Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 12
Durmo durante as aulas e recebo um pequeno castigo por isso. Ferroadas de uma abelha e mordidas de uma raposa. Vestido rasgado 2.0


Notas iniciais do capítulo

E aí meus súditos! Tudo bom com vocês? Comigo não. Cara eu vou ter 2 provas amanhã e para completar a maravilhosidade do meu dia eu recebo uma advertência do Nyah! Por que? Não tem aquela coisa de Nyahtuber? Digamos que não deu muito certo... Em fim nós nos vemos lá em baixo.



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Eu quase entrei em desespero só de ver que a saia do vestido estava quase toda solta do corpete na parte de trás. Quase, por que eu sou uma designer de moda! Eu facilmente poderia consertar aquilo!

—Está tudo bem papai! Eu posso consertar isso. –Falei sorrindo.

—Que bom querida, mas você não acha que já está meio tarde? –Ele perguntou e eu olhei no relógio. 21:45.

—Não está tão tarde assim pai. Vai dar tempo de eu consertar o vestido. –Eu falei.

—Está bem só não vá dormir muito tarde.- Ele disse e me deu um abraço. –Boa noite.

—Boa noite pai. –Eu falei e ele saiu. –Muito bem, agora somos eu e você senhor vestido... –Eu ia começar a pegar os meus matérias de costura, mas meu celular tocou e eu tive que atender. – Alô?

—Oi Mari! Era tudo mesmo verdade?- Era Alya se referindo ao namoro da Bridg e do Felix. Quando eu contei toda a história daqueles dois pra ela ficou bem surpresa, e claro que curiosa como ela é ela queria ficar sabendo de cada novidade sobre eles.  

—Era sim. Eu realmente me surpreendi. Mas e aí? Como ficaram as coisas aí do clube?

—Está tudo ok por enquanto. Nós vamos decorar com moveis usados já que não temos dinheiro o suficiente pra comprar decoração. Vamos espalhar uns pufes que eram do Adrien para as pessoas poderem se sentar quando se cansarem de dançar.

—Pufes do Adrien?

É sim. Ele tá conversando com o Nino pelo Skype. Nino tá aqui na minha casa. Adrien disse que tem vários pufes na casa dele que ninguém usa mais e que a gente pode usar no clube. Achamos que é melhor todos ajudarem com alguma coisa.

—Bom, eu acho que não tenho nada que dá pra usar no clube... Mas eu tenho um dinheirinho que estou juntando e ainda não sei o que fazer com ele. Que tal todos nós juntarmos pra comprar um jogo de luzes e aquelas maquinas de fumaça?

—É uma ótima ideia! Nós precisamos marcar também os horários em que o clube vai funcionar...

Eu a Alya ficamos conversando por bastante tempo. Organizamos horários para o clube, dias em que ia funcionar, dividimos algumas tarefas do tipo limpeza e organização e também distribuição de panfletos de divulgação e muitas outras coisas. Nino já tinha ido para a casa dele. Alya estava com a voz meio sonolenta. Eu bocejei.

Amiga eu acho que já está meio tarde...

—Tem razão. Acho que vou ir dormir agora. Boa noite...

—Boa noite.

Alya desligou e eu olhei as horas. 23:56.

—Muito bem Marinete. Tomar um banho e depois hora de dormir. –Falei pra mim mesma.

Peguei meu pijama e uma toalha e fui em direção ao banheiro. Durante todo o banho e fiquei com uma sensação incomoda, como se eu tivesse algo muito importante pra fazer e estivesse esquecendo. Vesti meu pijama e de repente o rosto de Adrien veio a minha mente. Será que ele também pensava em mim? Será que ele estava tão ansioso para a festa de amanhã como eu estava? Ah, a festa de amanhã...  Eu já me imaginava como a Cinderela entrando no salão e dançando com o lindo príncipe Adrien... Ele estaria incrivelmente perfeito vestido de forma formal e eu estaria com o meu lindo vestido que eu mesma fiz e... AI CARAMBA O VESTIDO! Sai correndo até o meu quarto e encarei o vestido rasgado que estava na minha cama. Eu estava tão distraída que esqueci dele! Peguei rapidamente agulha, linha e o resto do meu material de costura e comecei a costurar. Eu estava morrendo de sono e isso fez com que eu espetasse a agulha no dedo varias e varias vezes. Eu quase dormi em cima do vestido, mas eu tinha que terminar ele. Pensar no Adrien me animava a continuar. Depois de muito tempo aquele vestido ficou pronto. Eu voltei a encarar o relógio. 2:33 da madrugada. Eu guardei o vestido no guarda-roupa e praticamente desmaiei em cima da cama.   

