Le Sobriété de Pouvoir escrita por Megara


Capítulo 5
S01C05 - Uma Corajosa... Nuvem?


Notas iniciais do capítulo

Olá, serumaninhosss ♥
Amo todos vocês, mesmo! MESMO QUE POUCAS PESSOAS COMENTEM!
Acho que vocês vão cair duros no chão quando terminarem de ler esse capítulo kkkjkj
Se vocês notarem bem, sempre que eu respondo os comentários eu posto um capítulo logo depois, então parece um prelúdio de Camila mesmo. Fiquem atentas e atentos, moças e moços. -espero que tenham moços, pq até hoje nenhum comentou; tenho esperança!
Mandem seus feedbacks! Era sério aquele negócio de movida a reviews!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/703073/chapter/5

— Qual casa você acha que vai cair?

A pergunta de Ginny deixou Florence curiosa. Estavam ambas deitadas no gramado da propriedade Weasley e antes conversavam sobre nuvens; de todos os tamanhos e formatos. Mas estavam caladas por algum tempo e Ginny havia quebrado o silêncio.

— Quer dizer... eu, como Weasley, criaria o apocalipse se entrasse em qualquer outra casa senão Grifinória. Mesmo os Prewett têm bruxos grifinórios a quatro gerações. Mas... e você? O que acha?

— Grifinória! Não me acha corajosa suficiente? – Respondeu Florence sorrindo, em tom de brincadeira. – Olhe! – A Dursley apontava para uma nuvem em específico logo acima das garotas. – Não parece um bravo leão?

Ginny não via nada em nuvens senão um amontoado de água que parecia com algodões, mas sorriu abertamente para a amiga e concordou.

 

Os dias n’A Toca nunca pareciam entediantes; sempre diferentes, com aventuras no gramado, risadas ao luar e brincadeiras ao amanhecer. Parecia o paraíso para Florence, e também para Harry, e ambos não queriam que o tempo passasse rápido. Mas passou.

Como em um piscar de olhos, as férias estavam em seu fim, e uma vida eletrizante esperava Florence em Hogwarts. A garota não admitiria nem a si mesma, mas estava com medo do desconhecido. Uma escola nova com o um novo jeito de viver; a mudança aterrorizava um pouco a garota.

Mesmo com aquela preocupação martelando um pouco em sua cabeça, Florence ainda não deixou de achar o último dia de férias um dos melhores que teve em toda a vida.

Naquele último dia de agosto, a Sra. Weasley e as duas garotas prepararam um jantar grandioso que incluiu os pratos favoritos de todos, terminando com duas sobremesas incríveis: um pudim de caramelo e uma torta de limão, ambos de dar água na boca. A noite terminou com uma queima de fogos Filibusteiro protagonizada por Fred e George e todos foram para a cama depois do último chocolate quente das férias.

A manhã seguinte não fora tão calma quanto a véspera. Por mais que todos tivessem levantado junto com o sol naquele dia, pareciam mais atarefados que nunca. A Sra. Weasley estava mal-humorada; parecia que ninguém havia arrumado as malas com antecedência e procuravam meias desaparelhadas pela casa. As pessoas não cansavam de trombar pelos corredores e nas escadas meio-vestidos e com comida às mãos.

Florence e Ginny estavam ambas no quarto da Weasley, e, mesmo tendo terminado de arrumar as malas a algum tempo, pareciam mais desesperadas que nunca.

— Não consigo achar Nahla! – Falou Florence, ela olhava por todos os cantos, abaixava-se para ver debaixo dos móveis e olhara por todo lugar, mas nada de encontrar a gata bicolor.

— Encontrei Arnold dentro da gaveta de meias; o último lugar que resolvi olhar – Respondeu Ginny, enquanto ajudava a amiga. – Onde não procuramos ainda?

— A sua cama, mas já olhei debaixo dela. Nahla não está...

— Aqui?

Ginny olhou divertida para Florence, segurando, enfim, a gata travessa no colo. Florence olhou incrédula para Nahla, reparando em sua cor em tom de rosa escuro; exatamente a mesma da colcha da cama da Weasley.

— Obrigada, Ginny. –Florence agradeceu, já ralhando com a gata enquanto acariciava suas orelhas pontudinhas. – Vamos descer logo antes que sua mãe enfarte. Não se esqueça do seu diário, garota boba.

