Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 50
Não é o perfeito, mas o imperfeito, que precisa de amor. - Oscar Wilde ( Amélia)


Notas iniciais do capítulo

Boooooa noite leitores lindos e maravilhooooosos! Essa autora está muito feliz! Eu tenho os leitores mais incriveis! Recebi uma recomendação maravilinda da leitora Maria Clarinha! Obrigadaaaa! Mesmo! Essa autora emocionou com a recomendação ♥
Como eu disse o capitulo é especial, espero que gostem !
Beeeeijos ! Guardem as armas queridos!



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Tomei um banho relaxante. Um banho de espuma sempre me fazia clarear a cabeça. Eu tinha muita coisa a ser feita. Tinha acabado de voltar. A sensação de peso ainda me acompanhava. Eu só sentia como se tivesse muita coisa para fazer e estivesse sozinha. Lorenzo fez claro que não se lembrava daquela noite comigo. Deus! Eu estou tão envergonhada que quero enfiar minha cabeça na terra cada vez que o vejo. E seus insultos não tornam nada fácil. Minha decisão de não dizer nada a ele fica cada vez mais certa.

Preciso começar a reformar o quarto ao lado do principal para fazer um quarto de bebê, precisava escolher tudo do começo por que meu bebe merecia isso, nunca achei que eu pudesse amar tanto um ser pequeno que eu nem conhecia, mas eu estava apaixonada. E precisava começar a costurar as peças que eu tinha desenhado por meses, e montar meu ateliê, era uma ideia que eu não ia desistir.

Coloquei um roupão de seda vermelho. A tinta vermelha em meu cabelo se foi. Não era permanente e estava com os dias contados e eu estava sentindo falta do meu loiro natural. Mas, quando sai do banheiro meu coração pulou do peito. Lorenzo estava ali sentado na poltrona. E só o jeito que ele me olhava me passava um arrepio pelo corpo. Eu o conhecia desde que éramos crianças, e o homem na minha frente que eu tinha visto mudar e se tornar assim me deixava com o meio das pernas úmido cada vez que eu o via, mesmo que ele estivesse me insultando.

— Que merda está fazendo aqui?! – eu grito.

— Opa! Olha a boca mocinha ou vou ter que lavar ela com sabão. – ele zomba. Lorenzo é quase um insulto para mim. Ele é exatamente o que eu sempre quis. Alto, com músculos aparentes, tatuagens que tem aumentado nos últimos tempos, um rosto anguloso, e uma boca cheia. Os olhos amendoados de sua mãe.

— Saia. – digo duramente sentindo o velho ressentimento. Ele nunca vai olhar para mim como mulher, mesmo que ele tenha me engravidado. Engulo seco quando penso isso, pensamentos obscenos passam na minha cabeça sobre aquela noite.

— Não. – ele diz.

— Não? Essa é a minha casa! Dá o fora!

— Crianças não podem morar sozinhas Amélia. – ele zomba mais uma vez. Respiro fundo.

— O que é que você quer aqui? Você veio apenas me irritar?

— Você gostaria de ser tâo importante nâo é?

— Só vai embora então!

— Quero conversar com você. – ele diz. Engulo seco, o que ele tem pra me dizer;

— Não temos nada para conversar! Saia!  

— Deus! Você precisa de modos Amélia. Tão imatura. Não me admira que acabou assim. – ele diz. E isso corta meu coração.

— Vai se fuder Lorenzo.

— Você mal sabe o que é isso.

— Oh, foi preciso algo do tipo para eu “acabar assim”. – digo caindo em sua provocação. Seu rosto fica vermelho.

— Você nem devia saber que merda estava fazendo. – diz entre dentes. – Ou mesmo o cara. Ele foi capaz de ter mesmo uma ereção para você?- A raiva me domina. – Por que convenhamos, seu corpo ainda parecia de uma criança. – ele termina. Vou até ele sem pensar.

