Anoitecer escrita por Beatrice Swan


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

* Boa Leitura



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Bella acordou com relutância, estava tão confortável nos braços de Stefan que não queria sair de lá. Ela olhou para ele e sorriu ao ver que ele parecia estar a dormir. Ainda não conseguia acreditar que ele era seu companheiro, era perfeito demais, tudo o que sempre desejara e não ia permitir que alguém os separasse. Estar com ele era tão fácil como respirar.

— Estás a olhar para mim. - Stefan não abriu os olhos enquanto falava. Há muito tempo que não se sentia tão bem, na verdade só se sentia assim quando Bella estava nos seus braços. - Ainda continuas a olhar.

— Não vou pedir desculpa por isso. - Bella corou levemente. - A vista é demasiado boa.

— Ainda bem que achas isso. - Stefan olhou para ela sorrindo ao ver o rosto rosado dela antes de tocar os lábios dela com os seus.

Bella sentiu o seu coração acelerar a cada toque dos lábios do Stefan e sabia que ele também podia ouvir. Mas isso não a incomodava nem um pouco, cada toque dele era como tocar um pedaço do céu mas sabia que não tinham muito tempo. Tinham de se preparar para ajudar a preparar o baile de máscaras dos Lockwood por isso a contragosto separou-se dos lábios dele.

— Tenho de tomar um banho e tu também. Temos de estar nos Lockwood às nove.

— Tens razão. - Stefan suspirou depois de olhar para o relógio. - Podes ir primeiro. Eu vou depois de ti. Se bem que a ideia de tirares a minha camisa não me agrada nada. Gosto de te ver com ela.

— Obrigada. - Bella deu um beijo rápido ao Stefan e pegou a bolsa que Charlie tinha deixado quando lhe dissera que ia passar a noite por causa de Caroline. - Se gostas tanto assim vou usar as tuas camisas mais vezes.

Stefan observou-a entrar no banheiro com um sorriso antes de ir para a cozinha podia ouvir que os outros também começavam a acordar. Ele preparou duas torradas francesas para Bella e uma caneca de café para ela comer quando descesse.

— Bom dia maninho. - Damon olhou para o irmão com um sorriso malicioso. - Dormiste bem?

— Todas as noites com Bella são boas. - Stefan estava decidido a não cair nas provocações do irmão. - Não comeces Damon.

— Só estava à espera que vocês estivessem mais adiantados. Afinal conheço bem o meu irmão.

— A Bella não é como as outras, Damon. Eu quero que seja diferente e não me importo de esperar o tempo que for preciso. Além disso tu não podes falar muito ou vais dizer que a Elena caiu na tua cama logo no primeiro dia? Se bem me lembro levou meses até ela decidir te dar uma oportunidade.

— Não vou dizer mais nada. - Damon fez uma careta ao lembrar como fora difícil convencer Elena a lhe dar uma oportunidade. - Também podes garantir à tua namorada que vou estar no meu melhor comportamento em relação ao Mason Lockwood. Não vou fazer nada que coloque a vida da Elena em risco.

— Fico feliz de ouvir isso. - Bella sorriu ao entrar na cozinha. Ela usava uma túnica preta, uns jeans cremes, uns botins pretos e os seus cabelos caíam em ondas avermelhadas pelas suas costas atingindo a sua cintura. Ela deu um beijo cálido a Stefan e sorriu ao ver o que ele tinha preparado para ela comer. - Podes ir, Stefan. Eu vou ficar bem.

— Tens a certeza disso? - Damon perguntou depois do irmão sair. - Sabes que as pessoas não costumam confiar em mim.

— Eu não tenho dúvidas em relação a ti, Damon. Eu sei me defender muito bem, além disso não farias nada que magoasse o teu irmão.

— Confias de mais em mim. Eu já fiz muita coisa que magoou o Stefan.

— Eu sei disso e é por isso mesmo que não irás fazer o mesmo novamente. - Bella disse enquanto comia. - Os laços que te unem ao Stefan são inquebráveis. Tu podias ser a pessoa mais ruim do mundo mas ao mínimo sinal que o Stefan estava em problemas irias fazer tudo para o ajudar.