No dia seguinte eu estava semimorta na escola. Eu ouvi Chloe Bourgeois falando em alto e claramente algo como “A zumbi Dupain Cheng ataca novamente” e sua amiga Sabrina Raincomprix riu e algumas outras pessoas da sala também deram uma risadinha. Pra falar a verdade eu não estava nem aí, mas Alya parecia não pensar do mesmo jeito. Quando eu me sentei ao lado da morena ela me olhou seria e perguntou:

 -E aí amiga? Não vai falar nada com aquela loira não? –Ela perguntou cruzando os braços.

—Ai Alya, deixa ela pra lá. Eu só quero dormir... –Resmunguei deitando a cabeça sobre a mesa. A professora ainda não tinha chegado então eu ainda podia descansar um pouquinho.

— Marinette por que está com essa cara? – Nino que estava sentado na carteira da frente se virou pra trás e me olhou meio espantado.

—Eu dormi tarde ontem a noite, Nino. Eu tive que consertar um vestido meu para a festa de hoje à noite. - Eu expliquei. Adrien tinha convidado Nino e Alya, mas os dois não iam poder ir por que já tinham marcado um encontro hoje a noite.

—Você podia ter feito isso hoje. – Alya falou me olhando meio preocupada. – Vai ter que passar maquiagem pra disfarçar essas olheiras na festa.

—Mas hoje eu vou ter que organizar outras coisas, como os sapatos, joias... Tenho que estar vestida de modo mais que perfeito! –Eu falei com medo de vestir qualquer coisa e passar vergonha.

De repente a porta da sala de aula foi aberta e Lila Rossi entrou exibindo um sorriso orgulhoso. Eu acho que não tinha citado isso, mas desde o dia em que ela teve aquela briga com Adrien ela andava meio cabisbaixa e não falava com ninguém, mas hoje ela estava completamente diferente. Ela parou com a mão na cintura na frente da carteira da Chloe e mostrou um papel para ela.

—Olha só filhinha do prefeito. Parece que não tem motivos pra se gabar. Eu também tenho um. – Lila falou e desfilou até a sua carteira com um sorriso exibido.

—Mas eu não acredito... Como aquela modelinha nojenta de quinta conseguiu um? – Chloe perguntou mais pra si mesma que para outra pessoa.

—Mas do que será que as patricinhas estavam falando? – Alya sussurrou pra mim.

—E eu sei lá. Essas duas são esquisitas demais. – Eu sussurrei de volta.

A porta da sala foi aberta de novo e dessa vez era a professora. As aulas se passaram e eu estava morrendo de sono. Não consegui entender quase nada. Quando a professora falava alguma coisa importante Alya me dava um tapinha no ombro meio que sinalizando para eu prestar atenção. Eu dormi durante o recreio todo e fui a primeira a ser queimada no jogo de queimado durante a educação física. A última aula seria com uma professora nova. Eu fiquei um pouco curiosa para saber quem seria então tentei ficar acordada. O diretor entrou na sala de aula junto de uma mulher meio baixinha de cabelos e olhos castanhos presos em um coque.

—Bom dia turma. Eu creio que já sabiam que vão ter uma nova professora, certo? – O diretor perguntou e a turma respondeu em coro um “Sim” – Muito bem. Essa é a senhorita Alice Olivier. Ela será a sua nova professora de literatura.

— É um prazer conhecer vocês! – A mulher sorriu, mas ela parecia um pouco cansada. Assim como eu ela parecia estar com sono.

— Senhorita Olivier vou deixar você com a turma. Qualquer problema pode me avisar. – O diretor falou e saiu.