Depois de completamente organizadas, Florence e Ginny desceram as escadas correndo. A garota Dursley por um momento ficou confusa ao lembrar-se de que a família Weasley possuía apenas um carro; e haviam nove pessoas para embarcar. Quando passaram pela cozinha, onde os pratos sujos se lavavam sozinhos, Florence se repreendeu mentalmente pela burrice; a resposta era magia.

Quando, finalmente, todos estavam embarcados no carro, a Sra. Weasley, com os braços ao redor de Ginny e Florence no banco da frente, olhou para trás e perguntou:

— Todos acomodados? – A resposta foi um aceno coletivo. – Ninguém esqueceu nada, certo?

— Fred, George – Exclamou Florence, olhando também para trás. – Não pretendiam levar aquela caixa multicolorida, não? Eu também vi uma vassoura encostada perto dali...

Os gêmeos empurraram Harry do caminho e pularam fora do carro mais rápidos que pássaros, voltando alguns minutos depois, um com uma caixa em mãos e o outro acompanhado de uma vassoura.

— Obrigada, loirinha. – Disse Fred. Florence não sabia como, mas depois de algum tempo de convivência descobrira que Friedrich Weasley tinha uma irritante mania de levantar uma única sobrancelha, às vezes, enquanto George levantava ambas.

— Prontos agora, família? – O carro arrancou depois da resposta.

Incrivelmente, chegaram em King’s Cross muito antes do horário de partida do trem; faltavam ainda quarenta minutos. O Sr. Weasley atravessou a rua assobiando e pegou alguns carrinhos de mão para bagagens, e todos seguiram para a plataforma 9 ¾ pontualmente.

Florence nunca havia tomado o trem para Hogwarts, mas sabia que a amiga já havia levado os irmãos muitas vezes para a estação. Olhando outros trens que partiam envolta deles, a loira se voltou para a ruiva e perguntou:

— Então, onde é a plataforma?

Mal andaram alguns passos e Ginny apontou para uma parede concreta de tijolos. – Ali. É mágica, assim os trouxas não veem o que não devem. Temos que atravessar a barreira.

A parte lógica e analítica do cérebro de Florence interpretou bem a informação, mas a outra parte não lidou bem com o fato que a garota precisaria bater de frente com uma parede em um lugar apinhado de gente. Barreira que, inclusive, parecia bastante sólida.

— Fred, George – Chamou o Sr. Weasley – Vão primeiro. E não sumam na multidão!

Os dois sorriram juntos, cúmplices, e foram ambos para a barreira entre as plataformas nove e dez. Para a surpresa de Florence, ambos desapareceram no lugar. Se virou para Harry e ele apenas sorria ao olhá-la.

— Percy, querido – Chamou a Sra. Weasley docemente – Pegue Florence e vá. Não a solte até chegarmos lá.

Florence não tivera muito contato com o irmão mais velho que estava n’A Toca, por isso, estranhou um pouco quando sentiu a mão cálida e morna de Percy segurá-la. A garota também teve uma crescente vontade de puxar a mão de volta e correr quando viu que ele a conduzia até a plataforma, mas não o fez.

Ela sentia as pernas se movendo, mas havia fechado os olhos. Os pés continuavam batendo no chão e seu coração disparava, mas ela somente abriu as pestanas quando ouviu uma risada rouca perto de si. Parecia desconhecida, e a mão que a segurava somente a apertou com mais força.

— Assustada, pequena Dursley? – Florence viu Malfoy a sua frente, mas logo não conseguiu mais focar sua atenção no loiro irritante. Havia uma enorme locomotiva a alguns passos de si, soltando vapor como um fumante invicto. Abaixo de um letreiro que informava “Expresso de Hogwarts” estava apinhado de gente das mais diversas idades. Era lindo.

Ouviu algumas palavras ríspidas ao seu lado enquanto ainda contemplava o lugar, e se lembrou que Malfoy havia estado ali a pouco. Voltou-se novamente para frente, irritada, mas somente deparou com mais pessoas sorridentes, nenhum traço loiro a vista. Olhou para a mão que a conectava a Percy e o viu impassível.

— Você viu...?

Não pode terminar, logo estava sendo esmagada pelo abraço aconchegante da Sra. Weasley, que cheirava a... Florence não sabia definir bem como a senhora cheirava, mas parecia algo como... lar. Devolveu o abraço com a garganta apertada, não sabendo como começar a agradecer pela hospitalidade.

