Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 35
Save Chloé Bourgeois parte 3


Notas iniciais do capítulo

E aí meus súditos? Tudo bom? Altas horas da madruga e a Rainhas das Irresponsabilidades-Preguiças-Hiatos-ETC vem postar capitulo novo! Olha que belezinha! Ai, ai... Eu estou com um sono... Nem tô conseguindo pensar em muita coisa pra falar com vocês aqui... Nós nos vemos lá em baixo galera! ~bocejo~



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Depois que recebemos aquela terrível rejeição de Chloe todos nós resolvemos sair, íamos parar em uma lanchonete para bolar algum novo plano para tirar a loira de dentro do quarto e aproveitar para fazer um lanche, mas eu notei que tinha acabado deixando a minha pasta de desenhos para trás e eu odiava ficar sem ela por perto então resolvi ir voltar lá agora mesmo para pegar ela. Acabei me esquecendo de avisar o pessoal para onde ia. Refiz o caminho até o enorme Hotel Le Grand Paris. O mordomo que tinha nos acompanhado antes resolveu me ajudar a procurar a tal pasta, nós seguimos até o corredor do quarto da loirinha e para minha surpresa a porta dela estava aberta. Eu e Charlie nós entreolhamos confusos e fomos até lá.

— S-senhorita Chloe? – O mordomo chamou.

— Sim? – Nós a encaramos surpresos. Ela estava deitada em sua cama olhando fixamente algumas folhas, e não eram folhas quais queres eram os meus desenhos que eu tinha deixado na pasta que caiu no corredor. – Charlie, eu posso conversar com esse tomate sozinha?

— Ah...Como quiser senhorita. – E falando isso ele saiu ainda abismado sem entender como Chloe tinha aberto a porta assim do nada, eu confesso que também não estava entendendo coisa nenhuma.

— Feche a porta. – Chloe meio que me ordenou o fazer, eu fechei. Provavelmente ela queria falar algo bem sério, eu só não entendi porque logo comigo. – O que está esperando? Um pedido formal? Venha logo aqui! – Ela resmungou se sentando na beirada da cama, eu fui até ela e me sentei ao seu lado. – Antes que você me pergunte por que eu abri a porta eu vou te explicar de uma vez! Bom eu suponho que você tenha deixado essa pasta cair no chão certo?

— É, eu voltei pra buscar. – Falei.

— Bom um dos desenhos acabou saindo de dentro dela e passou por baixo da porta. – Explicou. – Eu odeio admitir, mas você tem talento. Fiquei curiosa e abri a porta, achei os outros e a pasta e peguei.

— Entendi. – Eu falei meio que abismado. Nós ficamos tanto tempo planejando como fazer ela abrir a porta e conversar civilizadamente conosco só para eu conseguir? Eu não esperava por essa. – Sabe Chloe tá todo mundo preocupado com você de verdade. A Sabrina só aparece lá na escola com os olhos inchados de chorar por você! A senhorita Olivier sente falta de você conversar na aula para ela poder te dar uma bronca, a Marinette e o Adrien se sentem culpados.

— Se você ficar falando sobre isso pode ir embora! – Ela resmungou.

— E porque você ainda não me mandou ir? – Perguntei curioso.

— Porque acho que se passar mais um dia sem conversar com ninguém eu vou enlouquecer. – Ela sussurrou.

— Entendi... Então quer dizer que você gostou dos meus desenhos é? – Eu tentei arranjar um assunto.

— É. Principalmente desse. – Ela pegou um que tinha deixado sobre o travesseiro e me entregou. Era um desenho que eu tinha feito dela já faz um tempo, estava chovendo e ela foi pra escola com um look de frio muito bonito e todos observavam ela com admiração naquele dia, por isso ela pareceu ficar bem feliz, estava radiante. Essa imagem dela com os olhos brilhando e um sorriso de verdade acabou por me inspirar e eu senti vontade de desenhá-la. – Eu nunca imaginei que você fosse fazer um desenho meu!

— Você estava muito bonita naquele dia, eu resolvi te desenhar. – Falei corando.

— Ah! É verdade! Aquela roupa era incrível mesmo! – Ela sorriu com o nariz em pé, o que era surpreendente para quem estava tão absurdamente deprimida.

— Não estou falando disso.

— Então está falando do que? – Ela perguntou me olhando confusa.

— Sabe você tinha um brilho diferente, estava feliz de verdade e não com um desses seus sorrisos de deboche. É raro ver a loirinha mimada Chloe Bourgeois sorrir de verdade. – Expliquei.

