Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 10
Música, bebida e... Drama.


Notas iniciais do capítulo

Gente, essa autora está atolada de trabalhos na faculdade e problemas na vida. Foi uma semana dificil, maaaaaaaaas eu voltei KKK Não se preocupem que eu não vou abandonar!
Espero que gostem!



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— Não é da sua conta. – Dante não olhou para mim e seu tom me fez agarrar o volante com mais força. Que idiota.

— Eu deveria saber em que merda estou me metendo.

— Você não tem que saber de nada. Você deveria simplesmente se afastar.

— Bom então ok. Já ajudei a vocês. Se quiserem ir vão!

— Dante não fale assim! – Amélia gritou. – Não usei você Alexandra. Você é minha amiga. Eu sinto muito!

— Não deveria falar comigo nesse tom. – Dante estava me dando raiva nesse tom controlado dele.

— Você ainda não é o chefe.

— E em um par de semanas isso muda.

— Você não precisa mudar. – ela disse. Só eu que estava perdendo algum ponto?

— Não preciso? Se ela falar assim comigo outra vez eu não respondo por mim. – ele diz a sério.

— Isso é uma ameaça? – eu grito. Deus! Estou histérica! Minhas mãos tremem violentamente.

— Eu não faço ameaças, querida. Eu faço promessas.

— Acho que vocês estão conseguindo acabar com a diversão. – Lorenzo disse e até ele parecia azedo.

— Dante não quis ofendê-la. - Isso partiu de Harley. – Mas a verdade é que nossa vida é complicada, e as aventuras de Amélia vão ter consequências para todos.

— Eu estou preparada. – Ela diz com convicção.

— Sei. Você sempre está o caso é que Alexandra é uma boa pessoa, nosso mundo não é para pessoas como ela.

— Podem ficar na minha casa. – digo. Apenas para ver a cara de Dante e o fazer compreender que ele me deve um favor.

— E você vai cozinhar o café da manhã?

— Lorenzo!

— Como eu disse ele não sabe a hora de calar a boca.

— Vou pensar em algo.

— Pegue a estrada a direita e siga, estamos quase lá.

Quase lá era uma boate muito bem escondida. Dentro o lugar vibrava com musica e luzes e estava cheio. Dante entrou. Mesmo na pouca iluminação as pessoas davam passagem para ele, seu porte era totalmente de alguém que era respeitado, e o mar de pessoas se abrindo para ele pareciam seus súditos. Ele parecia maior cada vez que eu o olhava. Fomos para a área vip. Sofás de couro decoravam o lugar e uma pequena mesa redonda já continha um balde com bebidas que deviam custar mais que meu salário mensal.

Amélia me abraçou.

— Me desculpe! E obrigada!

— Só não faça outra vez. – digo seriamente.

— Eu prometo. Agora, bebidas! 

Ela começou a se servir, eu peguei uma bebida amarela com gosto de maracujá e sem álcool e beberiquei e sentei no sofá observando Amélia se misturar na massa de gente com um copo. Lorenzo estava encostado olhando ela dançar. Ele não a via como irmã. Esse não era um olhar fraternal. Então por que ele não tomava uma iniciativa? Algo não se encaixava. E por que diabos eu estava pensando nisso? Tem tanta coisa que eu devia pensar nas constantes ameaças de Dante e no fato de eu não me afastar de todos eles. Eu tinha um desejo pelo perigo? Será que todos esses anos vivendo do jeito que eu vivi me estragaram?

— Obrigada por fazer isso por Amélia. – Harley me assustou vindo ao meu lado.

—Bem, acho que hoje eu sou a fada madrinha. – digo com ironia.

— Ela sempre quis isso, falou dessa merda por um ano, isso aqui não é nenhuma merda fantástica, mas eu não julgo. Do jeito que a gente vivi, isso aqui é mais do que ela pode ter.