— Meu corpo se parece de uma mulher para você agora? – pergunto entre dentes quando abro meu roupa bem na frente dele. Vejo seus olhos se arregalarem. Ele olha fixo meus seios. Que se desenvolveram nos últimos meses ficando redondos e pesados. Ele lambe os lábios. E de repente sua expressão se torna feroz e eu vejo que cometi um erro. Ele me puxa até eu me curvar e meus mamilos estarem a centímetros de sua boca.

— Você não devia brincar com fogo, Amélia, você pode se queimar. – ele diz um segundo antes de sua boca se fechar no meu peito. Meu solto um gemido estrangulado quando ele suga forte e o som ecoa no quarto. Sua outra mão amassa o outro mamilo e a sensação viaja direto ao meu centro. Eu arqueio e gemo. Meus seios têm estado tão sensíveis nos últimos tempos, eu tenho estado mais sensível! Me sentindo quente nas noites e pensando nele com frequência. Então quando vejo sua cabeça enterrada no meu peito sugando com avidez eu gemo ainda mais alto. É tão erótico que eu poderia ter um orgasmo só assim. E quando ele se move para o outro peito, me traz mais perto. Sinto que vou explodir, esfrego as coxas tentando aliviar a dor incomoda que se instalou ali. Engulo seco por que cada puxão seu me faz estremecer de prazer.. Oh Deus! Isso está mesmo acontecendo? Uma de suas mão puxa meus cabelos me fazendo arquear ainda mais e oferecer meus seios. Ele solta um gemido na parte de traz da garganta quase um ronrono e eu aperto as coxas mais forte. OH Deus! Eu vou... um beliscão em meu seio e um sugada no outro e sinto os espasmos. Tento ficar parada e engolir os gemidos, mas é mais forte que eu e o formigamento me toma. É isso. O orgasmo me alcançou duro. Estou ofegante quando acaba e Lorenzo solta meu peito com um pequeno pop. E ri. Meu rosto queima.

— Eu não sabia que você podia gozar assim. Me ter mamando em você te dá tesão? – ele zomba. Seguro a humilhação que logo se transforma em raiva.

— Você não tem o direito...

— Não tenho Amélia? Então quem tem? O fodido que deixou você assim?

— Vai embora.

— Quem é Amélia? Diga-me.

— Não é da sua conta. – digo entre dentes.

— Por que você tem tanta vergonha? O filho da puta de rejeitou depois de que você deu para ele? – eu não penso. Lorenzo sempre carrega uma arma dentro de seu casado. Eu sei disso. Puxo essa arma sem pensar. Apensar de eu viver nesse meio eu nunca, nunca em minha vida tinha segurado uma arma. Dante, Harley, e até mesmo Lorenzo tinham sido protetores comigo. Por isso quando pressiono a arma fria contra a testa de Lorenzo ele arregala os olhos. – Quer merda você está fazendo?

— Sai daqui Lorenzo. – digo pausadamente. Meu coração bate nas costelas.

— Você não...

— Oh eu sim! Eu sou uma mulher gravida cheia de hormônios Lorenzo. Nâo me desafie. Vá embora! – eu grito em plenos pulmões.

— Que merda está acontecendo aqui? – Harley entra no quarto. Seguido de Dante e Amélia. Imediatamente Lorenzo junta as duas partes do meu roupão de seda para me cobrir. Apesar do gesto eu aperto meus olhos para ele.

— Amélia?

— Tirem ele daqui!

— Que merda você fez? – Dante pergunta seriamente.

— Eu não fiz nada, irmão. – ele diz cinicamente. Eu gostaria de socar ele.

— Só veio me ofender pra variar não é? Em minha própria casa.  - Harley cumpre meu desejo quando o levanta pela gola da camisa e soca seu rosto. Eu estive muito tempo em um jogo de gato e rato com Lorenzo. Todos esses anos sendo corroída por uma amor não correspondido. Eu não entendo como posso amar ele. Não entendo como depois de tudo meu coração continua pertencendo a ele. Através dos anos e apesar dos anos.  Lorenzo foi um garoto doce comigo. Por um tempo eu o chamei de melhor amigo. Eu me apaixonei. E então ele se transformou em outra pessoa e eu não fui capaz de deixar o sentimento.