—Então está bem... O que vocês gostam de ler? – A professora perguntou se sentando na cadeira.

— Quadrinhos de super-heróis! – Alya falou e a turma riu.

— Eu também adoro HQs!- A senhorita Olivier disse animada.

—Eu prefiro revistas de moda... – Lila falou.

—Acho que já te vi em uma... Lila Rossi né? Revistas de moda são ótimas também! – A professora ficou conversando com os alunos sobre suas preferencias de leitura por um tempo. Até que ela nos levou até a biblioteca. – Muito bem. Cada um de vocês vai pegar algum livro, revista ou coisa assim aqui da biblioteca. Vão descrever o que gostaram neles e explicar o porquê, e o que não gostaram e como isso poderia ser melhorado. Qualquer duvida me chamem. Esse exercício vai valer 2,0 pontos! – A professora pegou um livro de uma prateleira e se sentou em uma mesa e começou a folear ele.

Como a senhorita Olivier estava distraída, eu resolvi aproveitar para descansar um pouco. Eu me debrucei sobre uma mesa que estava um pouco mais afastada das outras e comecei a cochilar. De repente eu senti uma mão me balançando e me levantei rapidamente.

—Senhorita Dupain Cheng, certo?- Era a professora- A aula acabou. Onde está a sua atividade?

—Eu, er ah hum... – Céus, era o meu primeiro dia com aquela professora e eu já ia causar uma péssima primeira impressão com ela. E, além disso, perder 2,0 pontos!

—Dormiu durante a aula toda né? Eu queria poder fazer isso... – A professora sussurrou a ultima parte- Bem senhorita Dupain Cheng, esta era uma atividade avaliativa! Não posso simplesmente deixar uma aluna perder dois pontos! Vai ter que fazer a atividade agora.

— Senhorita Olivier, eu não posso te entregar amanhã? Eu tenho coisas importantes pra fazer hoje de tarde! – Eu olhei pra ela de forma suplicante.

—Infelizmente não. Seria errado com os seus colegas. A senhorita Rossi me falou que você estava dormindo aqui e eu não posso deixar passar. -A professora explicou e eu fiquei muito irritada. Se aquela Lila não tivesse contado que eu tinha dormido na aula eu poderia sair de fininho e inventar uma desculpa, como por exemplo, que eu não tinha conseguido terminar o dever e simplesmente entregar amanhã!- É o meu primeiro dia aqui e eu não quero parecer uma professora mole demais, sabe?  Eu custei pra arranjar esse emprego. – A professora suspirou.

Eu senti um pouco de pena dela. Ela parecia ter perdido muitas noites de sono, será que ela ficava preocupada com a vaga de emprego e não conseguia dormir de noite? Eu só falei que iria fazer o dever e fui procurar um livro. Eu fiquei um bom tempo tentando escrever alguma coisa. Quando eu terminei fui falar com a professora que estava sentada do meu lado e percebi que ela estava dormindo.

—Ah, senhorita Olivier... – Chamei ela e balancei o braço dela.

— Pão de queijo... – Ela resmungou. Eu balancei ela de novo e ela levantou me encarando meio assustada – Aí caramba! Eu dormi?

—Sim... – Eu falei.

—Sou um péssimo exemplo- Ela riu. – Pode não contar isso pra ninguém?

— Claro. – Eu ri – Aqui está o meu dever.

— Muito bem senhorita Dupain Cheng. – Ela pegou a folha e guardou na bolsa dela junto com as dos meus colegas. – Está liberada.

Eu me despedi da professora e saí da escola. Olhei no relógio do meu celular. 15:00. Eu saí correndo até a minha casa e minha mãe me encarou meio preocupada quando cheguei na padaria.

—Marinette! Onde estava? Eu e seu pai estávamos ficando preocupados. –Ela falou.

Eu expliquei pra minha mãe o que tinha acontecido e ela fez um breve discurso sobre responsabilidade e me mandou ir dormir. Eu falei pra ela que tinha que ver as coisas dos meus acessórios, mas ela simplesmente disse que veria isso pra mim e que se eu não fosse dormir não ia poder ir para a festa. Eu suspirei derrotada e fui dormir depois de fazer os meus deveres da escola. Acordei com a minha irmã me balançando.

