Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 15
Flagra.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Vou indicar a musica Come up for Air por que a batida me inspirou hoje! Kisses guys!



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Minha única intenção é sair dali, tanto que quando dirijo é estourando limites de velocidade e não me importante nada com a direção. Meu nariz dói e sangue flui livremente. E então eu me lembro do endereço do apartamento que Amélia disse que os meninos moravam. E me vejo dirigindo para lá.

O prédio é realmente impressionante. E eu nem sei por que diabos eu estou aqui. No fundo eu sei, eu só não quero pensar nisso. Por que eu não deveria estar aqui, não deveria. Mas, é quase como se eu não pudesse evitar. Limpo o sangue com alguns lenços e continuo pressionando por que ele continua fluindo. Entro na portaria do condomínio de luxo. Meus joelhos tremem um pouco. 

Por que diabos eu acabei de sair de uma situação perigosa e tenho a sensação que estou me colocando em outra? 

— Sim? – o porteiro me olha estranho, mas não diz nada.

— Eu... Queria ver se... Harley está?

— Não. Quem é você?

— Alexandra. – ele arregala os olhos ligeiramente.

— Você é uma visita liberada. Aqui. – sua mão treme ligeiramente quando ele estica um cartão para mim. – Aquele elevador.

— Qual andar? – mas ele não responde. Eu entro e coloco o cartão na única entrada. O elevador fecha e se move e minhas pernas fraquejam um pouco. Estou tremendo como uma folha no vento. Ele se abre e eu tenho a sensação que a noite não podia ser pior.

Engulo seco.

Dante está ali, em um sofá de couro preto, ele está sentado e está sem camisa e eu não deveria perceber que ele tem um corpo de morrer, não quando ele tem uma mulher de cabelos pretos ajoelhada apenas de calcinha e saltos na sua frente, vejo sua cabeça descer e subir e faz barulhos estranhos de sucção e ela geme. Um gemido na minha opinião totalmente desnecessário. Ele morde o lábio e joga a cabeça para trás quando a mulher faz um barulho alto de ânsia. E eu devo ter feito algum som por que então ele me olha.

Seu corpo tenciona inteiro.

— Que diabos? – arregalo meus olhos e percebo que nem sai do elevador, e eu quase agradeço por isso. Aperto o botão para descer. Meu coração está desenfreado. Meu estômago se aperta duramente. A desci é tão lenta que parece levar uma eternidade. Por que diabos eu vim aqui? Estou correndo para fora antes que eu perceba. E antes que eu chegue ao meu carro meu estomago não aguenta e sinto quando convulsiono com o vomito. Meu nariz começa a sangrar novamente e eu sei que eu estou uma verdadeira bagunça. 

Meus membros estão moles quando tudo termina e eu sento no chão e encosto ao carro por que não posso fazer mais nada. Tento por algum ar nos meus pulmões meu peito sobe e desce rápido, quase dói.

Ouço passos firmes.

Vejo quando Dante vem. Ele está com raiva outra vez. Posso ver sua expressão, suas sobrancelhas franzidas e sua boca cheia está em uma linha no rosto. Ele está com as calças jeans penduradas em seus quadris definidos e ele tem um pacote de seis em seus abs! Seis! E seus quadris não são só definidos. Eles tem malditas covinhas que desaparecem nesse jeans. 

Seus olhos arregalam ligeiramente quando ele realmente olha para mim. Eu devo estar pior do que eu pensava para despertar tal reação. Por que o pouco que eu conheço dele eu sei que ele é melhor que isso em mascarar emoções. 

— Que merda aconteceu com você? - sua voz é pesada e cheia de ódio. Resisto ao impulso de me encolher em uma bola. 

— Conheci um de seus amigos. – digo fracamente. Minha cabeça ameaça a flutuar e se eu não tivesse lutando duramente eu já teria cedido.

— Amigos?

— Rafael... mazeroni... maza... sei lá. – eu rio ligeiramente. – Se você me der um minuto. Ou dois. Eu estou indo. Volte para sua... hum... amiga. – seu rosto fica ainda mais furioso se é que isso é possível. Mas, eu não quero concentrar nisso, está difícil respirar e minha cabeça gira como se eu tivesse bêbada. Oh, grande! Eu tenho uma concussão e eu sei que é isso por que já tive uma dessas. Eu preciso me manter acordada.

— Vou te levar lá para cima. – ele diz. Engulo seco.

— Não vai ser necessário. – digo seriamente. Ou o mais seriamente que posso.

— Eu não fiz uma pergunta. – ele diz. E o que ele faz me surpreende. Seus braços deslizam debaixo de mim e me erguem com facilidade. E então estou aconchegada ao seu peito duro e quente. Ele cheira como algo amadeirado, algo como vinho e posso sentir um cheiro feminino nele. Por que realmente está ali. O cheiro da mulher que estava... Deus! Meu estômago dá outra guinada e se eu não soubesse que estava com uma concussão diria que o fato de eu ter visto Dante recebendo, bem, o que quer que fosse de outra pessoa me enoja.

Mas não é isso.

— Você pode me soltar.

— Eu não sei por que você acha que pode me dar ordens.

— E eu não sei por que você acha que pode fazer o que quiser comigo. – digo fazendo o meu melhor para fugir da escuridão. O movimento e depois a  subida do elevador não são meus aliados.

— Se eu fizesse o que eu quero com você  querida, você iria saber. Ia sentir. – ele diz e sua voz adquiriu um tom rouco. A porta do elevador de abre e pela segunda vez eu entro no apartamento. Não é bem um entrar  já que eu não tenho muita escolha. Mas, no momento não tenho força ou vontade de discutir. Por que a verdade é... e me processem por isso, eu gosto de estar aninhada no corpo quente de Dante. É tão bom que me assusta, tão bom que eu poderia fechar os olhos e me deixar levar, eu quero me deixar levar... E se minha condição física fosse ligeiramente melhor eu ficaria preocupada. Por que não há modo no inferno de eu passe por esse contato com ele ilesa.


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