— Mesmo Elena parece duvidar disso às vezes. - Damon olhou para Bella com respeito. Talvez ela fosse a pessoa ideal para o irmão, ele precisava de alguém como ela. Apesar de amar Elena com todo o seu coração às vezes parecia que tudo se metia no meio para impedir que fossem felizes.

— Elena é a tua companheira. - Bella sorriu ao ver o olhar incrédulo de Damon. - A ligação é fraca mas está lá. Quando a maldição de Klaus for quebrada vais sentir a força que os une. A maldição é a razão porque não consegues sentir a ligação. Eu percebi assim que conheci Elena. Ela vai ser a última cópia por isso o seu destino vai ser diferente das outras. Ela vai poder viver uma vida feliz ao lado da sua alma gémea.

— Como assim? Qual foi o destino das outras cópias?

— Existem duas linhagens de cópias, uma masculina e outra feminina. A linhagem das Petrova é uma delas e a de Stefan é a outra. Ele descende de Silas, o primeiro ser imortal. Já a Elena descende de Amara. Eles eram almas gémeas mas foram separados por Tessa, a noiva legítima de Silas. As suas cópias aparecem a cada cem anos e estão condenadas a procurarem pelo outro, apaixonarem-se um pelo outro na tentativa de recriar o amor dos originais apenas para serem separados e morrerem antes de conseguirem ser felizes juntos.

— Mas Elena não se apaixonou por Stefan. - Damon tinha a certeza do que dizia.

— Elena é diferente. É por isso que Katherine está tão fixada em Stefan, mas a cópia que era para ser dela já morreu à muito tempo. Como ela é uma vampira quando conheceu Stefan sentiu a atração que a puxava para ele e acabou por se apaixonar por ele. Bem, tanto como Katherine consegue.

— O que aconteceu aos oficinais? Tu disseste que Silas foi o primeiro ser imortal. Ele ainda está vivo?

— Tu podes pensar dessa maneira. Ele está preso numa ilha, dissecado e acha que Amara está morta. Ele foi preso lá por Tessa com a única cura para a imortalidade enquanto Amara serve de âncora para o outro lado, sentindo a morte de cada ser sobrenatural que passa por ela. A vingança de Tessa pela traição deles foi cruel. Ela criou o outro lado, assim se Silas tomasse a cura seria um bruxo novamente, quando ele morresse ficaria preso no outro lado com ela. Mas como ele era imortal ela precisava de algo que durasse tanto tempo quanto ele por isso usou Amara como âncora e fez com que ele acreditasse que a tinha matado para que ele tomasse a cura.

— Existe uma cura? - Damon não a queria, ele adorava ser um vampiro mas a hipótese de ser humano ao lado de Elena era difícil de ignorar.

— Não há razão para entusiasmo, a cura funciona apenas em Silas. Ele não é um vampiro como tu. Ele tem que beber sangue mas não tem presas como tu, não tem a velocidade dos vampiros, nem a sua força mas consegue usar telepatia, criar ilusões e obrigar as pessoas a fazer o que ele quer.

— Acho melhor deixá-lo onde está. Não quero imaginar o quão irritado ele ia estar se fosse acordado.

— É por isso que te peço que não contes a mais niguém. Sei que Stefan ouviu o que falámos mas os outros não.

— Não te preocupes manterei segredo. Além disso eu gosto de ser um vampiro.

Bella foi com o Stefan para a casa dos Lockwood deixando a Caroline com a mãe. Só podia esperar que elas resolvessem as coisas.

Caroline entrou na cela onde estava a mãe que se sentou na cama ao ver quem tinha entrado na cela.

— Não comeste muito. - Caroline olhou o tabuleiro que não tinha sido tocado. - Tenho boas notícias. O Damon disse que não ia levar tanto tempo até a verbena sair do teu sistema. Com sorte vais estar na tua cama logo à noite. - Caroline sentiu um aperto no peito ao ver que a mãe não respondia. - Vais mesmo fingir que eu não existo?

— Vou. - Liz olhou para a filha com tristeza, era difícil aceitar que a sua filha agora era uma vampira, Caroline era o inimigo. - Sai, por favor.

