A Thousand Years escrita por Dominique Slorrance


Capítulo 8
Capítulo 07


Notas iniciais do capítulo

faz muito tempo, meu deus shdsdhdhsjs

oi pra vcs! (se eh q existe alguem pra ler a fic hsuahsuhd)

n sei o que dizer aqui, espero que ainda lembrem da história, s n dão um replayzinho básico aí -q

mas assim, to querendo postar há dias (aproveitar essa liberdade, por enquanto ~ quem entendeu entendeu skjsjsksj).

eu tenho, além desse, mais dois capítulos prontinhos e guardados há um tempo. só n postei pq pensei q ia querer adiantar mais a história, só que (KKKKKKKKKKK pausa pra minha ilusão) as coisas n funcionam como a gente quer (nunca k). então decidi postar esses capítulos, que vão fechar o ciclo will x isabella x cassie e depois focar mais em isabella x família, se minha inspiração assim deixar (rezemos).

enfim, sem mais delongas,

boa leitura ♥



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— O que está fazendo? — indagou Will enquanto eu escrevia num pedaço de papel. Amassei a folha, fazendo-a sumir entre meus dedos.

— Eu tenho que entrar em contato com o meu irmão, Kol, de alguma forma, já que não tenho o número dele — dei de ombros. — Por termos ligação sanguínea é fácil, apesar de não saber se serve com ele bruxo — disse meio pensativa.

— O que você quer com ele? — perguntou de braços cruzados. — Não foi ele que me deixou adormecido por dias, pelo que me contou? — uniu as sobrancelhas.

— Exato, meu caro. — desviei de si em direção a cama, pegando meu celular e começando a digitar.

“Estarei aí em breve”, enviei.

“Cassie está bem.”

“Ótimo. Irei do mesmo jeito.”

“Se quiser pode tomar café aqui”

“Como se vocês ao menos comessem comida direito. Além disso, já tenho onde ir. Passar bem.”

— Isabella, o que você está aprontando? — Will estava impaciente.

— Falando com Elijah. Depois de nós irmos nos encontrar com Kol, iremos passar pela casa de meus irmãos. Preciso ver Cassie.

— Nós? — ergueu o cenho. — Não lembro de ter ao menos ouvido um pedido seu.

Revirei os olhos.

— Você e Kol se encontrarem vai ser bom, entã-

— Ah, eu não teria tanta certeza — riu amargo.

— Então — continuei, irritada. — você vai comigo por bem ou mal.

— Eu quero que você veja que tudo isso é loucura, Isabella. Precisamos sair dessa cidade. — não lhe dei atenção, indo pegar uma roupa na mala. Já estava começando a ficar enjoada daquele quarto, mas não sabia se seria bom alugar um apartamento.

Porque seria, digamos, sério demais para quem só veio viajar por um curto tempo. Além de que realmente não havia muitos dias que eu estava na cidade, não deveria me precipitar por conta de minha família. Talvez só devesse ter escolhido um quarto melhor… bem, Will que insiste em escolher essa parte, já que ele me acha exagerada demais.

— Isabella!

— Will, para. — joguei o vestido que havia escolhido na direção da cama, mas acabou que parou em sua cara.

— Para nada, você tá me ignorando completamente. — ele tirou a peça do rosto, bravo. — E vestido de novo? — analisou criticamente. — Procura outra coisa, você só vem usando vestido ultimamente. — jogou de volta pra mim. — Vai ver é por isso que só vem acontecendo merda na sua vida — resmungou.

— Cala a boca — taquei o vestido na mala. Peguei uma blusa e uma saia longa. — Satisfeito? — mostrei as peças.

— Não, mas é um começo — revirei os olhos.

— Folgado.

— Chata.

— Vai se foder.

— Vai você.

— Argh.

— Ugh.

— Você está insuportável hoje — bufei, jogando as roupas na cama.

— Se você estivesse no meu lugar também estaria. — retrucou de mau-humor.

Não tem como eu sair com esse ser desse jeito. Fui até ele rapidamente, espalmando meus dedos em seu rosto.

— Olha pra mim — pedi, porque ele olhava para o teto só pra não me encarar. — Will — chamei em tom de aviso.

Ele suspirou, derrotado, me olhando.

— O quê?

