Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 23
Tenho preocupações demais para uma menininha de 15 anos!


Notas iniciais do capítulo

E aí meus súditos? Tudo bom? Não falei pra vocês que ia ter muito mais tempo pra escrever agora? Pra provar isso eu tô aqui! Trazendo mais de um capitulo só hoje! Mas como eu sempre digo, não se acostumem hein? :v Não tenho muito o que dizer aqui, já falei demais no ultimo capitulo :v Mas enfim, nós nos vemos lá embaixo!



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Eu estava no meio de uma longa conversa. E com longa eu quero dizer que demorou mais que os anúncios do Youtube, o reiniciar do PC, a pipoca de micro-ondas ficar pronta, propaganda politica, e até mesmo mais que a espera de vocês por um capitulo novo de M.A.S! Ok, não vamos exagerar tanto assim, mas demorou e muito! Do que eu tô falando? Do sermão dos meus pais! Depois de um tempo os irmão Agreste tiveram que ir para a casa depois de jantar aqui com a gente, pois obviamente, estava muito tarde. E assim que se viram sozinhos comigo e com a Bridg meus pais trataram de ir logo perguntando o que estava acontecendo e disseram que era melhor dizer a verdade dessa vez. Pais tem sempre uma habilidade de descobrir quando você está mentindo sobre algo muito importante certo? Veja bem, meus pais são uns doces, mas nem por isso deixam de ser pais. Quando contamos a verdade, depois de sermos muito pressionadas, eles surtaram. Nem eu nem a Bridg pudemos falar mais nada porque só se ouvia a voz deles discursando, sem parar por um segundo sequer para respirar, passando aquele sermão sem fim na gente. O que mais me surpreendeu é que eles não pareciam nervosos pela filhinha deles estar gravida e sim por ela não ter contado antes. Depois de tanto falar sobre como mentir para os pais é errado eles completaram dizendo que se a Bridgette tivesse falado antes eles poderiam ter ajudado, que passar por uma coisa dessas sozinha era difícil e que eles queriam que nós duas confiássemos neles. Bom, no fim meus pais se mostraram os doces que eles sempre são nos dando um grande abraço em família. Eles disseram que seria melhor conversarmos mais outra hora porque já estava tarde e tínhamos que ir dormir pra acordar cedo. No fim, não tínhamos o menor motivo pra esconder aquilo dos nossos pais, eles sempre são nosso maior apoio certo? No dia seguinte eu acordei com um estranho peso nas costas, como se estivesse esquecendo de um problema grave. Isso era estranho. Tudo aquilo com a gravidez da minha irmã e os meus pais já não tinha se resolvido ontem, então o que estava me afligindo? Quando cheguei na escola foi como se o meus problemas me acertassem na minha cabeça, literalmente. Eu estava entrando no pátio quando Rose Lavillant passou correndo e esbarrou em mim fazendo eu cair no chão deitada como uma idiota, assim que ela percebeu isso voltou, ainda correndo, pra tentar me ajudar a levantar e acabou se atrapalhando mais ainda deixando um livro de História cair na minha cabeça. Eu me levantei, com o corpo um pouco dolorido e ela me pediu desculpas umas mil vezes. Eu aceitei, claro, Rose era muito gentil pra ter feito aquilo de proposito. Ela insistiu em me levar para a enfermaria, dizendo que eu talvez tivesse quebrado um osso, mas eu falei que estava tudo bem, e consegui acalmar ela, que estava muito afobada e super sem-graça pelo que aconteceu. Por fim perguntei o porquê da correria toda e ela pareceu se lembrar de algo importante.

— Ah é mesmo! – Ela exclamou, com os grandes olhos azuis arregalados. – Eu estava indo pra biblioteca para encontrar a Juleka! Nós duas vamos terminar de revisar o conteúdo da prova lá! Obrigada por me lembrar Mari! E me desculpe de novo!

— Não, não! Sem problemas. – Sorri e acenei pra ela que voltou a correr. – Meu Deus! – Eu exclamei pra mim mesma.

