Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 21
Digo a verdade. Marinette e Cinderela são sinônimos. Adrinette e Ladynoir.


Notas iniciais do capítulo

E aí meus súditos? Tudo bom? Depois de séculos eu apareço para dar o ar da graça com um capitulo cheio de reviravoltas. Ou sei lá, eu pelo mesmo queria criar umas reviravoltas, mas saiu isso aí que vocês vão ler. Espero que gostem! e espero que me perdoem pela demora! Nós nos vemos lá em baixo!



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Tudo do que eu me lembro era do mundo girar ao meu redor e depois ficar preto. E então agora eu abri meus olhos. Eu tentei me levantar, mas parece que minha cabeça explodiria se eu o fizesse então permaneci deitada encarando o teto. Ah, e eu conhecia aquele teto. Era o teto do meu quarto. Como eu vim para aqui?

— Eu te trouxe pra cá. – Eu ouvi alguém dizer. Virei meu rosto para o lado pra ver quem era. Por incrível que pareça era Marinette. Ela estava com os braços cruzados e uma expressão séria, sentada em uma cadeira ao lado da cama.

— Mas... O que? – Eu não consegui nem formular uma frase inteira. Minha voz saiu baixinha, mas ela pareceu ouvir. Finalmente consegui me sentar e encostar as costas na cabeceira da cama.

— Eu e o Adrien saímos do quarto e vimos você caída no corredor. Chamamos o Felix, estávamos todos desesperados. Eu resolvi te trazer pra casa o mais rápido o possível pro papai e a mamãe ligarem pro nosso médico, mas parece que não vai precisar mais já que você já levantou. – Ela explicou ainda bem séria. – Bridgitte o que está acontecendo?

— Como “O que está acontecendo?”? Eu desmaiei. Isso é uma coisa normal. –Eu falei soltando uma risada. A Mari não podia descobrir. Ninguém podia.

— Não, não é. Você está agindo de um jeito estranho faz um tempão! Aconteceu alguma coisa e você vai me dizer o que é, e vai me dizer agora! – Ela falou em um tom de voz alto que me assustou um pouco. Aquilo não era comum pra minha irmãzinha mais nova. Ela suspirou. – Bridg, eu estou preocupada! Por favor, me diz o que está acontecendo com você! Eu me importo com você assim como todo mundo! Diz o que está acontecendo.

Meu rosto se contorceu em uma careta de dúvida involuntariamente. Eu não queria contar, não podia. Mas saber que a Mari estava assim tão preocupada me deixava com nojo de mim mesma por esconder algo assim. E, além disso, minha irmã ia descobrir uma hora ou outra, e guardar aquilo só pra mim estava me matando.

— Mari me promete que você não vai surtar? – Pedi baixinho.

— Prometo. – Ela falou.

— E promete que não vai contar isso pra ninguém, nem para o nossos pais! – Eu falei bem séria dessa vez.

— Prometo, Bridg, eu prometo. – Mari disse.

Eu respirei fundo. Não sabia se estava pronta pra dizer isso pra qualquer um que fosse, mas era agora.

— Eu tô grávida. – Falei a encarando atentamente para não perder uma reação dela. Primeiro seus olhos se arregalaram, depois sua boca se abriu, seu rosto se contorceu em uma feição de espanto e ela começou a balbuciar palavras sem nexo. – Você disse que não ia surtar!

— Mas é impossível não surtar! – Ela falou ainda com o rosto do mesmo jeito. – Qua-quando? Co-como? E-eu vou ser tia? É menino ou menina? Por que você não contou? Qual o nome? O- Ela começou a falar sem parar e eu já não entendia mais nada.

