Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 59
Tenho uma discussão com um príncipe mimado


Notas iniciais do capítulo

E aí meus súditos? Tudo bom? Enfim chegamos ao final da bomb! A partir de agora os capítulos não vão sair mais diariamente, mas vou tentar manter mais frequência de postagem do que antes! Notem que eu disse t e n t a r ! Mas enfim, temos muito o que falar, mas isso vai ficar lá depois, nós nos vemos lá embaixo.



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Adrien abaixou a cabeça e ficou em silencio por um minuto. E então eu ouvi uma risada. Uma risada alta, ele jogou a cabeça para trás e abraçou a barriga, como se rir tanto assim estivesse fazendo ela doer.

— É isso? – Ele questionou contendo o riso aos poucos. – Você está assim tão desesperada?

— E-eu não estou entendendo... – Eu sussurrei, estava totalmente atordoada. Definitivamente não esperava essa reação depois desse tempo todo esperando para conversar com ele.

— Você não aceitou mesmo não é? Não entendeu que não estamos mais juntos por que eu simplesmente não quero. — Ele se sentou no sofá e cruzou as pernas, me encarava com certo desprezo mais ao mesmo tempo parecia estar se divertindo muito naquela situação. – Você tem que achar uma explicação maior! Um grande esquema por trás disso! Olha, eu nunca tinha percebido que você tinha um ego tão inflado assim. “Olha só para mim, eu sou demais e Adrien nunca iria querer me trocar, isso é loucura eu sou a pessoa mais perfeita do mundo! Ele deve estar sofrendo lavagem cerebral, só pode ser isso!”. – Ele cuspia sarcasmo nas suas palavras, e isso me deixou muito abalada. – Aceite Marinette: o único motivo para eu estar falando com você nesse exato momento é o fato de que a professora me forçou a entrar no seu grupo estúpido, então, por favor, pare de falar merda e vamos logo acabar com isso! Vai ser melhor para mim e para você se você simplesmente aceitar os fatos e pare de chorar, não vai ganhar nada com isso além de olhos inchados.

Foi só aí que eu notei que estava mesmo chorando. Eu sou tão idiota, não acredito que me deixei chorar na frente dele! Não conseguia acreditar que  cheguei a pensar que algumas coisa poderia estar errada, era como todo mundo disse antes: Adrien agora não era o mesmo que eu conheci, ele era simplesmente ruim. Sem explicações ou desculpas para isso, ele era ruim e ponto final. E eu? Eu era orgulhosa demais, então logo sequei as minhas lágrimas e tomei uma postura séria, decidia a congelar o meu coração. Depois de ouvir aquilo tudo da boca dele eu decido que não ia aguentar mais ter que sofrer por ele, se continuasse assim eu iria cair em um abismo de emoções tão degradantes que seria impossível sair de lá.

— Está bem. – Foi o que eu falei, e por incrível que pareça minha voz não tremeu ou fraquejou: soou firme e forte como um trovão. – Vamos acabar logo com esse trabalho, não quero mais ver essa sua cara na minha casa.

— Então finalmente concordamos com alguma coisa.

Dito isso nós começamos a trabalhar: pesquisamos, escrevemos, juntamos informações, mas tudo foi feito quase que em silêncio, apenas trocamos palavras quando necessário e quando o fazíamos era com extrema frieza.   

— Acho que podemos anotar isso. – Eu falei mostrando uma pesquisa que havia feito em um site aleatório da internet. – Aliás, você está anotando as fontes de pesquisa não está? – Eu questionei.

 - Mas é claro que eu estou. – Ele resmungou. – E se vamos fazer mais anotações vamos precisar de mais papeis, você não tinha buscado o suficiente.

— Eu tinha buscado o suficiente! Se ao menos certas pessoas não insistissem em copiar palavra por palavra sem sequer tentar fazer um resumo ainda teríamos muitas folhas aqui. – Eu falei o olhando com raiva.

— Vai pegar mais papeis ou não?

— Vou precisar de ajuda, os que sobraram estão no alto do meu guarda-roupa e eu não consigo pegar eles lá.

— Me mostre onde estão.

E assim nós nos levantamos do chão e fomos até o meu quarto.

— Estão ali em cima. – Eu falei. – Você acha que consegue subir nessa cadeira e pegar eles sem se estatelar no chão? – Perguntei com sarcasmo empurrando a cadeira de rodinhas da mesa do meu computador até ele. Admito que fiz isso porque sou um ser vingativo e queria muito ver ele se esborrachar no chão por ter falado daquele jeito comigo. O que posso fazer? Até os melhores tem os seus momentos de vilão.

