Beatriz e Daniel escrita por Olavih


Capítulo 2
O meio


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas! Mais um capítulo. Esse está com o ponto de vista de Daniel. Espero que gostem de como o Porco Hipócrita vê as coisas!! Beijos e Boa leitura!



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A parte mais difícil de manter um namoro escondido é se lembrar de que esse namoro é escondido. Não que Daniel e Beatriz estivessem realmente namorando. Eles estavam mais para ficantes que para namorados. Mesmo assim, era difícil esconder para os amigos a química que estava acontecendo. Daniel tinha que se segurar constantemente para não entrelaçar os dedos nos de Triz, para não intimidar os caras que chegavam a ela e para não abraça-la quando ela parecia triste.

Porque não assumir um namoro logo de uma vez? Era uma opção, mas tanto Triz quanto Daniel concordaram que era cedo demais. Só tinha dois meses que estavam nisso e eles não se sentiam preparados para aguentar todos os amigos com perguntas desagradáveis. Além disso, as coisas estavam funcionando bem assim. Eles se viam durante a aula e, quando sentiam saudade, marcavam de se ver à tarde. Havia algumas inconveniências, é verdade, mas eles conseguiam lidar com elas.

— Bom dia gente! Sobre o que estão falando? — Perguntou Daniel assim que chegou. A turma já estava completa e Triz lhe lançou um sorriso tímido. Acomodando-se em seu lugar de sempre, o garoto sorriu, esperando resposta.

— Formatura! — Respondeu Paula, o que fez Daniel revirar os olhos.

— Isso de novo? Já não esgotaram todos os tópicos do tema? Quer dizer, até sobre a cor dos forros de mesa nós já falamos. — Reclamou o garoto.  Triz olhou para ele e perguntou silenciosamente se ele estava bem. Ele acenou levemente com a cabeça, movendo os lábios para dizer “só estou cansado”.

— Dessa vez estamos falando de pares para a dança. Acho que ainda não falamos sobre isso. — Respondeu Pedro. A nova rotina dele com irmãos começava a dar certo e ele até voltou a ser o Pedro alegre e agitado de sempre.

— Eu mesmo vou com a Vitória do outro terceiro. — Comentou Arthur, se vangloriando.

— Vitória Nunes? — Perguntou Pedro.

— Não, a Gonçalves.

— Mandou bem, molecão. — Comentou Daniel, mas se arrependeu quando viu a sobrancelha erguida de Triz, sinal de desaprovação. Ele murchou levemente, envergonhado.

— E nem foi de propósito, ela foi quem me convidou. — Arthur deu de ombros.

— Eu não tenho essa coragem sabe? De chamar um cara para algo assim. Sei lá, acho estranho. — Respondeu Paula.

— Ah nem devia! — Respondeu Daniel. — Acho mó feio mulheres assim.

— Porque Daniel? Na sua mente pequena homem e mulher não tem a mesma liberdade? Acorda filho, você tá no século XXI! — Triz se pronunciou pela primeira vez. Daniel abriu um sorriso largo. Amava ver o modo como ela apertava os lábios e erguia a sobrancelha em desafio. Adora irritá-la. E era exatamente o que faria agora.

— Seja no século XXI, seja no século XV, é feio de qualquer jeito. Daqui a pouco vocês vão querer pagar a conta.

— Não vejo problema nisso, uma vez que nós mulheres nos bancamos agora.

— Nenhum homem gosta de mulher assim, Triz. — Ele cruzou os braços, um sorriso convencido enfeitando seu rosto, observando seu semblante estressado. Triz e ele podiam até estar tendo algo, mas isso não significa que irritá-la deixe de ser divertido.

— Para ser bem sincero, eu gosto. — Respondeu Pedro. Ele olhou diretamente para Triz de um jeito que fez o sorriso de Daniel se desmanchar. — E estou disponível, se você quiser Triz.

— Olha, parece que não existem só porcos machistas nesse colégio. Obrigada Pedro! — Ela sorriu, bastante saidinha para o gosto de Daniel, e Pedro piscou para ela.

— Bom dia alunos! — a voz da professora Marta alcançou a todos, fazendo com que os estudantes se acomodassem em seus lugares. Daniel ainda lançou um último olhar a Triz como se dissesse “estou de olho em você”. Ela respondeu com uma gargalhada.

***

— Triz, espera um pouco! — Chamou Pedro quando ela e Daniel já estavam saindo do colégio. Ele se aproximou e franziu o cenho ao vê-los juntos. — Vocês dois conversando civilizadamente sem gritos ou algo do tipo? Vai chover.

— Triz está me ajudando com inglês. A mal-amada aqui sabe muito de língua estrangeira. — Daniel disfarçou. Triz revirou os olhos.