— Eu não entendo. Vocês não são pobres e estão metidos com algo sério, por que ela não pode sair assim?

— Por que tem gente que adoraria por as mãos nela. – um arrepio passa por mim.

— Isso não me deixa tranquila.

— Você não devia estar tranquila em torno de nós. – ele diz duramente.

— Bom saber disso. Merda, eu só queria tranquilidade. Eu, não quero tudo isso. – digo. É verdade.

— Por quê?

— Não importa.

— Você parece cansada. – ele nem faz ideia.  

— Você não faz ideia.

— Por que está sozinha?

— Ué nunca ouviu dizer que é melhor estar sozinha do me mal acompanhada?

— Sim. – ele sorriu. – Gosto de você.

— Obrigada. – era a primeira vez que eu ouvia isso de alguém.

— E não é só por que você é espertinha. – ele diz me olhando fundo nos olhos. Rapaz! O homem é um deus grego ambulante  e me olhando assim me faz engolir seco. Por que mesmo que eu tenha essa estranha atração por Dante e sua aura perigosa, eu não sou imune a essa beleza loura. Ele me olha por algum tempo. Segundos? Minutos? Eu não sei. O que eu sei é que ele olha além de mim  e como se ele tivesse levado um choque ele se afasta.

— Vá se divertir, você é nova para estar tendo esse tipo de conversa comigo no meio de uma balada. – ele diz, mas dá pra ver que está desconfortável.

— Você não é tão durão.

— Uhun, não deixe ninguém ouvir você dizer isso.

— Ok.

Me levantei e fui dançar. Afinal era minha primeira vez em uma boate também, com outra daquela bebida de maracujá me juntei a uma Amélia muito sorridente, muito mais que o normal. Mal sabia me mover então não arrisquei muito apenas mexi os quadris.

— Isso não é ótimo?

— Sim, é bem legal.

— Esse é o gosto da liberdade! – ela tomou um gole de bebida rosa. – É o meu aniversário!

— Parabéns! – um cara chegou agarrando pela cintura. E dançando atrás dela. Era um cara bonitão. E ela entrou no ritmo com ela. Eu ri. Apesar de tudo ela estava feliz. Eu sou um coração mole.

— Hey, amigo. – Lorenzo chegou antes mesmo que Amélia respondesse, o cara o olhou e provavelmente o reconheceu. – Elas não são pra tocar. – Os olhos do cara se arregalaram.

— Eu não sabia que ela era sua.

— Agora você sabe.

Então o cara, que em minha opinião era um medroso de merda saiu assim simplesmente. Sem mais palavras. Isso está me matando! Quem são eles?

— Você não tinha o direito. – Amélia grita brava.

— Tenho todo o direito.

— Não tem.

— Então sei noivo deve ter. – O que? Noivo? Pisco. Estou mais no escuro do que eu imaginava.

— Vá à merda! – ela saiu. E serviu mais bebida rosa. Deus! Por que eles eram tão dramáticos?

— O que você quer dizer com noivo?

— Exatamente o que você entendeu. 

— Ela está noiva?

— Não é minha história pra contar. – Ele disse azedo. Lorenzo era extrovertido. Azedo era novidade.

— Ok. – eu disse e afundei mais na multidão querendo um tempo. Deus! Eu não sabia que fazer amigos era como carregar uma carga! Me envolvi com a música.  Dancei, não sei quanto tempo. Mas cada vez que a música mudava menos vontade eu tinha de parar. Então eu senti uma mão deslizar na minha cintura. Um corpo duro moldando ao meu. Virei lentamente para encontrar Dante. Seu rosto sério iluminado apenas pelas luzes que ficavam piscando.  Quando me virei olhei direto em sua boca. Isso me consumiu. Toda a música alta deixou de existir. Embora seu corpo grudado no meu não me deixava parar de movimentar. Seus quadris faziam esse movimento incrivelmente sensual e eu estava o seguindo. Como uma maldita boa menina.


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