— Muito obrigada por tudo que fez por mim e por Harry, Sra. Weasley – Começou a Dursley – Nós não poderíamos ser mais... onde está Harry?

Os gêmeos conversavam com um amigo mais a frente, Ginny estava agarrada ao pai pouco mais ao lado e Percy olhava a cena com carinho mal disfarçado. Mas Florence não conseguia ver Ron ou Harry em nenhum lugar.

— Tenho certeza que eles já devem ter entrado no trem e não percebemos, querida...

A Sra. Weasley parecia um pouco magoada, e Florence não estava convencida. Nem em um milhão de anos-luz seu primo iria fazer algo do tipo.

— Não creio, Sra. Weasley. Será que não podemos voltar? Ainda há tempo...

Molly parecia não acreditar que ela estava duvidando, mas voltou-se para a parede de pedra como se para provar um ponto, tocando-a com ar de sabida; a parede estava sólida. Florence viu que algo estava errado assim que percebeu que as sobrancelhas da senhora se franziram.

— Acho melhor darmos uma olhadinha para conferir, Arthur. – Falou Molly, preocupada. – Mas vocês todos, entrem no trem! Não queremos que o percam. Se os garotos, por algum motivo, estiverem do outro lado ainda, vamos mandá-los de volta.

— Isso mesmo, crianças. – Replicou o Sr. Weasley – Entrem, entrem.

Florence confiava no casal Weasley, por isso voltou-se novamente para a locomotiva e seguiu Ginny, que parecia querer enfiar-se lá o mais rápido possível.

— Puxa vida... Finalmente entrar aqui é muito bom! – Riu a garota, com um arzinho de felicidade. – Você não entende muito bem a sensação de completude. Vim a essa plataforma seis vezes e nunca sequer entrei no trem. É ótimo me sentir como parte de Hogwarts.

Florence queria bater o pé e dizer que entendia, mas sabia que era somente a parte um pouco teimosa do cérebro que lhe dizia para fazer isso, por isso apenas deu de ombros e sorriu, voltando-se para a amiga e puxando seu braço até que se movessem para achar uma cabine.

— Ôpa, ôpa... Onde estão indo? – Perguntou George, saído de uma das cabines.

— Procurar uma cabine. Onde mais? – Respondeu Ginny, azeda.

— Vocês estão indo para a área do sonserinos! Não querem ir por aí. – Replicou Fred, ainda de dentro da cabine.

— Que preconceito estúpido, garotos! – Falou Florence, com um vinco na testa e agarrando novamente a mão de Ginny. – Nem todos os sonserinos são ruins!

Ela contornou os gêmeos, que riam, e ignorou a breve hesitação de Ginny, continuando a seguir pelo corredor cada vez menos apinhado de gente. Olhou para uma das cabines e viu uma garota negra de cabelos bonitos dentro. Sozinha.

— Olá! – Sorriu Florence, abrindo a porta e enfiando a cabeça no lugar. – Eu sou Florence Dursley, e essa é Ginny Weasley. Podemos sentar com você?

— Claro! – Respondeu ela, sorrindo. – Sou Gwendolyn Pardeux.

— Francesa? – Exclamou Ginny, deixando Florence sem intender sua surpresa.

— Com orgulho. – Replicou Gwendolyn. – Minha mãe é inglesa e meu pai, francês. Ela é uma defensora férrea de Hogwarts e não pôde aceitar que eu estudasse em qualquer outro lugar. Meu pai não teve chance.

— G-w-e-n-d-o-l-i-n. Acertei? – Soletrou Ginny, pausando as letras.

— Quase. Substitua o “i” por “y” e terá meu nome. Mas me chame de Gwen, por favor.

— Devemos contar. – Falou Ginny, olhando para Florence divertida. A loira entendeu na hora a sugestão e acenou a cabeça. Quando estavam para revelar, a porta abriu-se novamente.

— Aqui parece livre de zonzóbulos! – Era uma garota loira, usava meias longas e coloridas e um óculos engraçado. – Olá! Aqui parece um lugar ótimo para me sentar. Posso?

A anuidade foi unânime, e logo estávamos acompanhadas da outra loira.

— Sou Luna Lovegood. – Ela sorria, e se sentou ao lado de Gwen. – Que gata linda! É sua?

Ela olhava para Gwendolyn, que mal havia percebido a gata (agora preta), aos seus pés. A francesa olhou impressionada para o animal e negou com a cabeça.