— Tem como você, por gentileza, se arrumar para sairmos? É melhor do que ficar aqui fazendo absolutamente nada. Quando formos visitar Klaus e Elijah, você espera na esquina, não precisa conhecê-los. Quem te deve satisfação é o Kol. Daí, prometo que depois vamos sair para nos divertirmos pela cidade. Talvez Cassie venha conosco também, mas creio que não seja um problema, certo? — ele revirou os olhos.

— Era pra ser somente nós — enfatizou. — Tudo isso — se referia a nossa viagem a New Orleans.

— Eu sei — concordei. —, mas as coisas não saem sempre como a gente quer, você sabe disso, então pare de ser infantil e se arrume, ok? — disse e mudei de assunto sem esperar sua resposta. — Agora me diz: arrumo uma bolsa e levo algumas roupas para Cassie ou compro outras pra ela?

— Tanto faz. Só vou porque não quero ficar aqui dentro, estou me sentindo sufocado. — revirei os olhos, mas me vangloriei por dentro.

Ele sabe que sempre venço.

...

— Só diga, Kol. Não vai doer. — provoquei, mas a verdade era que já estava ficando impaciente.

Disse para Kol nos encontrarmos numa cafeteria e agora estávamos aqui, juntamente de Will, que estava extremamente desconfortável com a situação que criei.

Mas não é culpa minha; Kol deve desculpas para ele por dar aquele líquido escroto que o fez dormir por dias e estaria até agora se não fosse por mim. Mesmo Kol fazendo isso à mando de nossa mãe, não justifica porque ele sabe muito bem o que faz ou deixa de fazer.

Observei ele engolir em seco; parecia querer fugir dali. Claro, sempre orgulhoso.

— Kol — cantarolei, observando minhas unhas. —, peça. desculpas. de. uma. vez — disse entredentes, o olhando ameaçadora.

— Isa, não-

— Desculpa — Kol cortou a fala de Will, nervoso. — Eu sei que não devia ter feito aquilo, foi mal, cara. — olhei para Will, que encarava Kol surpreso.

— Tudo bem... — Will soltou o ar vagarosamente. — Você deveria ser mais delicada com seu irmão — se direcionou a mim, repreendedor.

— Ele não merece, você que perdoa fácil. — respondi indiferente. — Enfim, agora que pulamos essa parte, vamos para os negócios — peguei um dos donuts de meu prato, o mordendo. — Kol, explique seu ponto. — pedi de boca cheia.

Ele se endireitou na cadeira.

— Mamãe me ressuscitou, o que queria que eu fizesse? — começou. — Acha que estou satisfeito com tudo isso? Eu devia no mínimo respeito por ela e sim, sou uma maldita marionete para seus planos.

Semicerrei os olhos, pensativa, engolindo o doce.

— Contou para ela que Mikael está vivo? — questionei.

— Não — negou com a cabeça.

— Por quê?

— Tenho meus motivos — desviou os olhos dos meus.

— Esses motivos são uma garota? — disse irônica.

— Não muito, na real. Só sei que ela é bem poderosa. Mamãe pediu para me aproximar dela, mas acabou que...

— Ficaram próximos demais?

— Ok, o que isso tem a ver com você? — disse incomodado. — E não, não somos próximos assim.

— Tem tudo a ver comigo — batuquei os dedos na mesa. — Veja bem, Kol, eu sei que com Finn eu não precisarei ter esse tipo de conversa porque ele já fez suas escolhas, ou qualquer coisa do tipo, já você... é uma marionete da mamãe até então, como mesmo diz — dei de ombros. — Você sabe que as possibilidades de nossos irmãos se tornarem humanos são mínimas, por favor — fiz um gesto de descaso. — Sai dessa.

— O que te faz pensar ser tão fácil? — estava irritado. — Ah, claro, você nunca teve que sofrer o que eu sofri com os nossos irmãos e agora com nossa mãe. Queria estar longe dessa confusão, isso sim. Pra quê escolher um lado se nos dois eu vou me dar mal? Pelo menos com nossa mãe, eu posso tentar algo novo.

— Você tá pensando pequeno, Kol. — falei. — Eu não tô te pedindo pra ficar dos lados de nossos irmãos nessa guerrinha. Só tô dizendo que se livrar dessa seria melhor.

— Como se eu não quisesse. Se pudesse já teria feito isso, né.

Percebe a petulância do cavalo?

— Eu sei, grosso. Inclusive, essa é sua chance. Faça o que eu disser e tudo dará certo. — hipoteticamente, corrijo mentalmente.

Ele ergueu a sobrancelha, pouco crível de minhas palavras.

