Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 19
Participo de uma guerra de travesseiros! Bridg e suas esquisitices. Camisas... Ou melhor a falta delas.


Notas iniciais do capítulo

E aí meus súditos? Sim! Eu estou aqui! Não é uma ilusão! Desculpa pela demora, sério >3< Bom, vocês devem estar bem ansiosos pra ler, então não vou ficar enrolando aqui! Nós nos vemos lá embaixo!



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Vamos lá, vamos lá, ligue o rádio
É sexta à noite e eu não vou demorar
Tenho que fazer o cabelo, passar minha maquiagem
É sexta à noite e eu não vou demorar

Eu tinha me posicionado em frente a um espelho no meu quarto. A porta estava trancada.  O som ecoava por todo o ambiente. Eu cantava e dançava, treinando, me preparando para a noite de inauguração do Miraculous que estava próxima. O dia estava bem quente então eu tinha ligado o ventilador, e isso até que deu um efeito legal por que meus cabelos ficaram se mexendo pra lá e pra cá.

Até eu cair na pista de dança
Cair na pista de dança
Já tenho tudo de que preciso
Eu não tenho dinheiro
Eu não tenho dinheiro
Mas eu tenho você, baby

Meus pais estavam na padaria e minha irmã - que hoje de manhã insistiu que estava bem – estava na mansão Agreste. Eu estava sozinha então não corria o risco de ninguém me ver ou ouvir. Eu me pergunto como vou cantar para tanta gente... Respirei fundo e voltei a me concentrar na música.

Querido, eu não preciso de notas de dólar para me divertir essa noite
(Eu amo emoções baratas)
Querido, eu não preciso de notas de dólar para me divertir essa noite
(Eu amo emoções baratas)
Mas eu não preciso de dinheiro
Contanto que eu possa sentir a batida
Eu não preciso de dinheiro
Contanto que eu siga dançando

Eu me mexia para lá e para cá no ritmo da música. Aquilo era bom, eu me sentia livre. E era ótimo ter essa sensação de liberdade mesmo que por uns poucos minutos, afinal minha cabeça estava cheia demais esses dias.

Vamos lá, vamos lá, ligue o rádio
É sábado e eu não vou demorar
Tenho que pintar minhas unhas, calçar os saltos
É sábado e eu não vou demorar

Meu corpo agia por vontade própria. Parecia já saber o que fazer. Todo o estresse e qualquer outra coisa não me atingiam enquanto eu cantava e dançava trajada com a minha roupa vermelha e preta.

Até eu cair na pista de dança
Cair na pista de dança
Já tenho tudo de que preciso
Eu não tenho dinheiro
Eu não tenho dinheiro
Mas eu tenho você, baby

Eu espero que continue assim quando for ter que me apresentar. Não quero decepcionar o pessoal e muito menos passar vergonha na frente de várias e várias pessoas.

Querido, eu não preciso de notas de dólar para me divertir essa noite
(Eu amo emoções baratas)
Querido, eu não preciso de notas de dólar para me divertir essa noite
(Eu amo emoções baratas)
Mas eu não preciso de dinheiro
Contanto que eu possa sentir a batida
Eu não preciso de dinheiro
Contanto que eu siga dançando

(Eu amo emoções baratas)
(Eu amo emoções baratas)
Eu não preciso de dinheiro
Contanto que eu possa sentir a batida
Eu não preciso de dinheiro
Contanto que eu siga dançando
Oh, oh

Meu celular tocou me despertando do meu mundinho de liberdade. Eu pausei a música e fui procurar o aparelho. Peguei o celular e atendi. Era a Alya. Ela me pediu pra ir até a casa dela. Pelo tom de voz Alya estava empolgada. Eu perguntei o porquê e a única coisa que ela me disse foi “Vem rápido!”. Eu, totalmente curiosa, saí rapidamente e com uns poucos minutos já estava dentro do quarto da Alya.

— Me diga logo o que é! –Eu falei. A animação dela tinha se manifestado em mim também.

— Está bem, olha só pra isso aqui! – Alya puxou um papel da mesa do computador e praticamente esfregou na minha cara. Eu me afastei um pouco para poder ver. Era um panfleto. Um anuncio da Miraculous. Estava incrível! Tinha umas fontes muito legais e umas fotos do lugar e o que me deixou mais nervosa... A data. Seria daqui a uma semana. Eu fiquei pálida.

— Alya... Você acha que eu consigo mesmo cantar e dançar na frente de todo o publico? Quer dizer olha só pra mim! Eu desmaiei ontem depois que você e o Nino saíram e me deixaram sozinha com o Adrien! –Eu comecei a falar tudo muito rápido.

