early morning practice

Talvez, até um certo ponto de seu sexto ano, seus momentos favoritos fossem os que ele passava com Ginny nos treinos de quadribol. Apesar dos momentos estressantes e da frustração, Harry sempre tinha que se policiar para não se distrair ao olhar para ela.

Foco, ele pensava. Mas era difícil focar em algo que não fosse ela. Num certo dia, quando o tempo estava frio, mas seco, ele desceu até o campo de quadribol mais cedo, usando seu suéter de Natal e encontrou Ginny lá, também sem o uniforme — estava frio demais. Provavelmente todos estariam sem o uniforme.

Ela estava, apesar do frio, de cabelo amarrado e com um grosso cachecol envolvendo o pescoço. Seu cabelo solto costumava atrapalhar no voo, ele notou.

— Manhã linda, não é? — Ela comentou quando o garoto parou ao lado dela.

Ele se virou para responder, mas se perdeu no caminho. O sol fraco refletia nas sardas de seu rosto e nos seus olhos castanhos. O monstro em seu peito não estava mais adormecido. — Harry? — Ela riu com a confusão do menino.

— Hm? Desculpe — Ele falou rapidamente, desviando o olhar para o campo vazio. — Sim. Manhã incrível.

Os dois ficaram lado a lado, com suas vassouras, sentindo o sol ficar mais alto.