Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 14
Nunca estacione o carro muito longe.


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde gente!



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Na segunda fui direto para a sala de aula. Amélia chegou logo depois.

— Bom dia!

— Olá.

— Tudo bem?

— Sim. – ela suspira. – Você? – pergunto. Amélia parece cansada e não pode ser a ressaca, não ainda não é? - O que aconteceu?

— Bem, a volta pra casa foi como esperado.

— Uh, como assim?

— Eu estou restrita ao meu quarto e ir a faculdade com... –ela aponta para frente da sala onde um segurança está parado. – Júlio na minha cola. Antes ele tinha que ficar a alguns metros e agora ele tem que ficar mais perto possível. 

— Hum, e os outros?

— Envolve trabalhos extras que você não quer saber.

— Se você diz. – eu digo secamente por que eu odeio essa resposta que todos eles falam pra mim.

— Obrigado pelo fim de semana. Apesar de tudo eu não me arrependo. Menos pela parte de não ter te contado é que as vezes eu ajo sem pensar.

— Tudo bem. Eu superei.

— Seriamente?

— Sim.

No fim da aula acompanhei Amélia e o seu segurança e minha teoria dos homens bonitos se aplicava a ele também, por que ele era muito bonito. Olhos verdes, cabelo castanho, queixo quadrado. Alto. Amélia me abraça e eu sigo meu caminho. O trabalho não é mais emocionante, mas me dá dinheiro o suficiente para viver então eu não reclamo. Eu aprendi a não deixar me abater.  

Fiz hora extra por isso é tarde quando saio. O dia já não é dia, mas ainda não é noite. É algo entre lá e cá. Meu carro está estacionado um pouco longe e a rua está estranhamente vazia.

Na minha experiência, isso não é bom. E eu estou certa por que quando chego ao meu carro, tem um homem estranho lá. Ele está elegantemente vestindo um terno preto, preto inteiro. Ele é bonito, mas posso ver as influencias do tempo sobre ele. Seu cabelo preto está penteado perfeitamente e posso ver tatuagens em seu colarinho. E seus olhos estão cobertos de óculos de sol.

Ele está casualmente encostado ao meu carro com as mãos em seus bolsos e quando ele me eu vejo o sorriso se espalhar pelo seu rosto.

— Veja, se não é o novo brinquedinho da família Perezi.

— Desculpe? – eu digo e olho para os lados para ver se há mais alguém aqui que ele possa estar falando.

— Sabe. Eu estou impressionado. Você até que sobreviveu mais que a outra.

— Como é? Desculpe, acho que você está me confundindo. – digo secamente por que eu estou começando a achar que esse homem é louco. Dou um passo para longe, mas sinto alguém atrás de mim. Bato direto em um peito duro.

— Alexandra Hendrix. – ele diz. – Seu exatamente quem você é. Ele sorri outra vez. Ele tem essa fileira perfeita de dentes. – Diga me eles já foderam você? Em geral é o que acontece com as amiguinhas de Amélia. Acho que eles fazem, como é que é Gino?

— Um rodizio. – diz o homem atrás de mim. Ele tem uma voz rochosa que fez minhas veias gelarem.

— Sim, isso, cada um tem a sua vez. – ele sorri outra vez. Estou começando a odiar esse sorriso. – Diga- me Alexandra. – ele pega meu queixo em sua mão e aperta tão forte que eu sei que vai deixar marcas. Engulo seco e forte. Estou entre eles agora. Meu coração bate desenfreado.

— Eu não sei quem é você e quero que me solte. – digo com a calma que eu sei que eu não tenho.

— Ouvi dizer que Dante gosta de gatinhas com garras. – O outro ri. – Vamos ver o que suas garras podem fazer e depois vamos mandar para ele seus pedaços.

— Estão perdendo tempo! Eu só sou amiga da Amélia, os outros não são nada!

— Oh querida, eles não precisam ser alguma coisa. Apenas o fato de você ser amiga da Amélia é o suficiente para sua morte causar a reação que eu quero.

— Quem são vocês?! – eu grito sentindo o pânico tentar me dominar. Ruim para eles que eu já lidei com traficantes antes. Gente pior.

— Oh, eu não disse? Gino onde estão meus modos? Rafael Mazaroti. – ele sorri como se isso deveria significar algo para mim. Não significa. Ele ainda não soltou meu queixo. E eu sinto a dor atravessando cada vez. Ele se aproxima cada vez mais. – Você é uma coisinha sabia. Eu vou me divertir com você. – eu não perco tempo levanto meu joelho e atinjo o ponto que mais dói nele e ele grita e se curva.

— Sua vadiazinha! – Gino grita e me joga contra meu carro e logo depois acerta um murro no meu rosto. É tudo muito rápido. O ar foge dos meus pulmões e eu sinto a dor atravessar o lado do meu rosto e um líquido quente escorrer pelo meu nariz. Pontos brancos aparecem na minha visão. E eu engulo um gemido. Se tem uma coisa que eu aprendi é sofrer em silencio. 

Tudo que eu posso fazer e erguer minha arma e apontar para a cabeça alta de Gino. O grande idiota. A arma é como minha tabua de salvação. E eu me sinto um pouco mais firme com ela. É como se minha mente se limpasse. Posso ver vários pontos bons para atirar no idiota. Uns o matariam em segundos. E aqui estou eu nessa situação outra vez. Eu nunca vou deixar de estar metida em situações fodidas assim? 

— Que porra é essa?

— Eu não sei quem diabos são vocês, mas é melhor ficar longe! – eu grito, meu coração martela no peito tão forte que não sei nem ao menos se eu disse exatamente essas palavras. Que merda foi que eu me meti? Quem são essas pessoas? 

— Isso não vai acontecer, puta. Você... – o som do tiro ecoa no escuro. Gino cai com as mãos fechadas na garganta. E eu não perco tempo. Mesmo com minhas pernas tremendo e meu ataque de pânico eminente aproveito o atordoamento do outro homem e entro no carro a tempo de ver ele gritar e sacar a própria arma. Mas, meu piso no acelerador e me tiro dali, não a tempo de salvar o vidro do meu carro que explodi quando uma bala o atravessa.


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