— Hey, calma aí! Uma pergunta de cada vez ok? – Eu falei e ela se calou, mas ainda parecia inquieta. –Quando e como, bom acho que são coisas que você não vai querer saber. Não quero estragar sua inocência, mas quando você crescer eu posso te explicar de onde veem os bebês irmãzinha. – Eu disse com um sorriso de canto e a cara da Mari ficou totalmente vermelha. Eu ri da situação, ela deveria estar imaginando mil e uma coisas. – Sim, você vai ser tia, ah não ser que não seja minha irmã. Eu não faço ideia do sexo do bebê, então por enquanto ele não tem um nome. – Eu falei deixando por ultimo a pergunta mais difícil. Respirei fundo umas quinhentas vezes e comecei a explicar pra ela tudo. Sobre as minhas dúvidas, minha falta de segurança, meu medo... Tudo. Marinette estava concentrada, como uma boa ouvinte não perdia uma coisa que eu falava e parecia nem sequer piscar. Chegou um momento em que eu não aguentei e comecei a chorar. Chorar muito. Demorou um pouco, mas ela conseguiu me acalmar e me abraçou.

— Mari o que eu vou fazer? – Eu perguntei, a voz tremula assim como o meu corpo.

— Você não está pensando em abortar, esta? Meu Deus do céu Bridg, você não vai fazer uma coisa dessas!- Ela falou em um tom agudo assustada.

— O que? De jeito nenhum Marinette! Enlouqueceu? Eu nunca faria isso com o meu próprio bebê! Apesar de todas essas minhas dúvidas eu ainda amo ele, ok?- Falei um pouco exaltada.

— O Felix sabe? – Perguntou de repente.

— Não e nem vai saber! – Eu falei rápido. Só de pensar naquilo meu coração acelerava.

— Mas Bridgitte, como você pode esconder do Felix que ele vai ser pai? –Marinette falou meio indignada.

— Na verdade Mari essa é uma questão bem simples! – Comecei a explicar. – É só você não falar absolutamente nada e ele não vai descobrir.

— Ah, então você vai mentir e vai me fazer mentir também? – Ela perguntou ironicamente.

— Eu não estou dizendo pra você mentir! Eu só quero dizer: “Fica quieta!” ok? – Eu falei meio sussurrando.

— Por que está sussurrando? – Ela falou sussurrando também.

— Eu não faço a mínima ideia! – Eu sussurrei de novo.

— Essa gravidez está te deixando pirada! – Ela disse por fim rindo, e eu acabei fazendo o mesmo. – Eu estou indo.

— Indo pra onde? – Perguntei vendo ela se levantar.

— Falar com o Felix. – Ela disse. – Ele está lá na sala esperando você acordar.

— Ah, Mari... Por favor, não diga pra ele! Você prometeu! – Eu choraminguei.

— Desculpe mana, eu vou ter que contar para ele que você está tão preocupada com a faculdade de gastronomia que está se sentindo pressionada e acabou desmaiando por pensar demais nas provas, nos trabalhos, e em tudo mais. – Ela falou séria.

Eu demorei alguns segundos processando aquilo até que finalmente entendi que minha irmã iria mentir por mim. E até que ela tinha inventado uma historinha bem convincente, diga-se de passagem.

— Ahhhh! Mari eu amo você! – Falei com o maior sorriso da vida.

— Eu sei. – Ela falou piscando e saiu, indo contar uma mentirinha básica para o Felix.

...

Ah, vamos lá, que mal há em forçar sua irmã a mentir para o seu namorado sobre você estar grávida? Nenhum né? E eu não vou ficar com a consciência pesada ou coisa do tipo. Está tudo bem. Está tudo bem. Ninguém vai morrer por uma coisinha dessas né? Hahha..Haha...ha... Ai meu Deus essa coisa de esconder gravidez é tão difícil.

— Bridg? – Eu ouvi uma voz familiar me chamar. Olhei pra porta e meu Felix estava lá, com aquela carinha de sério disfarçando a preocupação que eu sei que ele estava sentindo.

— Oi. – Falei sorrindo amarelo.

— A Marinette me contou sobre a faculdade. – Ele disse sentando na cama do meu lado.

— É? – Perguntei mesmo sabendo que sim.

— É. – Ele confirmou. – Quer conversar?

— Não...- Eu falei e era verdade. – Eu quero um abraço.

