Please don't leave me escrita por July Beckett Castle


Capítulo 1
Capítulo único – Don’t leave me


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)
Obrigada vocês que gostaram da fanfic anterior ♥.♥
Tenham uma boa leitura =^,^=



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Ele sabia de todos os seus segredos, sabia de toda sua dor, ele a conhecia mais do que ela mesmo, e ela não sabia o que iria fazer sem ele. Mas ela o amava tanto que iria embora, por ele, não queria machuca-lo, pois sabia que se ficasse ela estaria não só o machucando, mas a ela também, e foi disso que ela cansou. Cansou de ficar em um mesmo lugar, cheio de mentiras, ela não conseguia respirar sem que ter alguém ao seu redor, ela o amava, mas esse amor estava sufocando-a, e ela odiava todo esse sentimento.

Fechou os olhos no escuro de seu apartamento e depois olhou para a porta iluminada com a fraca luz que vinha de fora do seu apartamento, o que ela daria por uma última chance de vê-lo, o que daria mais só para ouvi-lo dizer que ele a ama, mesmo que não fosse verdade. Ela não se importava com isso, em ele dizer-lha que a ama mesmo sendo mentira, ela só queria ouvir isso sair de sua boca mais uma vez, mesmo que, a alguns minutos atrás ele dissera.

Pensou que talvez se saísse o encontrasse ainda, mas já era tarde para isso. Se tivesse pensado nisso 10 minutos atrás, ela o alcançaria... Sacudiu a cabeça na tentativa de jorrar esses seus pensamentos dela, em que mundo ela estava para pensar em ir atrás dele, foi ela que escolheu ir embora, e ela iria. Talvez pensasse em uma caminhada. Sim era isso que ela iria fazer. Foi até seu quarto, vestiu uma calça de yoga e colocou um casaco, colocou seu tênis e saiu de seu apartamento só com suas chaves nas mãos. Não se deu ao trabalho para pegar o elevador, preferiu as escadas, abriu a porta que levava a escadaria do prédio e entrou por lá, desceu cada degrau em uma velocidade regular, não demorou muito e ela já estava no térreo, abriu a porta para sair e avistou seu porteiro com um jornal em mãos, ele a olhou e sorriu.

— Boa noite senhorita Stella, o seu amigo saiu faz 5 minutos daqui.- Avisou o homem, surpreendendo Stella com isso.

A grega forçou um sorriso, estava um pouco ofegante.

— Boa noite, Daniel!- Saudou ela. – Ele saiu apenas agora?- Quis saber ela.

Já fazia um tempo que Mac saíra do apartamento dela, como ainda ele ficara tanto tempo no prédio? Ela queria saber.

— Sim.- Acenou ele, tirando os olhos de seu jornal para olhar para a mulher a sua frente. – Houve um problema técnico no portão, ele ficou preso aqui até Ezekiel consertar.- Explicou o homem deixando já os seus papéis de lado.

— Oh!- Foi a única reação de Stella. O universo estava a seu favor? Pensou ela. – Abre pra mim, por favor.- Forçou outro sorriso indo até a porta esperar que o porteiro a abrisse.

— Claro!- Concordou Daniel.

O porteiro abriu a porta e Stella saiu correndo, chegou na calçada e parou olhando para os lados para ver se avistava Mac. Um estrondo vindo do céu lhe assustou. Ela olhou para cima para ver nuvens cinzas no céu, a lua não estava mais à vista, uma gota gelada de chuva caiu em sua testa escorrendo até seu nariz. Abaixando a cabeça, ela limpou a gota da chuva em sua testa e respirou fundo, começou a chover, um vento frio passou por sua nuca fazendo-a arrepia-se.

— Ok universo, está pensando que eu vou desistir?- Murmurou ela olhando para frente recebendo uma enxurrada de chuva que o vento trazia, rapidamente fechou os olhos e resolveu andar.

Pegou caminho pelo seu lado direito, sabendo que o homem poderia passar por ali já que era caminho de sua casa, seus passos foram ficando ainda mais rápidos e então ela já estava correndo. Poucas pessoas andavam pela calçada, ela saia esbarrando em algumas que não reclamavam pois também corriam da chuva, e lá estava ela, correndo atrás de seu melhor amigo, esperando encontra-lo em algum lugar por ali.