— Como sempre não te importas. Entendi. Também era assim antes de eu ser uma vampira. - Caroline pegou o tabuleiro com a comida e tentando esconder a tristeza preparou-se para sair da cela. - Não é como se tivesse morrido ou alguma coisa assim.

— Estás realmente morta? - Liz olhou para a filha sem esconder a dor que esse pensamento a fazia sentir.

— Sim e não.

— Como isso é possível?

— Lembras-te do acidente de carro com o Tyler? - Caroline fechou a porta e se sentou em frente à mãe colocando o tabuleiro onde tinha estado. - Eu estava muito mal então o Damon deu-me sangue dele. O sangue de vampiro cura ferimentos então eu ia recuperar mais rápido. O único problema é que se uma pessoa morre com sangue de vampiro no seu sistema vai entrar em transição.

— Então tu morreste mesmo. - Liz ainda se lembrava do quanto tinha sofrido naquela altura e saber que a filha tinha mesmo morrido trazia a dor de volta. - Mas porquê?

— Há uma vampira que é igual à Elena. Foi ela que transformou o Stefan e o Damon em 1864. A Elena é descendente dela mas elas não são apenas parecidas, são a imagem uma da outra. Ela está a tentar fazer uma coisa que vai magoar muita gente e queria dar um aviso ao Stefan e ao Damon. Ela sabia que eu tinha sangue de vampiro no meu sistema por isso entrou no meu quarto no hospital. Antes de me matar, ela disse-me para dizer ao Stefan e ao Damon que o jogo tinha começado. A última coisa que me lembro foi dela vir na minha direção e colocar uma almofada sobre o meu rosto.

— Como é a transição? - Liz não podia deixar passar a oportunidade para saber mais sobre os vampiros.

— Eu acordei algumas horas depois mas não sabia o que estava a acontecer. Era noite e eu estava com fome mas não sabia do quê. As minhas emoções estavam estranhas, tudo parecia me afetar mais do que antes. Foi então que senti o cheiro de sangue no quarto ao lado do meu. - Ao ver o olhar alarmado da mãe Caroline deu um pequeno sorriso. - Não tens razões para te preocupares, era apenas o sangue de uma bolsa de sangue e apesar de ter achado nojento não consegui resistir a beber. Foi aí que comecei a me lembrar de tudo o que o Damon me obrigou a esquecer quando andámos juntos. Na altura ele tinha me contado tudo sobre os vampiros e como ele fazia mas obrigou-me a esquecer. Tu deves saber que na altura ele não era uma pessoa muito boa.

— Ele alimentou-se de ti? - Liz perguntou com raiva.

— Não precisas te preocupar. Ele fazia com que não doesse muito. Os vampiros não têm de matar as pessoas de quem se alimentam, é fácil fazer com que esqueçam o que fazemos.

— Tu bebes sangue da pessoas? - Liz não conseguiu esconder a repulsa presente na sua voz.

— Depois que as minhas memórias voltaram eu liguei à Bella para ela me ajudar. - Ao ver a confusão no rosto da mãe achou melhor explicar. - A Bella vem de uma linhagem de bruxas poderosas. Foi ela que me fez este anel e o enfeitiçou para que eu pudesse andar no sol sem queimar. Ele também ajuda a controlar os anseios por sangue e só eu posso o tirar do meu dedo. Respondendo à tua pergunta eu bebo principalmente de bolsas de sangue que o Damon consegue nos hospitais perto daqui mas achei melhor aprender a beber das pessoas sem matar ninguém. Assim se houver uma emergência e eu precisar de beber de uma pessoa não vou matá-la.

— E como estás a lidar com isso?

— O Damon diz que eu sou muito boa, melhor do que ele quando começou e mil vezes melhor que o Stefan. Ele tinha um problema com o sangue humano. Ele não conseguia parar depois de começar. Durante os últimos cem anos alimentou-se apenas de sangue animal mas teve algumas recaídas. É difícil gerir as nossas emoções. Tudo é intensificado quando se torna um vampiro, cada emoção nos afeta muito mais do que a um humano. Mas eu estou a conseguir sobreviver a isto. Eu tive medo de magoar o Matt, foi por isso que acabei com ele.

