Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 3
Confronto.


Notas iniciais do capítulo

Dica Johnny Cash - Hurt assim como a Alex! E assim como essa autora que tem ouvido essa música feito doida. Varias e varias vezes por que eu sou dessas!
Beeeijos guys! Boa noite!



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— Dante! Não! – Amélia disse em tom de advertência. Seus olhos eram ferozes, e ele não deixou de me olhar quando disse.

— Não o que? – Sua voz era sexy e no tom certo, e senti a necessidade de me afastar. Mas, não havia lugar. Eu já estava na parede. E ele pressionava sua coxa na minha me prendendo.

— Você sabe bem. – Ela diz. Ele deu um sorriso irônico.

— Sei que eu não me importo, porra.   – ele disse ainda sem afastar o olhar. Ele não desvia, eu não desvio. É um desafio.  

— Alexandra esses são Dante – ela apontou para o cara que me olhava. – Harley, que é meu irmão - ela apontou para o loiro, e só então tirei os olhos do cara que ela diz se chamar Dante. Deus! Era uma festa de homens bonitos.  E Harley  era muito parecido com ela! – E Lorenzo. – Que tinha semelhança com Dante.

— Olá. – Lorenzo foi o único que sorriu de volta quando eu sorri levemente, e estendeu à mão, Dante rosnou ao meu lado, mais que porra é essa? Estremeci. Olhamos todos assustados para ele, mas ele só fechou a expressão. Peguei a mão que Lorenzo oferecia. Lorenzo pareceu ainda mais divertido depois disso. 

— Você não deveria sair sem o Júlio. – Harley disse em tom severo.

— Vocês são uma fodida dor na bunda e uma merda de GPS ambulante!

— E você não devia estar com uma civil. – Civil? Civil? Deus o que eles eram? Eu deveria me sentir ofendida? 

— Como se eu ligasse para isso. – Lorenzo bagunçou seus cabelos como se ela fosse uma criança de cinco anos.

— Para com isso! Vai bagunçar o meu cabelo. 

— Fica melhor assim. - ele diz rindo. 

— Idiota. 

— Vamos para casa maninha.

— Não sou sua irmã Lorenzo, e não me trate como se eu fosse. – Amélia disse duramente. Ele riu mais abertamente, Lorenzo se parecia com Dante, mais onde Dante não sorri Lorenzo parecia mais bem humorado.

— Vamos embora, Amélia. – Harley diz duramente.

— Quando você pede assim, mano, derrete meu coração. – ela disse. Ela me olhou. – Eu tenho que ir. - Ela bufa. - Não é como se nós fossemos ter privacidade agora. Então te vejo amanhã e vamos falar da festa durante a semana.

— Convidou ela pra festa? – Dante perguntou, ainda fixo em mim, eu estava começando a perder a paciência. Agora ele me olhava como se eu não fosse digna de ir a maldita festa. Sua expressão rude, como se dissesse " ela não está no nosso nível".  Eu odeio gente esnobe simplesmente odeio. 

— Sim, Dante, não seja rude. – Ela se inclinou e me abraçou rapidamente, o pequeno gesto me pegou desprevenida, fazia tempo que eu não recebia um abraço e eu não soube reagir. Felizmente ela se afastou rápido.

— Tchau, Alexandra, te vejo por ai. – Lorenzo disse com um sorriso provocativo. Que rendeu um olhar que eu chamaria de sombrio de Dante, o cara que parecia o cabeça. Foda-se. Eu não gostei dele. Simplesmente passo longe de gente arrogante. Meu sangue ferveu. Deus! Os mais bonitos tem mesmo que ser os mais cretinos? 

E alias, eu não fui capaz de experimentar a comida por causa desse bundão! 

 

 

 

 

Quando voltei para casa naquela noite não fui capaz de deixar de pensar naquelas pessoas, talvez fosse coisa minha, mas eu sentia que eles eram complicados demais para mim, com isso acabei por começar  assar cookies, eu fazia sempre que ficava nervosa. Eu sempre cozinhava quando precisava pensar, ou gastar energia, ou... enfim, eu estava sempre cozinhando. Minhas mãos estavam no automático e eu estava ouvindo Hurt - Johnny Cash enquanto produzia o que seriam pedaços do céu em forma de biscoito. Nem percebi que tinha assado o suficiente para um batalhão, mas eu sempre me perdia. 

 Alguém bateu na porta.