— Hey, calma! Mari você é ótima! Não tem motivo pra ficar nervosa. Eu já te vi dançar e cantar! Foi incrível! Não se preocupa com nada disso tá? – Ela disse colocando as mãos nos meus ombros de um jeito reconfortante.

— Está bem. – Eu falei com um sorriso. Mas eu sabia que não tinha nada bem ali.

— Mas e aí, ficou sabendo? – Alya perguntou se sentando na cama dela.

— O que foi dessa vez? – Perguntei sentando na cadeira do computador.

— Espera... Você não sabe mesmo? – Alya disse espantada.

— Do que você tá falando? – Perguntei ficando confusa.

— Meu Deus do céu Marinette! Você não prestou atenção em nada que os alunos estavam comentando hoje não é? – Ela riu.

— Aí Alya fala logo! – Eu reclamei.

— Quer saber? Não vou contar. Descubra por si mesma. – Ela disse fazendo drama.

— Ai Alya fala que agora eu tô curiosa! – Eu disse e por algum motivo aquilo estava me deixando ansiosa. Eu até me esqueci da preocupação com cantar e dançar na frente de todo o publico da Miraculous.

— Nope! – Ela disse com um sorrisinho de canto.

— Diga! – Eu me levantei e peguei um dos travesseiros dela. – Se não me dizer vai levar bomba!

— Está me ameaçando Dupain Cheng? – Ela levantou também segurando um travesseiro.

— Não é só uma ameaça. – E com essa frase começamos uma guerra de travesseiros. Eu sei que talvez seja infantilidade, mas o que posso fazer? Quando estamos com os nossos amigos nós nos tornamos seres completamente loucos, não é mesmo?

Depois de um tempo acabamos nos cansando e nos jogamos no chão mesmo. Deu um empate. Sempre dava empate.

— E então... – Comecei meio arfando.

— O que foi? – Ela respondeu do mesmo jeito.

— Vai me contar agora? – Perguntei.

— De jeito nenhum! –Ela deu um sorrisinho me provocando.

— Ah sua filha da mãe! – bati meu travesseiro na cara dela.

— Ah, mas cê vai ficar sabendo amanhã mesmo. Vou fazer drama até lá! – Ela falou e eu me silenciei. Amanhã? O que tinha amanhã?  - Ok, não consigo conter minha língua por muito tempo. Estão especulando que amanhã vai ter uma super prova surpresa de todas as matérias!

— O QUE? –Gritei.

— É isso mesmo garota! E eu tipo estou muito ansiosa pra ver a cara de todo mundo! Imagina que hilário quando verem que é verdade e que ninguém sabe nada! – Ela riu.

— Alya... – Eu sussurrei.

— Sim? – Ela falou.

— EU NÃO SEI DE NADA!- Gritei.

— Ih fudeu. – Ela disse ficando pálida.

— Por quê? – Eu falei, por que ela estaria assim se quem não sabe de nada sou eu?

— Por que tão dizendo que a nota vai ser divida entre os pares de alunos que sentam juntos, mas as provas são separadas! Se você tirar uma nota baixa a minha vai ser diminuída também! –Ela falou ficando desesperada.

— Por que diabos os professores fizeram isso? – Eu falei ficando agitada.

— Por que eles são demônios cruéis! – Ela resmungou. – Ok, eu ouvi que é algo do tipo “ Trabalhar em equipe” ou sei lá o que...

— Mas não vamos fazer as provas juntas! Como isso pode ser “Trabalho de equipe”? -  Reclamei.

— E eu sei lá! Nunca se sabe o que se passa na mente dos professores! –Alya suspirou.

— Amiga estuda comigo! – Eu pedi.

— Não dá, eu prometi pro Nino que vou estudar com ele! E duvido um pouco que você queira ficar de vela... De novo. – Ela falou e eu me lembrei da ultima vez que fomos estudar juntos e os dois ficaram com um amorzinho entre si e eu fiquei sobrando. Foi terrível.

— Tem razão... – Suspirei. – O que eu faço?

— Como assim? Não é obvio? Agora você tem uma desculpa pra ver o seu Adrien! –Ela disse sorrindo.

— Alya. – Eu chamei.

— Fala. – Ela disse.

— Eu amo você, amiga! – Eu falei animada e dei um abraço nela.

— Eu sei. – Ela riu. – Mas agora vai por que o Nino já tá chegando!

— Sim senhora! –Eu ri e assim fui embora.