— É claro que sim, gatos só caem de pé. – Ele disse dando um sorriso de lado e respondendo da mesma forma sarcástica que eu. Eu não esperava por aquilo. Não sabia que Adrien ainda fazia piadinhas e conseguia dar aqueles sorrisos que eu costumava apreciar tanto. Aparentemente ele também não sabia, quando terminou a frase, que ele parecia ter dito totalmente por instinto seus olhos se arregalaram. Meu coração falhou uma batida e minhas bochechas provavelmente se avermelharam na hora.    

— A-adrien? – Eu sussurrei contendo o impulso de tocar o rosto dele.

— B-busque uma cadeira de verdade para mim. Vamos acabar logo com isso. – Ele falou virando de costas para mim.

— E-eu-

— Vá. – Ele repetiu com mais força e então eu fui.  

Quando cheguei novamente no meu quarto, agora arrastando uma cadeira que tinha pegado na cozinha, eu vi uma cena inesperada. Adrien estava segurando uma das fotos dele, que por ser idiota eu havia esquecido de tirar da minha cama. Ele parecia melancólico e nostálgico.

— Porque ainda guarda isso? – Ele perguntou assim que notou que eu estava ali.

— Eu não sei. – Respondi com toda a minha sinceridade. – Talvez eu ainda tivesse esperanças de que isso tudo fosse um pesadelo e eu iria acordar, então não existiriam motivos para eu me livrar dela. Talvez eu esteja louca e não consiga me livrar da nossa história. Talvez eu goste mesmo de sofrer por você. Tem tantas opções e eu não sei nem se alguma delas é verdadeira. Por isso essa é a resposta: eu não sei.

Ficamos quietos por um tempo, quase como se estivéssemos mantendo um minuto de silêncio solene pela morte do nosso amor.

 – Apenas jogue fogo nelas e vai simplificar as coisas. – Ele falou. – Não pense nas opções, apenas siga em frente e se poupe dessa angustia.

— Porque você se importa se estou sofrendo ou não? – Eu questionei levantando a cabeça e o encarando com firmeza. – Me diga a verdade. – Eu respirei fundo e voltei a falar sobre as minhas esperanças, que estavam se fortalecendo aos poucos. – Você ainda sente alguma coisa por mim não é?

—... Mas é claro que eu sinto. – Ele respondeu fazendo com que o meu coração acelerasse. Dei alguns passos a frente, seguindo na direção dele. – Pena.

— Mais que isso. – Eu insisti ainda indo até ele.

— Condolência. – Ele respondeu. – Talvez raiva, ressentimento.

— Não. – Eu falei, e agora eu já estava de frente para ele, muito, muito perto.  – Não é isso. Nós dois sabemos o que é. – Coloquei as minhas mãos ao lado do rosto dele e aproximei o meu.

— Pare. – Ele pediu. – Pare com isso. V-você não pode... E-eu-

— Eu só vou parar se você realmente quiser que eu pare. – Eu disse baixinho.

E eu não precisei fazer mais nada: ele assumiu a dianteira e me beijou. Eu não consigo nem descrever quanta falta eu estava sentindo daquele beijo, daquele carinho, daquele gato maldito que mexia tanto com o meu coração. Adrien parecia sentir o mesmo, parecia cheio de saudades que não conseguia aguentar. Eu passei meus braços ao redor do pescoço dele, sem conseguir acreditar que aquilo era real, talvez eu acordasse a qualquer momento, então eu precisava muito aproveitar aquilo, aqueles lábios macios, aquele beijo desesperado que parecia ter esperado uma eternidade para finalmente acontecer. Era tão bom, eu estava tão segura que tudo ia começar à dar certo...

Mas aí ele gritou: “Me solta!” e me empurrou para longe.

— Mas o que-

— Não chegue perto de mim! – Ele disse, arfando e corado.

— FOI VOCÊ QUE COMEÇOU PORRA!

— Só porque você começou com aquele seu joguinho! – Ele balançou a cabeça. – Você não pode me manipular desse jeito.

— Mas que caral- MANIPULAR? Você estava claramente querendo aquilo tanto quanto eu! Só admita de uma vez que você me ama! – Eu gritei, irritada com aquilo. Porque as coisas não podiam ser fáceis? Porque tudo não poderia simplesmente dar certo e nós colocaríamos um ponto final nessa loucura de rompimento sem cabimento?

— Eu não te amo, você não deveria me amar e eu estou indo embora dessa casa agora mesmo! – Ele falou se virando de costas e apressando o passo.

— Espera! – Eu tentei agarrar ele pela camisa, mas falhei.