— Cala a boca seu tomate! – Ela resmungou. – E... Obrigada.

— Por?

— Por dizer que eu estava bonita! – Ela falou virando o rosto. – As pessoas geralmente dizem que as minhas roupas são bonitas, não eu.

— Ah, de nada. – Eu falei surpreso.

— Bom e esse desenho aqui? – Ela pegou outro. – Quando é que foi isso?

Olhei o desenho. Era a cena da Marinette pedindo o Adrien em namoro lá na Miraculous, quando os dois se abraçaram. Pois é eu tava lá, mesmo que não goste muito desses clubes de dança eu fiquei curioso pra saber no que ia dar aquele que os meus colegas fizeram e resolvi ir.

 - Ah isso aqui foi na estreia do clube do Nino sabe? Aquele tal de Miraculous! A Marinette fez um show e pediu o Adrien em namoro na frente de todo mundo. – Eu expliquei. - Sabe, eu admiro muito esses dois. Eles se amam de verdade.

— Pois é... – Chloe sussurrou e eu notei que tinha falado merda.

— Ah desculpa, você não queria falar deles...

— Sabe eu também fico impressionada com esses dois. – Ela disse ignorando o meu pedido de desculpas. – Eles têm um amor que eu não fazia ideia de que existia. Eu morro de inveja deles.

— Esse não é o único tipo de amor que existe Chloe, também existe o amor de amigos, de família... – Eu falei tentando deixar ela animada, mas aquilo pareceu fazer ela se deprimir mais ainda.

— Eu também não posso contar com esse tal amor de família. – Ela sussurrou. – Minha mãe sumiu do mapa e eu não faço ideia de onde ela está agora, Meu pai me odeia.

— Chloe seu pai não te odeia...

— Odeia sim! Ele não me suporta! Eu só faço ele lembrar da minha mãe e de como a vida dele se tornou um inferno depois que eles se casaram e principalmente depois que cometeram o terrível erro de ter uma filha, no caso eu! – Ela parecia querer chorar a qualquer momento, mas estava se segurando para não o fazer. – Eu só queria que alguém gostasse de mim! É pedir demais um pouco de amor?

— Chloe.

— O QUE?

—Se você quiser chorar, pode chorar. – Eu falei como se a desse uma autorização para fazer isso. Eu sabia muito bem que em certos momentos o melhor que nós podemos fazer é deixar a pessoa derramar tudo que está sentindo.

— E-eu... – Ela não conseguiu dizer nada para evitar aquilo, as primeiras lágrimas começaram a percorrer seu rosto silenciosamente, depois elas engrossaram e vieram junto soluços e palavras sem sentido sendo gaguejadas. Chloe colocou as mãos no rosto como se quisesse se esconder do resto do mundo e ficou assim por um tempo, até que os soluços ficaram bem mais altos quase como se ela quisesse gritar para arrancar toda a dor do peito. Eu não sabia nem metade da história de vida dela, mas eu soube que ela estava realmente sofrendo muito quando ela me abraçou. Tipo, ela, Chloe Bourgeois, a “riquinha não me toque”, me puxou pra um abraço tão apertado que quase me faltou ar e enterrou o rosto no meu ombro. Eu fiquei sem fazer nada por alguns minutos sem entender aquilo, mas então pareceu que eu levei um choque de realidade dizendo “Ela precisa de carinho seu idiota!” então eu a abracei de volta suavemente e levei uma das mãos até seu cabelo fazendo carinho, assim como a minha mãe fazia comigo quando eu era pequeno. Naquele momento uma letra de música passou brevemente pela minha mente:

Alguém está girando a manivela da torneira nos seus olhos

Você está derramando onde todos possam ver

Seu coração é grande demais para o seu corpo, é por isso que você não cabe dentro dele

Você está derramando onde todos possam ver

 Ela pareceu se acalmar depois de ficarmos, sei lá, uma meia hora assim. Ela me soltou e voltou a se sentar.

— Obrigada por ficar aqui. – Ela falou. – E obrigada por salvar a minha vida aquele dia, Super-Nath.

— V-você ainda lembra disso? – Eu perguntei abismado.

— Claro. Era o nome de super-herói que você inventou já faz algum tempo né? Eu te zoei muito naqueles dias. – Ele disse rindo.

— É. Foi mesmo. – Resmunguei.

— Ok, me desculpa. – Ela falou. – Deve ter sido meio ruim ser zoado pela escola inteira por... Foi o que? Uma semana?

— Um mês, e não foi “meio ruim” foi péssimo. – Resmunguei.

