Será que somos mesmo tão diferentes assim? escrita por Anaju


Capítulo 41
Sonho meu


Notas iniciais do capítulo

Finalmente postando novamente depois de alguns meses!

Que Marcelina sempre foi louca por Mário todo mundo sabe, mas será que depois de tanto tempo, Mário finalmente dará uma chance a ela?



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Alguns dias depois:

Mário:

Quando a Luiza e o Daniel brigaram eu pensei que finalmente teria a minha chance com ela, porém ela preferiu voltar com ele, acho que ela não gosta mais de mim, se é que um dia gostou, né. – Eu pensei enquanto terminava mais uma partida de um jogo de luta com o Paulo.

— Que pena que o Abelardo não pode vir. – Paulo comentou comigo largando o controle no chão.

— É mesmo. – Eu comentei e olhei para ele e perguntei:

— Porque você está largando o controle, vai desistir?

— Não, eu só cansei de jogar. – Ele me respondeu.

— Sei... quer desistir porque está perdendo.

— Claro que não, só cansei mesmo. – Paulo se levantou e foi para a cozinha e Marcelina apareceu na sala e me cumprimentou.

— Oi, Mário. Nem sabia que você estava aqui.

— É, aqui estou eu. Quer jogar?

— Jogar o que?

— Videogame.

— Sim, eu sei. Quero saber qual estilo de jogo.

— Ah, sei lá.

— Dança?

— Isso não. Vamos jogar luta ou corrida.

— Nunca.

Aposto que a Luiza toparia.

— A gente pode conversar? – Marcelina me pediu.

— Claro, fala.

— A sós. – Ela pediu.

Olhei para Paulo, ele entendeu e foi para seu quarto.

Marcelina se sentou ao meu lado no sofá, sorriu e disse:

— Olha, eu pensei mil vezes antes de falar isso para você, mas lá vai... – Ela respirou e completou:

— Eu te amo, quer namorar comigo?

Fiquei meio sem reação e ela se aproveitou disso para me beijar, um beijo muito diferente do que dei na Luiza ou seja totalmente sem graça.

— Então, o que me diz? – Ela me perguntou quando o beijo terminou.

Se a Luiza pode namorar o Daniel sem amor, eu também posso namorar a Marcelina. Se a Luiza acha que eu vou ficar chorando por ela, ela está muito enganada.

— Beleza.

— Hun?

— Eu aceito.

— Ah. Que bom!!!!

Ela se jogou em cima de mim e me beijou novamente.

Mário off

No outro dia de manhã:

Antes das aulas:

Luiza:

Cheguei na escola e logo a diretora Helena e o professor de música, o René, chamaram toda a minha turma para fazer um anúncio.

— As férias estão chegando, meus queridos, então, teremos a nossa gincana anual e o prêmio desse ano é uma viagem para Gramado, no Rio Grande do Sul, o grupo que ganhar irá para lá com um guia e visitará os principais pontos turísticos, serão três grupos, dois de sete e um de seis, será sorteio que será realizado agora mesmo, eu e o professor René iremos com o grupo escolhido e a viagem será com tudo pago, entrada nos pontos turísticos, refeições, o melhor hotel disponível, entre outras coisas. Serão quinze dias. – A diretora, anunciou.

Os grupos ficaram na ordem do sorteio:

Grupo de sete pessoas um: Clementina, Adriano, Abelardo, Jaime, Alícia, Kokimoto e Bibi.

Grupo de seis pessoas dois: Valéria, Cirilo, Carmen, Margarida, Davi, Laura e Jorge.

Grupo de seis pessoas: Maria Joaquina, Daniel, eu, Mário, Paulo, Marcelina.

Espero que o meu grupo não ganhe, porque pelo jeito como a Marce está com o Mário, eles com certeza estão juntos e viajar com o novo casal seria o inferno para mim.

— A gincana começará na segunda e durará toda a semana com uma prova por dia, então vocês terão todo o fim de semana para se preparar para enfrentar as provas e conquistar o prêmio. – O professor René nos falou.

Depois do anúncio Marce me chamou para conversar.

— Amiga!

— Fala, Marce.

— Eu estou namorando com o....

— Com o? – Eu perguntei, apesar de já saber muito bem a resposta.

— Com o Mário. – Ela me respondeu pulando alegria.

— Hun... que legal! – Eu fingi animação.

Laura se aproximou de nós.

— Meninas! Vocês sabem o que está chegando? – Laura nos perguntou sorrindo.

— Sim! Seu aniversário. – Marce logo respondeu.

— Isso mesmo e como todo mundo sabe, eu amo festas, então vou dar uma festa incrível. – Laura, falou.

— Melhor do que a da Maria Joaquina. – Marce, afirmou.

— É mesmo. – Eu concordei.

— Obrigada, meninas. – Laura ficou mais feliz do que já estava antes.

A Marce com o Mário e eu com o Daniel, tem algo de errado aí, certo?

Luiza off

Margarida:

— Nós temos que ganhar a gincana. – Eu disse para Davi.

— Sim, afinal se ganharmos nós iremos viajar juntos.