Ele sorriu gentilmente, e oh meu Jesus Cristo, aquilo sim é uma coisa rara. Ele se aproximou de mim e me puxou pra um abraço terno, eu deitei minha cabeça no ombro dele. Aquele cheiro dele era tão bom... Tão inebriante. Eu me sentia perdida, mas sabia que mesmo sem ele saber da verdade, Felix estaria ali por mim, e aquilo me fazia sorrir.

— Eu te amo. Está tudo bem ok? – Ele sussurrou fazendo um cafuné no meu cabelo.

— O-ok. – Eu falei meio incerta. – Eu também te amo Felix. Te amo muito.

Eu senti ele se afastando um pouco de mim só pra depois segurar meu rosto pelo queixo e me beijar de um jeito calmo, como se me dissesse que iria ficar tudo bem, só que dessa vez sem usar palavras. Eu passei meus braços pelo pescoço dele e ele passou os dele pela minha cintura. Paramos um pouco para respirar e colamos nossas testas uma na outra, e em questão de segundos tomei seus lábios pra mim com uma velocidade que até me deixou impressionada. E assim ficamos. Só naquela boa troca de carinho. E naquele momento eu pensei que tudo ficaria bem...

P.O.V Marinette

Felix já tinha ido consolar a minha irmã pelos “problemas na faculdade” dela á uns dez minutos. Eu esperava que minha irmã se sentisse melhor com isso, afinal aquilo era um assunto bem mais sério do que eu poderia pensar. Eu estava sentada no sofá da sala. Meus pais estavam na cozinha conversando de um jeito sério, o que indicava que com toda certeza eles já tinha notado que aquilo que eu tinha falado da faculdade era mentira, afinal são os meus pais. Eles notaram que eu estava mentindo, mas iam esperar pra falar comigo e com a minha irmã mais tarde, quando nós estivéssemos sozinhos. Adrien estava sentado ao meu lado, preocupado. Ele tinha insistido pra eu falar com ele direito o que estava acontecendo, confesso que o que eu disse foi meio vago. Eu só repeti o que eu já tinha explicado antes me sentindo um pouco mal por mentir pro Adrien também, mas o que eu podia fazer? Ele é o irmão do Felix, com certeza ia acabar contando por saber que uma gravidez é a algo muito, muito sério.

— Você acha que vai conseguir fazer aquela prova amanhã sem problemas? – Ele puxou assunto depois de um tempinho em silencio.

— Acho que sim. Eu tive um bom professor. – Falei cutucando a bochecha dele.

— Eu sou bom em tudo querida. – Ele falou com aquele sorriso exibido.

— Eu definitivamente tenho que parar de ficar aumentando esse seu ego! – Falei rindo.

Ele deu um sorriso e ficou em silencio. Eu o encarei pra ver o que tinha acontecido e notei que ele estava me encarando fixamente. Pra ser mais especifica ele estava olhando pra minha boca sem nem tentar disfarçar. Eu revirei os olhos.

— Está querendo alguma coisa aqui Adrien? – Perguntei ironicamente colocando o dedo nos meus lábios.

 - Como adivinhou? – Ele falou colocando as mãos no meu rosto me puxando pra perto. Eu automaticamente corei.

— A-adrien! E-esp-pera! Meus pais estão na cozinha! –Eu gaguejei.

— E daí? – Ele falou com aquele sorrisinho de gato.

— E-eu não estou a fim de que eles nos vejam... – Eu corei mais ainda. – Você sabe!

— Ah Mari eles estão lá na cozinha... – Ele reclamou fazendo biquinho igual uma criança.

