Viagem de férias escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Coincidencia ou Destino?




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P.O.V. Elijah.

Depois de muito tempo e esforço consegui convencer Renesmee a vir a nossa casa. 

—Caraca moleque?! Você mora aqui?

Eu ri.

—Porque tá rindo?

—Faz ideia de quantos anos eu tenho?

—Não. É rude perguntar a idade das pessoas.

—Eu tenho mil anos e você me chama de moleque? Eu tenho que rir disso.

Nós entramos e ela ficou deslumbrada com a mansão. 

—Adorei, os lustres, os quadros tudo.

Mas, então algo estranho aconteceu. Ela viu Hayley e levou um susto.

—Meu Deus! Não, isso não tá acontecendo. Eu... tenho que... sair um pouco.

Ela saiu correndo como um tiro. Ficou no jardim andando de um lado para o outro nervosamente.

—O que que deu nela?

—Eu não sei.

Vi ela sacar o celular e logo ela estava falando com Camille.

—O que aconteceu desse vez?

—Eu acabo de trombar com ela.

—Ela quem?

—A mulher da igreja.

—A da visão?

—A própria. O nome dela é Hayley.

—Será que não foi o destino?

—Como assim?

—Pra você salvar ela.

—Não dá Cami. Eu já tentei salvar uma pessoa, mas não deu. Acho que o Elijah tá ouvindo.

—Diz a verdade pra ele.

—Ele vai tentar impedir e pode se ferir. Não há como parar e nem como desacelerar.

—Conta pra ele.

—Tá. Só espero que ele não faça nenhuma bobagem. Tchau Cami.

—Tchau Ness. E boa sorte.

—Valeu.

Ela retornou para dentro da mansão e olhou para Hayley angustiada, com pena.

—Elijah, tenho que contar uma coisa.

—Pois conte.

—Ela não deve saber disso.

—Eu?

—É. Está envolvida e acredite a ignorância é uma benção.

—Se ela está envolvida tem o direito de saber.

—É melhor ela não saber Elijah! Estou protegendo ela!

—Dá uma prévia ai.

—Eu tenho vários dons como você já sabe Elijah. Mas, um deles é extremamente raro e valioso.

—E qual seria esse dom?

—Eu consigo ver coisas, antes que elas aconteçam.

—Uma vidente?

—Sim.

—E o que eu tenho a ver com isso?

—A minha última visão, você estava nela.

—Eu?

—Sim.

—E o que acontecia?

—Não me pergunte isso. Você não vai querer saber.

—É ruim?

—Depende do ponto de vista. Ser vidente é um fardo e tanto.

—O que você viu?

—Ela viu você numa igreja.

—Oh, mania de ficar ouvindo a conversa dos outros! É falta de educação sabia?

—Eu vou casar?

—Não.

—Se não vou casar, porque estaria numa igreja?

—Pare de perguntar! Não posso responder, da última vez que eu respondi perguntas sobre visões como essa, a pessoa envolvida pirou. Ficou completamente doida e no fim a visão se concretizou. Se eu previ assim, assim será.

—O que você viu Renesmee?

—É uma menina.

—Foi isso o que você viu?

—Isso é apenas o que você deve saber. Será uma menina saudável e linda.

—Todo esse drama pra me dizer que previu que meu bebê vai ser menina?

—Não. Essa é apenas uma parte da minha visão, eu não quero que você fique paranoica e enlouquecida, ela virá por você não há como impedir.

—Ela?

—Macária. Você não deve ter medo, ela vai acabar com seu sofrimento. Com licença.

P.O.V. Hayley.

Essa mulher é pirada. Macária? Quem é Macária?

O Elijah foi atrás dela e eles se trancaram num dos quartos. Eu tentei ouvir, mas tudo o que eu ouvi foi:

—Abafiato.

P.O.V. Elijah.

Havia algo que ela não estava contando. Ela estava me escondendo algo.

—Fale.

—Ela vai morrer.

—O que?

—Hayley vai morrer.

—E a parte da igreja? Vai ser o velório?

—Não. Ela vai morrer dando a luz no chão de uma igreja, perto do altar.

—E o que faremos?

—Nada. Não há como salvá-la, olha quase todas minhas visões são subjetivas elas mudam de acordo com o que as pessoas decidem, entretanto onde há a morte sempre haverá morte.

