Mad love escrita por JokerQuinn


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá gente.
O prólogo vai se tratar sobre o começo do relacionamento entre eles e como a Harley se apaixonou pelo Coringa, mas o próximo vou avançar bastante na história.
Apontem os erros nos comentários e digam o que acharam
MAD LOVE OTP FOREVER
Obs: Os diálogos das sessões Harleen x Joker foram pegos dos jogos Arkham Asylum e Arkham Origins. >.<
Boa Leitura!



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Harleen Quinzel andava tremulamente, ainda saboreando a primeira sessão que tivera com o infame paciente 4479, tivera que medir esforços para chegar até seu escritório.

   Lá fora, a noite tomava o recinto da ilha Arkham, acompanhada de uma chuva rala e ventos fortes que assobiavam por todo o Asilo, ecoando por cada corredor existente ali. Isso irritava Harleen constantemente, odiava ficar sozinha em seu escritório enquanto trabalhava, com o assobio lhe assombrando.

   Mas hoje não se deu o luxo de resmungar, apenas adentrou em seu escritório bem iluminado e sentou-se na poltrona da cor vinho que estava atrás de sua escrivaninha, bem organizada aliás, porém sem um computador de suporte como os outros psicólogos do lugar tinham. Ela achava que apenas seu gravador era necessário, e debochava dos outros psicólogos por entupirem suas máquinas com arquivos e fichas dos pacientes. Talvez fosse por esse gosto do rústico, tocável e simples, que seu escritório era tão trivial comparado ao de outros doutores. Tendo piso de madeira e paredes da coloração marrom, com apenas uma escrivaninha e a poltrona.

   — Ha! Sinto muito, Penélope, mas o Coringa é meu! — Gabou-se, devido ao fato de que antigamente a Dra.Penélope Young insistia em esfregar na cara de Harleen, ainda uma novata, que o criminoso insano mais perigoso de todos estava sobre seus cuidados. Bem acidentes ocorrem.

   Ainda com o gosto de vitória na boca, pegou o gravador, posicionou-o rente a seu ouvido e iniciou a última gravação feita, ainda tinha tudo fresco na memória, mas queria ouvir aquela voz misteriosa e a risada espalhafatosa. Adorava aquilo.

    *Gravação*

Asilo Arkham

 

Harleen Frances Quinzel adentrou no mesmo ambiente que o paciente 4479.

Psicóloga: Bem-vindo à Blackgate. Vamos fazer apenas uma rápida avaliação psiquiátrica. Dia ruim, hein? Essa polícia… Sempre batendo nos fracos e indefesos.

Paciente: Diz uma coisa, amor: “você” já teve, alguma vez, um dia muito ruim?

Psicóloga: O que você quer dizer

Paciente: Você é quem tem que saber (risadas), que não tem nada mais cruel que a memória. Aqueles trovõezinhos. Penetras dentro da cabeça, gritando através de suas sinapses. Inevitáveis, implacáveis… Nem um pouco amigáveis. Você não escapa nem se ficar louco! (risadas). Aí você encontra alguém que muda sua vida e você sente que nem sabe mais quem você é. Não é engraçado como um simples encontro arranca pedaços do seu passado. Distorce suas memórias e sua personalidade até você repensar toda sua identidade (risadas). E quando percebe como isso é tudo bobo (risadas), sua gargalhada ecoa nos muros de seu próprio vazio.

Psicóloga: Tudo bem… vamos precisar ser mais específicos. Que tal uma associação de palavras?

Paciente: Parece… Delicioso.

Psiquiatra: (Risos discretos) OK. Preciso que você seja sério nesta. Destino.

Paciente: (Risadas). Quer saber uma coisa engraçada? Eu via o destino como uma coisa má, prederteminada, não por uma força maior, mas pela natureza humana. Mas hoje, tudo mudou.

Psicóloga: O que mudou?

Paciente: Você já teve a sensação de que sua vida inteira foi construída para chegar àquele exato momento?

Psicóloga: É assim que você se sente?

Paciente: (Riso) Bom, agora sim. Agora eu percebo que todas as lutas, os dias ruins, as brutalidades… foram obra do destino.

Psicóloga: Agora você vê o destino de outra forma?

Paciente: (Risada) Com certeza. Agora eu entendo. Não existem encontros casuais. Tudo tinha que acontecer. Tudo levando até quem eu encontrei hoje!

Psicóloga: Você conheceu alguém especial?

Paciente: Sim. E posso dizer que isso mudou tudo.

Psicóloga: Tudo?

Paciente: Com certeza. Você já parou para pensar como nosso mundo é vil? Como é solitário passar por toda essa desgraça e sujeira sem mais ninguém?

Psicóloga: É meio solitário mesmo, não é?

Paciente: Claro. É claro! Você entende! Mesmo no meio de um monte de gente maluca (risada), você fica tão sozinho que pode chutar, bater e espernear… E ninguém se importa. É como se você não existisse. Eu me sinto… Eu sinto às vezes, que estou preso nesse caminho para lugar nenhum, para o vazio. Mas agora…

Psicóloga: Agora você sente que tem alguém ao seu lado para dividir esse caminho com você.

Paciente: Eu me sinto à deriva… É como se alguém tivesse puxado a tampa da minha realidade e eu tivesse descido pelo ralo para uma coisa nova. É tudo bem emocionante (Risada)! Você não deve saber como é, tenho certeza.

Psicóloga: Eu… Posso… na verdade. Pode dizer mais sobre como essa pessoa faz você se sentir?

Paciente: É achar alguém com quem eu possa mesmo me relacionar… o que, acredite querida, nunca aconteceu antes.

