Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 12
Seja sincero, mas não tão sincero. Obrigada.


Notas iniciais do capítulo

Boooooooooooooa noite! Espero que gostem! ♥



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— Isso foi... – Amélia começa.

— Fodidamente quente. – Lorenzo diz.

— Quando foi que aprendeu a atirar? – Harley pergunta. Posso jurar que ele está um pouco histérico. Talvez até um pouco chateado. 

— Quando precisei. – digo seriamente. – Que porra foi essa?

— Fica fora disso. – Dante diz. Ele está com raiva.

— Como é? Eu acabei de salvar sua vida!

— Deveria tê-los matado então ai sim seria um trabalho bem feito.

— Quem sabe se não morreram? Oh Deus! Será que eu... – engulo o nó no estomago.

— Esses fodidos são vasos ruins não quebram. Quando atirar, atire pra matar.

— Cabeça ou coração.

— Esse é o lema. – Lorenzo cantarola. Sou só eu que estou achando tudo isso muito estranho?

— Quem são eles?

— Inimigos da minha família é tudo que você precisa saber. – ele diz.

— É uma merda complicada Alexandra. Assim como a sua deve ser pra você estar por ai armada. – Harley diz ele está um pouco carrancudo. Eu não digo mais nada. Não posso. Como eu vim parar nessa situação fodida?

 Quando chegamos a casa Lorenzo carregou Amélia para a cama, ela está dormitando e muito bêbada. Harley e Dante ajeitaram colchões misteriosos entorno do quarto.

Me troquei, passava das três então eu simplesmente deitei e apaguei ao lado de uma Amélia desmaiada.

Estava tudo silencioso, olhei no relógio e marcava seis da manha. Meu corpo tinha se acostumado ao horário. Eu dormia pouco quando morava com meu pai, estava sempre alerta e acordava sempre que ouvia o menor ruído, ser pega de surpresa não era um luxo que eu podia me dar. Levantei tendo que pular por cima dos meninos no chão, dormindo eles pareciam até inofensivos. Mas, eu os conhecia. Principalmente Dante. Mas, eu já disse que ele dormindo é um inferno de uma visão? Todos vestidos com camisas e shorts. Parecendo gente civilizada. Engulo seco quando Dante mexe em seu sono. Por que os mais bonitos tem que ser os mais ordinários?

Eu estava com um short de moletom cinza e uma camisa azul bebê. Depois de escovar os dentes e lavar o rosto para clarear a mente fui à cozinha para trabalhar em pães. Eu amava fazer pães, salgados e doces. Era uma terapia, e eu com certeza precisava depois da noite de ontem. Sabe quando a sua mãe te alerta sobre as más influencias, acho que  eu gostaria de ter minha mãe nesse momento, por que eu estou com os reias da má influencia. E eu ainda nem sei em que merda eles estão metidos.

Quando estava colocando os ingredientes no pote Dante entrou na cozinha. Despenteado e com a cara amassada. Deus ele podia ficar ainda mais atraente? Meu coração deu um pequeno salto. Eu não queria essa reação a ele. Ele era perigoso pelo amor de Deus!

— Bom dia.

— Bom dia.

—O que faz de pé há essa hora? – ele pergunta, quem vê não pensa que ontem ele estava ameaçando me matar.

— Não consigo dormir mais que isso.

— Porra que vida triste. – ele disse e se encostou ao balcão. - O que você vai fazer?

— Pães, doces e salgados e com recheio.

— Isso parece bom.

— Você não parece gostar de mim.

— Gosto da sua comida. – ele encolhe os ombros.

— Mas não de mim. – ele não respondeu. – Por quê?

— Você quer que eu seja sincero?

— Sim!

— Você me deixa duro, o tempo todo. Eu quero foder você até você não poder andar mais, quero ficar olhando você nua, quero sentir o gosto da sua boceta, quero tanto que me dá água na boca só de pensar e eu acho toda essa merda inconveniente por que eu não quero sentir isso por você, eu nem sei quem você é! Eu só preciso tirar você do meu sistema para parar de achar que sua buceta tem algo de especial. Por que eu sei que não tem. – fiquei olhando para ele boquiaberta. Ele tinha mesmo acabado de falar isso?

— Como é? – engasgo.

— É isso. Não gosto de você, mais eu quero foder você. É isso.

— E depois?

— Depois? Não tem depois querida. É isso, eu vou te dar um bom tempo. Vou fazer você gozar como nunca fez em sua vida. E é isso.  

— Então você me quer como uma prostituta?

— Se você quiser que eu ti pague dinheiro para mim não é problema e eu sei que você precisa. – minha mão agiu antes que eu pensasse, o som do tapa ecoou pelo meu minúsculo apartamento. E eu sei nesse momento que eu poderia estar assinando minha sentença de morte, por que como ele mesmo fez questão de deixar claro ele poderia fazer isso. Será que eu tinha dado a impressão que precisava vender meu corpo para ter dinheiro? Meu coração acelerou no peito dolorosamente. Minhas bochechas queimaram. Meus olhos arderam com lágrimas que eu jamais permitiria cair, não perto dele pelo menos.

Ele me olhou e apertou os olhos, tremi, meu pai me olhava assim antes de me surrar até que não me sobrava nada. Engoli em seco, eu já não era mais aquela garota, eu podia lidar com isso, minha arma estava no quarto e eu podia chegar até ela  se Harley ou Lorenzo não me segurassem e eu podia correr.

— Você quer sinceridade, mas não sabe lidar com ela. Aqui está a questão Alexandra, eu posso ferir você ou eu posso fazer você se sentir bem. – ele disse. Em nenhum momento ele ergueu sua mão para mim.

— Nunca dei a liberdade de você falar assim comigo, eu posso ser pobre, mas meu corpo não está a venda.

— Não disse que estava, disse que eu podia...

— Não termine.

— Eu não sei por que porra eu ainda perco meu tempo.

Nos olhamos por um tempo então ele foi embora.

Simplesmente saiu.

Eu quis rir e chorar histericamente, mas só continuei os pães. Nada aconteceu. Nada aconteceu. Eu repeti varias vezes na minha cabeça, como ele pode me chamar de puta na minha própria casa? Esse espaço era pequeno, mas era meu santuário! Soquei a massa com força, não percebi o quanto estava com raiva.  


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