Eu estava em casa depois e um bom banho no meu quarto esperando a resposta pra uma mensagem.

Adrien vc tá livre hj?

Eu estava perdendo as esperanças quando vi que ele visualizou.

Desculpa a demora my Lady tava em uma sessão de fotos. Agr eu tô sim pq?

Tá em casa?

Yep.

Tô indo pra aí agr!

Hein? Aconteceu alguma coisa? Mari? Mari? Marinette Dupain Cheng! Ah pq eu ainda tento ? ‘¬3¬

Eu estava com muita pressa pra estudar, então nem me dei ao trabalho de explicar o porquê de eu estar indo pra casa dele com tanta pressa. Ok, admito que em parte também era por que eu estava doida pra ver ele. Simplesmente peguei todos os meus livros, coloquei na mochila – que inclusive ficou bem pesada – e saí de casa correndo. Apesar de a Mansão Agreste ser bem longe eu consegui chegar lá em um flash. Eu nem sequer precisei tocar a companhia por que Bridgitte e Felix estavam no jardim e abriram o portão pra mim.  Eu notei uma coisa bem esquisita: minha irmã estava sentada debaixo de uma árvore comendo nada mais nada menos que uma belíssima sopa. Sim. Estávamos em um calor infernal e ela estava devorando um prato de SOPA!  

— Mas os que – Eu sussurrei.

— Eu também estranhei. – Felix falou reparando na minha feição confusa. –Do nada ela foi pra cozinha e eu segui ela sem entender nada. Ela tirou uma panela, uns talheres e uns ingredientes e colocou tudo na mesa bem na minha frente e me mandou cozinhar pra ela.  Eu achei que fosse uma piada por que afinal por qual motivo ela que faz curso de gastronomia me mandaria cozinhar? Ela me olhou brava e disse que eu tinha que ser um bom namorado e fazer as coisas pra ela. Aí eu perguntei o que ela queria e ela disse “Sopa. Sopa de mandioca.”. Eu não sabia nem o que era uma mandioca e muito menos se tinha isso em casa. Ela me fez sair e comprar! Eu tive que andar meio mundo! Aí eu voltei e fui fazer a maldita sopa. Eu quase botei fogo na cozinha. Eu fiz a sopa e ela ficou uma merda, mas a Bridgitte adorou. Esse já é o quarto prato que ela come daquele treco! A sua irmã tá doente ou o que?

— Eu não tenho ideia! – Eu falei encarando a Bridgitte que nem ligou para estarmos falando dela ao seu lado. Ela me ofereceu sopa. Eu recusei e fui para dentro da mansão antes que ela me fizesse comer a força. Nunca se sabe né? Do jeito que ela tá esquisita é melhor prevenir. Eu fui andando. Natalie, a secretaria, me cumprimentou. Eu fiquei muito feliz por ela saber meu nome. Me pergunto quem a disse... Será que o Adrien fala de mim? Eu fiquei um pouco corada e dei um sorriso, provavelmente estava com cara de idiota. Fui andando até chegar na porta do quarto do Adrien. Eu não tinha escutado som nenhum vindo de lá e estranhei isso. Eu  bati três vezes, sem resposta. Então eu entrei e fechei a porta atrás de mim. Não tinha nenhum sinal de vida lá dentro. Eu já ia sair quando senti meu corpo ser empurrado e escutei um “BÚUUUUU!” bem alto. Caí sentada na cama do Adrien e o mesmo pulou em cima de mim em um abraço apertado. Eu ri da atitude infantil dele.

— E então my Lady, o que aconteceu? –Ele perguntou se sentando ao meu lado.

— Ah, eu tenho que... Que... Que... Que... Que... Que... Que... Que... Que... – Eu me perdi completamente nas palavras. Meu cérebro pifou e eu fiquei repetindo “Que” como um disco arranhado. Só depois que ele se afastou um pouco de mim para se sentar eu fui perceber que ele estava sem camisa. Meu rosto ficou mais vermelho que o cabelo da Alya. Eu queria desviar o olhar do abdômen sarado dele, mas não conseguia. Era inevitável ficar encarando.

— Que o que princesa? – Ele perguntou com um sorrisinho de canto. – Vamos lá, o que houve? O gato comeu a sua língua? – Perguntou rindo.

— Eu tenho que estudar! É isso! – Eu consegui falar finalmente. Eu tinha fechado os olhos por um segundo e agora eu não o encarava diretamente.

— E veio na minha casa pra estudar? – Ele falou sorridente.