— Tá, tá. Já te pedi desculpas! – Ela falou. – Nathaniel eu posso ficar com esse desenho? – Ela perguntou segurando o desenho que eu tinha feito dela.

— Pode, de qualquer forma eu tinha trazido esse pra você mesmo.

— Tinha? – Ele perguntou sem entender.

— Ah é que alguns de nós trouxemos presentes pra você. Sabe pra te animar. – Eu expliquei.

— Ah! Vocês estão agindo como o meu pai! Tentando me fazer feliz com presentes! – Ela resmungou virando a cara.

— São presentes diferentes Chloe! – Eu disse.

— Diferente como?

— Por exemplo, bom você lembra daquela vez que a gente era criança e teve aquele concurso de miss na escola? – Perguntei vendo ela assentir prestando atenção. – Lembra que a Rose ganhou?

— Ela só ganhou porque eu não pude ir por que estava gripada! – Ela se defendeu.

— Não é essa a questão. A questão é que ela lembra de como você queria ganhar aquilo na época, e pelo que parece queria até hoje, então ela ia te dar a tiara de campeã.

— É só um pedaço velho de plástico!

— Que você adoraria ter ganhado. – Falei sarcasticamente.

— E-eu... Queria mesmo. – Ela resmungou fazendo bico.

— E você lembra ano passado daquela festa da escola quando você ficou na fila da cabine de fotos e-

— E descobri que a foto tinha que ser em trio e quem estava atrás de mim eram a Marinette e a Alya. Lembro. – Ela falou sem eu nem terminar.

— Pois é, a Alya ainda tá com a foto e ela ia dar pra você. – Eu expliquei.

— Como se eu quisesse ter uma foto com elas...

— É, e como se em algum momento da sua vida você imaginasse que ia estar tão no fundo do poço que ia ter que confessar problemas pra mim. – Eu disse sarcasticamente.

— Você só parece uma pessoa boazinha de vista, você é terrível. – Ela balançou a cabeça em negação.

— Não sou ruim, só fala as coisas quando realmente precisam ser ditas.

— Certo... Também consegue escutar muito bem? Tenho coisas para dizer. – Chloe perguntou me olhando com seriedade.

— Diga tudo. – Eu assenti.

E ela literalmente disse tudo. Fiquei sabendo da vida de Chloe quase que desde o seu nascimento, parando em alguns momentos para esperar ela se acalmar do choro e logo seguindo. O que posso dizer? Não foi fácil pra ela.  Sempre foi bem simples dizer que ela era uma patricinha fútil quando eu só sabia de metade de sua história, agora eu via a menina carente e sensível que escondia isso provocando os colegas na escola e a cada momento eu me irritava mais com o pai dela.

— Chloe. – Eu tentei falar alguma coisa, mas nem consegui. Fui interrompido por alguém chamando a loira, logo eu e ela encaramos a porta com os olhos arregalados. Chloe ficou branca como um fantasma, mais do que antes alias, mas não era pra menos, não é mesmo? Parado ali na porta estava uma pessoa que eu duvidava que ela quisesse ver tão cedo: seu pai, André Bourgeois.


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Notas finais do capítulo

Gente, só avisando pra vocês eu nunca alterei um final tanto quanto alterei o desse capitulo! Sério, que demora pra escolher um final pra essa mizerá de capitulo, e aí saí uma poha dessas :v Sim, eu pretendia tentar algo melhor, mas saiu só isso na hora... Foi mal, vcs merecem coisa melhor, eu tô sofrendo muito com uns bloqueios artísticos, sim eu estou SEM CRIATIVIDADE! Ah, isso me faz querer chorar! Eu tento, tento, quero escrever algo que presta, mas fico com a mente em branco e peço perdão por isso! Eu vou me esforçar! Vocês merecem a minha dedicação, principalmente por que eu recebo muita dedicação de vocês que recomendam as minhas historinhas humildes ♥ Muito obrigada por tudo, todo mundo! Sério, quem me fez essa gentileza incrível de recomendar minhas fics, muito obrigada! ~Eu estou com sono demais para citar nomes hoje, mas eu li todas as recomendações e agradeço imensamente por elas, mais um bocejo~~~ Gente, mals, mas eu vou ir agora! Vou tentar passar minha madruga tentando escrever algo, isso se não me mandarem ir dormir :v Isso é bem provável :v Beijos sonolentos e ~fui~
PS: Me avisem qualquer error aí, por favor! Eu sinto que nesse capitulo acabei vacilando em algumas coisas~