— Isso, tipo incrível, né?

— Muito.

Davi me abraçou e eu me senti muitíssimo feliz.

Margarida off

Maria Joaquina:

Eu não acredito que estou no mesmo grupo da Luiza, que droga de sorte que eu tenho, primeiro fico em dupla com ela no concurso de culinária e agora isso, no mesmo grupo dela, do Daniel, isso é bom, do Mário e da Marce que são o mais novo casal da Escola Mundial, eu amei isso, porque a Luiza está com o Dani, mas ama mesmo o Mário, então ela deve estar sofrendo muito por isso e isso me deixa muito feliz e também do Paulo, eu e Paulo nos divertiremos muito se ganharmos essa viagem. Então talvez seja bom ganharmos essa viagem.

Seria assim Luiza e Daniel iniciariam a viagem juntos e terminariam a viagem separados e de preferência no fim da viagem eu e Daniel estaremos juntos. Seria perfeitamente perfeito!

Maria Joaquina off

Adriano:

— Que bom que nós ficamos no mesmo grupo. – Eu falei para Clementina.

— Que bom nada e só se for para você, preferia muito mais estar no mesmo grupo do meu namorado que é o Cirilo. Imagina se o grupo dele ganha e ele vai viajar junto com a insuportável da Carmen.

— Não precisa ficar insegura não, você é muito mais bonita que a Carmen.

— Primeiro eu não sou insegura e segundo eu não te perguntei nada. – Clementina falou e se afastou de mim.

Porque ela me trata tão mal se eu gosto tanto dela?

Adriano off

Valéria:

— Que pena que nós não ficamos no mesmo grupo. – Eu comentei com Jaime.

— É mesmo, se eu ganhar, não vou na viagem.

— Porque? Não.

— Para ficarmos juntos durante as férias, são só duas semanas, mas morreria de saudades de você.

— Eu já te disse que você é o melhor namorado de todo o mundo.

— Hoje não.

— Seu bobo!

Jaime me puxou para longe dos nossos amigos e me beijou, um beijo de tirar o fôlego!

Valéria off

Cirilo:

Gostei muito de não ter ficado no mesmo grupo que a Clementina, afinal desde que a Carmen está solteira, ela vive insegura e maluca, não que ela não tenha motivos, imagina se ela estivesse no meu grupo e meu grupo ganhasse, teria que viajar com ela, cruz credo.

Espero que meu grupo ganhe a viagem, porque com a Carmen sim, eu quero viajar.

Cirilo off

Laura:

Quero muito, muito, muito, essa viagem, porque quero ficar pertinho do Jorge, visitar os museus com ele, conversar com ele, enfim estar mais perto dele do que aqui na escola, afinal para mim só de ficar perto dele já basta.

Será que algum dia ele poderia reparar em mim assim desse jeito que eu sou?

Laura off

Sábado:

Há tarde:

Luiza:

Marce e eu viemos para a pista de skate, na verdade eu vim e ela quis vir comigo só para ver o Mário, o namorado dela, que ela tinha certeza que estaria aqui e sim ela estava certa.

Nesse momento, Mário e Marce estão em um dos bancos da praça conversando e eu estou prestes a descer a rampa, olhei para eles e desci a rampa, fiquei prestando tanta atenção neles que me desequilibrei e caí, quando percebi estava no chão e Mário estava correndo loucamente até mim, parecendo muito preocupado, Cirilo que também estava na pista de skate também estava vindo me ajudar.

Mário chegou até mim e me perguntou:

— Você está bem? Sente dor?

— Mais ou menos, estou com muita dor no meu joelho.

— Marce, liga para a casa da Luiza e avisa que estaremos no hospital aqui perto. – Mário, falou.

— Melhor ligar para a casa da minha avó. – Dei meu celular para Marce olhar o número. Ela copiou rapidamente para seu celular e me devolveu.

Mário tentou me ajudar a levantar.

— Eu não consigo andar. – Eu, falei.

— O que vamos fazer? – Cirilo se desesperou.

— Eu já sei o que fazer. – Mário disse e me pegou no colo, me encolhi em seus braços e olhei em seus olhos preocupados, morrendo de vontade de beija -ló.

Nunca imaginei que ele aguentaria meu peso.

Chegamos no hospital e ficamos esperando minha avó, que quando chegou estava com a minha mãe.

— Como sempre me tirando do meu trabalho, né, Luiza. – Minha mãe comentou, com a maior frieza do mundo, assim que me viu.

— Desculpe, mãe. – Eu pedi me sentindo muito mal, por ela não se importar nem um pouco comigo.

— Está com dor, minha querida? Já foi atendida? – Minha avó me perguntou muito preocupada.

— Dói menos que assim que caí e não fui atendida não.

— Eles não quiseram atender ela sem um responsável. – Mário, explicou.

— Então, te atenderão agora, esse bando de médicos irresponsáveis que só podem ter comprado o diploma, onde já se viu não atender uma pessoa. – Minha mãe falou e aí sim percebi que estava preocupada, pois foi quase bater nos médicos gritando:

— Vocês vão atender minha filha imediatamente ou vai ter processo para essa droga aqui!

