Weasleys Shots escrita por Tyke


Capítulo 1
Quebrando o "Não Pode"


Notas iniciais do capítulo

Um assunto delicado, mas que pode render lindas frases e pensamentos de amor.
Sempre que penso nesse personagem ele me aparece dessa forma, decidido e confiante de quem é. Então ninguém melhor que ele para conduzir com a maior simplicidade o assunto em questão.



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Quando ele veio ao mundo foi, como sempre era naquela família, uma grande festa. Não importava quantos nascessem por ano cada uma dessas crianças seriam sempre especiais, porém esta em questão é de estrema importância de um certo ponto de vista.

Ela não é filha do eleito vamos logo dizendo, também não era e nem seria a cumpridora de uma admirável profecia, não trazia com ela nenhuma nova habilidade mágica, era apenas aquele tipo de criança enviada... Quem sabe por Merlin auxiliado por Dumbledore? Talvez! Para ensinar um pouco mais sobre o amor. Mesmo em uma família amorosa como os Weasley há sempre mais a aprender sobre o amor.

No começo era apenas um menino que como todos os bebês se comunicava por choros estridentes quando algo o desagradava, de forma rápida aprendia que abrindo a boca e mostrando as gengivas ou fechando os olhos e abrindo-os em seguida conseguia a atenção e gracinhas dos adultos, percebia que a mistura de diferentes sons em diferentes ordens feitos pelos outros seres humanos a sua volta tinham um significado específico e eram uma forma de comunicação mais eficientes que choros e gritos, após ter essa noção tentava reproduzir tais sons e conseguir mais facilmente o que desejava, e assim que a coluna se fez firme sentia necessidade de se erguer em duas pernas nem que fosse preciso se agarrar no que houvesse por perto.

Ter a consciência de quem eram as pessoas a sua volta com certeza fica por último nessa digressão, papai e mamãe ele sempre soube quem eram é claro. O próprio nome é difícil determinar exatamente quando se deu conta; Louis.

Nessa faixa etária apesar de ter pensamentos racionais o que predomina é o extinto, e foi inicialmente por extinto que Louis se provou ser um pouco diferente do resto dos meninos da família e ao longo do tempo qualquer duvida dos Weasleys sobre isso foi se esvaindo, deixando no lugar um leve desconforto quase unanime, pois então está bem aí o que faz dessa criança um ser especial.

Fleur como mãe foi a primeira a perceber e obviamente a aceitar natureza do filho, ela via tudo de forma natural e nunca pensou de maneira alguma haver algo errado com Louis, seu único filho não planejado.

Após a segunda filha, Fleur e Bill sem nenhuma conversa verbal apenas cada um com sua própria consciência decidiram que as duas filhas eram o suficiente, estava perfeito! Todavia, porém, entretanto, Louis de algum lugar desconhecido descordou disso, cinco anos após dar a luz a garotinha de cabelos ruivos de sorriso travesso Fleur estava grávida e não se lembrava quando ela e Bill aviam se descuidado. Tanto faz de qualquer forma! Planejado ou não o menininho que viria a ter lindos olhos azuis e cabelos louros como a mãe jamais foi indesejado.

No ano, mês e dia em que uma música trouxa sobre uma garota ter beijado outra garota e gostado ter sido lançada no Mundo Trouxa, Louis veio oficialmente ao mundo. Perfeitamente apropriado tal coincidência, diria com um sorriso gentil um velho senhor de longos cabelos brancos se ainda estivesse em vida.

Bill gostava da ideia de ter um menino, cercado por mulheres, parecia adequando que pelo menos alguém na sua própria "apêndice Weasley" poderia entender o que podemos chamar de "coisas de homem". E ele não estava errado, no final de uma conversa estúpida que teve com o filho, ele soube; Certamente Louis era seu garotão. Juntos eram a dupla dos meninos versus o trio das meninas, tal premissa influenciava cada dia daquela família de forma quase sempre cômica.

 Mais tarde em sua vida Bill ouviria das más línguas que amam cutucar e debochar e não se contêm dentro da boca em silêncio que ele havia tido três lindas meninas. Não é bem assim! Ele se opunha, mas as más línguas gostavam de dizer três meninas e dispensavam qualquer esclarecimento oferecido por Bill preferindo se aconchegarem na deplorável ignorância.

É fato que durante um tempo, logo após notar a natureza diferente do filho, Bill se perguntava diversas vezes se Louis seria uma menina, era difícil determinar, uma vez que ele gostava de calçar emprestado os sapatos azuis com flores cor de rosa de Victoire e desfilar normalmente em qualquer lugar com eles, mesmo eles sendo grandes para seus pequenos pés; E por outro lado ele sempre se posicionava ao lado dos primos durante as brincadeiras instintivas baseadas em; os Meninos contra as Meninas, durante as reuniões de família na Toca.

Existiam garotas que nasciam em corpo de garotos isso era uma realidade universal, Bill sabia, no Mundo Bruxo haviam seus exemplos. Fleur sorria com o estado de confusão do marido dizia que aquilo era uma pergunta boba "Um menino sem dúvida, Bill". Ainda imerso em dúvidas e questionamentos ele decidiu iniciar a conversa que o faria se sentir tão estúpido como nunca sentiu em vida. Assim que a pergunta foi feita Louis caiu na gargalhada pensando ser alguma brincadeira, ainda não era capaz de perceber o que estava por trás daquela estranha pergunta. Um dia ele entenderia, mas definitivamente aos 6 anos de idade não

— Não, Louis... Eu quero dizer... - Bill respirou fundo- Como você se sente?- Disse calmamente olhando nos olhos do menino, agora atentos no rosto cheio de cicatrizes do pai, certificando-se que ele entenderia a pergunta dessa forma- Como uma menina ou como um menino?