— Calado, porco hipócrita. Pode falar, Pedro, queria algo?

— Sim, na verdade. Minha resposta. Eu te chamei para ir ao baile, mas você não respondeu. — Tanto Triz quanto Daniel arregalaram os olhos.

— Achei que você estivesse brincando. — Ela sorriu sem jeito. Daniel sentiu uma leve pontada no coração.

— Bem, eu não estava. E então, o que acha? Eu sei que é meio de repente, mas os ensaios só começam semana que vem então ainda está em tempo. — Um minuto tenso de silêncio se passou. Pedro tinha grandes olhos verdes em expectativa e Triz parecia indecisa. Ela não podia dizer que estava acompanhada, afinal não estava. — Espera, você já vai com alguém? — Perguntou Pedro, ao notar sua hesitação. Ele olhou para os dois a sua frente, insinuando algo entre eles.

— Não, não, claro que não. — Triz respondeu.

— É, só você é o doido que a chamou para isso até agora. — Resmungou Daniel. Triz revirou os olhos de novo.

— E então, Triz?

— Claro. — Ela abriu um sorriso irritante. — Porque não?

***

— Por que não? Eu vou te responder “porque não”. Porque eu e você estamos juntos é por isso que você não pode aceitar. — Reclamou Daniel.

— Acontece que eu já aceitei, Daniel, não tem como fugir. Além disso, eu nem sei por que você está tão irritado, a ideia de esconder nosso lance foi sua.

— É, mas isso não é passe para você dar moral para o senhor olhos bonitos. — Triz riu da expressão dele. Eles estavam em um parque, um de frente para o outro. Daniel mantinha o braço ao redor da cintura dela e Triz esfregava sua mão no braço nu dele. Eles estavam discutindo porque Triz aceitou ser o par de Pedro.

— Eu não dei moral a ele, Daniel. Mas você viu como ele nos olhou, podia ter desconfiado. Só quis despistá-lo, ok? — Ela perguntou, beijando-lhe o rosto. Daniel continuou irritado, mas à medida que ela espalhava beijos por seu pescoço, a carranca foi substituída por um sorriso.

— Você me deixa louco, Beatriz Valente. — Ele falou ao tomar seu rosto entre as mãos. Então, beijou-a com vontade.

Por mais que já tivessem se beijado muito, Daniel ainda sentia adrenalina ao encostar seus lábios no dela. Agora eles já entendiam o ritmo um do outro e cada dia mais o beijo parecia se aperfeiçoar. Daniel sabia quando ela gostava de algo por sua expressão corporal e a mesma coisa com Triz. O truque do beijo no pescoço, por exemplo. Obra aprendida durante esses dois meses.

— Não sei por que o ciúme.  — Ela comentou quando eles se separaram. — Pedro é seu amigo, não é? Melhor ele que outro qualquer.

— Talvez porque você tinha uma queda nele até dois meses atrás? E não é ciúme, é cuidado. Só não quero você por aí, toda linda, dançando com ele.

— Quem disse que eu tinha uma queda por ele? — Perguntou Triz, nervosa. Daniel revirou os olhos.

— Por favor, né Triz! Estava na cara. Todo mundo via que você arrastava um bonde pelo garoto perfeitinho.

— Eu não arrastava um bonde por ele. — Seu tom indicava desprezo forçado pela fala do garoto.

— Claro que arrastava. Além disso, não gosto de como ele te olha. Parece que subitamente resolveu ficar interessado em você.

— Você acha? — Daniel notou o rosto de Triz avermelhar. Outra pontada surgiu no coração dele.

— Porque isso interessa? Ainda é afim dele? — Perguntou Daniel, irritado. Triz demorou alguns segundos para responder, o que foi resposta o suficiente para ele. — Então eu sou apenas um tapa-buraco? Alguém para substituir Pedro enquanto ele pegava aquela sua amiga?

— Eu nunca disse nada disso, Daniel, não seja...

— Bobo? Bem, não é isso que o seu rubor diz. Quer saber, aposto que era isso que você queria o tempo todo.

— Você não está me deixando falar, Daniel. Está pondo palavras na minha boca! — Ela se irritou. Há essa hora, eles já não se tocavam mais.

— Será? Ou será que eu estou apenas descobrindo aquelas palavras que você vem ocultando? Talvez seja por isso que você não queria assumir as coisas...

— Essa ideia foi sua! Quem me garante que não é você quem esteja querendo se livrar disso logo?

— Claramente eu não tenho um par que é minha ex-paixonite ou até mesmo atual...

— Ah, cala a boca! — Ela disparou, irritada. Eles se calaram por um instante e Daniel olhou para o lado enquanto pegava suas coisas.