Como eu podia ter esquecido daquela maldita prova! Claro depois de tudo aquilo que aconteceu com a minha irmã, o discurso dos meus pais e tudo, eu me esqueci completamente! Será que meus estudos com o Adrien tinham sido mesmo suficientes para eu fazer aquela prova? Olhei ao redor e todo mundo estava com a cara enfiada nos livros estudando, e isso começou a me fazer duvidar de que eu seria mesmo capaz de fazer aquela prova. E se eu tirasse uma nota baixa? Eu não só ferraria mim mesma, como ferraria a Alya junto comigo também! Mas também tinha a possibilidade de ela não ter estudado o suficiente e me ferrar! Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus! E então eu ouvi o som estridente e irritante do sinal indicando que deveríamos ir para as salas. Droga, droga, droga! Eu não tive tempo nem de dar uma olhadinha no caderno! O melhor mesmo seria correr pra não perder a prova agora não é? Então eu fui para a sala o mais rápido que pude e logo me sentei na carteira. A professora Olivier já se encontrava sentada na sua mesa, fingindo ler um livro sobre física quântica por algum motivo, mas quando eu entrei pude perceber que dentro dele se encontrava um livro de piadas, e ela estava tentando fazer cara séria e conter as risadinhas, mas não estava conseguindo muito bem. Olhei ao redor e percebi que poucos alunos estavam dentro da sala, então possivelmente a professora iria esperar mais um pouco para entregar as provas, o que me daria tempo para reler alguma anotação. Bom, isso ou ela simplesmente iria se distrair do trabalho com o seu livro de piadas, mas de qualquer jeito eu teria mais tempo. Abri meu caderno de História e comecei a reler as coisas em que eu tinha um pouco mais de dificuldade, até que mais alunos foram chegando e a senhorita Olivier pareceu se lembrar de que tinha que trabalhar e se levantou tentando fazer pose de séria, o que, convenhamos, ela nunca conseguia fazer muito bem, e começou a falar sobre a prova e como deveria ser feita: ”Blá,blá,blá, só tem questões fechadas, blá,blá,blá passar caneta em todas, e... Ah, vocês estudam aqui! Já sabem o que fazer né? Então boa prova aí!” ela literalmente falou isso e saiu entregando as provas pra gente sem se importar com mais nada, parecia ansiosa para voltar ao seu livro cômico, digo, de física quântica. E, eu não estou exagerando, aquela prova parecia não ter fim! Era uma questão mais complexa que a outra e cada vez que eu virava uma pagina parecia que surgiam mais outras dez! Eu não sei quantas horas ficamos fazendo aquilo, eu tinha perdido a noção do tempo. Naquele dia não tivemos recreio, pois cada minuto seria dedicado a tal prova. Ninguém podia olhar ao redor, mas não precisávamos disso para sentir o ar tenso que se instalava ali. Todos aqueles alunos nervosos, preocupados com as notas, alguns batendo o lápis repetidamente na mesa de madeira, outros batendo o pé no chão, e alguns outros tamborilando os dedos pela mesa... Aquilo tudo junto estava me fazendo ficar mais nervosa ainda. Eu tinha travado, me deu um branco e eu encarei a prova sem entender nada, aquilo tudo parecia estar escrito em árabe! Eu estava me desesperando de verdade, quando me lembrei do Adrien. Ele tinha se esforçado tanto para me ensinar, o que eu diria a ele quando perguntasse sobre o resultado da prova? “Ah, me desculpa gatinho, eu fodi a prova que você custou tanto pra me ensinar e de quebra ainda afundei minha amiga junto! Não fica com raiva por eu ter desperdiçado o seu tempo, tá bom?”. Não! Com certeza eu não diria isso! Eu queria demonstrar que eu tinha estudado com ele pra valer, e que, sim, o esforço dele pra me ajudar valeu a pena! Eu não poderia passar uma vergonha dessas de falar aquilo lá pra ele! Eu iria dar tudo de mim nessa prova de verdade!