— Menino, é claro, eu sou menino não sou? - Louis perguntou começando a desconfiar que talvez tivessem mentido pra ele toda sua vida.

— Sim, bem... Você nunca teve vontade de ser uma menina? - Bill estava começando a sentir que talvez estivesse fazendo uma pergunta muita errada, mas não pode deixar de pensar em todas as vezes que seu filho calçou os sapatos azuis de Vic, vestiu a toca e as luvas de coelhinhos lilás de Dominique e brincou de vestir as bonecas das irmãs ignorando completamente a vasoura e o pomo de ouro de brinquedos que ele ganhou do tio Ron.

— Não, pai! - Louis parecia assustado, ele nunca quis ser uma menina, amava as irmãs e a mãe de todo o coração e gostava muito de suas primas, mas... Eca! - Por que esta dizendo isso?

Bill ficou em silêncio um tempo só olhando os olhos arregalados do garotinho, sendo esse o momento em que ele se sentia a pessoa mais estúpida do mundo. Fleur havia dito! E ele preferiu descobriu da maneira mais desconfortável que ela estava certa, mas a dúvida estava o corroendo por dentro perguntar outrora parecia a solução, mas agora ele tinha que se explicar de forma suficientemente plausível para um garotinho de 1,15m o porquê da pergunta tão estranha.

— Desculpe-me - O pedido surtiu efeito imediato, os olhos de Louis voltaram ao normal esperaram que o pai continuasse querendo mais que tudo entender aquela pergunta boba, para ele era muito obvio, já havia tomado banho com as irmãs e com os primos ele sabia sem dúvida alguma qual dos dois era.O papai era gente grande não podia ser possível ele não saber a diferença entre meninos e meninas. - Tudo bem, é claro que você é um menino que pergunta besta! - Bill sorriu, a criança sorriu de volta aprovando estar certa sobre a "bobice" do pai -  Eu perguntei isso... bom... por que você gosta tanto de usar os sapatos azuis da Vic?

— Porque são bonitos, Oras! - Realmente eram bonitos, Vic havia ganhando-os da vovó Delacour, a boa e velha moda francesa. A resposta de Louis foi tão simples e verdadeira que fez Bill se sentir ainda mais estúpido, ele liberou o menino da estranha conversa. Graças a Merlin! Louis pareceu esquecer completamente a conversa depois de alguns minutos.

Refletindo Bill percebeu o motivo que guiou aquelas indagações não passava da curiosidade de um adulto, mesmo que Louis se identificasse como uma menina não seria errado, então sorriu com o pensamento. Ele amava o pequeno e nunca passou por seu coração deixar de ama-lo por um motivo tão simplório. Desse dia em diante Louis passou ser seu garotão, mesmo brincando com as bonecas e fazendo suas proezas diferentes dos outros garotos não restaram duvidas;  Louis era um menino! Seu menino! O que viria ocorrer um dia no futuro não mudaria em nada isso, pois o pequeno Weasley nunca teve dúvida alguma sobre seu gênero.

Um garoto especial enviado pra ensinar sobre o amor e o respeito foi dito no início, pois bem: Bill e Fleur nunca viriam em Louis algo errado. Aos olhos das duas irmãs mais velhas também não havia e o mesmo sentimento estendia-se a todos os primos a cerca de Louis.

Um ressalte óbvio: crianças sabem amar sem questionar.

Porém com os adultos do resto da família as coisas eram diferentes, no fundo quase todos se incomodaram com o jeito de Louis no início, olhavam seu jeito divergente como um erro da natureza, felizmente esse sentimento não passava de uma herança social que não estava restrita apenas aos trouxas e ele podia ser desconstruído com ajuda do tempo, muitos sorrisos e brincadeiras, beijos e abraços. Era impossível não gostar de uma criança como Louis com seu jeito seguro de ser, quando diziam-lhe que não podia brincar ou vestir "coisa de menina" o glorioso "Por quê?" dava um jeito de fazer os adultos refletirem.

Muitos anos depois, no dia em que Louis beijou um garoto pela primeira vez não foi surpresa para nenhum de seus primos e no dia em que ele oficialmente começou a namorar um outro garoto chamado Adan para todos os Weasleys não houve qualquer surpresa relacionada a homossexualidade.

Pode parecer a muitos que Louis não tem nada de especial e que ninguém sabe-se-lá-da-onde perderia seu tempo mandando-o para a Terra cuidadosamente na família Weasley. Como foi dito anteriormente a importância de Louis Weasley depende de um certo ponto de vista.

Pode-se dizer que em um belo dia uma garota chamada Lucy percebeu que não sentia a menor atração por garotos... Um problema? Provavelmente seria, se um certo garotinho louro de olhos azuis não houve nocauteado desde a infância todos os "Não pode" de seu tio Percy com um maravilhoso e certeiro "Por que não?".

E ao longo da vida não foi apenas à Lucy que Louis fez sua sutil diferença.


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Notas finais do capítulo

Tenho diversas ideias para o próximo capítulo, qual delas postarei nem mesmo eu sei ainda.
Espero que tenham gostado :)



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