—Marinette! Levanta! Já está quase na hora da festa!- Ela falou.

— Ai meu Deus!- Eu me levantei e corri até o banheiro. Tomei um bom banho e voltei para o meu quarto, enrolada em uma toalha.

As coisas que eu deveria usar já estavam em cima da minha cama. Minha mãe tinha mesmo achado coisas que combinavam com o meu vestido. Coloquei tudo que tinha que colocar e fiz uma maquiagem que não deixaria ninguém notar as minhas olheiras. Minha mãe me chamou dizendo que todos já estavam no carro e eu corri até lá. Partimos então em direção a mansão Agreste. Quando chegamos eu fiquei deslumbrada. Ninguém nunca iria pensar que aquela festa tinha sido planejada no dia anterior. A decoração, a música, a comida, estava tudo simplesmente mais que perfeito! A senhora Agreste sabia como dar uma festa. Eu também fiquei impressionada com o tamanho da mansão. Aquele lugar deveria ser incrível até sem aquela decoração toda. Outra coisa incrível: os convidados. Eu só via as pessoas mais ricas de toda Paris naquele lugar! Modelos, atores, cantores, milionários, políticos... Eu comecei a me sentir sem lugar. Então era com essas pessoas que Adrien convivia? Eu não tinha a menor chance com ele. Eu percebia isso só de olhar para as garotas que estavam ali. De repente o meu vestido feito por mim mesma deixou de parecer assim tão impressionante... Eu fui tirada daquele transe por uma mão que estava estendida para mim.

—Boa noite! Você é a irmãzinha da Bridgitte, não é mesmo? – Uma mulher alta e loira me encarava com um sorriso. Eu não sabia quem era ela, mas para não ser mal educada a cumprimentei de volta.

— É, eu sou a Marinette.– Falei sorrindo. Quando ela sorriu de volta eu notei uma semelhança entre o sorriso dela com o sorriso de alguém que eu conhecia. – A senhora é a Senhora Agreste?

—Sou sim! Ah, você não faz ideia do quanto eu ouvi falar de você nos últimos dias! – Ela falou caminhando ao meu lado até uma mesa onde o restante da minha família estava.

—Ouviu falar de mim? – Perguntei.

—É! O Adrien estava falando bastan- Ela ia falar alguma coisa, mas foi interrompida.

—Mãe! – Adrien apareceu do lado dela meio nervoso.

— Que foi querido? – Ela perguntou olhando para ele que só olhou pra ela como se ela estivesse fazendo algo errado. – Ok, já entendi. Nada de falar disso. – A mulher riu. – Eu vou ir me sentar ali e vocês podem ficar sozinhos. – Ela falou e se sentou junto com a minha família. Felix e o Senhor Agreste, que eu sabia como era por ser meu estilista favorito, estavam sentados com a minha família também.

—Mãe...- Adrien suspirou e se virou pra mim. – Boa noite Marinette.

—Boa noite Adrien... – Eu sorri e finalmente notei como ele estava. Meu Santo Deus... Eu vou desmaiar. Adrien estava muito, mas muito, mas muito lindo mesmo! Aquele terno preto, o cabelo penteado para trás... O meu vestido azul bebê “de princesa” parecia um saco de batatas perto daquilo!

—Marinette, você vai atrair formigas pra festa. – Adrien falou seriamente.

—Hein?- Eu falei confusa.

—Por que você tá um docinho. Entendeu? Docinho, formigas... Entendeu? – Ele falou entre risadas.

—Céus Adrien! Que piada horrível! – Eu ri.

— Tenho muito mais de onde essa saiu, my lady. – Ele falou beijando a minha mão. – Posso ficar contando elas a noite toda!

—Não ouse... – Eu brinquei.

— Eu sou um gato rebelde, não vou acatar essa ordem princesa. – Ele falou com um sorrisinho de canto.

— Está bem gatinho. Faça o que quiser. – Eu falei rindo um pouco.

— Oh, isso é uma permissão para fazer o que eu quiser? Sou um cara bem sortudo. – Ele falou e segurou a minha mão e me puxou até uma pista onde as pessoas estavam dançando uma dança lenta. – Sabe dançar música lenta?