— Tu disseste que o Stefan tinha problemas com o sangue humano isso quer dizer que agora já não tem?

— Bella descobriu que tinha sido Katherine com a ajuda de uma bruxa. Ela queria que ele sofresse e perdesse toda a sua humanidade, pensou que assim seria mais fácil ele perdoá-la. Ela conseguiu quebrar o feitiço mas Stefan achou melhor só se alimentar de bolsas de sangue. Acho que se sente mais seguro assim.

— Não sabia que os vampiros também se podiam alimentar de sangue de animal. Charlie Swan sabe de tudo não sabe?

— Conseguimos sobreviver com o sangue animal mas o sangue humano deixa-nos mais fortes e curamos mais rápido. - Caroline estava feliz por ver que a mãe estava realmente a tentar entender. Talvez Bella tivesse razão e as coisas pudessem ficar boas entre ambas. - Charlie sabia que Bella tinha herdado os dons da mãe dele. Ele quis deixar tudo para trás quando saiu de Mystic Falls mas em Forks encontrou o sobrenatural novamente. Existem dois tipos de vampiros, os tradicionais como eu e os frios. Os frios são rapidos, fortes, brilham no sol e matam quando se alimentam de humanos. Bella disse que eles têm um veneno que faz com que o humano vire um vampiro depois de três dias de dor intensa. Eles são mais fortes no primeiro ano e podem ter dons especiais.

— Então esses são os verdadeiros monstros? - Liz não sabia se ia conseguir aceitar o que a filha se tinha tornado mas saber que havia outra espécie de vampiros que eram ainda mais perigosos aumentava a sua preocupação com os habitantes de Mystic Falls.

— Bella diz que a maioria são nômades mas ela conheceu uma família que vivia em Forks. Normalmente os vampiros daquela espécie têm olhos vermelhos mas aqueles eram diferentes. Eles alimentavam-se de sangue animal por isso tinham olhos dourados e conseguiam estar perto de humanos. - Caroline não pôde deixar de notar a preocupação nos olhos da mãe. - Não te ponhas com idéias. É impossível para um humano destruir um vampiro frio. Mas Bela diz que eles preferem o hemisfério norte por causa de não puderem sair no sol e a existência deles tem de ser mantida em segredo. Bella disse que eles têm três vampiros que governam a espécie deles e garantem que eles cumprem as regras ou são destruídos.

— Regras? Os vampiros frios têm regras?

— As regras dos frios são poucas. A mais importante é manter a existência deles em segredo. Ao contrário de nós eles não conseguem usar a compulsão para garantir que a maioria dos humanos não sabem a existência deles. Eles também estão proibidos de transformar crianças.

— Porque iam transformar crianças?

— Os vampiros não podem ter filhos. Bella disse que houve algumas vampiras que não conseguiam resistir à idéia de terem um filho mesmo que para isso transformassem crianças. É difícil de imaginar uma criança que conseguia destruir um cidade inteira com as birras e a sede de sangue. Os governantes puniram as que fizeram isso com a morte. Eles tentaram ensinar os que tinham sido transformados mas eles não conseguiam aprender, estavam congelados para sempre na idade em que foram transformados. No final viram-se obrigados a destruí-los.

Na casa dos Lockwood, Stefan estava a arrumar os copos quando Mason passou perto dele.

— Olá Stefan. - Mason não podia deixar de estar um pouco preocupado quando o viu. Era suposto Liz ter cuidado dele e do Damon.

— Mason. - Stefan deu um pequeno sorriso ao notar o alarme do Mason.

— Não te esperava aqui. Ou em qualquer lugar.

— É. Tive um pequeno acidente. - Stefan disse de forma irónica. - Mas estou bem agora.

— O que fizeste à xerife Forbes? - Mason não podia deixar de se preocupar com a antiga amiga.

— Ela está bem. Está a pôr a conversa em dia com a Caroline. Pode ser que desta vez elas se entendam. Mas de agora em diante vais ter de fazer o teu próprio trabalho sujo.

— Isso não vai ser um problema. - Mason disse antes de sair e indo contra Bonnie que vinha falar com Stefan. - Desculpa.