— Foda-se! – ele diz. – Talvez eu tenha merecido, mas o próximo eu vou revidar. – ele diz com raiva enquanto sai. Eu não sei se sua saída é meu alivio. Provavelmente não é.

— Você está bem, pimpolha? – Harley pergunta suavemente. Harley está mudado e sombrio e ainda assim é suave comigo.

— Sim, obrigado.

— Me dê a arma, querubim. – ele diz. Eu ainda estou segurando a arma e estou tremendo um pouco. Eu entrego lentamente.

— Tem que se acalmar Amélia, isso não faz bem para o bebe. – Alexandra diz. Harley a olha com um pouco de raiva e meu coração dói pelos dois. Harley é meu irmão e eu o amo, mas eu amo Alexandra também. Ele não diz nada quando se afasta.

— Preciso pedir um favor a você. – Dante diz suavemente. Ele e Harley sempre me trataram como se eu fosse uma boneca de porcelana. – Vou me casar com Alexandra em dois dias e gostaria que você pudesse fazer um vestido para ela.

— Dante! Dois dias? Isso é impossível! Amélia está...

— Não é problema! – eu digo animadamente. Nada melhor para melhorar o meu humor do que desenhar e costurar algo. – Alex! Vou fazer seu vestido de noiva! Eu odiaria ver você vestida com qualquer outra coisa. – ela sorri para mim e me abraça.

— Vou deixar vocês duas. – Ele a beija possessivamente antes de sair. Engulo um nó na garganta. Eu estou feliz por eles. Mas, eu ainda estou frágil e emocional.

É tarde quando vou deitar. Ainda tenho algum trabalho a fazer no vestido de Alex e estou atendendo a cada desejo dela. Meus pés estão levemente inchados e sinto minhas costas. O bebe tem estado maior e mais pesado. É um menino e se puxar ao pai ele ainda vai crescer um pouco mais e eu só espero aguentar ele.

Estou andando devagar pelo hall até o elevador. Eu só quero cama. Suspiro a cada passo. Quando estou dentro do elevador Lorenzo passa por ele. Eu só não tenho energia para isso hoje. Ele me olha estranhamente.

— Você está parecendo uma merda. – ele diz. Eu bufo.

— Vá se ferrar.

— Ouch! Eu mereci. O que está acontecendo? – ele pergunta.

— Oh, você sabe, coisas comuns de grávida. Pés inchados, dor nas costas. – eu digo vagamente quando o elevador para e eu saio. Ele vem atrás de mim. – Lorenzo eu não estou no humor para...

— Você sabe o sexo ? – ele pergunta me ignorando.

— É um menino. – ele está atrás de mim quando abro a porta.

— Já tem nome?

— Ainda não pensei nisso, eu... achei que tudo ia estar... que eu ia estar... não importa. Lorenzo estou cansada...-  Ele entra sem cerimonias. – Lorenzo... – Ele fecha a porta e pega minha mão.

— Vem.

— Olha, o que aconteceu hoje a tarde... - começo constrangida.

— Sobre você ter gozado? – Eu engasgo.

— Lori! – eu digo usando o velho apelido. Ele para e me olha.

— Faz anos que você não me chama assim.

— Eu... Eu... Como eu estava dizendo, não é por que aquilo aconteceu que eu... Sabe, eu não vou...

— Foder comigo?

— Deus! Você tem que usar termos tão tão tão...

— Fodidos?

— Argh! Você é impossível mesmo. – digo quando percebo que estamos em meu quarto. – Lorenzo, vá embora.

— Você é uma mal agradecida. Eu vou ia te fazer uma massagem.

— Como é? – pergunto engasgada.


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