Não sabia direito o que estava fazendo, ela queria o ver, queria abraça-lo outra vez naquele dia, precisava disso antes de partir. Ela o queria muito, mas não sabia como iria enfrenta-lo, não tinha caminhos certos para isso. Agora eles não eram mais colegas de trabalho, ela já não trabalhava mais para ele, nada lhes impediam de tentar... Ela estava indo embora, foi uma coisa que impedia deles para ficarem juntos. Dependia dele também, se ele retribuía esse sentimento por ela então tudo ficaria mais fácil. Respirou fundo tomando um pouco de fôlego para continuar sua corrida. No que diabos ela estava pensando? Ela queria esse emprego, ela queria sair de Manhattan, fizera tudo isso para que ele não soubesse de seus sentimentos, para que ele seguisse sua vida feliz e não se preocupasse com os sentimentos dela.

No meio do caminho atrás dele, ela o ver, mas fica em silêncio, sabia que se gritasse o chamando as coisas iriam mudar, e ela não queria que as coisas mudasse. Chovia muito agora, ele continuava a andar como se as gotas geladas de água que caíam do céu não o incomodava, mas a incomodou, e ela correu. Não fazia sentido, ela deveria gritar por ele, mas ela não o fez até estar muito próxima a ele, ela queria poder dizer algo que fizesse algum sentido. Mas ela estava partindo.

Só precisava dizer adeus. Seu estômago parecia que estava cheio de borboletas, sentiu uma coisa engraçada. Quando percebeu estava atrás do homem, ele não notara que era ela, e ela não dissera nada. Estava ofegante, muito, e mal mantinha seus olhos abertos por causa da densidade da chuva, mas fez um esforço, tomou toda a coragem que perdera e o chamou.

— Mac!- Chamou ela um pouco alto, precisava que ele a ouvisse, com a chuva caindo tão forte ela achou que seria impossível isso.

Ele ouviu sua voz, e achou que fosse algo da sua cabeça. Continuou a andar como se nada tivesse acontecido, cabeça baixa, mãos enterrada no bolso do casaco, e passos firmes. E então a ouviu de novo.

— Mac?- Chamou-o ela de novo, na esperança que ele virasse.

Era a voz dela, ele não estava ficando louco. Parou finalmente, lentamente virou-se para ver ela a olhando logo atrás, ficou firme enquanto tentava capturar seus olhos, mas a chuva não ajudava em nada ali. Apenas viu ela se aproximando mais, estava com roupas diferentes da que ela usava a alguns minutos atrás quando ele estava em seu apartamento, isso ele pôde notar.

— O que você está fazendo?- Questionou ele, querendo saber o motivo dela estar ali.

— Eu queria dizer uma coisa.- Ela gritou assim como ele.

Trovões e raios a tirou a atenção, por um momento pôde ver o rosto dele com claridade quando um raio atingiu atrás dele no alto do céu. Lágrimas desciam pelo seu rosto junto com as gostas de chuva, não sabia-se decifrar o que era lágrima ou chuva.

Ele esperou que ela falasse o que queria, mas parecia que ela esperava alguma coisa dele também.

— Mac...- A voz dela falhou um pouco. – Eu queria dizer que...- Não estava certo, ela iria dizer isso e depois iria simplesmente ir embora? Não era certo com ele, mas ela precisava disso, precisa desabafar antes que ficasse sufocada. – Eu te amo!- Gritou ela. Ficou cabisbaixa com essa confissão, nunca imaginou fazendo isso assim.

Ele não soube o que dizer naquele momento. Também o que poderia? Ela estava prestes a deixar Nova York e agora estava atrás dele, confessando uma coisa que ele nunca soube, mas que foi correspondido por ele. Realmente, ele não sabia o que dizer. Do mesmo jeito ela estaria indo embora certo? Ele temia que sim. Se dissesse que também a amava seria doloroso. Mas também se não dissesse seria mentira, e ainda mais doloroso. E além do mais, ele precisava dizer, ele precisava responde-la da forma como queria.

Se aproximou dela ficando à sua frente, ela viu os pés dele perto dos dela e olhou para cima para vê-lo. Capturou seu rosto, mas não conseguiu decifrar o que estava ali, ela tinha uma expressão triste no rosto, ele notara. Tocando-lhe o rosto, viu-a fechar os olhos.

— E você me diz isso agora?- Perguntou ele. Parecia um pouco zangado. – Depois que está prestes a ir embora?- Sua voz falhou um pouco agora. Ela não sabia em que ponto ele queria chegar, só precisava saber se ele também a amava. – No que estava pensando?- Pediu ele, sem nenhuma intenção de deixa-la mal, só queria saber, precisava disse pelo menos.