— Eu... eu vou embora. — E, mesmo não sendo essa a vontade de nenhum dos dois, eles simplesmente não se interromperam.

***

O dia da formatura finalmente chegou. Daniel estava mais triste que nervoso, para ser bem sincero. Desde que brigara com Triz ele não teve coragem de pedir desculpas, assim como ela não lhe dirigiu a palavra. Então, eles passaram as últimas semanas se encarando durante as aulas e os ensaios. Todas as vezes que Daniel via Pedro sorrir para Triz ou os dois parecendo trocar confidencias, ele sentia vontade de correr até lá e bater em Pedro. Ele teve que se convencer todos os dias que, tecnicamente, isso não era problema dele.

As cerimônias pareceram durar uma eternidade, mas quando tudo finalmente acabou, a dança ensaiada começou. Era horrível para Daniel assistir Triz sendo rodada pelas mãos de Pedro, mas ele não pôde fazer nada além de observar. E, por mais que tentasse seus olhos sempre pousavam no casal. Sentia-se tão horrível que, quando tudo acabou, sua primeira reação foi ir direto para o bar.

Não demorou muito para Daniel ficar bêbado. Por ser maior de dezoito ele pôde beber o quanto seu dinheiro aguentasse e ele havia levado muito para o baile. A turma estava sempre ao seu redor e todos ficaram impressionados com a quantidade de bebida que ele estava bebendo, além da rapidez com que ele a consumia. E mesmo assim, o mau humor não passava.

— Quer mesmo acabar vomitando a noite inteira? — Perguntou Triz, num dado momento, puxando-o para o canto. Ele já estava com a língua levemente enrolada e o volume de sua voz parecia estar permanentemente no máximo.

— Porque se importa? Vai dançar com seu bonitão dos olhos verdes. — Triz revirou os olhos, verdadeiramente irritada, e se afastou.

Toda a raiva de Daniel acabou pouco depois da meia noite. O efeito da bebida começou a assentar e ele notou como estava agindo como um idiota. O arrependimento bateu forte e ele se sentiu envergonhado. Deveria falar com ela? Como pedir desculpas depois de horas agindo daquele jeito?

Talvez seja a bebida ou a vontade de fazer algo grandiosamente estúpido, mas Daniel teve uma ideia. Ele olhou para a mesa do DJ que estava vazia no momento e o microfone logo ali... será que ele teria coragem? Será que deveria? Que tipo de efeito causaria em Triz? Ele não precisou pensar muito. Assim que viu Pedro se aproximando da sua garota ele sentiu que devia fazer algo. Não iria perdê-la daquele jeito. Deixando o último drink em cima do balcão, ele se aproximou da mesa e tomou o microfone, abaixando a música logo em seguida.

— Desculpa interromper, gente! — Pediu ele, tentando não enrolar a língua. Todos os olhares se voltaram para ele e Triz pareceu bastante tensa. — Mas eu preciso pedir desculpas. Triz, eu tenho agido como um idiota... por toda a minha vida. Eu não queria ter brigado com você e... E eu só quero que você fique comigo, não como idiota do Pedro. Desculpe o auê... — ele começou a cantar, mas ao sentir o estômago embrulhado, tudo que consegui fazer foi virar-se para o lado e vomitar, causando diferentes reações em cada um. E essa foi sua última lembrança da noite.

***

A campainha reverberou na casa de Daniel. Ele acordou levemente tonto e sentiu como se sua cabeça fosse explodir. Estava apenas com a calça de ontem, levemente coberto e molhado. Que horas ele chegara em casa? Flashbacks da noite anterior lhe bombardearam e ele sentiu vergonha só de lembrar. Tinha que falar com Triz, mas não sabia se devia. Como será que ela estaria? Daniel só conseguia pensar que arruinara a noite mais importante da garota que ele gostava.

Ele entrou rapidamente no banheiro, pronto para tomar um banho revigorador. Escutou vozes, provavelmente da visita que tocou a campainha e durante todo o tempo do banho ensaiou desculpas à Triz. Assim que terminou, vestiu uma bermuda qualquer e secou-se parcialmente, ficando algumas gotas em suas costas e tórax. Saiu do banheiro dando de cara com Triz sentada em seu sofá, conversando animadamente com sua mãe.

— Daniel, querido, essa moça veio te visitar. Beatriz, não é? — Perguntou e ela assentiu.

— Ela prefere só Triz, mãe. — Daniel falou, encarando a garota. Ela ofereceu a ele um sorriso singelo e a mãe pigarreou.

— Bem, eu vou deixá-los a sós. Mas eu quero ter um papo bastante sério com o senhor, depois, ouviu?

— Sim, mãe. — Daniel se encolheu quando a mãe passou por ele e puxou sua orelha. Receoso, ele se aproximou de Triz, sentando-se ao seu lado.