— O que viste? - Stefan perguntou ao ver a surpresa na melhor amiga da Elena.

— Bella tem razão. Quando o toquei vi a Katherine, não podia ser Elena já que ele estava a beijá-la. Ambos sabemos que a Elena não faria isso. Ele está a trabalhar com Katherine. Vamos falar com os outros temos de pôr o plano de Bella em ação.

— Já sabem o que vamos fazer. - Bella disse quando estavam todos reunidos. - Bonnie vai fingir eu precisa da ajuda dele quando o vir sozinho e vão o levar para a casa do Stefan para descobrirem onde está a pedra da lua. Eu, o Stefan e Elena vamos continuar aqui. Tentem não exagerar muito, precisamos que o Mason fique do nosso lado depois de ver que a Katherine está só a usá-lo.

— Vamos a isso. - Damon disse com um sorriso que noutra altura teria apavorado Bonnie.

Bonnie fingia tentar tirar um dos móveis da carrinha quando Mason apareceu.

— Como tiveste de ser tu a fazer isso?

— Todos os rapazes fugiram. Alguma coisa a ver com um desporto. Não sei. Não falo a língua deles.

— Deixa-me ajudar-te.

Bonnie aproveitou a distração dele e começou a dar-lhe o aneurisma. Quando ele estava muito distraído pela dor Damon apareceu e deixou-o inconsistente. Eles puseram Mason no jipe dele e levaram-no para a casa dos Salvatore. Damon e Bonnie prenderam Mason numa cadeira com as coisas que ele tinha no saco dele. Enquanto isso Bonnie levou as mãos à cabeça dele à procura do sítio onde estava a pedra da lua.

— Encontraste alguma coisa? - Damon perguntou enquanto acabava de prender o Mason, não podiam correr o risco dele conseguir se libertar

— Acho que reconheci o sitio onde está. Vou ligar à Elena. Ela sabe onde é.

Elena atendeu o telemóvel e depois de falar com Bonnie guiou Bella e Stefan até ao poço na propriedade dos Lockwood.

— Tem cuidado. - Bella disse a Stefan quando ele se preparava para descer.

— Só vou lá estar um minuto - Stefan olhou para a namorada com carinho. - Não vai acontecer nada.

— Não gosto disto. O Mason pode ter feito alguma armadilha caso outros viessem à procura da pedra da lua.

— Não temos outra escolha. - Stefan disse antes de saltar para dentro do poço mas ao sentir a sua pele começar a queimar soube que tinha cometido um erro. - Bella! Bella!

— Stefan - Bella gritou preocuoada. - O que está a acontecer ?

— Verbena. - Stefan disse e acrescentou antes de ficar inconsciente. - Ajuda-me! Socorro!

— E agora? - Elena viu a corrente ao lado do poço mas sabia que era muito pesada. - O que vamos fazer?

— A única coisa que posso. - Bella concentrou o poder para controlar a água e trouxe o corpo de Stefan pelo poço fazendo com que ele repousasse com cuidado no chão ao lado dela, junto com ele vinha uma caixa que imaginou conter a pedra da lua.

Bella ajoelhou-se ao lado de Stefan e estremeceu ao ver as feridas dele. Sem ligar para a presença de Elena cortou a mão e levou-o à boca do Stefan para ele curar. Stefan começou a recuperar a consciência ao sentir o sabor delicioso do sangue de Bella.

— Vai ficar tudo bem. - Bella segurava Stefan enquanto ele se alimentava. - E eu também consegui a pedra Stefan.

Bella entrou na mansão Salvatore com Stefan e Elena. Mason estava inconsciente e preso na cadeira, Damon e Bonnie estavam perto dele.

— O que aconteceu? - Damon perguntou ao ver o estado do irmão. - Bonnie tem-lhe dado um aneurisma cada vez que ele vai acordar.

— Mason tinha posto verbena na água do poço. - Bella disse enquanto ajudava Stefan a sentar-se no sofá e lhe dava um bolsa de sangue. - Felizmente consegui controlar a água e tirá-lo de lá. Não te preocupes a pedra subiu com o Stefan. Agora vamos à segunda parte do plano.