— Eu não podia ir embora sem dizer o que eu sinto.- Admitiu ela.

— Então você vai embora mesmo?- Não foi bem uma pergunta, saiu mais como uma afirmação. Ele tinha certeza disso agora, ela estava o deixando de qualquer jeito.

— Não seja egoísta.- Respondeu ela. – É uma grande oportunidade para mim, você sabe disso.- Aumentou um pouco mais a voz.

A chuva não estava os incomodando. Era como se não tivesse chovendo, era apenas eles ali.

— Eu te amo, ok!- Gritou um pouco irritada. – Se isso não é suficiente, então...- Gritou mais.

Ele a impediu de continuar a falar inclinando-se para frente para beija-la, beijo esse que ela correspondeu. Eles estavam ali, no meio de uma rua qualquer, debaixo da chuva, dando o primeiro beijo. Ao mesmo tempo que foi calmo, foi com necessidade, ele colocara sua língua dentro da boca dela sem pedir permissão, e também não precisava, ela cedeu e usou sua língua também. Os braços dela estava entrelaçados em seu pescoço, os braços fortes dele estavam abraçando fortemente a cintura dela. Eventualmente o ar se fez necessário, obrigando-os a separar seus lábios, ainda próximos, eles se encaravam, sem nenhuma expressão no rosto, apenas encarando um ao outro.

— Eu também te amo!- Disse ele pela primeira vez. – Merda, eu te amo à tanto tempo!- Lamentou encostando sua testa na dela.

— Então me faça sua hoje...- Pediu ela em sussurros. – Pois não nos veremos nunca mais.- Lamentava-se por isso, mas era verdade. A infeliz verdade que eles teriam que enfrentar.

Mais tarde naquela noite, o quarto de Stella tinha roupas espalhadas pelo chão, Mac deitado com ela na cama e apenas um lençol branco cobrindo seus corpos nus. Ele viu que gostava de tê-la deitada em seu peitoral, de sentir o cheiro de seu cabelo, que sentiria falta disso feito um inferno. Ambos dispensaram os sorrisos no rosto, não viram lá, necessidade para sorrirem, ao invés disso tinham expressões tristes, sabiam que de agora em diante nada disso iria acontecer novamente, não mais para eles dois. Ela estava partindo, não iria mais voltar, os dois nunca teriam uma chance juntos novamente. Fechando os olhos por um momento, refletindo um pouco, ele não sabia o que faria sem essa mulher. Inalou seu cheiro doce, não queria perder esse cheiro, precisava disso para selar tudo o que tiveram essa noite, pois não existiria mais como essa em outras noites.

Abriu os olhos e olhou para baixo apenas para ver seus cachos dourados sobre seu peito nu, ela estava acordada, ele sabia disso, podia sentir a respirarão pesada dela, suas mãos o tocando o braço, sem movimento algum. Voltou seu olhar para o teto, sentiu-se cansado, mas não queria se entregar para o sono, não podia, pois sabia que iria a perder.

Mas ele estava cansado, seu corpo estava cansado, e aos poucos seus olhos cansados foram pesando, ele não conseguia mais lutar contra, então deixou-se fechar e se entregar para o sono. Ele sabia que se fechasse seus olhos não a veria mais de manhã, mas ele já estava dormindo.

Um choro silencioso vindo de Stella não o acordou. Ela não queria ir, mas tinha que ir. Não queria o deixar, mas estava o deixando. Ela não poderia lutar mais contra seus sentimentos, não queria mais ser machucada. Estava partindo com o coração quebrado, temia por quebrar o do homem a quem ama também, mas em seu consciente foi a coisa mais racional que decidiu fazer. Não estava fugindo ou coisa assim, só queria fazer algo para ela mesma e não quebrar mais seu coração que já estava em pedaços...

E todo o seu medo se concretizou. O sol fora emergindo seus primeiros raios solares, a luz forte foi bem em seu rosto o fazendo acordar. Não sabia ao certo se estava sozinho, sua cabeça latejava e sua visão ainda não estava muito boa. Mas ele não a viu, teve a certeza suficiente que ela não estava mais ali quando não sentiu seu peso contra seu peito, quando seu cheiro tinha sumido apenas deixado pequenos vestígios em sua coberta... Levantou-se um pouco confuso, estava tonto, sua cabeça ainda latejando e o sol estava incapacitando sua visão. Quando sua visão foi se formando e ficando melhor, ele passou seu olhar por toda extremidade daquele quarto para não ver mais nada dela ali, até seus olhos pairar sobre um papel dobrado em cima do criado-mudo, julgou ser dela, só podia ser.