Com o passar do tempo cada questão começou a parecer mais simples. Eu lia com mais atenção, tentava me concentrar mais um pouco, e pluft! Eu me lembrava de que o Adrien tinha dito algo como aquilo ali! Por incrível que pareça eu fui a primeira a terminar a prova. Eu caminhei de maneira confiante até a mesa da senhorita Olivier e fiquei parada na frente dela esperando ela notar a minha presença. Ela parecia estar em outro planeta. Eu tive a brilhante ideia de bater na mesa dela pra chamar sua atenção. Dei dois soquinhos que reproduziram o típico som de “Toc toc” e ela levantou o olhar pra mim meio surpresa. Me encarou por um momento em silencio sem falar nada e depois eu vi um brilho passar por seus olhos. Então com o maior sorriso do mundo ela perguntou:

— Quem é?

Eu encarei ela meio confusa, mas logo entendi. Eu tinha reproduzido um som de “Toc toc”. Ela estava segurando aquele livro de piadas. Será que ela esperava que eu contasse alguma? Bem, todo aquele meu convívio com as piadas do meu gatinho deve ter me influenciado por que eu respondi:

— Peggy.

— Peggy quem? – Ela falou, o seu sorriso só aumentando, os seus olhos brilhando cada vez mais.

— Peggy esta prova e me dê uma boa nota! – falei, não contendo o sorrisinho na cara pensando no Adrien me fazendo um sinal de aprovação pela péssima piada, mas que com certeza pra ele seria incrivelmente boa. Dois segundo depois se ouviu uma explosão de gargalhadas vindas da Alice. Ela tinha mesmo gostado daquilo? Bom, pelo sinal encontrei a irmã gêmeo do Agreste então, porque ela não conseguia parar de rir, algumas lagrima já brotavam ao lado dos seus olhos. Pode parecer exagero, mas ela parecia mesmo ter gostado. Os outros alunos nos encaravam confusos. Eu dei um copo de agua que tinha na mesa da professora e ela bebeu, se acalmando, mas ainda me olhando com um sorriso divertido.

— Ah, depois dessa você merece fechar a prova Dupain Cheng! – Ela disse divertida. – Mas me diga, eu não sabia que gostava de piadas assim!

— Eu não gosto tanto professora, mas acabo sendo influenciada por um certo alguém. – Eu falei lhe entregando a prova.

— Ora, ora! Quem diria! A nossa Marinette, tão quietinha e com cara de boazinha tem “um certo alguém”! – Ela fez aspas com os dedos e me encarou com um sorriso de canto. – Eu conheço?

— Não sei. – falei dando de ombros.

— E tenho chance de conhecer? – Perguntou.

— Quem sabe? – Eu falei novamente, agora fazendo uma expressão de mistério que a divertiu.

— Huhu, certo,certo. Agora a senhorita vai ter que esperar lá fora, no pátio, na biblioteca, ou sei lá! É só para não passar cola pra ninguém hein mocinha! E também não podemos te liberar mais cedo! – Ela explicou guardando minha prova em uma pasta.

— Está bem. – Falei saindo e ela voltou-se ao seu livro.

Eu estava indo em direção a biblioteca pra ver se podia usar algum dos computadores, para distrair a cabeça na internet, quando parei ao ver um anuncio um tanto quanto familiar no quadro de avisos. Possivelmente Alya tinha passado ali mais cedo e deixado ele lá. Se tratava do folheto da Miraculous que estava colado ali. Eu encarei a data estampada em letras coloridas no papel. Aquilo ficou preso na minha cabeça pelo resto do meu intervalo pessoal. Dançar, cantar e tudo isso na frente de muita gente. É parece que não consigo passar um segundo da minha vida sem ter que me preocupar com alguma coisa, e isso é impressionante se contarmos que sou uma simples adolescente de 15 anos! Tãos poucos dias e tão pouco treino. Eu então tomei a decisão de que assim que chegasse em casa voltaria a dançar e cantar.


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Notas finais do capítulo

Capitulo foi bem curtinho dessa vez. Foi mais uma coisa em que eu me inspirei na minha vida: a minha preocupação exagerada com provas. Pois é senhoras e senhores, Marinette me representando, provavelmente por isso o capitulo saiu confuso desse jeito heh Bom, eu não sei bem mais o que falar :v O meu Twitter vocês já devem ter decorado! @FantyDetermined E agora estarei a sair para trabalhar em uma one-shot esperta pra vocês *-* beijinhos e ~fui~