Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 51
Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. - Clarice Lispector


Notas iniciais do capítulo

Boa nooooite, ou boa madrugada kkk Essa autora está morrendo de sono mais veio postar, por que vai viajar e não quero deixar vocês por tanto tempo!
— Espero que vocês gostem!
Ps: Maria Clarinha, obrigada mesmo por mais uma recomendação PERFEITA, essa autora é uma manteiga no sol e claramente ficou emocionada! Obrigado de coração!
Durmam com os anjos.
#Kisses!



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AMÉLIA

 

 

 Suas mãos estão fazendo algo para mim. Engulo seco. Meu coração acelera, minha pele esquenta e meus seios pesam. Meu centro está molhado. Ele vai subindo alcançar meus quadris. E eu suspiro. Eu nem quero olhar ele, por que já sei que ruborizo.

— Acho, que deveríamos parar por aqui. – digo mais incerta do que gostaria.

— Por que? Por você está ficando excitada? 

— Lorenzo... pare. – digo, mas é tão fraco.

— É verdade o que dizem? Que as mulheres grávidas ficam mais sensíveis? – ele pergunta. Suas mãos se movem para cima na minha cintura.

— Sim, não. Lorenzo. Não pode fazer isso. – digo sem folego quando suas mãos se fecham nos meus seios e ele massageia as pontas eu solto um gemido.

— Por causa do pai do seu filho Amélia? É isso? Não posso tocar você por causa dele?

— O que? Lorenzo, pare...

— Diga, Amélia, quem ele é?

— Não! – digo teimosamente. Me movo para ficar o mais longe dele possível. Por que suas mãos me fazem perder o foco. – Vai embora Lorenzo.

— Até quando você vai proteger ele Amélia? Ein? A criança não vai ficar ai pra sempre!

Eu sei que ele tem razão. E eu devia falar, mas eu simplesmente não o faço. Suspiro cansada.

— Eu quero descansar, será que você pode me deixar em paz?

— Foda-se. – ele sai pisando duro.

 

 

 

 

 

ALEXANDRA. 

 

 

O dia amanhece diferente. É o dia do meu casamento. E eu vou me casar com Dante. Eu fico pensando se foi assim que minha mãe se sentiu quando acordou e teve consciência que ia se casar com meu pai. Eles se amavam, eu me lembro da forma como se olhavam e como estavam sempre tocando um ao outro. Meu pai amou tanto minha mãe que sucumbiu com ela. Ele não se deu conta que se enterrou no mesmo dia que ela se foi. Mesmo que ele me amasse, ela ainda era a vida dele.

Nem posso mais dizer que não o entendo, eu morreria pelo Dante, eu viveria por ele na mesma intensidade, sem pensar duas vezes. Sabendo ou não ele me tem nas mãos, meu presente e meu futuro. Não existe mais eu. Existe nós agora.

Estou sozinha na cama, é engraçado pensar que vou me casar com Dante e apenas dormi com ele duas noites inteiras. Eu sorrio, por que há alguns dias atrás tudo que eu podia confiar era minha arma.

— Bom dia Cookie. – Ele entra no quarto vestido apenas de jeans pretos e coturnos. Sua pele tatuada e definida em exibição. Seu peito forte, os gomos de seu ABS, e o V entrando dentro do jeans. Me sinto molhada como toda vez que olho para ele. Mordo meus lábios e me sinto corar quando seus olhos pretos, muito pretos brilham em compreensão.

— Se você continuar a me olhar assim Cookie eu vou voltar para nossa cama e dar a você exatamente o que está pedindo. – ele diz roucamente. Eu estremeço por que sei que isso é uma promessa.

— Eu não sou te impedir Dante. – ele rosna pra mim.

— Vista-se, eu tenho algo para você.

— Oh, é uma surpresa?

— Você vai ver. – ele diz duramente. O tom, o mesmo que faz o meio de minhas pernas umedecer, e combinado com sua aparência, nem posso me conter.

Levanto quando ele deixa o quarto e puxo jeans rasgados, uma camisa e botas. Minha arma nas costas.