— M-mas- Humpf! –Eu não consegui falar nada antes mesmo de eu perceber ele já estava me beijando. E, bem eu não poderia, muito menos queria, reclamar daquilo, mas mesmo assim corei tanto que acho que na história da humanidade ninguém nunca vai conseguir corar mais que eu. Ok vocês devem estar pensando “Ah, mas vocês já se beijaram antes!”, mas só pensam isso porque não é com vocês que está acontecendo! Os beijos do Adrien são uma coisa difícil de explicar, parecia ser a primeira vez que nós nos beijávamos, tinha toda aquela sensação de que no mundo só estávamos eu e ele e tudo mais. Era tão bom, era tão magico. Aquele simples toque me fez esquecer de tudo que entes era um problema! Eu não queria saber da prova, eu não queria saber de dançar, eu não queria saber de mais nada nesse mundo! Pra mim o que mais importava era os lábios dele nos meus. Mas claro que a magia nunca durava pra sempre. Cinderela é um exemplo disso e eu sou outro: Com ele foram badaladas de um relógio, comigo fleshs de uma câmera. Eu e Adrien nos separamos mais que imediatamente e olhamos para a direção de onde vinham os malditos fleshs. Meus pais estavam tirando fotos nossas, com aqueles sorrisinhos de quem shippa muito. Caramba não tem como descrever de quantas cores o meu rosto ficou de tanta vergonha que eu tive naquela hora. Primeiro o vermelho que já estava fez questão de aumentar mais ainda, depois eu acho que era branco, aí fiquei amarela e quando eu ia ficar verde eles se pronunciaram.

— Ah não se preocupem! Finjam que não estamos aqui e continuem! –Minha mãe disse com aquele tom adorável de sempre.

Antes de eu poder falar qualquer coisa que fosse Adrien fez questão de me deixar mais envergonhada ainda quando falou:

— Com toda certeza senhora Dupain Cheng. – E voltou a me beijar, dessa vez só um selinhos, mas não era como se por isso eu fosse ficar menos sem graça, afinal meus pais estavam bem ali do lado! Tirando outra foto ainda por cima, ah e sem esquecer que eles estavam falando um “Ooooooooooowwwwnttttt” super longo.

— Vocês ficam tão fofos juntos! – Minha mãe disse depois que nós nos separamos do beijo pela falta de ar. – Deviam até ter um nome do casal! Não acha Tom?

— Com certeza! Hum, acho que deveria ser “Adrinette” certo? – Meu pai falou.

— Verdade! – Adrien falou rindo. De repente sentimos um cheirinho um pouco estranho.

— Ai não! O jantar deve estar queimando! – Minha mãe falou correndo pra cozinha seguida pelo meu pai.

—Nós devíamos nos preocupar com isso? – Adrien perguntou se referindo ao jantar.

— Nah, eles sempre se distraem! Já estão acostumados a deixar as coisas queimarem de vez enquanto. – Eu ri. – Eles conseguem resolver.

— Então... Acho que “Ladynoir” também seria muito bom. – Adrien falou e eu fiquei sem entender nada.

— Hein? – Falei confusa.

— O nome do casal. – Ele explicou. – Acho que “Ladynoir” também se encaixa perfeitamente afinal você é a minha ladybug e eu sou o seu chat noir não é mesmo?

— É. – Eu falei e puxei ele pra um abraço aconchegante. – É verdade meu gatinho.


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Notas finais do capítulo

Então vamos á uma coisa que eu queria pedir pra vocês! "Ai rainha vc só vem pra pedir coisas!" Sim eu só venho pra pedi coisas! Huahaueheueheuh mas em fim, quero que vocês façam perguntas! Mas eu quero perguntas criativas! Logo vou avisar que não vou responder perguntas do tipo "Qual seu nome?" "Qual sua idade?" tá? Quero que sejam criativos a nível de súditos da Rainha dos Fantasma, afinal é o que você são não é mesmo? O que eu vou fazer com as perguntas? Bom, eu vou selecionar as melhores e fazer um capitulo especial! Por que? Porque eu sei que o próximo vai demorar e muito e sei que você estão morrendo de saudades da sua rainha né? :vvvvv Sei que não, isso foi ironia. Em fim, tô com um pouco de pressa, mas como sempre vou mandar os seus merecidos beijinhos e ~fui~
Ah, não esqueçam o Twitter! @FantyDetermined