Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 30
Palavras cruas, difíceis de engolir.




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Eu não deveria ter feito isso. Fato. Eu queria ter feito isso. Fato. Eu sou uma idiota. Fato.

De tudo que eu poderia ter feito, chupar Dante até ele gozar e dormir de tão bêbado não foi a coisa mais inteligente. Meu rosto queima só de lembrar. Jogo a bolinha de cookie com força na forma e logo que lembro que essa é uma massa delicada, por que diabos eu estou fazendo cookies na madrugada? Por que não posso dormir. Dante está nu na minha cama e eu sei que em algum momento eu deveria ir lá e dormir também, mas não tem jeito no inferno que eu vá fazer isso. E fazer cookie é minha punição.

Cookie... o jeito rouco que ele fala isso para mim estremece minhas pernas. Suspiro. Pelo menos depois disso ele vai me deixar em paz. Não é? Engulo seco.

Deus!

Desde quando Dante não me deu uma boa luta?

 Mas nós fizemos um acordo. Não há forma de ele...

Tiro a quarta forma de cookie do forno. É uma porrada de cookie, gotas de chocolate, maça, canela.... Eu simplesmente não consigo parar, eu cozinho quando estou nervosa. Começo a pegar os ingredientes para fazer brownies, cozinhar me relaxa, e quando me dou conta o sol está nascendo e eu estou perdendo o ritmo frenético no qual eu estava algumas horas antes. E ainda mais importante, minha cozinha está lotada de comida. A limpeza é a parte chata, eu não gosto, mais quem gosta? Mais é uma coisa a mais para eu fazer e espantar a exaustão.

— Que diabos? – Assusto quando Dante entra na cozinha. Merda! Ele veste apenas jeans pendurados nas covinhas de seus quadris definidos. Mais acima seu abdômen duro me faz afastar os olhos rapidamente.  Engulo seco. Ele está simplesmente de tirar o folego.

— Dante.

— Alexandra.

— Você não dormiu? – ele pergunta aparentemente confuso. Posso ver que ela está colocando uma arma atrás das costas e me faz mais segura sentir a minha própria no mesmo lugar. Mesmo depois de ontem eu ainda não confio em Dante. Ele olha diretamente para mim e eu coro violentamente. Algumas horas atrás eu estava...

— Não. – eu digo secamente.

— Algo cheira bem.

— São cookies. – sua boca se curva lentamente em um sorriso predador.

— Cookies. – ele diz. – Meus preferidos. – ele lambe os lábios.

— Bem pegue alguns e dê o fora. – eu digo secamente voltando a guardar o mundo de coisa que eu assei na madrugada. Talvez Lorenzo e Harley passem por aqui e consumam grande parte disso. Dante não se moveu. Está me olhando furioso.

— Está me expulsando?

— Na verdade Dante estou sim, você já deveria ter ido. Para evitar a constrangedora manhã seguinte, mas eu não sei se você gosta de torturar a mim ou a si mesmo. – digo friamente.

— Você pensa que pode falar comigo assim? Infernos você não pode! – ele segura meu braço com força, mas não o suficiente para machucar. – Eu não sou alguém que você quer foder, Alexandra. Tem que se lembrar disso.

— Eu tento! Porra! – eu grito me soltando. – Mas você vive voltando Dante!  Temos um acordo maldição! Você disse que iria me deixar em paz!

— E você está me despejando como uma puta pegajosa?

— Uh! Só você para dizer algo assim! Você deveria ter ido embora ontem a noite, mas caiu bêbedo na minha cama, então faça um favor a nós dois agora e vai!

— Você é uma porra de uma cadela.

— Você implorou a essa cadela  para fazer você gozar ontem Dante!- digo  olhando ele nos olhos. Ele tem a coragem de ruborizar.

— Você fez algo para mim inferno! – Ele diz entre dentes me puxando para ele. – Diz de uma vez por todas, por que porra você não quer foder comigo? Por que você transou com Harley ontem e não pode me foder? – engulo seco. Ele acha sinceramente que sou uma cadela. E eu o odeio por isso e eu me odeio por isso e me odeio por saber que eu não conseguiria ir para cama com Harley, mesmo que eu tenha que lutar tão duramente para resistir a Dante.

Minha mão faz contato com seu rosto antes que eu perceba. O estalo soando alto. Ele me olha ainda mais furioso e segura minha mão e me puxa para seu corpo novamente. A proximidade me afeta, o ar carregado, a ferocidade em seus olhos me deixa no limite. Eu quero que ele perca o fio de controle que ainda vejo nele e inferno! Se ele se perder eu me perco nele. Eu sei. Tem um limite para cada um e eu estou chegando no meu. – Diga!

— Eu não vou foder com ninguém! – eu grito. Independente se ele vai gritar comigo ou rir de mim eu digo. – Eu quero fazer amor Dante. O que eu entreguei para você em um momento de loucura era para ter sido para alguém especial, alguém que se importasse comigo, que pudesse até me... amar. - Dante respira fundo e quando eu penso que ele vai fazer piada e rir, ele apenas me olha intensamente. É esse olhar que me tem com as pernas bambas. 

— O amor não é real Cookie. – ele sussurra. Sua mão agarra meu queixo para me obrigar a olhar em seus olhos e sua boca se aproxima perigosamente da minha. – O amor é algo que usamos para nos dar esperança. – Ele se aproxima mais e seu folego causa arrepios na minha pele. – Algo que nós inventamos para que a vida não seja uma passagem sem razão. As pessoas vivem correndo atrás da ideia do amor para terem um proposito para estarem vivas, Cookie. Mas, a verdade é que é só algo bonito para colocar nos livros infantis e ler para as crianças a noite. Não existe Cookie. – Engulo seco com suas palavras cruas. Por alguma razão faz meus olhos arderem. Dante fala cm confiança, ele realmente acredita nisso e não sei por que, mas de repente eu me sinto sem chão. Sua mão pega meu cabelo trazendo nossos rostos impossivelmente mais perto. – Assim como não existe esperança e a vida na verdade é uma existência fria e sofrível. E no topo disso nós escolhemos se tiramos ou tomamos a bala. O que existe, Cookie é a luxuria, pura e quente e o desejo se se perder num corpo quente e macio por algumas horas e fingir nesse meio tempo que o mundo lá fora não existe.


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