—Na ve-verdade nã-não... – Eu falei meio corada.

—Miauravilha! Vou te ensinar! – Ele falou e colocou a minha mão sobre o ombro dele e segurou a outra, uma das mãos dele veio parar na minha cintura, o que me fez corar mais que tudo. – Você faz assim, assim e assim. – Ele falava indicando alguns passos.

Em alguns poucos minutos eu já estava dançando com Adrien normalmente. Claro, eu ainda estava bem corada por que a mão dele estava na minha cintura, mas fora isso eu estava agindo um pouco normalmente.

—Você tá tão bonita... – Adrien sussurrou de repente.

— Vo-vo-vo-vo-vo-cê acha?- Perguntei extremamente corada.

—Claro.- Ele sorriu. – Quando você entrou meu pai ficou um pouco curioso sobre o seu vestido. Ele raramente se impressiona com alguma peça de roupa. De que marca é?

—Na verdade fui eu que fiz. – Eu falei.

—Uau, Marinette! Você é muito talentosa. – Adrien falou e me fez girar.

— O que posso dizer, sou uma garota de muitos talentos. – Eu brinquei.

—Engraçadinha. – Ele riu da minha referencia ao que ele tinha dito ontem. – Vamos montar uma banda? – Adrien perguntou do nada.

— Como assim Adrien? – Eu perguntei rindo do assunto que ele tinha puxado do nada.

— Eu toco fome. - Ele riu. – Entendeu? É por que-

—Sim Adrien, eu entendi. - Eu ri. – Meu Deus você acha essas piadas engraçadas mesmo?

—Primeiramente: Eu não acho engraçada, todo mundo acha engraçada! A piada é muito engraçada! – Adrien falou me encarando sério. – E segundamente: não foi só uma piada, eu tô com fome mesmo. – Ele falou caminhando para fora da pista de dança. – Fica aqui. Vou pegar alguma coisa para a gente.

— Está bem. – Eu falei e esperei ele.

—Ora, ora se não é a Zé-ninguém-Dupain-Cheng... - Eu ouvi uma voz falando atrás de mim e me virei. Chloe Bourgeois. – O que você estava fazendo perto do meu Adrien? – Ela perguntou irritada.

— Que eu saiba o Adrien não tem dona. – Falei rindo, até por que o mesmo se dizia um gato de rua.

—Você não conhece ele. Eu sou namorada dele desde que éramos crianças!- Chloe falou. – Mas agora como se não bastasse àquela nojenta da Lila Rossi vem você tentar roubar o meu homem? – Chloe falou me olhando como se eu fosse um lixo – Com ela eu até aceito competir, afinal ela é rica está quase no mesmo nível que eu, mas com você? Ah, por favor, isso é patético! Você só conhece o Adrien por causa da sua irmã não é mesmo? Eu não entendo como o Felix foi querer uma garota-padeira, mas o Adrien tem mais classe e eu duvido muito que ele vai cometer o mesmo erro!

—Opa, opa, espera aí! De mim você pode falar o que quiser, por que eu não ligo. Mas falar da minha irmã já é diferente! – Eu falei nervosa. – Com que direito a senhorita nariz em pé acha que pode falar da Bridgitte?

—Com o direito de filha do prefeito. Eu posso falar de todos que moram nessa cidade, por que essa cidade é minha! – Ela falou sorrindo orgulhosamente.

—Primeiro essa cidade não é sua Chloe. Se toca. Segundo o seu vestido está sujo de alguma coisa.- Eu falei encarando a mancha inexistente no vestido dela.

—O que? Sujo? Como ninguém me avisou? Adrien não pode me ver assim! Ninguém pode me ver assim! Argh! Eu tenho que sair daqui! Céus que vergonha! – Ela saiu correndo até o que eu acho que seria o banheiro.

—Ah, graças a Deus. Por enquanto me livrei dessa peste. – Eu suspirei aliviada.  