— Está à vontade. - Damon não sabia se devia se preocupar ao ver o olhar de raiva de Bella quando ela andou na direção do Mason e lhe deu uma estalada bem forte fazendo com que ele acordasse. Ele sabia que Mason era um lobisomem mas pelo som do barulho quando a palma de Bella tocou o rosto dele sabia que tinha doído. - Não o machuques muito. Foste tu que disseste que precisamos dele vivo.

— Ele só vai receber o retorno pelo que fez a Stefan. Não vou matá-lo. Acho eu. - Bella sorriu ao ver Mason engolir em seco. - Katherine deve ter falado de mim. Eu sou a bruxa Swan e tenho a certeza que ela disse para não te meteres comigo. Não estou certa?

— Ela disse que eras mais perigosa que qualquer outra bruxa. - Mason não sabia se gostava do sorriso gelado de Bella.

— Então acho que não foi uma boa ideia tentares matar o meu namorado duas vezes. - Bella sorriu de forma angelical enquanto fazia o sangue dele começar a ferver vendo a agonia no rosto dele.

— Bella... - Stefan avisou-a e olhou a namorada com preocupação.

— Tudo bem. Mas eu não prometo nada. Então Mason diz-me como conheceste a insuportável Katherine? Deixa-me adivinhar foi algumas semanas antes de ativares a maldição.

— Como sabes disso? - Mason olhou enquanto Bella abria a caixa com a pedra da lua.

— Só queria confirmar a minha suspeita. Nunca estranhaste que ela tenha aparecido justo nessa altura e que um amigo teu tivesse uma atitude tão fora do comum? Segundo sei, ele nunca tinha estranhado a tua amizade com a namorada dele, ou és tão burro que não percebeste que ele tinha sido obrigado a te provocar até que o matasses?

— Isso não é verdade. Katherine ama-me. Ela nunca faria uma coisa dessas. Foi ela que me ajudou a lidar com o que me aconteceu. Ela quer a pedra da lua para que eu não tenha de passar por isto a cada lua cheia.

— Katherine não sabe o que é o amor e duvido que um dia saberá. - Bella suspirou acariciando a pedra da lua e sentindo o seu poder. - A maldição do sol e da lua é uma farsa. Nunca existiu. Os lobisomens sempre se transformaram apenas na lua cheia.

— Isso não é verdade. Eu vi um papiro com a descrição da lenda. Katherine ia me ajudar a quebrar a maldição.

— Existe uma maldição mas ela afeta apenas um pessoa. Ele é um dos vampiros originais, mas também vem de uma linhagem de lobisomens. A maldição impede que ele se transforme em lobo, trancando o seu lado de lobisomem. Katherine quer quebrar essa maldição porque assim ia negociar a sua liberdade. Sabes, ela zangou muito esse vampiro quando fugiu dele e o impediu de quebrar a maldição quando se transformou em vampira. Ela foge dele à 500 anos.

— Isso não é verdade. - Mason não queria duvidar dela mas havia coisas que não encaixavam na versão de Katherine. - Como ela ia ser necessária para quebrar uma maldição?

— Para esse vampiro quebrar a sua maldição ele precisa de uma cópia Petrova, um lobisomem, uma bruxa, um vampiro e a pedra da lua que age como o agente de ligação dos sacrifícios necessários. Katherine quer usar-te como o lobisomem a ser sacrificado e foi por isso que transformou a Caroline. Ela ia ser a vampira sacrificada.

— Isso não é verdade. - Mason tentou convencer-se mas começava a duvidar disso. - Katherine ama-me.

— Se achas mesmo isso porque puseste a pedra num poço com verbena? Porque não a entregaste a Katherine? Esse não era o teu plano inicial? O que mudou?

— Tyler, eu não quero que ele passe por isto. E a reação dela quando o Stefan era mencionado não me agradou nem um pouco.

— Sabias que tinha sido ela que deu a pedra ao teu antepassado en troca da sua liberdade em 1864? - Bella viu a surpresa no rosto de Mason e soube que ele não sabia disso. - Ela sempre soube onde estava a pedra, na verdade ela roubou-a do vampiro antes de ter sido sacrificada. Mas é muito fácil confirmar se ela te ama tanto como tu dizes.

