— Masoq- eu olhei pra trás. Bridgitte. – O que você esta fazendo aqui?

— Forçando Felix a pagar um jantar romântico pra mim. Ele esta na fila. - ela sorriu como se tivesse sido a ganhadora em alguma competição.

—E o que eu deveria agradecer exatamente?- Perguntei e ela se sentou ao meu lado.

—Se eu não tivesse contado pro Felix que você é apaixonada pelo Adrien o Felix não teria te dito onde o seu amado Adrien esta e você não estaria tendo esse maravilhoso encontro! Ou seja, você deve isso tudo a minha pessoa.- Ela explicou e eu só revirei os olhos.- Mas no momento eu não tô nem aí pra sua vidinha! Eu só vim exibir o meu maravilhoso jantar romântico mesmo!

— Você sabe que esse jantar romântico é só um hambúrguer, fritas e refrigerante né?- perguntei.

— O que faz um jantar romântico não é a comida! É a companhia!- ela cruzou os braços ainda sorrindo.

— Ah e o Felix é beeem romântico né?- perguntei ironicamente.

— Pelo menos eu consigo falar com ele sem gaguejar- ela provocou.

— Você é uma idiota- resmunguei- Mas e aí como conseguiu convencer ele a fazer isso hein?

—Ai ai você tinha que ver...- ela sorriu e mordeu o lábio inferior.

Flashback Bridgitte on~

Felix estava abraçando a minha cintura. Eu estava dirigindo a minha moto em direção ao estacionamento do shopping e ele estava sentado atrás de mim com os braços na minha cintura... Ahhhhh que momento mágico...

—Eu te amo...- sussurrei.

—Eu sei.- ele falou- você já disse isso... Mil vezes

—Para de me tratar assim... Eu sei que você me ama.- eu provoquei.

—Cla-claro que não!-ele disse provavelmente corado- De onde diabos você tirou essa ideia idiota?

— Não sei... Eu acho que, sei lá, talvez seja por que você ainda esta me abraçando- sorri de canto. Já fazia uns dez minutos que nós já estávamos parados no estacionamento do shopping e ele não tinham notado.

Eu tirei o meu capacete e me virei pra ele ainda sorrindo. Eu tirei o capacete dele e confirmei o que já esperava: ele estava muito muitooooo corado. Eu aproximei o meu rosto do dele.

—É só falar três palavrinhas: "Eu te amo"- falei próxima a orelha dele.

—Vamos entrar logo Bridgitte!- ele se levantou corado.

—Você é tão chaaato- revirei os olhos e levantei- Pode pelo menos segurar a minha mão?

Ele andou sem falar nada e eu só segui ele e olhei feio pra ele.

—Meu cupido só pode usar drogas pra me fazer ficar tão apaixonada por um babaca como você...- eu resmunguei.

— Não jogue a culpa no cupido por você ser uma idiota- ele me provocou sorrindo.

—Eu odeio te amar...- falei entrando no shopping.

—Ah! A livraria-ele se virou pra um lado com os olhos brilhando. Nós entramos na enorme loja cheia de livros sobre todos os assuntos e fomos para uma prateleira com livros sobre mitologia. O lugar estava praticamente vazio. Felix começou a folear alguns livros que guardou falando coisas que eu não entendi sobre eles não serem bons o suficiente por que blá blá blá...

— Não entendo como você consegue preferir esses livros a uma garota!- olhei brava pra ele.

—Simples, os livros não falam, não fazem exigências idiotas, não ficam te irritando 24h por dia, nã- ele ia continuar falando o dia todo se eu deixasse.

E eu não ia deixar.

Eu puxei o rosto dele e o beijei.

Eu não me importo de estar agarrando ele no meio de uma loja. Não ligo pra nada que não seja ele e os seus braços ao redor da minha cintura.Eu me afastei dele com um sorrisinho de canto.

—Seus livros não fazem isso né?- provoquei.

Ele tentou me puxar de volta, mas eu desviei e dei um sorrisinho maldoso.

—Quer mais não é?- perguntei.

—Cala a boca. - Ele segurou o meu pulso e me puxou e a única coisa que eu fiz foi rir. - Tá rindo do que?

—Você não vai me beijar- eu sorri.

—Por que eu não beijaria?- perguntou sério.

—Por que eu estou mandando você não me beijar. - falei calmamente.

— Maldita...- ele resmungou me largando.

Eu sorri mais ainda. Felix tem que fazer o que eu mandar se não eu conto pros pais dele e aí da merda pro lado dele. Você deve estar se perguntando por que eu não mando ele me pedir em namoro ou algo assim não é? Bem, tem certas exceções pra essas ordens... E seria bem vergonhoso eu chegar nos pais dele e falar um “Senhor e Senhora Agreste, seu filho não quer casar comigo então por favor coloquem ele de castigo”.

—Mas você pode fazer uma coisinha pra me agradar... -  eu falei.

—Para de enrolar e fala logo por qual humilhação eu vou ter que passar- resmungou.

—Não vai ser humilhante! Eu só quero que você me leve em um jantar romântico. -expliquei - Não é nada demais.

— Fale por você... Tá. Vamos antes que eu me arrependa- me puxou pela mão, mas eu puxei minha mão antes de andar um passo sequer- O que foi agora?

— Você tem que me convidar... - eu falei calma.

—Não vou te convidar! Você sabe muito bem pra onde nós estamos indo!- ele me olhou nervoso.

—Não vai? Que pena pra você - Falei colocando uma mão na cintura.

Ele inspirou e espirou umas sete vezes antes de perguntar:

—Quer jantar comigo? - perguntou olhando pro lado pra não me olhar nos olhos.

Eu sorri.

—Não.

—O que?- ele me olhou incrédulo- É melhor você estar só brincando!

— Não estou brincando. Eu disse não -eu me senti tão bem falando isso- Só vou se você me convencera ir.

Ele inspirou e espirou mais do que antes e me encarou com seriedade.

—Você vai. E se negar mais uma vez- eu não dei tempo pra ele terminar.

— Vai fazer o que querido?- sorri docemente e aparentemente a paciência dele se esgotou.

—Isso- ele me pegou no colo como uma princesa.

Meus olhos se arregalaram e eu senti borboletas no estomago. Felix estava ali, me carregando em direção à praça de alimentação sem nem ligar para o olhar de “o que esses malucos estão fazendo?” das pessoas.

— Eu te amo muito muito muiiiiiiiiitooo mesmo- abracei ele quando ele me colocou no chão da praça de alimentação.

— Eu já disse que já sei- ele estava meio coradinho- vou comprar algum lanche pra você.

— Felix- chamei antes dele sair e ele só se virou- Se não me ama por que fez isso tudo hein?- eu abri um sorriso quando ele ficou sem reação á minha pergunta.

— Cala a boca Bridgitte... Eu não te amo. - ele virou e seguiu ate a fila pra comprar meu lanche.

Eu suspirei.

— E depois as mulheres é que são confusas...- sussurrei.