Dante está lá fora sentado em sua moto me esperando. Deus! O homem é um pedaço do inferno de tão quente, sentado na moto e tendo adicionado apenas um colete de couro. Engulo seco. Eu estou me tornando uma depravada, mesmo depois dele ter feito amor (fodido, na linguagem dele) a noite toda eu ainda o quero. Talvez eu devesse ter insistido em ficar na cama afinal, foda-se o resto.

— Guarde isso para essa noite, Cookie. Quando eu puder finalmente de chamar de minha mulher, minha esposa. – ele diz me olhando serio.

— Deus! Dante, você está me provocando. – eu digo. Ele não pode dizer coisas assim vestido assim, ele não pode falar assim com essa aparência. É totalmente injusto.

— Eu nem ao menos tentei te provocar hoje Alexandra. – ele diz com um sorriso cínico.

— Oh, você nâo precisa. – falo quando subo na moto e agarro sua cintura. – Mas eu tenho certeza que estaríamos melhor na cama agora. – ele engole seco visivelmente.

— Quem está provocando agora? – ele diz. – Só que não sou eu quem vai pagar essa noite. – ele diz quando dá partida.

O percurso em si é tranquilo, e rápido. Ele me leva até o armazém onde eu o segui certa vez. O que diabos eu estou fazendo aqui?

— Você sabe que eu não sou um cara romântico não é? – ele pergunta.

— Sim, Dante, está tudo bem?

— Eu sei que você pode cuidar de você mesma Alexandra, você provou isso pra mim conseguindo fugir durante cinco meses, e teria conseguido mais se não fosse a gravidez de Amélia. Eu quero me casar com você por que amo sua força, amo o jeito que você pode lidar com as coisas e quando a merda bate no ventilador você puxa sua arma pra se defender. Eu amo você por quem você é. – ele diz. Sinto meus olhos arderem. – E eu sempre quis alguém que pudesse lidar com meu estilo de vida, que pudesse guardar minha retaguarda quando fosse preciso. Eu nem sei como eu me apaixonei por você, por que eu sempre pensei que o amor fosse uma coisa que vinha do berço, e eu claramente não tive isso. – Uma lagrima solitária escapa. – Por isso, meu primeiro presente de muitos para você é isso. – ele abre o armazém. Dois homens estão amarrados a cadeiras. Os homens que me incuralaram e atiraram em mim.

— Eles...

— Atiraram em você e a deixaram sangrando em um chão frio e úmido. Você decide o que fazer com eles. – ele diz. Eu não sinto raiva. Na verdade eu nâo sinto nada.

— Lembram de mim? – eu pergunto duramente.

— Sim... – um deles ri. – A gatinha malcriada. – ele diz sorridente. Eu não tenho medo das gatinhas. Eu devia ter me divertido com seu corpo de puta arisca.

— Sim, a gatinha ia conhecer exatamente quem são os donos da rua. – o outro ri.

— Eu acho que eu devia me apresentar. – Digo seriamente. – Vocês claramente não sabem meu nome, e eu com certeza sei que não é gatinha. – eu sorrio. – Prazer senhores, eu sou a rainha da máfia. – Eles empalidecem um pouco.

— Eu não caio nessa.

— Não? – Dante diz. – Ela vai ser minha esposa essa noite, Deni. – ele empalidece ainda mais.

— Seu pai...

— Está morto. Eu o matei. Mais alguma duvida?

— Merda!

— Não se preocupem senhores. Minha mira é perfeita. Eu não vou errar. – digo um segundo antes que eu atire. E eu não erro.

Saímos de lá em silencio e Dante me leva para casa. A nossa casa.

— Obrigada. – digo. Esses dois homens tinham ficado nos meus sonhos me assombrando meses. Eu matei o bicho papão. É assim que eu me sinto.

— Não agradeça Cookie. Ninguém nunca vai ferir você. – ele diz quando se aproxima. Nossos corpos estão muito perto. Minhas pernas tremem ligeiramente quando ele se inclina para me beijar e é então que a campainha que foi instalada no elevador toca. – Timming perfeito. – ele diz carrancudo. Amélia entra sorridente.


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