Loirinha sem-noção. Que tipo de ser humano vai na festa de um casal do qual não gosta? Mas o que ela tinha falado me incomodava um pouco. Claro que o Felix tinha ficado com a Bridgitte, mas eles são completamente feitos um para o outro! E além disso a Bridg já se sente completamente habituada a esse ambiente da família dos Agreste. Eu olhei ao redor e vi ela junto com o Felix conversando com um casal de ricaços. Bridgitte agia completamente natural. Se eu estivesse ali com o Adrien eu iria parecer uma total idiota. Apesar de serem pessoas terríveis, Lila e Chloe tinham uma coisa que eu nunca iria ter: classe. As duas já tinham nascido em uma família rica então já eram acostumadas com aquilo tudo. Mesmo que de alguma forma eu e Adrien começássemos a namorar aquilo nunca daria certo. Eu nunca ia conseguir ser uma namorada boa o suficiente pra ele. Eu abaixei a cabeça.

—Desculpe a demora, my lady. Eu não sabia do que você iria gostar então eu trouxe um... De cada. O que aconteceu? Por que está triste? – Adrien perguntou chegando perto de mim. Ele estava carregando uma bandeja cheia de docinhos.

—Nada! Uau quantos doces! – Eu falei tentando mudar de assunto.

—Mari, aconteceu alguma coisa não aconteceu? – Ele perguntou sério.

—Adrien, eu não quero falar disso. – Falei sinceramente. – É serio.

—Marinette, eu sei que não nos conhecemos há muito tempo, mas você pode confiar em mim. Não precisa ter medo. É só falar. –Ele disse pegando um docinho da bandeja e comendo.

— Adrien, eu não quero falar. Serio. Vamos mudar de assunto. – Eu falei séria.

—Ok, mas se você quiser falar depois eu tô aqui pra isso. – Ele falou e me entregou um docinho. - Come. Tá muito bom. –Ele falou sorrindo.

—Adrien... Obrigada. – Eu falei pegando o docinho e comendo.

—Pelo docinho? – Ele me olhou divertido.

—Não seu gato bobo! Por entender que eu não quero falar sobre isso. – Eu falei rindo.

—Ora, meu nome é Adrien, mas pode me chamar de Alceu. – Ele falou com um sorrisinho maroto. Eu sabia que iria me arrepender, mas tive que perguntar:

—Por quê?

—Por que eu estou “Alceu” dispor! – Ele piscou.

—Credo rapaz! Você parece aquele tio que só vai na festa da família de Natal pra perguntar se o pavê é “Pavê  ou pacumê”. – Eu falei rindo.

—Eu ainda vou ser esse tio. Só estou esperando o Felix e a Bridgitte terem um filho para eu me tornar o tiozão das piadas! Me aguarde Marinette. – Ele falou com cara de suspense.

Eu ri. A partir daquele momento Adrien não parou mais de fazer piadas.

—Tá, essa você vai achar engraçada! – Adrien falou depois que terminamos de comer os docinhos e ele entregou a bandeja para um garçom.

—Fala, Adrien. –Eu disse revirando os olhos.

—Um homem chega de uma viagem e fica numa pousada. Quando ele entra no quarto resolve mandar uma mensagem para a mulher dele. Ao mandar a mensagem o homem tinha trocado um número e mensagem acabou indo para uma viúva que tinha acabado de perder o marido. Ao ler a mensagem a viúva desmaiou. A mensagem dizia: “Amor cheguei em paz. Você vem na semana que vem, já reservei seu lugar. Trás pouca roupa por que aqui tá um calor dos infernos.”  - Adrien contou e começou a rir. – Essa foi de matar né não? – Ele riu mais ainda.

—Depois dessa eu vou ali cometer suicídio. – Eu falei revirando os olhos e soltando uma risadinha.

—Vai não senhora. Se for pra quem eu conto as minhas piadas? – Ele brincou.

— Tem razão. Eu sou muito importante pra morrer. – Eu falei imitando o narcisismo dele.

—Sim, você é muito importante pra mim my lady- Ele falou beijando a minha mão. Eu corei. Muito. Muito mesmo. – Mari, cê tá bem? Seu rosto tá vermelho.

—Eu tô bem sim. Acho que estou com vontade de ir no banheiro! Onde é o banheiro?- Perguntei rapidamente e por sorte não gaguejei.