— Como?

— Bem, primeiro você finge agir do lado dela e todo passo que ela der você me informa — ele bufou. — E em troca, eu te livrarei das mãos delas.

— De onde você tem poder para fazer isso?  — havia deboche em sua voz. — Fugiu por mil anos e no final está aqui, puro karma.

Fingi um rosto descrente e penalizado.

— Eu fiz o que podia para me manter longe de vocês, porque sabia que eu ia ser fraca se os encontrasse. — admiti, com um tom mais brando e baixo. —  Infelizmente isso finalmente aconteceu, eu cheguei aqui e por acaso topei com todos vocês. Me descuidei porque pensava que tinham quietado um pouco ficando em Mystic Falls, mas parece que não. Não soube de nada de vocês há mais de dois anos por ter cortado relação com bruxas e seres sobrenaturais para viajar com Will — apontei o ser humano do meu lado. — Se tivesse atenta, não estaria aqui. Ah, como me arrependo. — ri de desgosto. — Enfim, o que eu quero dizer é que eu sei me cuidar e sumir sem vocês me encontrarem por mais mil anos se assim eu bem quiser. Eu tenho poder mais que suficiente para isso, mas eu ainda quero saber no que vai dar. — conseguia sentir o olhar de Will ultrajado em mim, mas ignorei. — Então, você quer que eu estenda esse poder até você, o tendo como meu protegido e arrumando uma estratégia pra te jogar fora da jogada como garantia — fiz uma pausa, bebericando meu suco de laranja. —, ou quer continuar com a nossa mãe, omitindo coisas? Isso não vai durar muito até ela descobrir, você sabe.

Ele ficou calado por um tempo, parecendo pensar nas possibilidades.

— Tudo bem, não tenho muito a perder mesmo — Isabella sempre sai vitoriosa, felizmente. — São só as informações que você quer?

— Por enquanto, sim. Se precisar de algo a mais, te comunico. Me dê seu número. — ele disse o número e salvei o contato no celular. — Então é isso. Acordo feito? — mostrei minha mão para um aperto.

— Mais que feito. Não me faça me arrepender. — aceitou o aperto, sorrindo.

Sorri de volta.

— Digo o mesmo, maninho. Senti saudades.

...

Alguns dias haviam se passado desde meu acordo com Kol e até então tudo que ele me informou era que Esther estava querendo localizar Davina. Me explicou também que nossa mãe tinha o mandado se aproximar da bruxinha por causa que ela possuía a estaca de carvalho de branco.

É uma garotinha complicada essa, hein, vou te contar. Bem problemática.

E pensar no termo ‘garotinha complicada’ me levava inevitavelmente a Cassie. Na verdade, até uma mosca me lembrava Cassie no momento.

Era outra que só me causava frustração. Ela estava extremamente distante e apática desde que acordou, e mesmo que Will e eu tenhamos tentado distraí-la, nada parecia surtir um bom efeito. Ela estava traumatizada e nem um especialista eu tinha para ela se tratar.

Quem acharia normal uma adolescente que morreu em um sacrifício de bruxas e reviveu com o espírito de uma bruxa de mil anos? Exatamente, ninguém.

De forma bem honesta, não sabia o que fazer com ela e quando digo que tudo que eu tentava fazer só parecia piorar a situação dela, era porque realmente só piorava. Me sentia pisando em ovos.

E ah, como se não bastasse, ela começou a ter sonhos, ou melhor, pesadelos, há dois dias e minhas olheiras estão visíveis por precisar tomar conta dela. Klaus não me deixava em paz um segundo sequer durante esses dias, reclamando o tempo inteiro dos gritos dela durante a noite e por mais que eu respondesse à altura, já estava quase trazendo a garota pro hotel.

O problema é que o clima aqui estava tão ou mais pior que lá. Toda essa nova vida vinha refletindo muito em meu relacionamento com Will.

Will. Meu querido e melhor amigo Will. Mais outro para eu reclamar em minha vida.

Sim, vamos falar de Will.

Vamos falar muito mal de Will.

Vejamos, eu esperava que Will se acalmasse um pouco, pois eu entendia que ele estava nervoso com toda a situação atual porque até então havia sido muito rápido tais acontecimentos.