— É que eu preciso da sua ajuda. Você pode me ajudar né? –Eu perguntei fazendo um olhar de cachorrinho pidão, ou melhor, dizendo joaninha pidona. Ele corou.

— Meu Deus como consegue ser tão linda? – Ele sussurrou olhando para o teto.

— V-vai me ajudar o-ou não? –Gaguejei ruborizada pelo elogio repentino.

— Sei não hein Marinette... –Ele voltou ao costumeiro sorriso de canto. – Isso tá meio suspeito, não?

— Como assim? – O encarei sem entender.

— É que quando uma menina vai na casa de um menino e eles se gostam a ultima coisa que pensam em fazer é estudar! –Ele falou.

— Adrien! – Eu consegui ficar mais vermelha que antes. – Sem comentários pervertidos, por favor!

— Eu não disse nada de mais. Quem maliciou foi você! – Ele fez carinha de inocente.

— Claro... Acho que eu estou andando demais com más influencias do tipo você! – Eu cruzei os braços e virei meu rosto tentando esconder as minhas bochechas vermelhas, totalmente em vão.

— Então my Lady... Sobre aqueles estudos. – Ele começou. – Do que precisa?

—Vai mesmo me ajudar? –Perguntei.

— E eu diria não pra dama mais bonita desse mundo? –Ele perguntou sarcasticamente.

— E-então v-vamos estudar.- Falei gaguejando pelo elogio inesperado.

Eu retirei meus materiais da mochila e coloquei sobre a cama. Pela quantidade de matéria que eu tinha e não sabia nós ficaríamos ali por um loooooongo tempo.

*

Eu não conseguia me concentrar de jeito nenhum. Já estávamos estudando há 20 minutos e eu não ouvia uma palavra que saia da boca do Adrien, por que estava concentrada em outra coisa: o tanquinho dele. Céus! Eu nunca conseguiria estudar com uma coisa daquelas prendendo a minha atenção!

— Adrien chega! – Eu falei fechando os olhos com força.

— Hein? Já tá bom dessa matéria? Ok, podemos passar pra outra. – Ele falou indo pegar outro livro.

— Não! Eu não quis dizer “chega da matéria” é só que... Você não poderia... Uh... Colocar uma camisa? – Eu falei totalmente sem jeito e sem olhar para o rosto dele.

Ele pareceu não entender de imediato, mas quando olhou pra meu rosto vermelho deve ter entendido. Ele começou a rir.

— Quer dizer que meu abdômen está tirando a sua atenção? – Ele perguntou sorrindo pra me provocar. Ele segurou o meu rosto pelo meu queixo me fazendo olhar diretamente nos olhos dele. – Não vai me dizer não Princesa?

— S-s-s-s-s-será que você não pode só vestir uma roupa sem me fazer perguntas constrangedoras? – Eu gaguejei e muito.

— Nop. – Ele sorriu mais ainda. – Se não me responder eu não vou vestir camisa nenhuma.

Eu respirei fundo e soltei.

— Sim Adrien! A porcaria do seu tanquinho sarado está me tirando a atenção! Vista uma camisa! – Resmunguei.

— Não tô afim não. Tá muito calor hoje. – Ele disse soltando o meu rosto e se deitando na cama com a cabeça no meu colo.

— Folgado. – Reclamei empurrando ele que caiu no chão.

— Ouch! Isso doeu! – Reclamou se levantando.

— Você merece. Agora obedeça a sua dona, seu gatinho malcriado! – Eu falei apontando para o closet dele.

— Ok, ok. Você venceu. – Ele reclamou e foi pro closet. Voltou alguns minutinhos depois vestindo uma camiseta verde com uma patinha de gato preta na região peitoral. – Então senhora mandona, consegue estudar agora?

— É. Acho que sim. – Eu falei pegando um livro e entregando pra ele.

— Muito bem. Vamos aos estudos minha joaninha!- Ele falou sorridente.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu queria falar umas mil coisas aqui pra vocês,mas acho que agora não dá por causar de uns.... Probleminhas ( lê-se minha onee-chan insuportável está aqui me mandando sair pra ela ir ver Naruto.) Bom, como não vou poder dizer muito aqui então é melhor vocês me perguntarem tudo nos comentários 'u' Ah e antes que eu me esqueça agora eu tenho um Twitter! Me sigam lá pra saberem novidades de Minha Amada Stalker e sobre outros projetos meus! Provavelmente vou acabar soltando um spoiler ou outro por lá e.e
Então me sigam: @FantyDetermined
Beijinhos e fui~