Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 16
O perigo é também uma forma de segurança.


Notas iniciais do capítulo

Hoooooooooooooooooooot! Por que Dante não é apenas um cara quente ele é escaldante!



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— Quem diabos é essa? – Uma voz estridente soa histérica. Eu admito que causar essa reação na mulher me satisfaz.

— Você já pode ir Jasmine.

— Como assim eu posso ir? – Dante para no meio da sala e eu vejo quando ele franze o cenho e sua expressão não é nada menos do que gelo puro.  Ele me aperta ligeiramente em seu colo. E encara a mulher que ainda está com seus seios nus e apenas uma minúscula calcinha que não deixa nada para imaginação. Eu vejo quando a postura petulante da muda. Como seus olhos que eram ferozes perdem o brilho, e suas pálpebras baixam ligeiramente. Seus ombros caem.

— Você está me questionando Jasmine? – ele pergunta pausadamente.

— N- não, senhor. Eu só, não quero deixa-lo assim, Dante. Deixe me terminar. – Ela lambe os lábios generosos sugestivamente. – Eu quero terminar. Por favor.  - Dante dá um ligeiro sorriso.

— Quando você for necessária eu chamo.

— Mas, eu...

— Ótimo. Você já pode ir Jasmine. – ela apenas balança a cabeça. E eu assisto a cena toda chocada. Por que eu não abaixaria a cabeça e talvez isso me colocasse em problemas, mas a única coisa que me restou no mundo fui eu e a minha dignidade. E aparentemente aquela mulher deixou a dela em casa quando veio aqui. O barulho de seus saltos diminui quando ela se afasta ainda com suas roupas na mão. Recupero a voz assim que ouço o ultimo clique no piso.

— Me solta. – eu debato. Por que essa cena fez mal ao mesmo estomago. Aparentemente eu o peguei de surpresa por que eu me vejo caindo de seus braços e me ajeito no ultimo minuto para pousar desajeitadamente sobre meus pés. – Onde está o banheiro? – digo entre dentes.

— Segunda porta a direita... – eu corro antes mesmo de ele terminar e convulsiono. Mas, é uma serie de convulsões desajeitadas, por realmente não me sobrou muita coisa. Estou ofegante quando finalmente passa.

— Venha aqui. – franzo o cenho para Dante. Que está ali me olhando com a mesma expressão fria que deu a mulher. Ele segura uma toalha branca. E é engraçado, mas eu não tenho o desejo louco de desarmar a postura e obedecer ele. Pelo contrario. Dou dois passos e arranco a toalha de suas mãos e encaro o espelho enorme. – Você não faz ideia de com quem está lidando. – ele diz entre dentes. Mas, eu não ligo. Estou me encarando no espelho. Estou ensanguentada e uma mancha roxa se estende da minha fonte até a bochecha direita. Mas, isso não foi o pior que me aconteceu até hoje se é que isso me serve de consolo. Limpo o sangue e isso é tudo que posso fazer. Bochecho um pouco de agua na boca e ai sim encaro Dante que ficou todo esse processo na porta me encarando.

— O que Rafael disse pra você?

— Disse que ia me matar. Mas antes ia se divertir comigo. E enviar os pedaços para vocês. Agora você acha importante me dizer que merda vocês estão metidos?

— Tudo que você precisa saber é que veio na porra da cidade errada! – ele grita. Como se eu não tivesse percebido. Minha cabeça gira e eu luto para ficar de pé. Eu tenho pratica nisso. Sempre ficar de pé. Aperto meus olhos para ele.

— Eu poderia ter sido morta hoje!

 - E eu poderia terminar o serviço agora. – ele diz. Engulo seco por que ele dá um passo em minha direção. Todo aquele um metro e noventa e todo aquele músculo esculpido em seu corpo entrando no banheiro, diminuindo a distancia entre nós quando eu tento aumentar ela. Mas, isso acaba quando estou esmagada na parede e ele está a centímetros de mim. – Então me dê um motivo muito bom para eu não fazer isso.  – sua voz rouca me provoca de uma forma pecaminosa que faz tudo pior. Estou ofegante. Eu quero empurrar ele ou trazer ele para mais perto. Por que Dante tem essa coisa que é impossível de desviar.

— Eu tenho uma arma. – digo seriamente. Ele ri. Ele se aproxima ainda mais e eu sinto sua ereção cavando na minha barriga.

— Eu também. Esse é o seu argumento? Por que diabos você veio me procurar? Você queria ser salva? Tenho novidades para você. Eu não sou a porra de um herói. – minha vez de rir. Sai tão espontâneo que até mesmo ele se surpreende.

— Eu não preciso de um herói. Eu vim procurar Harley. – Sua expressão muda para fúria. Sua mão se estende para o lado bom do meu rosto e se prende nos meus cabelos e puxa ligeiramente, mas não o suficiente para machucar.

— Não é dele que você precisa. – ele diz. - Não é por ele que você está molhada. – ele diz. Engulo seco. Ele me olha firmemente nos olhos. Eu o sinto sob minha pele. Sinto o formigar que se me causa. Sinto meus mamilos e o frio na barriga e mais abaixo a umidade. Eu esqueço a dor. Esqueço o trauma e o medo. Eu esqueço tudo. Por que se ele quiser, agora ele pode me consumir. Até a última gota de mim. E eu sei que eu vou amar cada segundo, mesmo eu odiando isso. Mesmo eu o odiando.

— Eu não estou... – começo fracamente.

— Não? – ele pergunta. Sua mão livre está desabotoando o botão do meu jeans. – Você está pensando agora que devia me impedir, mas você simplesmente não consegue não é? – ele sussurra, sua boca muito perto do meu ouvido. E ele tem razão. Eu sei o que é certo a fazer. Eu ainda tenho minha arma nas costas, eu posso dizer um não, eu posso parar ele. Mas, eu simplesmente não faço. Eu não faço porra nenhuma quando sua mão desliza dentro da minha calça jeans. Nem quando ele afasta o tecido da minha calcinha e seus dedos encontram meu centro molhado, nem quando ele desliza um dedo dentro. A única humanamente razoável que faço é segurar um gemido. Por que Deus! É bom. E eu quero me esfregar nele e ter essa sensação se espalhando pelo meu corpo. E ele está lá me encarando, me desafiando e eu não me atrevo a desviar o olhar, nem abaixar minhas pálpebras do jeito que elas querem ceder. – Você está exatamente como eu disse. Tão malditamente molhada. Então me responda Alexandra. Por que você veio por ele? Por que veio por Harley? Por quê? É nele que você pensa quando está assim? Dolorosamente molhada? É ele que você quer contra você? É ele que você precisa para cuidar de suas feridas?

Meu peito sobe e desde desenfreadamente e o barulho do elevador me tira do transe. Que merda eu estou fazendo? Como eu fui deixar chegar a esse ponto?

— Dante? – a voz de Harley chega até mim. Empurro Dante com todas as forças e ele não se move. Ele me olha com raiva ainda com a mão onde está acariciando malditamente lento.

Engulo seco.

— Eu não preciso de ninguém para cuidar de minhas feridas Dante! Eu não preciso de ninguém para merda nenhuma! Você quer me matar? Vamos, vai em frente. – digo e deslizo minha arma em sua barriga. Por que eu vim aqui em primeiro lugar? Dante se afasta relutantemente.

— Deus, mulher, você está me fazendo louco. – ele diz, e suas palavras são duras e frias. – É melhor você parar de apontar essa merda para mim. Eu não vou limitar minhas ações da próxima vez.


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