— Nos desculpe senhora! Vamos atender a senhorita imediatamente. Só não foi atendida, pois eu estava ocupado. Sou Henrique Mendes, médico chefe desse hospital. Enquanto ela se consulta com um de nossos melhores ortopedistas podemos tomar um café na cantina do hospital. – O médico que não devia nem ter quarenta anos e é assim, tipo, muito gato falou com minha mãe.

Fala sério que o médico está mesmo dando em cima da minha mãe.

— Não obrigada, não tomo café com médicos irresponsáveis. – Ihhh, minha mãe anda estranha, parece até que já tem um amor, será?

O médico ficou sem graça e se retirou.

— Com esse médico, eu tomava tudo, até injeção. – Minha avó sussurrou em meu ouvido, para me animar e bem que serviu para sentir menos dor, e eu ri.

Algum tempo depois:

— Que bom que não foi nada sério. – Mário me disse enquanto eu entrava no carro da minha mãe para ir para casa.

— Sim, agora é melhor você ir, a Marce deve estar louca por notícias.

— É, ela até queria vir junto para o hospital, mas eu achei melhor não.

— Concordo, ela ia ficar nervosa por esperar eu ser atendida.

— Ia sim, ela sempre se preocupa muito com as amigas.

— A Marce é um amor, você não podia ter escolhido namorada melhor.

— Poderia sim.

— Hun... e quem seria?

— Você. – Ele me falou e eu abaixei a cabeça de vergonha.

— Já se despediram. – Minha mãe afirmou e se enfiou entre mim e Mário, me empurrou para dentro do carro e fechou a porta.

Minha avó entrou no carro e minha mãe foi entrar também.

— Tchau, Mário.

— Tchau e qualquer coisa já sabe, é só me ligar.

— Pode deixar.

— Coloca o cinto, Luiza. – Minha mãe gritou, enquanto colocava o cinto dela.

Coloquei o cinto e ela arrancou o carro, olhei para trás e fiquei olhando Mário até o carro se afastar o suficiente, para que não o visse mais.

Fiquei pensando sobre o que Mário me disse, até que minha mãe me falou:

— Sobre o que você me disse e me pediu ontem...

— Sobre a viagem da gincana?

— Sim, Luiza. Eu decidi que se o seu grupo ganhar a viagem, você pode ir.

— Obrigada, mãe.

— Sobre o que vocês estão falando? – Minha avó nos perguntou.

— Sobre a gincana lá da minha escola, o prêmio é uma viagem. – Eu, respondi.

— Ah, que legal, e para onde é essa viagem? – Minha avó me perguntou.

— Para Gramado, um município do Rio Grande do Sul.

— Eu sei onde é, já fui lá com o seu avô, lá é muito bonito e aconchegante, espero que você ganhe essa viagem, se você não ganhar podemos viajar nós três para lá.

— Obrigada e seria muito bom se viajássemos nós três.

— Eu não tenho a vida de vocês não, não posso ir. – Minha mãe, falou.

— Nem nas férias? – Eu perguntei.

— Não, no meu trabalho não existe essa palavra.

— Hun...

Minha mãe é maníaca por trabalho, já ouvi falar que isso é uma doença, será que é verdade?

Chegamos na casa da minha avó, nos despedimos dela e depois fomos para casa.

Chegando em casa, minha mãe me disse:

— Acho melhor você ligar para seu namorado e falar sobre o que aconteceu.

— Eu acho melhor não, para que preocupar o Daniel à toa? Eu já estou bem.

— Faça o que preferir, só vá para seu quarto e descanse, está bem?

— Você vai ficar em casa?

— Claro que não, volto hás nove, porque tenho que pagar esse tempo que fiquei com você, mas a Eleonor está aqui para o que precisar.

— Isso mesmo, menina, qualquer coisa é só chamar. – Eleonor me falou.

— Sim, obrigada, Eleonor.

— Por nada, menina.

Fui para o meu quarto, deitei na minha cama e fiquei pensando no lindo sorriso do Mário, o sorriso mais lindo do mundo.

Algumas horas depois Daniel me ligou e eu comentei sobre meu pequeno acidente, ele não gostou nem um pouco que eu fui ajudada pelo Mário, mas fazer o que?

Luiza off

Maria Joaquina:

Estou super ansiosa para a gincana, no início eu não sabia direito se eu queria ganhar essa viagem, mas agora tenho certeza de que quero sim e muito, afinal se o meu grupo ganhar, eu vou viajar com o Daniel, que pena que com a Luiza também, porém pensando pelo lado bom, vou também com o mais novo lindo casal, o Mário e a Marce e como eu já havia pensando antes, ver eles juntinhos vai dilacerar o coração da pobre Luizinha e por último o Paulo, que é bem maneiro quando quer e bem traidor também, mas deixa para lá.

Que comecem os jogos!

Maria Joaquina off

 


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo: Os nomes das equipes da gincana serão escolhidos. Quais serão os nomes escolhidos?



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