Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 33
Eu não estou confusa, só bem misturada. - Robert Frost




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Entro em casa, minhas mãos tremulas fechando as novas travas com pressa. Eu solto a respiração apenas quando a última está no lugar deslizo para o chão.

Eu dormi com Dante. O cara que foi capaz de fazer tudo aquilo! Deus!

E eu não me arrependo. O pior de tudo é que eu não consigo me arrepender. Estou ali por horas olhando para o nada tentando digerir tudo. As sensações ameaçam de engolir. 

É tarde quando encontro forças para me arrastar até o chuveiro e ainda mais tarde quando arrasto para cama. Visto apenas uma camisa e é isso.

Estou emocionalmente exausta.

E sabem por que? Por que a atitude certa de uma pessoa normal seria vomitar as tripas, chorar litros de lágrimas e eu não faço nada disso, eu ainda não posso deixar de pensar que tem um motivo tem que ter e que Dante não cometeu violência gratuita. Eu não fui a policia, eu não gritei feito louca ou surtei. Eu apenas quero saber. Por que.

Não percebo que dormi até ouvir batidas altas na minha porta. Engulo seco e apesar da sonolência agarro minha arma. Passa das duas da manhã. Quando abro a porta Dante está lá, vestido com jeans e camisa, coturnos. Me faz pensar, se eu realmente vi o que vi, aquele Dante não parece com esse. Esse Dante, é diferente. Ainda sombrio e ainda capaz de tudo aquilo.

— O que está fazendo aqui? – eu pergunto sem me afastar. Ainda tenho um pouco de autopreservação e agarro a arma firmemente. Ele me olha por um momento antes de dar um passo e empurrar a porta aberta. Esse é o Dante que eu conheço o cara que nunca pede permissão. Ele fecha a porta deliberadamente devagar. Ele me olha intenso.

Eu estou condenada ao inferno por que mesmo depois de tudo que vi e ouvi eu sinto meu corpo derreter nas chamas de seus olhos pretos, eu sinto meus joelhos falharem levemente, minha boca seca e meus seios ficam pesados. A arma em minha mão parece ter toneladas.

— Eu sei que você esteve lá Alexandra. – Ele diz seriamente. Ele não parece bravo. Apenas cansado. – Você é impressionante, sinceramente. Quando eu penso que não posso me surpreender com você... Gostou do que viu? O que acha de mim agora? 

— Eu estive lá por queria saber em que merda você está metido! O que vai fazer comigo agora? – pergunto fracamente. Ignoro suas perguntas por que inferno, eu não sei o que pensar dele. Nem de mim por estar reagindo a ele mesmo depois de tudo. Dou passos para trás até encostar na mesa. Engulo seco. Mas, Dante apenas sorri.

— Você sabe demais. Eu vivo te dizendo que preciso dar um fim em tudo isso, acho que você não está me levando a sério. – ele diz andando para mim.

— Vai me matar? – pergunto. De repente seguro a arma mais firmemente.

— Em algum momento eu vou. Como eu disse você sabe demais Cookie, eu não posso te salvar. - ele diz. Ele parece quase pesaroso? Ele suspira. - Agora? Eu preciso de você. Não me faça perguntas Cookie. Só me deixa entrar em você. – ele enlaça minha cintura. A negativa sobe em minha garganta, pronta grossa, eu quero dizer tudo, chamar ele de assassino e mandar ele se afastar, mandar ele para o inferno. Seu corpo quente molda o meu. A ereção cavando na minha barriga.

— Não. – digo e o empurro. - Não pode me dizer que vai acabar comigo e achar que eu vou... 

— Sim. Você vai. Você me quer. Não tenta negar isso Cookie. Mesmo depois de tudo que você viu, ouviu, depois de tudo que você sabe, você ainda me quer. – ele diz me puxando com ele quando ele bate na parede, em segundos ele nos gira e bate meu corpo contra a parede com força. Eu gemo, não é de dor. Inferno, tem algo errado comigo! Ele bate sua boca na minha e eu não protesto eu o beijo de volta. Minha mente gritando para eu fazer tudo ao contrário do que estou fazendo, para eu apontar a arma para ele e mandar ele embora. Ao invés disse enlaço minhas pernas ao redor de sua cintura no exato momento que ele alcança entre nos e libera seu membro. Não tem preliminares. Eu sei que eu não preciso. Quando ele bate dentro de mim eu já estou pronta, molhada, inchada, desejosa.

Eu me odeio por isso.

Eu o odeio ainda mais.

— Eu odeio você. - sussurro para ele. 

— Eu sei. 

Dante impulsiona fortemente em meu interior e me beija, eu mordo sua boca com raiva de tudo isso. Por que diabos ele tinha que vir por mim? Ele geme e estoca mais forte, segurando os meus quadris tão duro que eu sei que vão ficar as marcas de suas mãos, mas eu não me importo. Só existe Dante nesse momento e seu corpo se movendo violentamente contra o meu. Seus movimento frenéticos me fazem bater na parede e o barulho é alto.

— Dante por favor. – eu imploro ridiculamente para ele, por que estou próxima, tão perto...

— Você quer mais? Quer gozar no meu pau? Quer deixar ele molhado com seu gozo Cookie?

— Sim, sim!

— Você é tão boa... Eu poderia foder você por horas. – Eu gemo. – Você gosta da ideia Cookie? – eu gemo outra vez. – Você tem cinco segundos para gozar Cookie. Cinco... – ele diz rudemente me levando mais difícil. – Quatro... – a pressão no meu ventre é tanta que eu grito, finco as unhas em suas costas sob a camisa. – Três... Dois... – Gozo tão duro que aperto os olhos e vejo estrelas. Minhas pernas são geleias quando ele rosna e me move. Ouço barulho de coisas se quebrando e ele me coloca na mesa sem delicadeza nenhuma. Um segundo depois ele tira a camisa que me cobria. – Vou deixar você coberta com minha porra. Vou marcar você Cookie. Você é minha. Minha. Deus! Alexandra! Você é minha. Ninguém mais tem permissão de entrar em você, apenas eu. Entendeu? – Isso outra vez. Justo quando estou tão longe. O orgasmo me fazendo irracional. Eu poderia concordar com qualquer coisa agora. – Diz! – ele grita.

— Sim! – eu grito de volta o puxando para mim. Ele me dá golpes mais fortes até tirar repentinamente e verter tudo em cima dos meus seios. Estamos respirando pesadamente quando tudo acaba. Estou atordoada e culpadamente satisfeita. Meus olhos estão pesados e sonolentos e eu durmo. Idiota o suficiente para dormir quando um assassino está na minha casa. A questão é, eu também sou uma assassina, eu não sou melhor que Dante.

 


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