(Risos discretos vindos da psicóloga)

Paciente: Você entende. Você não parece ter medo de se soltar e se jogar.

(Risos discretos vindos da psicóloga)

Paciente: Em queda livre! E eu nem trouxe uma boia (Risadas). Foi tudo de repente. Parece que era pra acontecer. Você entende?

Psicóloga: Sim. É eu entendo.

Paciente: É… eu sabia.

Psicóloga: Eu… Posso perguntar… Quem é essa pessoa?

Paciente: Hum, alguém muito, muito especial, mas nem sei ainda seu nome verdadeiro!

Psicóloga: Ah, meu nome é Harleen. Harleen Quinzel.

Paciente: Que lindo nome. Seus amigo te chamam de Harley?

Psicóloga: Ah, eu não tenho muitos amigos.

Paciente: Bom, Harley, agora você tem um.

 

*Fim da gravação*”

 

  Suspirou profundamente. Ainda sobre o efeito de euforia, tardou a perceber o vaso de flores que nunca esteve ali antes.

  Eram rosas, sua flor favorita. Cuidadosamente encaixadas sobre um vaso azul, eram uma grata surpresa, qualquer que fosse o autor, mas ainda assim, não era a surpresa principal, que apenas se revelou quando pegou uma das rosas e Harleen viu que um pequeno bilhete estava acoplado a flor.

   Lá dizia: Desça e venha me visitar uma hora dessas. —C.

   Harleen raciocinou rapidamente, estava evidente.

   Então pela primeira vez desde a primeira sessão com o Coringa, Quinzel deu um largo sorriso. Rapidamente, andou até a porta, indo para o corredor e andando em passos ligeiros, com uma grande ansiedade fervilhando dentro de si.

   Após uma rápida caminhada da Mansão Arkham até o prédio de Tratamento Intensivo, ela finalmente chegou à cela do Coringa. Ele era algo totalmente novo, inédito, diferente de qualquer coisa que ela já tinha visto. Tinha físico relativamente bom, levemente definido. O rosto era espalhafatoso, com lábios  marcados pela cor vermelha, os borrões deixavam aquele sorriso mais selvagem ainda, os fios de seu cabelo eram verdes, penteados para trás, porém ainda  bagunçados. Mas o destaque, pelo menos para Harleen, eram os olhos, sedutores e profundos, a psicóloga se perdia neles, tinha uma forte atração pela figura tétrica a sua frente, uma pena que seu charmoso terno foi substituído pelo simples macacão laranja, mas a televisão estava ai, os noticiários também.

   Harleen se pegou desenvolvendo uma paixão por seu paciente, apesar de tudo, ela tentava ser ética, apesar de não ser nenhum anjo.

   Antes de começar qualquer assunto, ou ouvir os elogios do Coringa, ela ergueu o bilhete rente à face do palhaço.

   — Gostaria de me explicar como isso foi parar em meu escritório? — Disse, tentando fracassadamente impor um ar de superioridade em sua voz.

   — Simples, sério, realmente simples. — Rebateu o palhaço, enquanto exibia um avantajado sorriso de lado — Eu o coloquei lá. Por que? Você não gosta de flores?

   — Eu acho que os guardas estariam interessados em saber que você esteve fora dai — Harleen proferiu, referindo-se ao grande espaço aberto com apenas um vidro de divisória entre a liberdade e a cela.

   Coringa riu brevemente, agora estendendo o sorriso tétrico por toda a face.

   — Oh, querida, se você realmente fosse falar algo, já teria o feito. — Retrucou à altura. Um dos artifícios mais famosos do palhaço é justamente a lábia.

   — Como sabe que eu já não contei? — A psicóloga respondeu em um tom irritadiço, já demonstrando suas emoções.

   — Sabe, doce, eu realmente gosto muito de você — No momento em que o palhaço lhe sussurrou aquelas palavras, Harleen baixou a guarda, não propositalmente. — Realmente gosto. Até mesmo gosto de seu nome. Apenas o alterar um pouco e temos…

   — Harlequin, o palhaço. — Dessa vez, Harleen pareceu um pouco aturdida, triste. — Eu sei, já ouvi isso antes.

   — É um nome que coloca um sorriso em meu rosto. Me faz pensar que há alguém aqui com que eu possa me relacionar. Alguém que gostaria de ouvir meus segredos.

   Quinzel então animou-se, era tudo que ela precisava. O Coringa claro, não perdia nenhum detalhe.

   — Aqui não querida. Muitos ouvidos e olhos, você sabe. — Harleen relutantemente concordou — Bom acho que um passeio noturno pelo Asilo lhe faria bem.

   A psicóloga entendeu o recado.

   Quando deu uma hora da manhã, Harleen abandonou a mansão Arkham e fez justamente o que lhe fora recomendado, passeou pela ilha. Andou dez minutos, mas nada, apenas quando estava na ala oeste, ouviu um sussurro baixo, a chamando.

   Obviamente ela seguiu a voz, entrando em moitas profundas. Não havia nada ali, mas ela sabia que era ele, tinha certeza.

   Sem tardar então, sentiu os dedos longos do palhaço percorreram gentilmente sua pele. Ela se virou então para encarar o Coringa. Estava macabro e sorridente como sempre. Parecia que o fato dos dois estarem sozinhos em meio a moitas e árvores, impedindo que qualquer um lhes avistassem, o deixava extremamente feliz, e deixava.  

   Antes que Harleen pudesse dizer qualquer coisa, os lábios vermelhos foram-se de encontro aos seus. Ela por sua vez se entregou totalmente.

   O plano do Coringa finalmente havia sido concluído, Harleen Quinzel estava perdidamente apaixonada por ele. 


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Notas finais do capítulo

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