Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 28
Liberdade é um estado de espirito.


Notas iniciais do capítulo

Estou postando meio nas pressas, desculpem o sumiço, tô indo para faculdade, mas queria deixar esse capitulo que amei para vocês.
Essa autora ganhou presente de dia das crianças sim! ( por que dizem que a gente tem que continuar a ser criança por dentro) KKK E vocês?
Boa noite gente Kisses!



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Ele finalmente para. Em um lugar que parece um campo aberto e eu aposto que se fosse de dia eu veria a grama verdinha. Eu desmonto soltando ele. E ele desmonta logo atrás jogando o capacete longe.

— Você não sabe com quem está brincando! – ele grita. Apenas nós estamos aqui e isso é bom. Posso ver o contorno em suas calças, o volume e ele respira  descontroladamente. É bom ver ele assim.

— O que foi Dante? Você gosta de provocar, mas não sabe ser provocado? – ele me pega e me prensa na moto.

— Você quer me provocar pequeno cookie? Oh, sim, você sabe o que eu faço com pequenos cookies como você? Eu os como. Eu poderia comer você inteirinha e você pediria mais, é isso que você quer Cookie, quer que eu entre em você e te faze implorar?

— Não. Você não vai se aproximar de mim! – Ele aperta os olhos para mim furioso.

— Eu sei que você me quer porra, então por que no inferno você está se fazendo de difícil.

— Eu não posso fazer o que você quer. Não posso foder com você. – Digo com sinceridade, por que eu não posso fazer isso. Realmente. Foder não está na minha lista de prioridades, quando eu for para cama com alguém outra vez vai ser para fazer amor. E é isso.

— Por que não?

— Por que não? -  O som doas outras motos soa silenciando o que quer que eu fosse dizer. Eu ia dizer a verdade? Certamente que não. Ele zombaria de mim. E eu não posso lidar com isso. Os faróis nos iluminam e posso ver a expressão de Dante, engulo seco quando vejo que ele está furioso e, seus cabelos muito pretos espalhados em todas as direções.

— Mano, hoje você se superou. – Lorenzo diz se aproximando com um sorriso. – Se eu tivesse uma mulher dessa na minha moto, certo como no inferno que eu não dirigiria feito louco assim.

— Não começa Lorenzo.

— Ele tem um ponto. – Harley ri vindo na minha direção. Sorrio para ele. – Vem vou ti mostrar um segredo. – ele pega minha mão e eu o sigo no escuro. Ele abaixa na grama e aperta logo e luzes baixas aparecem, o lugar é um limpo campo verdinho como eu tinha imaginado, as luzes baixas fazem o lugar parecer surreal, as estrelas e a lua parecem estar ainda mais perto, parece magico e insano.

— Que lugar é esse? – Sussurro. Não parece haver Ninguém muito perto, algumas arvores rodeiam o lugar.

— É meu. – Dante diz. Ele está tranquilamente sentado em uma pedra.

— É lindo.

— Ainda vai ser. – ele diz.

— O que quer dizer?

— Vou construir um refúgio aqui. Vai ser épico. E então eu vou acertar as coisas.  – Todos olham para ele com certo pesar, mas eu não compreendo realmente.

— O que você vai consertar? – Pergunto.

— Vou consertar tudo. Vou colocar tudo no lugar. – ele diz. Por um momento eu sinto sua voz sonhadora.

— Não vamos estragar a noite. – diz Amélia tossindo.

— Você já dirigiu uma moto? – Harley pergunta. Ele sorri para mim e aperta minha mão. Eu sorrio de volta. Precisando me concentrar em coisas diferentes.

— Não.

— Ótimo. Eu vou ti ensinar. – sua moto parece grande demais, mas ele me faz passar uma perna por cima e montar. – Certo. Embragem. Freio, acelerador. Freio no pé e marcha. Aperte a embreagem e acelere devagar para sair enquanto solta lentamente.

— Eu não sei não.

— Está com medo? – ele pergunta seus olhos azuis muito perto de mim.