— É minha, na verdade. – Disse Florence, batendo as mãos no colo, convidando a gata a se acomodar ali. Florence havia descoberto que as cores mutáveis de Nahla eram reflexos de seus sentimentos, e preto significava insatisfação, ou sono. – Sou Florence Dursley.

— Ela é incrível! Como consegue mudar de cor? – Perguntou Luna.

— Não sei bem. Ela só é assim. – Os olhos de Luna se desviaram de Florence e pousaram nas outras duas, que logo se apressaram em se apresentarem.

— Sou Ginny Weasley.

— Sou Gwendolyn Pardeux.

— Bem... como dizíamos antes de você chegar, Luna – Começou Florence, trocando um sorriso travesso com Ginny. – Meu nome é, na verdade, Dahlia.

— Bem, o meu é Ginevra. – Falou Ginny – E meu nome é horrível, mas NUNCA me chame de Virginia. É ainda pior.

As duas seguravam o riso, e as outras duas garotas sorriram levemente ao notarem que não se arrependeriam tão cedo de criar laços de amizade com as duas a frente.

— Não vamos tirar uma com a cara de vocês por causa disso... – Começou Gwen.

—... hoje. – Continuou Luna. – Isso com você é um mini-pufe? Ele é rosa!

— O nome dele é Arnold. – Sorriu Ginny, orgulhosa.

— Eu sempre quis ter um, mas meu pai tem alergias.

Florence compreendia Luna; os Dursley não se interessavam nem um pouco por animais de estimação que faziam qualquer tipo de sujeira.

— Knock, knock – Era uma senhora fofinha, que imitava uma batida na porta, depois de ter entrado apenas com a cabeça na cabine. – Desejam alguma coisa, crianças?

Florence estava com fome, por isso levantou-se e, com alguma culpa, usou o dinheiro que Harry havia lhe dado para comprar bolos de caldeirão para todas. Gwen também se levantou e comprou algumas caixas de feijõezinhos sem sabores.

— Eu conheço um jogo bastante divertido, muito famoso na França. – Sorriu Gwendolyn, olhando para as amigas e entregando uma caixa de feijõezinhos para cada, depois de haverem comido todos seus bolos. – É bem simples, na verdade. Vocês só têm que comê-los, por mais que pareçam feios, cabeçudos e ruins.

— Não parece muito desafiador... – Falou Ginny, debochada. – Como feijõezinhos sem sabores desde... sempre! Peguei um de fígado cru uma vez... delícia.

— Não vale cuspir! E mastiguem.

Ginny deu de ombros, parecendo pouco desafiada, mas Florence não estava tão segura quanto à ruiva, tampouco parecia Luna. Ginny havia crescido com dois irmãos como Fred e George, brincadeiras não eram problema para ela. Mas Florence e, pelo que parecia, Luna, não estavam tão acostumadas assim.

O jogo francês foi mais divertido que parecia, e as garotas passaram quase toda a viagem enchendo a barriga com os mais variados sabores de feijões que se podia existir.

— Garotas... – Luna estava vermelha e parecia sem ar, abanava a garganta como se estivesse em... – Fogo! Água!

Sem explicações, a Lovegood saiu correndo da cabine, e Florence ouviu Gwen e Ginny sussurrarem, juntas, “Pimenta”. O episódio foi o estopim para um ataque de risos das garotas, e quando Luna voltou, socou o braço de Gwendolyn dizendo:

— Nunca mais jogo essa porcaria!

Como por resposta, uma voz altiva soou pelo trem: – Chegaremos a Hogwarts dentro de poucos minutos. Por favor, deixem a bagagem dentro do trem, ela será levada para a escola.

As quatro garotas pareceram sincronizadas, olharam umas para as outras, perdendo o olhar de diversão. Começaram a trocar de roupa. Por sorte, quando monitores passaram por sua cabine para checagem, já estavam todas devidamente vestidas e Florence tinha Nahla no colo.

Quando as garotas saíram do trem, Hagrid já se afastava com os alunos do primeiro ano, e, quando as quatro garotas os alcançaram, foram arrebatadas com uma visão incrível; Hogwarts.

Era um imenso castelo cheio de torres e janelas, nas quais a maioria brilhava. A escola tinha uma aparência acolhedora e bondosa, não parecia desgasta pelo tempo.

— Vamos, vamos! – Falou Hagrid – Entrem todos nos barquinhos; quatro alunos por barco!