Eram dez e meia da noite, meu coração se acelerou e um pouco de adrenalina foi bombeada em meu sangue. Eu vivia com a sensação que algo ocorreria por que saí fugida da minha própria casa. E estava sempre alerta, presente de anos vivendo sob forte estresse. Eu não tinha me adaptado ainda e duvido que um dia isso aconteceria. Por enquanto eu ficava verificando cada comodo e cada pequeno barulho, olhando por todos os lados a procura de alguém me espreitando. Peguei minha arma que eu mantinha sempre ao meu alcance e coloquei nas costas. Outra das manias que eu adquiri. Outra das coisas que eu ainda não conseguiria parar de fazer. Outra das coisas que eu duvido que deixaria de fazer. Quando abri a porta não podia estar mais surpresa ao ver Dante. O homem estava quente. Eu não posso negar isso. Engoli seco por que meu corpo reagiu a ele, eu duvido que alguma mulher não reagisse. Pisquei algumas vezes e aquela sensação de medo preencheu minha mente e fez uns alertas soarem. Ele me despertava sentimentos conflitantes. Merda! 

— O que você está fazendo aqui? Como sabe meu endereço? – ele não respondeu de imediato ele respirou fundo. E suas pálpebras pareceram pesadas por um instante. 

— Sua mãe está assando cookies? – Ele lambeu os lábios levemente. fiquei confusa. Ele veio aqui me perguntar de cookies?

— O que você está fazendo aqui? – perguntei pausadamente uma segunda vez e se eu tivesse que perguntar de novo seria com ele na mira da minha arma.

— Não vai me convidar pra entrar? – ele perguntou, espremi meus olhos para ele. Tinha uns bons 30 centímetros de diferença entre nós e isso me deixava nervosa, minha única vantagem era a minha arma. Quero dizer, confronto corpo a corpo? Fora de cogitação! Só se fosse para me esfregar nele como uma gata no cio... Que diabos eu estou pensando? 

— Não convido estranhos para minha casa. - digo duramente sem me afastar da porta. 

— Não sou estranho, Amélia me apresentou a você hoje. - ele diz com uma carranca. 

— Isso não me fez confiar em você imediatamente.

— Mas você seria educada de me convidar.

— Não sou educada. – Digo.  Ele ri.

— Você está preocupada por que seus pais não estão em casa? Se for isso, eu prometo me comportar. Vamos nos manter vestidos. Eu garanto. – Ele dá um sorriso cínico. Sim, comporte- se ou vai levar uma bala na cabeça. 

— Era para ser engraçado? 

— Não. Estou te dando minha palavra. 

— Garantindo que vai manter suas roupas? - digo quase que histericamente.

— E as suas. Pelo menos hoje.

— Deus! Você é um idiota.

— Engraçado primeira vez que me dizem isso.

— Uh, isso é realmente uma surpresa.

— Ninguém sobreviveu tempo o suficiente para chegarmos a fase dos insultos.

— Então eu acho que devo me considerar uma sortuda?

— Acho que você não deveria contar com a sorte. - ele diz em um tom mais baixo e mais sombrio. - Me deixe entrar.

— Não. Diga o que você quer e vá embora!

— Eu posso fazer isso a noite toda, ou derrubar a porra da sua porta. - aperto meus olhos para ele. Sim, ele é forte o suficiente para isso, merda! Ele tem esses biceps flexionados para mim que ainda me fazem considerar deixar a raiva de lado. Por que eu estou ficando quente de uma forma inconveniente. Mas pode ser por que ele está nessa postura ameaçadora, ou por que seus lábios muito cheios me chamam atenção. Deus! Eu enlouqueci. Alexandra! Você não precisa desse tipo de merda na sua vida. Já tem merda o suficiente para lidar.  - Tic tac, o tempo está passando. - Engulo seco. Eu posso atirar nele agora, mas os vizinhos viriam correndo. Ai mais que inferno!   

— Ok, tô vendo que você não vai desistir. – Me afastei e ele entrou. Ele era bonito.  Ele estava usando uma jaqueta que parecia cara e um moletom cinza por baixo, um jeans que se ajustava perfeitamente em suas coxas. que eram grossas por sinal e coturnos, minha cozinha minúscula pareceu reduzir ainda mais quando ele entrou. – O que você quer aqui?  

— Vai me oferecer cookies? – respirei fundo. Minha paciência estava no fim e meu temperamento não era bom. Peguei a fornada que eu tinha guardado em um pote. Sim, ofereça comida ao inimigo! Eu deveria ter colocado laxante! Ainda estava quente. Ele mordeu.  Aquilo foi sexy.

Muito. 

O jeito que seus lábios cheios morderam o biscoito foi quase pecaminoso. Quase luxurioso, quase um crime. Argh! Eu não vou sobreviver, eu malditamente não vou. De uma forma ou de outra. Depois de tantos anos ignorando os homens agora eu tinha mesmo que me sentir assim sobre ele? Deus! Por que estava quente aqui?   – Você fez?


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