— Como assim?

— O Damon vai ligar para a Katherine e dizer que arrancou o teu coração por causa do que fizeste a ele e a Stefan ontem. - Bella olhou para o Damon que já tinha o telemóvel na mão. - Se ela provar que te estava a usar vais ajudar-nos a quebrar a maldição mas não precisas te preocupar tu não vais ser o sacrifício.

— Temos um acordo. - Mason tentou demonstrar confiança no que Katherine faria mas as suas dúvidas aumentavam cada vez mais.

— Olá Katherine. - Damon disse malicioso quando ela atendeu e colocou o telemóvel no viva voz assim todos iam ouvir o que ela dizia. - Gostaste do teu brinquedo novo? O teu próprio menino lobo?

— Ele tem servido. Mas porquê esta ligação?

— Espero que tenhas gostado enquanto durou. Eu não gostei muito da brincadeira que ele aprontou ontem por isso lamento informar-te que o coração dele já não bate. Na verdade não custou muito arrancá-lo do peito dele. Também achei a pedra da lua. Por incrível que pareça estava num poço cheio de verbena. Acho que ele não confiava muito em ti no final, mas ele realmente te amava. Uma pena que não fosse recíproco.

— Não devias ter feito isso mas um lobisomem não é muito difícil de encontrar, especialmente em Mystic Falls. Sabes que eu nunca tenho apenas um plano, existe sempre o plano B, C, D e muito mais. Manda um beijo meu para o Stefan apesar de saber que Bella não vai gostar de saber.

— Aquela vadia. - Mason rosnou quando Damon desligou o telemóvel. - Ela enganou-me e pode tentar fazer o mesmo com o Tyler.

— Nós vamos fazer tudo para proteger o Tyler. Mas para o nosso plano dar certo tens de continuar morto. - Bella olhou para o Mason e viu a dúvida nos olhos do Mason. - Se for eu a quebrar a maldição de Klaus, a Elena vai continuar humano por isso ele vai poder usar o sangue dela para criar mais híbridos, metade lobisomens e metade vampiros. Tu podes ser um deles, poderás ser um lobo quando quiseres e já não irá doer. Tudo o que terás de fazer é trazer um lobisomem que mereça ser sacrificado quando a hora chegar.

— Não posso deixar o Tyler. É demasiado perigoso.

— O Tyler já sabe a verdade. Ele tem nos ajudado. Foi por isso que te deu a pedra da lua. Se o Klaus quebrar a maldição nunca mais vais sofrer durante a lua cheia.

— Eu vou ajudá-los. Conheço uma matilha no Tennessee, eles têm uma loba que tem causado problemas. Só peço que tentem manter o Tyler seguro e se o pior acontecer quando eu não estiver aqui ajudem-no a lidar com isso.

— Nós prometemos. - Bella disse enquanto o soltava. -Nós vamos manter-te informado do que acontece aqui e boa sorte para conseguires a loba.

— Tens a certeza que podemos confiar nele? - Stefan perguntou depois de Mason partir.

— Eu usei o meu dom da mente e tenho a certeza que ele não nos mentiu. Agora que Katherine sabe que temos a pedra temos de ter cuidado. Vou fazer um feitiço na caixa para que seja visível apenas para nós e vamos pô-la num lugar seguro.

— Vou te levar a casa. Deves estar cansada.

— Mas e a mãe da Caroline? - Bella perguntou antes de fazer o feitiço na caixa.

— A verbena ainda não saiu do sistema dela. Damon disse que só amanhã de manhã.

— Ficas comigo esta noite? - Bella olhou esperançosa para Stefan.

— Claro. Não existe nada que eu queira mais do que dormir contigo nos meus braços.

Bella deu um sorriso sonolento enquanto se aconchegava nos braços do Stefan. Charlie não tinha protestado quando a filha tinha dito que Stefan ia ficar no quarto da filha, afinal conhecia Bella muito bem. Stefan beijou os cabelos ainda húmidos de Bella e puxou-a mais para si. Não demorou muito para adormecerem felizes nos braços um do outro. Todos os problemas tinham desaparecido só restava o amor puro que tinham um pelo outro.


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Notas finais do capítulo

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