As garotas dividiram todas um único barco, ouvindo a voz de Hagrid ordenando que os barcos desatracassem. E a flotilha de barquinhos largou toda ao mesmo tempo, deslizando pelo lago que era liso como um vidro. Todos estavam silenciosos, os olhos fixos no grande castelo no alto. A construção se crescia à medida que se aproximavam do penhasco em que estava situado.

— Abaixem as cabeças! - berrou Hagrid quando os primeiros barcos chegaram ao penhasco, todos abaixaram as cabeças e os barquinhos atravessaram uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura na face do penhasco. Foram impelidos por um túnel escuro, que parecia levá-los para debaixo do castelo, até uma espécie de cais subterrâneo, onde desembarcaram subindo em pedras e seixos.

— Ei, garota! Não acho que possa entrar lá para a seleção com seu gato. – Falou Hagrid, encarando a pelagem arroxeada de Nahla.

Quando ele estendeu sua enorme mão até Nahla, ela deu um chiado tão alto que todas as cabeças dos alunos se viraram para o grupo. Florence acariciou um pouco a cabeça da gata e a soltou no chão do castelo. Ela sempre encontrava Florence novamente, de qualquer forma. Olhou novamente para Hagrid com respeito.

Então todos subiram por uma passagem aberta na rocha, acompanhando a lanterna de Hagrid e desembocaram finalmente em um gramado fofinho e úmido à sombra do castelo. Subiram uma escada de pedra e aglomeram em torno da enorme porta de carvalho.

— Estão todos aqui?

Hagrid ergueu um punho gigantesco e bateu três vezes na porta do castelo.

A porta abriu-se de chofre. E apareceu uma bruxa alta de cabelos negros e veste verde-esmeralda. Tinha o rosto muito severo.

— Alunos do primeiro ano, Professora Minerva McGonagall - informou Hagrid.

— Obrigada Hagrid. Eu cuido deles daqui em diante.

Ela escancarou a porta. O saguão era enorme, as paredes de pedra estavam iluminadas com archotes flamejantes como os de Gringotes, o teto era alto demais para se ver, e um a um subimos a imponente escada de mármore em frente que levava aos andares superiores.

Os alunos acompanharam a Professora Minerva pelo piso de lajotas de pedra, ouvindo o murmúrio de centenas de vozes que vinham de uma porta à direita, o restante da escola já devia estar reunido.

Mas a Professora Minerva os levou a uma sala vazia ao lado do saguão. Agruparam-se lá dentro, um pouco mais apertados do que o normal, olhando, nervosos, para os lados.

— Bem-vindos a Hogwarts - disse a Professora Minerva. - O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na sala comunal. As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam.

— Voltarei quando estivermos prontos para receber vocês – continuou a Professora. - Por favor, aguardem em silêncio. – E se retirou da sala.

— Então, garotas... – Começou Florence, corando. – Como é essa seleção?

— É bem simples. – Falou Gwendolyn, dando de ombros. – Você simplesmente põe um chapéu na cabeça. O chapéu seletor decide para qual casa você irá.

— Nenhum teste físico ou mental? – Perguntou Ginny, incrédula. – George sempre me disse que tínhamos que vencer um dragão, Fred discordava e dizia que tínhamos de adivinhar uma charada dificílima!

— Bom... não sei se fico com medo ou se te repreendo por acreditar em seus irmãos, Ginny. – Sorriu Florence.

— Minha mãe foi de Grifinória em seu tempo – Disse Gwen – Ela não disse nada, é claro, mas espera que eu vá para lá.

— Ficaria com Flor e eu, então! – Respondeu Ginny, animada. – E você Luna? Qual casa acha que vai cair?

— Meus pais foram de Corvinal – Falou Luna, pensativa – Acho que seria ótimo para mim também.

— Vamos continuar sendo amigas, independente de qual casa formos. – Ginny sorria, e logo as outras três sorriram também.

 – Vamos andando agora - disse a voz enérgica de McGonagall, típica de professores. - A Cerimônia de Seleção vai começar. Agora façam fila e me sigam.

As pernas de Florence não pareciam estáveis, mas mesmo assim a garota entrou na fila indiana atrás de Gwen, e foi coberta pela garota; um pouco mais alta. Todos saíram ao mesmo tempo da sala, tornaram a atravessar o saguão e as portas duplas que levavam ao Grande Salão.