É, inicialmente eu pensava que, certamente, levaria um tempo para ele assimilar as coisas e aos poucos eu tentaria introduzi-lo, ou melhor, situá-lo dessa nova parte da minha vida que eu estava conhecendo também. Era tudo novo para ele, e de certa forma para mim, mas mesmo assim eu sentia um quê de nostalgia ao estar com minha família novamente. Quer dizer, era doloroso grande parte, como quando parti de casa. Aqueles sentimentos se misturavam e se reviraram toda vez que eu me via pensando muito, e, diante de tudo isso, eu esperava que Will fosse meu apoio, passar tempo com ele – eu achava – me dispersaria de minha família e de tentar buscar memórias há muito tempo trancadas em mim sobre meu passado com eles.

Mas eu estava enganada. Ah, como eu estava.

Não vinha sendo bem assim, nem um pouquinho.

A verdade é que Will estava tão distante quanto Cassie. Talvez porque eu não tinha mais humor para sair querendo conhecer a cidade, ou sequer estava animada com os planos dele de viagem. Na verdade, eu me sentia preocupada com as coisas à minha volta e o fato de que ele não parecia compreender isso, mesmo eu explicando a situação da forma mais fácil que podia, me estressava ao extremo, e pelo jeito estressava ele também. Não por não me compreender, mas por eu não compreender ele.

Mas o que há para se compreender? Que ele queria que eu continuasse ligando para coisas que antes fazíamos em nossas viagens? Ora, bem que eu queria, mas a minha realidade de agora vem sugando minhas energias e eu não tenho tempo a perder com coisas do tipo. É favor pra Klaus e Elijah, é minha mãe planejando merda que pode foder com tudo (essa mulher é desequilibrada), é garota que é minha responsabilidade com grandes chances de estar com estresse pós-traumático, é a outra da puta que pariu com uma estaca de carvalho branco e ele quer que eu me importe com coisas de viagem ou passeios? Sinto muito, Satanás, mas hoje não.

Agora ele mal falava comigo, o único momento em que conversávamos além de palavras monossilábicas era quando estávamos com Cassie.

Como tudo havia desandado na minha vida em nível catastrófico em menos de um mês?

Suspirei, cansada, acabada e devastada. Levantei da cama onde eu tinha dormido algumas horas, preparando rapidamente uma bebida com ervas que havia comprado; precisava de energia para aguentar Cassie e meus irmãos. Mais um dia infernal com esse drama pendendo entre os dois lados. Isabella, no caso eu, estava sendo alva desse drama enquanto Will me puxava pra baixo com seus braços firmes, tentando me desequilibrar mais do que já estava.

Me arrastei até o banheiro, escovando os dentes sobre a pia. Levei um susto ao dar de cara com meu rosto pouco agradável refletindo no espelho. Dei uns tapinhas pra ver se tomava uma cor, pois estava muito pálida ao ponto de parecer um fantasma, mas de nada adiantou. Apenas desisti e fui tomar banho.

Me ajeitei do melhor jeito que pude, vestindo uma calça preta junto de uma blusa verde de mangas longas, bem escura, pois combinava com meu humor. Escondendo as olheiras com uma maquiagem nude, trancei meu cabelo e por último calcei minha bota.

Normalmente eu não me importaria em mostrar minha real aparência atual, que seria desleixada e horrível visualmente, típica de quando passamos tanto tempo em casa que parecemos um mendigo, porém, me mostrar vulnerável e fraca, em um momento desses em que o inimigo espreita meu mero piscar de olhos, era como pedir pra morrer. E também estávamos em época de carnaval. Maravilha.

Estava guardando o celular no bolso da calça quando ouvi a porta ser aberta.

Fiquei em dúvida em dizer oi, bom dia, olá, como vai, filho da puta, desgraçado, ou vê se morre, então me mantive calada, esperando ele se manifestar.

— Eu consegui uma sessão com uma psicóloga para a Cassie — disse, parecendo ansioso, encostando a porta lentamente com o braço enquanto me fitava com aqueles olhos azuis.

— Desculpa, acho que não ouvi direito, pode repetir a merda que você fez, por favor? — pedi, sentindo meu sangue ferver de raiva. Pronto, tudo que eu precisava para ter as energias renovadas. — E obrigada por falar diretamente comigo enquanto estamos sozinhos. Já faz um tempo, senti saudades, querido — ironizei.

Ele suspirou.

— Isso realmente importa agora? E olha, antes de você explodir comigo por conta da sessão, a Camille, no caso a psicóloga, conhece o mundo sobrenatural e-

— Como você sabe disso? Quem diabos é Camille?