—Como assim?

—Se eu prevejo que alguém vai morrer, esse alguém sempre acaba morto. Lamento.

—Tem certeza de que não há uma maneira de salvá-la?

—Absoluta. Acredite, eu tentei salvar muita gente, mas não deu a morte as leva sempre. Se eu previ assim, assim será. As visões que envolvem morte nunca mudam, nunca.

P.O.V. Elijah.

Não posso acreditar. Não creio.

—Eu posso mostrar se você quiser.

—Mostre.

E logo o quarto começou a mudar. Estávamos na igreja do padre Kiron, Hayley estava cercada de mulheres, estava ensanguentada e parindo. Assim que a criança nasceu uma das mulheres cortou o cordão umbilical e outra cortou a garganta de Hayley. Ela ficou se afogando no próprio sangue até que uma mulher de vestido e véu brancos que carregava uma vela veio e tocou nela. Ela parou de sufocar e estava ao lado da mulher.

—Macária. Deusa grega da boa morte.

—Eles...

—Não podem nos ver e nem ouvir. Ela tem muitos ceifeiros á seu serviço, mas virá buscar Hayley pessoalmente. Ás vezes isso acontece.

—Porque?

—Ela gosta de dar alento aos que sofrem. Na morte as dores físicas vão embora, somem. O trabalho de Macária e dos ceifeiros é esse Elijah dar alento aos que sofrem, acabar com a dor, atravessar as almas.

—Então, Hayley não irá para o outro lado?

—Eu não sei. Os mortos não tem futuro, daqui pra frente é um breu. Hora de voltar.

Em segundos estávamos no quarto outra vez.

—Quem eram as mulheres?

—Sei lá. Imaginei que fossem amigas de vocês, ou pelo menos dos seus irmãos.

P.O.V. Hayley.

Eles desceram e a garota me olhava com aquela cara de estou com pena de você. E agora o Elijah também.

—Na boa, o que vocês estão me escondendo?

Elijah tentou falar, mas ela disse:

—Pelo amor de Deus não faça isso. Ela vai sofrer demais, vai perder a sanidade eu já vi acontecer. O medo vai dominar ela.

—Medo de que?

—Da única coisa que todos os vivos temem. Da única certeza que todos os mortais tem.

—Deixe de ser enigmática e fala logo.

—Não posso. Jurei que nunca mais falaria sobre esse tipo de futuro com os envolvidos.

A única coisa que todos os mortais temem.

Peguei o computador e digitei isso no Google. Saiu um monte de porcaria, então eu me lembrei do nome que ela tinha dito. Macária.

E conforme eu ia lendo, ia caindo a ficha. Eu vou morrer.

—Ela sabe.

—O que?

—Ela descobriu sozinha.

Logo eu a enchia de perguntas:

—Porque não contou logo?

—E vê-la sofrendo? Com medo, em pânico? Não, todos merecem partir em paz. Todos merecem encontrar a paz.

—Faz alguma ideia das atrocidades que eu cometi?

—Isso não importa. Se Macária virá buscar você pessoalmente deve ser um bom sinal.

—Sabe pra onde ela vai me levar? O que será de mim depois?

—Não. Da sua morte para a frente é um breu, é o nada.

—Eu tenho salvação?

—Onde há morte, sempre haverá morte.

—Então não.

—Infelizmente não. Sinta-se especial, a própria Macária virá buscar você.

—E como ela é?

—Ela usa uma toga e véu brancos e carrega uma vela.

—Você já a viu? Pessoalmente?

—É claro. Somos amigas, ironicamente a morte é imortal.

—E ela não fica com raiva dos vampiros nem de você?

—Não. Macária é um espírito muito puro, uma divindade. Ela não guarda rancor, o irmão dela no entanto...

—Quem é o irmão dela?

—Hades, Lúcifer, Satã etc... Os dois lados de uma mesma moeda.

—Cara, to impressionada. Você é amiga da morte.

—Sou. Sou sim.

—Vai doer?

—Não. Ela vai tirar a sua dor senhorita Hayley, ela vai te libertar da dor, do frio, da fome vai te dar paz.

—E o bebê?

—Até onde eu sei, a garotinha vai ficar bem. 

—E que nome ela terá?

—Hope. Quer dizer esperança. Ela vai ter olhos verdes como os seus e os de Klaus.


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