Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 18
Noite de garotas. Drama, lágrimas e um gole ou dois de vodka.


Notas iniciais do capítulo

Booooooooooooooooa tarde gente!



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Está definitivamente.

Engulo seco quando ele se aproxima tanto que posso sentir seu folego no meu. Meu coração se acelera no peito. Algo no fundo da minha mente grita e todos os alarmes soam e eu quero muito ignorar tudo. Harley é muito quente.

Por que não?

Talvez seja o que eu preciso para esquecer. Esquecer tudo. Olho sua boca quando ele avança um centímetro mais para mim. Seus olhos azuis estão abertos e ferozes me encarando.

Então meu celular toca. Harley se afasta e sua expressão se fecha. Mas, uma parte de mim está aliviada.

— Sim?

— Posso ir dormir ai?

— Claro.

— Ótimo. Eu fiquei sabendo o que aconteceu. Estou chegando logo. E eu sinto muito mesmo.

— Eu estou bem.

— Eu vou decidir isso. – ela diz e suspira.

— O que aconteceu?

— Eu ti conto depois.

— Ok. Te espero.

— Estarei ai em dez minutos. – ela diz e desliga.

Olho Harley e ele me olha por alguns segundos constrangedores. Depois limpa a garganta.

— É Amélia? – ele pergunta.

— Sim.

— Ela vai ficar?

— Sim.

— Bom, você precisa de alguém que cuide de você. – ele diz roucamente e seu olhar se estende pelo meu corpo quando ele morde o lábio carnudo e vermelho. Talvez eu deva o deixar terminar o que começou. Como seria beijar Harley? Eu sei que se ele beija tão bem quanto é bonito isso seria uma fodida experiência. E eu quero. Diabos.

Por que nenhum pensamento sobre outra pessoa vai me parar de fazer o que eu quero. Nem a sensação estranha de que eu estou fazendo algo errado. Eu não estou! Meu coração acelera no peito.

— Hum, obrigada de novo. – digo. Essa estranheza com Harley não é natural. Por que ele foi a pessoa que mais me fez sentir confortável depois de Amélia.

— Você não tem que agradecer. Somos amigos não é? – ele diz com um sorriso bonito.

— Eu espero que sim.

Batidas soam na porta em seguida.

— Do que você gosta? Branco? Amargo? Mesclado? – Amélia diz mostrando uma sacola cheia de barras de chocolate para mim. E  outras guloseimas muito convidativas, ou seriam se meu estomago não tive tão pesado. – Deus! – Ela me olha. Seu lábio treme. – Eu gostaria de matar esses bastardos!

— Vai ser feito, mana. – Harley diz. – Cuide dela. - Ele se aproxima e me abraça. Seu corpo é duro e quente. – Eu tenho que ir. – ele passa por Amélia deixando um abraço e logo some no corredor.

— O que houve? – pergunto quando olho seu semblante triste.

— Eu não acho que devemos falar disso quando você está em problemas maiores.

— Certo. Agora fale. – digo sorrindo. Eu preciso mesmo de uma distração.

— Eu... peguei Lorenzo fodendo  uma loira. – ela ofega. - Deus! Essa cena não sai da minha cabeça! Fica se repetindo sabe? O gemido dela e o movimento. O som do movimento. O jeito que ele... Deus! Eles estavam nus! No escritório! Isso é... Isso foi...  

— Deus! – e eu não sei exatamente a sensação? Não! Não é a mesma coisa!

 - Quero dizer, eu sei que ele não é nenhum virgem, mas, eu nunca vi isso entendeu? Já o vi com algumas mulheres, mas fazendo sexo? Fodendo literalmente? Merda! E foi a primeira vez que eu vi seu pau! Mas estava desaparecendo dentro de uma vadia!  Foi demais para mim. – uma lágrima escorre pelo seu rosto.

— Oh, Deus! Deve ter sido horrível!

— E foi! Enfim, eu não quero me lembrar disso por mais tempo, escolha os chocolates, eu comprei algumas coisas para o almoço de amanhã, eu preciso comer até me acabar.

— Certo. Não vou discutir.

Digo e faço movimento para fechar a porta até perceber o cara de terno parado na minha porta.

— Quem é ele?

— Oh, eu ti falei dele. É Júlio. Meu segurança.

— Ele tem que ficar?

— Sim, meu pai está rígido por causa da fuga.

— Mas ele vai passar a noite de pé na porta?

— Sim.

— Coitado, vou levar algo para ele comer. – Digo. E apesar de eu estar um estrago eu não me sentiria bem com ele lá de pé com fome.

— Não é necessário. Olhe para você! Precisa dormir!

— É rápido. – juntei uns pasteis assados e congelados e coloquei no forno, fiz uma garrafa de café, eu odiava café mais tinha comprado para o caso de algum deles gostarem, e peguei algumas barradas de chocolate. Abri a porta.

— Júlio? Não é? – Ele me olhou surpreso. – Não fomos apresentados. Eu sou Alexandra. – ele assentiu. Júlio poderia ter a mesma idade de Dante. E olha discretamente para mim provavelmente se dando conta da merda que eu estou. – Eu trouxe algumas coisas para você comer. Eu fiz pasteis, não sei se você gosta.

— Você não precisava fazer isso. – ele está realmente surpreso.

— Sei disso.

— Então por quê?

— Por que compartilhar comida me faz sentir mais confortável com as pessoas. Eu fiz café. E trouxe chocolates.

— Obrigado. Eu fiquei sabendo do que aconteceu. Eu ouço as coisas não posso evitar.

— Aparentemente os amigos de Dante não gostaram de mim.

— Você é uma garota legal, devia... Deixa.

— O que?

— Deixa para lá. Obrigada. – ele repete e volta para seu estado sério e profissional.

Amélia já estava de pijama e empoleirada na cama quando voltei.

— Você foi gentil com ele. Em geral no mundo que eu vivo gentileza é algo raro.

— Eu não tive isso nos últimos anos. Não quero me tornar amarga. Por isso eu me esforço. Eu não tenho muito entende? Quando posso compartilhar o pouco que tenho me sinto bem. Eu vou tomar um banho. Digo por que depois de toda a surra e vomito eu sinto que estou fedendo.

Ligo a agua quente e entro embaixo. Não sei quando tempo fiquei lá mais sei que minhas pernas cederam e eu estou sentada no chão e eu definitivamente cochilei por que Amélia está batendo na porta.

— Está tudo bem Alex?

— Sim, eu cochilei. Sinto muito. – Coloco umas roupas secas e saio para encontrar ela me olhando com seus olhos azuis idênticos aos de seu irmão e seus olhos estão arregalados.

— Você não parece bem.

— Eu vou ficar bem. – digo.


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