— É uma bartender, trabalha num bar do French Quarter, a gente vem conversando e por isso eu descobri sobre...

Isso explicava o porquê ele chegava às vezes mais tarde que eu. Senti meu peito explodir de ciúmes. Por que ele falava com ela e não comigo?

Não ouvi o restante.

— Will, você não conhece essa mulher e não sabe de nada daqui de New Orleans, principalmente do French Quarter. Deus, como você é burro e estúpido idiota, você não pode sair fazendo amizade e contando qualquer coisa por aqui, eu não te avisei que a porra desse lugar tem uma serpente pronta pra te atacar em cada esquina, não avisei? E se essa Camille for um capacho da minha mãe pra obter informações? Hein?!

Ele fez um barulho estalado com a boca, os olhos indignados.

— Ela é humana, e eu não sou estúpido. Você não sabe de nada. — irritou-se.

Ri com escárnio.

— Não sei?! Ok, fala isso pra sua amiga aqui que teve que te salvar de um sono eterno, porque você é tão, mas tão desatencioso e tapado, que cai em qualquer cilada.

— Pera, oi?! — fitou-me ainda mais revoltado, quase descrente – nem sei o porquê. — Como diabos eu ia adivinhar que naquela porcaria de frasquinho teria um negócio fatal? Que aliás, foi feito por sua mãe psicótica com intenção de chamar a sua atenção, ou seja, a culpa é, em primeiro lugar, sua por me arrastar pra essa vida de merda. Eu tô aturando tudo isso aqui por sua causa, sacou? Eu não tô aqui porque quero e inclusive se fosse por mim já estaríamos há anos luz de distância junto da Cassie. E tem mais, eu também me importo com essa garota, sabe? Por isso aceitei de braços abertos a ajuda da Cami. Se você ao menos me ouvisse um pouco, se visse meu lado, veria também que tudo que eu faço é aceitar riscos, sejam eles quais for, pelas pessoas que me importo. — retomou o ar para continuar a falar. — Eu pensei em tudo que você me falou antes de sequer conversar de verdade com ela, mas foi tão natural que simplesmente aconteceu e sinceramente, foi a primeira vez que me senti em paz por ser ouvido de verdade desde que cheguei aqui. Então não me culpe por ter alguém que me identifico nessa cidade e que ainda pode ajudar a Cassie. Não menospreze meus feitos só por eles não serem tão frios e espertos como os seus. Eu faço o que está ao menos ao meu alcance, se você ao menos enxergasse isso — sorriu amargo.

Senti as palmas de minha mão arderem, talvez pela força que eu usava, forçando as unhas na carne. Relaxei meu maxilar, tentando controlar a raiva. Controlava-me ao máximo para não explodir. O silêncio perdurou por alguns segundos e ao ver que não obtinha uma resposta, ele finalizou.

— Parece que você é a tapada aqui, Isabella — e saiu pela porta, o estrondo alto da madeira batendo me irritando ao ponto de eu quebrar um copo em cima da escrivaninha.

Olhei os cacos de vidro espalhados com uma mistura de choque e nervosismo. Apertei os olhos, inspirando e soltando o ar. Meu poder raramente saia de controle, eu era muito cuidadosa, mas a minha vida estava muito estressante e agora isso! Ah, agora isso.

Sentei-me, procurando calma, e com cuidado refleti um pouco as palavras de Will, mesmo que não quisesse.

Um gosto amargo subiu por minha garganta, tornando difícil confessar que minha raiva, ódio e egocentrismo batia de frente com um novo sentimento que começou bem aos pouquinhos e com muita dificuldade a se formar em minha consciência.

Culpa.

 


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Notas finais do capítulo

então, treta né? kkkkkkkkkkkj
perdão aos que gostam do relacionamento isa e will, mas foi necessário. pra quem n gosta, paciência shuashaush.
sinto que deveria falar muita coisa sobre esse capítulo, mas a preguiça não deixa ksksksks.

espero que tenham curtido, btw. pretendo postar em breve o cap 8, só quero ver se alguem vai surgir por aqui sjddjskjds. espero que sim, comentem por favor! estou carente de comentários faz meses, aceito amor e carinho, críticas tbm, sei lá, qualquer coisa shdshddh (mendingando mesmo, orgulho n existe mais -q). se vc leu até aqui, parabens, te amo.

enfim, gente, qualquer duvida pode perguntar, sérião. obrigada por tudo e até mais galeris ♥



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