— Toda vez que você fica estranha tem vontade de ir no banheiro? – Ele perguntou rindo. –O banheiro é ali. – Ele apontou para uma porta em um canto do salão onde tinha uma daquelas plaquinhas de “feminino”.

—Vocês têm banheiros femininos e masculinos como em salões de festa de verdade? – Perguntei impressionada.

—Só no andar de baixo. – Ele disse.

— E então... Eu vou ir lá. – Falei saindo rapidamente.

Eu entrei no banheiro que era mesmo como um banheiro de salão de festas. Eu fiquei lá dentro um pouquinho pra Adrien não desconfiar que eu estava simplesmente fugindo e dessa vez eu lavei as mãos, por que nunca se sabe né? Eu saí do banheiro e passei os olhos pelo salão para procurar Adrien. De repente parece que a atenção de todo mundo foi para a porta de entrada. Eu olhei para ver o que estava acontecendo e fiquei bem surpresa. Lila Rossi estava caminhando elegantemente pelo salão junto com a família dela. Depois de cumprimentar a família Agreste e a minha família Lila veio calmamente na minha direção. Eu pensei em entrar no banheiro novamente, mas antes que eu o fizesse a italiana já estava na minha frente com um sorriso pretensioso colado aos lábios.

—Olá Marieta. – Ela falou ironicamente.

—Ma-ri-ne-tte. – Soletrei. – Não é tão difícil de falar assim. Até você consegue. Vamos lá! Tente!- Eu falei sarcasticamente.

—Está muito metida pra quem está vestida desse jeito. Céus que vestido horroroso! – Lila falou com cara de nojo. – O meu foi desenhado pelo próprio Gabriel Agreste!- Ela se exibiu.

—E o meu foi elogiado pelo próprio Gabriel Agreste. E olhe só que maravilha! Fui eu mesma que fiz! –Eu falei girando com o meu vestido.

—Quem foi que te disse que o senhor Agreste elogiou essa coisa? – Ela perguntou sorrindo de canto.

—Adrien me disse. – Eu falei sorridente.

—Adrien tem pena de você. – Ela afirmou.

—Antes pena do que raiva não é mesmo? Por que, que eu saiba, da ultima vez que vocês se viram brigaram. – Falei irônica. – Uma pena não é mesmo?

—Pena? Pena é esse rasgo enorme no seu vestido. – Ela falou e eu olhei para o meu vestido.

—Não está rasgado. – Eu falei olhando para aquela maluca.

—Não? Agora está!- Ela falou pisando forte na parte de trás do meu vestido e a parte que estava rasgada ontem a noite voltou a se rasgar. A saia estava solta do corpete atrás. Eu segurei a parte de trás da saia rapidamente. –Quando você girou eu notei que estava mal costurado na parte de trás então não jogue a culpa em mim. Isso foi incompetência sua. – Ela falou rindo.

—Sua vadia. – Eu resmunguei.

—Até mais Dupain Cheng. Aprecie o novo modelo do seu vestido. – Ela saiu desfilando.

Eu me encostei na parede perto do banheiro para ninguém ver aquilo. Meu rosto estava queimando de vergonha. Eu iria ficar ali pelo resto da festa. Eu desejei de todo o coração que ninguém viesse falar comigo, para ninguém ver aquela coisa. Mas principalmente eu desejei que o Adrien não viesse me ver daquele jeito.

—Que o Adrien não venha aqui, que o Adrien não venha aqui, que o Adrien não venha aqui, que o Adrien não venha aqui, que o Adrien não venha aqui, que o Adrien não venha aqui, que o Adrien não venh- Eu estava sussurrando pra mim mesma, quando do nada senti uma mão no meu ombro.

—Nossa princesa, obrigado pela consideração. – Era Adrien com um sorrisinho de canto- Posso saber porque essa menina bonita não quer me ver?


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Notas finais do capítulo

Então meus súditos, é isso. Eu quero todo mundo jogando energia positiva e torcendo para que a Rainha tire uma nota boa nas provas de amanha, tá ok? Qualquer erro me avisem, beijinhos e ~fui~