— Vamos Alex! – Amelia bate palminhas. – Até eu consigo!

— E olha que foi um desafio ensinar ela! Era quase inútil!

— Meu irmão é um cara paciente. – ela diz carrancuda.

— Seu irmão? Harley não ti ensinou! Quem passou horas com você praticando?

— Isso depois que Harley me ensinou o básico.

— Tá vendo o que eu ganho? Ingratidão!

— Vai, você consegue. – me concentro. A adrenalina fluindo nas minhas veias. Ok. Então eu vou fazer isso. Apertar a embreagem acelerar e soltar. Ok. Eu posso fazer isso. O ronco do motor é alto e faz eco no lugar. A moto sai do lugar mais rápido do que eu esperava. Eu a controlo no último segundo ouvindo gritos animados. O vento bate no meu rosto quando ganho velocidade. Eu rio. É bom. Libertador.

Até que não é mais. Uma pedra no meio do caminho me faz perder o controle. O guidom tremula e o pneu raspa nas pedrinhas, eu tinha razão em pensar que era uma moto pesada. Engulo seco por que são segundo e estou voando por cima da moto. São segundos desde que sentei e estou caindo.

O h Deus! Eu não sou mesmo patética? Ouço o baque alto quando atinjo o chão, minha cabeça bate, mas eu mantenho a consciência.

— Alexandra. – Dante está ao meu lado no instante seguinte. Suas grandes mãos seguram minha cabeça e seus olhos olham dentro dos meus. Engulo seco, não sinto mais nada, apenas sua respiração muito perto e seu cheiro masculino. Seus olhos pretos podem ser descritos como a imensidão do espaço, eu posso me perder ali, posso me entregar. Posso ficar ali e eu poderia ter essa ilusão que nada nunca iria acontecer comigo. Eu quero me perder nele. Deus! Dante é tão bonito. E eu sei que eu devo estar paralisada, olhando ridiculamente babando possivelmente. Mas, não posso parar.

Eu quero tudo que ele não pode me dar.

— Você está bem? – Sua voz profunda me causa arrepios. Mordo os lábios.

— Alex! – Harley está ao meu lado e eu desperto do transe. Finalmente vejo a cena ao redor. Eles estão me olhando com os olhos arregalados assim como Amélia e Lorenzo. A moto está jogada lá e ninguém nota e eu sou um amontoado no chão e então eu rio. Eu rio por que, convenhamos foi engraçado e por mais estranho que parece eu me sinto bem com todos eles.

— Ela não está bem. – Lorenzo se agacha do meu lado. Me olha e eu percebo que seus olhos não são pretos e profundos como o de Dante. São um castanho claro e amendoado com nuances verdes. Fora os olhos eles são muito parecidos. Mas, os olhos. Os olhos, aqueles que dizem que são a janela da alma, esses são completamente diferentes. – Quantos dedos você vê? – Ele estende dois dedos para mim. Eu rio.

— Quatro.

— Vamos ter que levar ela no hospi...

— Eu estou brincando! – eu rio outra vez.

— Eu sinto muito Alex, eu... – Harley começa.

— Você deveria mesmo. – Dante diz duramente.

— Por que? – Digo indignada. – Não! Isso foi muito legal! Quero fazer de novo.

— Deve estar louca! – Dante diz bravo. Eu rio outra vez. Eu sei que é deve ser o campo tão aberto, mas pela primeira vez em muito tempo eu me sinto livre.

— Vai me dizer que você nunca caiu?

— Eu caí muito quando estava aprendendo. – Amélia pontua com um sorriso.

— Vamos lá! – eu pulo em meus pés.

— Não. – Dante diz bravo. Hoje eu não ligo se ele está bravo, eu não me importo!

— Vamos fazer um jogo. – eu rio. –  Vamos correr até lá. – Aponto para as arvores. Se eu chegar primeiro vou montar na moto outra vez.

— Como é? Eu não... – eu não ouço. Já estou correndo ouvindo as risadas atrás de mim.


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