Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 17
Olhares desaprovadores. Pare de olhar assim pra mim!


Notas iniciais do capítulo

Gente! Eu demorei eu sei, mas finalizei as provas da facul e peguei um resfriado!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704017/chapter/17

— O que está... – Harley aparece na porta. – Puta que p...! – ele olha pra mim. – Que merda aconteceu?

— Eu... Eu... Tenho que ir.

 - Você! Me diz que você não fez isso? – ele grita para Dante.

— E desde quando eu me rebaixei a bater em mulheres? Se fosse eu ela estaria morta, tiro limpo, sem dor. Você. – ele me olha. – Não pode ir.

— Uh, claro. – Eu rio. – Tchau.

— Eu estou falando serio, maldição! Você provavelmente tem uma concussão. Tenho um medico que pode ver você. E Amélia pode vir e te manter acordada por que... – posso ver que essas palavras custam para ele. Mas, por que? Ele estava ameaçando me matar segundos atrás! Ele é bipolar?

— Eu sei! Eu já passei por isso! Me virei bem naquela época, e vou me virar agora.

— Alexandra, Dante está certo. Você tem que ver um médico. Deus! Quem diabos fez isso com você? 

— Eu nunca precisei de um médico, já tive pior. E respondendo a sua pergunta Dante, do por que eu vim, eu só queria dizer que eu atirei na garganta do imbecil gigante... Gino. Acho que era isso.

 Ambos me olham com olhos arregalados.

— Como no inferno?

— Eles me atacaram se você não percebeu! E se por acaso a policia bater na minha porta eu não tenho ninguém para pagar a fiança. Achei que vocês deveriam saber já que foram atrás de mim em nome de vocês! 

— Ninguém vai lá prender você.  – Dante disse me olhando com ainda mais raiva se é que era possível. Mas, eu deveria estar acostumada a essa altura, mesmo que meu coração estivesse ainda batendo no peito como uma britadeira por causa daquela pequena cena lá no banheiro. Eu só queria ir para casa e me esconder e fingir que eu não tinha deixado ele fazer o que eu deixei ele fazer!

— Você não pode saber?! O homem deve estar morto agora. – engulo a bile que ameaça subir outra vez. E isso faz de mim uma assassina. Lagrimas queimam em meus olhos. Como se eu já não fosse uma assassina antes disso. As lembranças ameaçam me derrubar. Vindo como enxurrada para mim, minha cabeça dolorida fica quase ao ponto do insuportável e eu tenho que fazer força para empurra-las para longe.

— Eu apenas sei. Vou dar um jeito nisso.

— Vai subornar os policiais?– ele dá um sorriso falso. Tem uma coisa com esse sorriso dele. Faz algo para mim. Esse sorriso que diz que ele é ameaçador. Perigoso. E mesmo que eu não deveria eu gosto desse sorriso.

— Não é necessário querida. Se você quer mesmo saber eles servem a mim. – ele diz com um porte de soberano e dá mesmo vontade de abaixar a cabeça e concordar. Ele tem esse porte que me faz ter vontade de dizer sim para tudo. 

— E você é o que o prefeito? – ele ri. Outra vez. E eu gosto do som mesmo que seja carregado de ironia. 

— Não. Eu não sou o prefeito. O prefeito também trabalha para mim. É melhor do que isso, melhor do que tudo. Por que eu sou uma das autoridades aqui. E em breve a única. – engulo seco.

— Eu deveria agradecer?

— Na verdade acho que Dante te deve um obrigado. – Harley diz sombriamente. Dante endurece no lugar. 

 - Não vai acontecer. – ele diz.

— Por que?

— Digamos que Gino estaria morto se cruzasse nosso caminho. Vem eu vou ti levar em casa. – Harley vem em minha direção e ignora Dante que está apertando os olhos para ele.

— Não vai ser necessa...

— É necessário Alexandra. – Harley diz. Sua voz está rouca e ele me olha intensamente de mais. Suas mãos deslizam na minha cintura e eu tenho esse impulso de me afastar mesmo que ele esteja em uma zona neutra. Por algum motivo eu sentia que era errado. Mas por que diabos? Harley era escandalosamente sexy e bonito e estava me levando para casa. Ele foi gentil. Algo que tem gente que não foi. E melhor! Ele não ameaçou me matar ainda! – Eu sinto muito por você ter se envolvido nessa bagunça. – Ele diz seriamente. Sua mão me aperta gentilmente e eu deixo. – Eu posso beijar suas feridas se você quiser... – ele diz quando me arrasta para o elevador. Pego um ultimo vislumbre de Dante quando as portas se fecham. E não é nada bom. Eu quase posso ver estampado no seu rosto que eu de alguma forma vou pagar por isso.

Mas por que?

Fico em silencio o restante do caminho. Harley dirige o meu carro e também não diz nada. Eu quase caio no sono. Mas, eu tenho que me manter acordada por que estou certa que tenho uma concussão. Quando chegamos Harley pega  minha cintura outra vez e eu quase, quase procuro Dante para ver se ele não esta me olhando com olhos desaprovadores. Mas, eu não faço.

Harley entra comigo e para na cozinha. Ele é um inferno de uma presença, mas ele não exala a ameaça que... Infernos!

— Você está bem?- ele pergunta.

— Na medida do possível.

— Escuta. Hum. Eu sei que o que aconteceu hoje deve ter sido... Olha... – ele suspira. – Gino era escoria. Ele era um estuprador de merda, que mata por uns tostões. O que eu estou dizendo é, você não atirou em alguém inocente. – Ele estava tentando me fazer eu me sentir melhor. E só eu sei que apesar de que as palavras dele pudessem ser verdade isso não me fazia sentir melhor em nada. Da outra vez não fez. Da outra vez ele também não era inocente... da outra vez...

— Obrigada por me trazer Harley. – ele dá um pequeno sorriso.

— Não é nenhum sacrifício, Alex. – ele se aproxima. Talvez até um pouco demais. Seus olhos azuis são como piscinas e se eu fosse qualquer outra mulher eu teria me afogado naqueles olhos. Eu teria me deixado levar. Ele tinha uma boca vermelha e cheia também. Pareciam morangos maduros (que comparação ridícula) e talvez eu devesse só me perder nele. Espera... sua boca não estava perto demais?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kisses and Guns" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.