimado, voltando para perto do computador.

— Cara, você fez isso mesmo? Tentou comer algo que não existe? – Chara falou entre risadas.

— Fique na sua! Só não quis magoá-lo! – A garota respondeu nervosa.

— Mas acho que seu plano não deu muito certo! – Chara respondeu, dando mais risadas ainda.

— Oras, me deixe em paz! – Frisk exclamou constrangida.

— Sabe... Depois de uma refeição, eu costumo me deitar no chão e me sentir um lixo... Se quiser tentar... – O fantasma falou, chegando perto de Frisk.

— Oh... Tudo bem, vamos fazer isso! – A garota exclamou, pensando ser a oportunidade perfeita para esquecer o fora que deu.

— Deite-se no chão e feche os olhos... Quando quiser parar, é só se levantar, eu acho... – Napstablook falou, deitando-se no chão.

— Ok! – A garota falou, acompanhando o fantasma, deitando-se ao seu lado.

Ficaram assim por um tempo. Frisk jurava que estava ouvindo uma música estranha enquanto estavam deitados. Pareciam estar em outro lugar, em outra dimensão. Tudo aquilo serviu para Frisk pensar em seus atos. Será que estava fazendo a coisa certa? Será que Sans finalmente a perdoaria? Deixou esses pensamentos de lado e focou-se na estranha, porém bonita música que tocava ao fundo. Sentiu que estava prestes a dormir, então se levantou rapidamente. Não podia se dar ao luxo de descansar agora. Teria muitas coisas para enfrentar pela frente ainda.

O fantasma pareceu sentir que a garota havia se levantado, então a acompanhou, se levantando também. Ambos estavam com uma cara um pouco melhor. Aquilo pareceu fazer muito bem a Frisk. Fazia tempo que não se deitava e descansava assim.

— Foi muito bom passar um tempo com você Napstablook! Mas agora eu preciso ir... – A garota falou sorrindo triste.

— Oh... Entendo... Você precisa continuar sua jornada... – O fantasma pareceu meio triste também.

— Mas não se preocupe! Eu darei um jeito de tirar a todos daqui! – Frisk falou determinada.

— Oh... Muito obrigado por me animar... E muito obrigado por ter passado esse tempo junto comigo... – Napstablook falou, um pouco mais animado.

— Imagina... Agora, só espere que eu vou tirar todos daqui! – A garota respondeu, abraçando o fantasma.

— Oh... Fico feliz em ter encontrado alguém como você... Agora vá... Vá e cumpra com sua promessa... – Nasptablook falou retribuindo o abraço como pode.

— Pode deixar comigo! – Frisk respondeu desfazendo o abraço, acenando para o amigo e saindo da casa.

— Como pode prometer algo que não sabe se vai conseguir cumprir? – Chara perguntou seriamente.

— Eu vou conseguir. Eu sei que vou. – A garota respondeu determinada.

— Essa determinação... Ela é perfeita para o meu plano! – Chara falou em um tom psicótico.

— Você não a terá Chara. Eu serei forte, como fui até agora! – Frisk falou enquanto caminhava para outra sala.

— Vamos ver por quanto tempo Frisk... Vamos ver... – Chara falou e, logo em seguida se calou.

— Minha cabeça dói...! – A garota reclamou, sentindo tudo a sua volta girar.

Frisk estava ficando zonza. Não conseguia andar mais nenhum passo sem tropeçar em seus próprios pés. Quando estava quase caindo, alguém a segurou.


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Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviews por esse capítulo? Vamos lá pessoal, podem dizer o que estão achando! *--*