— Eu vou levar isso. – Ele disse pegando o que já tínhamos feito do trabalho. – Vou terminar isso sozinho, colocar o seu nome nele e então nós nunca mais vamos precisar falar um com o outro na vida!

— Não! – Eu falei. – Você não pode simplesmente me beijar e ir embora desse jeito!

— Errada, eu não deveria mesmo ter te beijado, mas isso não vai se repetir e eu já estou indo embora! – Ele disse passando pela porta. – Não me siga, não tente falar comigo, e de preferência finja que nada disso aconteceu! Ninguém pode saber, está me ouvindo? Ninguém. – Ele disse isso com tamanha seriedade que eu me assustei no começo. Mas então eu voltei ao meu modo de investigação criminal.

— Porque é que ninguém pode saber? – Questionei. – Está com medo que essa ceninha chegue aos ouvidos de Lila? – Perguntei de forma irônica, mas vi que ele empalideceu um pouco com essa fala minha. – Espera aí, você está? Você... Tem medo dela? Por quê? O que Lila faria se descobrisse isso?

 - Descobrisse o que? – Ele perguntou.

— O be-

— Eu já disse: nada aconteceu aqui. Eu não tenho medo de Lila, eu só não quero terminar com a minha namorada por uma recaída momentânea. – Ele respondeu. – Então é melhor que você não fale disso para ninguém. E se você falar, eu vou desmentir e dizer que você está louco e desesperada por atenção, que quer tanto voltar comigo que está inventando coisas na sua mente. Deu para me entender?

— Ah, sim senhor, pode deixar senhor. – Eu falei com sarcasmo. – Você sabe que não manda em mim não é?

— Você quer mesmo destruir a minha única chance de ter um relacionamento feliz que não é baseado em interesses pessoais de ascensão de carreira profissional? – Ele resmungou. – Não é porque você é infeliz que eu também sou obrigado a ser.

— Tá legal, primeiramente: O que você disse é sobre eu ser interesseira é simplesmente tão absurdo que eu não quero nem comentar sobre isso! – Eu balancei minha cabeça tentando fingir que não tinha escutado aquilo. –Segundo: Você nunca vai conseguir ser feliz nesse relacionamento com a Lila.

— O que é isso agora? Está jogando uma maldição em mim?

— Eu estou dizendo um fato real e inquestionável: você me ama tanto quanto eu te amo. – Eu falei seriamente.

— Aceite os fatos você: Eu já desisti de você há mais de um mês e você é a única pessoa que não aceita isso e insiste em manter esse sentimento estúpido no coração. Mas se você é esperta mesmo vai esquecer que eu existo.   

E depois de falar isso ele me deu as costas e saiu. Não me dei ao trabalho de seguir ele, não precisava fazer isso agora. E ao contrário do que eu normalmente faria eu não chorei, nem sequer tive vontade de chorar. Eu apenas me dirigi ao meu quarto e me sentei na minha cama, esperando. Então ouvi passos.

— Bridgette? Você chegou? – Perguntei.

— Sim, eu cheguei. – Ela respondeu.

Me levante e fui até ela que já tinha se esparramado no sofá, parecia estar com muita preguiça. Imagino que não seja fácil estar grávida, mas eu não tinha tempo para pensar nisso.

— Você não vai acreditar! Adrien está sendo manipulado pela namorada maligna dele e agora eu posso te provar!

— O que? – Ela se sentou e me encarou seriamente. – Está falando sério comigo?

— Eu estou, ele me ama, me beijou, mas percebeu que não poderia fazer isso e ficou desesperado, me mandou esquecer i fingir que isso não aconteceu e não contar pra ninguém. – Eu falei rapidamente. – E eu preciso de ajuda pra tirar ele dessa.


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Notas finais do capítulo

*Voz de narrador de jogo de futebol* E termiiiiiiiiiiiinaaaa o capitulo!
Hshhs ok gente, o que foi isso? Talvez alguém tenham chegado a imaginar que com o fim da bomb viria também o fim da treta, mais não: é agora que a aventura para resolver os problemas da Marinette se inicia! Vamos ter que esperar para ver o final disso tudo~
Bom, eu não sei se cometi algum erro de digitação, mas se o fiz me avisem! Obrigada de nada!
Eu realmente fiquei muito feliz de voltar galerinha! Essa bomb ficou meio corrida e tals, não vou dizer que foi a coisa mais fácil de se fazer, mas foi muito gratificante para mim! Obrigada por estarem acompanhando e por terem paciência para esperar os capítulos que foram postados e os próximos que ainda virão. Espero ver vocês em breve! Beijinhos e ~fui~♥♥♥



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