As garotas nunca tinham imaginado um lugar tão diferente e esplêndido era iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os demais estudantes já se encontravam sentados. As mesas estavam postas com pratos e taças douradas. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida em que se sentavam os professores. A Professora Minerva levou os alunos de primeiro ano até ali, de modo que eles pararam enfileirados diante dos outros, tendo os professores às suas costas.

As centenas de rostos que os contemplavam pareciam lanternas fracas à luz trêmula das velas. Misturados aqui e ali aos estudantes, os fantasmas brilhavam como prata envolta em névoa.

Quando a Professora Minerva silenciosamente colocou um banquinho de quatro pernas diante dos alunos do primeiro ano, Florence fixou seus olhos nele, curiosa. Em cima do banquinho ela pôs um chapéu pontudo de bruxo. O chapéu era remendado esfiapado e sujíssimo. Petunia não teria permitido que um objeto nessas condições entrasse em casa.

Por alguns segundos fez-se um silêncio total. Então o chapéu se mexeu. Um rasgo junto à aba se abriu como uma boca e o chapéu começou a cantar:

“Ah, você podem me achar pouco atraente,

Mas não me julguem só pela aparência

Engulo a mim mesmo se puderem encontrar

Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.

Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,

Suas cartolas altas de cetim brilhoso

Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts.

E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.

Não há nada escondido em sua cabeça

Que o Chapéu Seletor não consiga ver,

Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer

Em que casa de Hogwarts deverão ficar

Quem sabe sua morada é a Grifinória,

Casa onde habitam os corações indômitos.

Ousadia e sangue-frio e nobreza

Destacam os alunos da Grifinória dos demais,

Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,

Onde seus moradores são justos e leais

Pacientes, sinceros, sem medo da dor,

Ou será a velha e sábia Corvinal

A casa dos que têm a mente sempre alerta,

Onde os homens de grande espírito e saber

Sempre encontrarão companheiros seus iguais,

Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa

E ali estejam seus verdadeiros amigos,

Homens de astúcia que usam quaisquer meios

Para atingir os fins que antes colimaram.

Vamos, me experimentem! Não devem temer!

Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!

(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)

Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!”

O salão inteiro prorrompeu em aplausos quando o chapéu acabou de cantar. Ele fez uma reverência para cada uma das quatro mesas e em seguida ficou muito quieto outra vez.

— Graças a Merlin! – Falou Ginny, soltando os braços ao lado do corpo e voltando-se para Luna. – Gwen estava certa. Vou matar meus irmãos!

A Professora Minerva então se adiantou segurando um longo rolo de pergaminho.

— Quando eu chamar seus nomes, vocês porão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção. Edward Becker!

Um garoto de cabelos negros e topete se adiantou elegantemente até o banquinho de três pernas e pôs o chapéu. Segundos depois, o chapéu anunciou:

— SONSERINA!

Cinco outros nomes passaram e Florence mal processara direito suas casas, o coração ribombando nas costelas. Olhou nervosamente para a mesa vermelha e dourada, procurando os olhos tranquilizantes do primo. Quando achava ter visto um reflexo verde, Ginny lhe deu um grande cutucão, e ela voltou sua atenção para Minerva.

— Dahlia Dursley!

Florence praticamente correu até o banco, fugindo dos olhares. A última coisa que viu antes de o chapéu lhe cair sobre os olhos era um salão cheio de gente curiosa, esperando para saber para onde ela iria.

— Que mente intrigante você tem, garotinha – Falou uma voz sussurrante em sua mente – Muito talento escondido, e... tantos segredos. Seria uma bruxa brilhante e extraordinária na Corvinal, sem dúvidas. Uma bruxa filantrópica e leal na Lufa-lufa. Uma bruxa corajosa e revolucionária em Grifinória. Mas... uma bruxa com todos esses atributos só seria possível na... SONSERINA!

 

 

            - Olá, amores da minha vida! – Disse Camila. – Vocês são muito maravilhosos, então, pelo menos, algumas pessoas comentaram e uma pessoinha fantástica recomendou a fanfiction! Obrigada à linda Dany Soengas (u/78798/) pela recomendação e meus devidos créditos à Rey Whitlock Kenobi (u/76095/), que, assim como a Valarie, comentou em TODOS os capítulos. Sou fã de vocês, meninas! Não deixem de ler as notinhas da fanfic, iniciais e finais! Minha metalinguagem estranha não pode continuar para sempre!

            Camila continuava doida, por isso, saiu saltitando e vomitando arco-íris por onde passava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hihihi amo vocês ♥