— O quanto você lembra? — Ela perguntou.

— Só até a hora do microfone. — Um sorriso maroto surgiu no rosto de Triz. — Triz, me desculpa. Eu queria muito poder voltar essas últimas semanas e ter agido diferente, mas eu... eu estava com ciúmes. Acabei estragando tudo. O quanto você está brava? — Ele perguntou incerto se queria saber a resposta.

— Não muito. Você meio que compensou sendo o vídeo mais comentado no grupo do Whats. — E então Triz soltou uma gargalhada, mostrando-lhe o vídeo. Daniel teve que admitir: a cena era engraçada. Ele estava patético, segurando o microfone e balançando para frente e para trás. E então, o vômito. Sua face corou levemente e Triz notou isso.

— Quantos já sabem?

— Digamos que você foi parar no Youtube! — E mais gargalhada. Daniel encostou a cabeça no sofá pensando no tamanho da merda feita. Ele lançou um olhar para Triz que não parecia nem um pouco magoada.

— Isso quer dizer que eu estou perdoado?

— Isso depende. Se eu perdoar eu vou ter um namorado? — Ela perguntou erguendo uma sobrancelha. Daniel abriu um sorriso sincero.

— O melhor de todos, se você quiser. — Ele respondeu esperando ansiosamente por sua resposta. O sorriso largo de Triz já adiantou suas palavras.

— Então está perdoado, porco hipócrita. — Daniel coloca as mãos em seu rosto, puxando-a para si e beijando-lhe carinhosamente na boca. Como sentira falta daqueles lábios! A sensação de prazer, no entanto, foi interrompida por um pigarreio vindo de fora deles. Daniel separou de Triz observando sua mãe com uma expressão que misturava orgulho à vergonha.

— Quando você pretendia contar que está namorando, hein Sr. Daniel Silva? — Triz cora violentamente e Daniel apenas dá de ombros, olhando no relógio imaginário do seu pulso.

— Não sei mãe, talvez quando tivesse mais de um minuto que estou namorando.

— Olha como fala comigo rapaz. — Ela olha severamente para ele. Então, voltando-se para Triz, seu olhar se branda. — Eu sei que já nos apresentamos, mas é um prazer em conhecê-la. Eu já estava perdendo as esperanças que esse aí fosse arrumar uma namorada.

— Mãe! — Protesta o rapaz, apesar das risadas da recém-namorada.

— É só a verdade, querido. Agora se me dão licença, vou estar ali na cozinha. — Ela se retira, ainda olhando admirada para Triz. Triz sorri para a nova sogra e, quando ela se afasta, Daniel a puxa para si e vai até a varanda fechando a porta atrás deles, a fim de conseguir privacidade.

— Me desculpa por isso, ela é meio empolgada às vezes.

— Eu achei ela uma gracinha. — Triz deu de ombros. Sorriu a Daniel, colocando os braços em volta de sua cintura. — Então, onde estávamos?

Daniel não respondeu com palavras. Ele apenas abaixou seu rosto até seus lábios se encontrarem. A sensação de ministrar a boca de Triz era tão gostosa que suas mãos a trouxe para mais perto dele, para que aquele beijo não acabasse. Triz sorriu sobre seus lábios e encerrou o beijo, sorrindo travesso ao falar:

— Nenhum comentário sobre eu ter dançado com Pedro? Você realmente deve estar com remorso. — Daniel forçou uma expressão ofendida.

— Tem razão, doninha! Você me deve uma dança.

— Mas não tem música, seu tonto.

— Em que século você vive, Triz? — Ironizou ele, tirando o celular do bolso. — Já inventaram celulares. — E então desbloqueou o aparelho procurando a música certa. Quando as primeiras notas de Kiss the Devil começam a tocar, a namorada solta uma gargalhada. Ao mesmo tempo, Daniel enlaça sua cintura com um braço, enquanto suas mãos se entrelaçam.

—Beijar o demônio? Sério?

— Você é osso duro de roer às vezes, mal-amada. — Ela não responde, apenas encosta a cabeça em seu peito.

Ao ar livre, o vento agitava levemente os cabelos deles. Embora não estivesse com uma blusa, Daniel não sentia frio e ele inspirou o ar observando tudo em volta. A varanda, anexo de seu apartamento, não era tão grande, mas mesmo assim eles conseguiam dar algumas voltas. De vez em quando Daniel girava Triz, apreciando seu sorriso. A luz do dia os queimava, irradiando no céu azul. Tudo parecia em paz e Daniel descobriu que, nos braços de Triz, ele pertencia a esse cenário pacífico.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Bem louco ele, não? Comentem, digam sua opinião. Eu não mordo :3. Beijos.



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