Pegou o papel e sentiu seu cheiro nele, sentia uma dor no peito, ela o deixou. Não podia acreditar, ela o deixou mesmo. O papel que estava dobrado, tinha alguma coisa dentro, ele abriu e viu suas letras gravada na imensidão branca daquele papel. Respirou fundo e leu aquelas palavrinhas que ela o deixou e que ele tinha certeza que era ele que sairia magoado...

“Eu te amo. Eu sempre vou te amar. Mas eu tenho que ir, eu tenho que deixar você. Adeus Mac!” – Sua Stell.

Ao ler o conteúdo daquele bilhete, aquelas palavras, ele não pôde se ajudar, deixou que as lágrimas que tanto segurava caíssem de seus olhos inundando sua face seca. A única coisa que ela deixou para ele foi esse bilhete e um baita resfriado. E pensar que depois do que tiveram noite passada não a fez mudar de ideia... Sobre nada. Partia seu coração, ele a queria tanto, mas não podia julga-la por suas decisões, não podia impedi-la de nada. Ela só era a mulher que ele amava. A noite passada veio a sua mente. O melhor da noite passada foi ter ela em seus braços, poder sussurrar em seu ouvido que a amavas sem medo, e ouvir de volta; Com certeza aquela noite fora inesquecível.

*****

3 meses depois...

New Orleans
Consultório do Doutor Russell

Ela ruía as unhas enquanto esperava nervosamente pelos resultados de seus exames com o doutor Russell, adquiriu esse hábito de roer as unhas quando chegou a nova cidade, andou tão nervosa em seu posto de chefe ultimamente que estava prejudicando seu desempenho no trabalho. E só faziam 3 meses que chegara em Nova Orleans, agora ela entendia um pouco mais Mac. A parte burocrática do trabalho era a pior, mas ela estava conseguindo segurar as pontas. E desde que chegou na cidade não parou de pensar em Mac, ele não fizera nenhuma ligação, e ela também não se preocupara em fazer... Por que amar machucava tanto? Por que ela sentia tanta dor?

Foi tirada de seu devaneio quando a porta do consultório fora aberta. Olhou para o médico idoso com uma ficha na mão, era os seus resultados dos exames que tivera que fazer hoje. Faziam duas semanas que ela sentira falta de uma coisa dela, não viu nenhum sinal antes, apenas agora, e foi quando estava em campo que acabou desmaiando e sendo “obrigada” a ir para o hospital. Seus novos companheiros de equipe estavam preocupados com ela, esperavam que não fosse nada demais. E agora estava ela esperando os exames que iriam mudar sua vida...

— Senhorita Bonasera.- Começou o médico de cabelos grisalhos. – Estou com os resultados de seus exames.- Disse o obvio. Ela apenas acenou com a cabeça esperando que ele não falasse a notícia que ela não estava preparada para receber. – Quer que eu faça a leitura?- Percebera o nervosismos de Stella, queria apenas ajudar.

— Por favor, diga de uma vez!- Implorou ela impaciente, não ruía mais as unhas, apenas balançava seus pés batendo-os contra o chão.

O médico levantou os ombros em um suspiro. – Você está grávida.- Afirmou ele.

Stella arregalou os olhos com a noticia, ela não esperava isso assim. Não era o que ela queria, as coisas foram tão bem para ela ultimamente... Como iria contar para ele que estava esperando um filho seu?

##----------------->The End<-----------------##   

“O fim de uma história é apenas o começo de outra!”


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Notas finais do capítulo

Procede? Digam-me se querem uma continuação, sim?! Espero que tenham gostado, eu não estava muito satisfeita na leitura de “Please don’t go”, essa é para me redimir (do quê?- Minha péssima concepção na escrita, e em tudo o que foi dito pelos personagens), comigo e com vocês rsrsrs... Sério, eu até apagaria a história, mas deixarei para me lembrar que sou uma 'merda' às vezes... Mas obrigado para as pessoas que chegaram a gostar e comentar a fic anterior, aprecio muito isso, eu amo quando vocês comentam.
Bye!!