— E então, agora que nos resolvemos, vamos ao assunto principal. - disse Alya - Quem é Hawk Moth? - a azulada mordeu o lábio inferior, depois respirou fundo e fechou os olhos.

— É o Gabriel Agreste.

— Como é que é? - Marinette explicou o que Mestre Fu disse a ela.

— Antes de continuarmos, preciso saber, Chloé, você ainda gosta do Adrien? - Alya questionou.

— Nunca gostei na verdade. Eu só queria namorar um modelo e coisa e tal, mas eu mudei eu juro. Gosto dele apenas como amigo. - a azulada relaxou a postura - Se é isso que queria saber, não vou criar problemas, porque não gosto do Adrien dessa forma.

— É, mas acontece que eu gosto. - Marinette suspirou.

— Entendo. - Chloé colocou a mão no ombro dela - Então o que devemos fazer?

— Não cabe a nós contar para Adrien que o pai dele é Hawk Moth, isso é um problema de família o qual não devemos nos meter. - ela explicou - Entretanto, precisamos encontrá-lo e levá-lo a justiça, assim...

— SOCORRO! - um grito foi ouvido, fazendo as três heroínas virarem bruscamente para trás.

— Acho que alguém está em perigo. - Chloé concluiu.

— Então o que estamos esperando? Tikki, transformar! - Peacock e Queen Bee se transformaram logo depois, e a três saíram pulando de prédio em prédio até a catedral de Notre-Dame.

— Isso é...

— Um akuma? - Queen Bee completou.

— Finalmente eu terei minha vingança por ter me abandonado no altar. - um homem de terno branco e máscara da mesma cor, segurava uma mulher no alto da catedral, prestes a soltá-la. Assim que o fez, Ladybug saltou e conseguiu segurar ela antes que se colidisse com o chão.

— Ladybug? Muito obrigada! - a mulher agradeceu e saiu correndo em direção as demais pessoas que assistiam.

— Que bom que veio Ladybug, estava mesmo querendo sua presença. - o homem voou, ficando na frente de Ladybug. Queen Bee e Peacock pararam ao lado dela - ME ENTREGUEM SEUS MIRACULOUS!

— Nunca!

As três heroínas iniciaram uma briga com o vilão que se denominava Married Man. Não muito tempo depois elas conseguiram derrubá-lo. Peacock pegou a aliança e jogou para Ladybug, que pisou em cima, liberando o akuma.

— Hora de aniquilar a maldade! - capturou a borboleta negra - Tchau, tchau, borboletinha! - a libertou, agora branca - Miraculo...

— Ladybug, Peacock e Queen Bee, coloquem suas armas nos chão e levantem as mãos para o alto! Vocês estão presas! - uma luz acendeu em frente a elas, o que as desorientou por alguns segundos. Várias viaturas estavam paradas ao redor delas, cercando-as.

— Segurem-se! - a joaninha ordenou puxando as duas. Em seguida jogou seu ioiô na estrutura da catedral, impulsionando seu corpo. Tiros foram disparados e quando estavam quase pousando em segurança no telhado, Ladybug sentiu uma dor lancinante no braço. 

As três heroínas caíram rolando e Marinette pode ver que havia levado um tiro de raspão no braço.

— Ai meu Deus! - Chloé se ajoelhou ao lado dela - Você está bem?

— Eu...

— Você foi avisada, my lady. Agora não tenho outra escolha a não ser te prender. - Chat Noir apareceu na frente delas, e atrás dele estavam Tortue e Volpina.

— Pollen Mystic! - Queen Bee usou seu poder e agitou a mão, lançando pólen na direção dos três, fazendo com que um enxame de abelhas viesse ao redor deles. - Vamos logo! - ajudou Marinette a ficar de pé e a foram correndo entre os telhados.

— Eles já devem estar nos alcançando. - Peacock olhou para trás e pode ver a sombra dos três heróis se aproximando.

— Precisamos despistá-los. - Marinette comentou, grunhindo de dor em seguida.

— Mas não temos para onde ir.

— Vamos para a minha casa. - a azulada falou. - Pecock, tente distraí-los.

— Certo. - a morena parou - Hundred Eyes! - as penas formosas de um pavão surgiram ao redor de seu corpo e a mesma atirou-as contra os três, assim que terminaram de desviar, olharam para onde as heroínas estavam, mas não havia mais ninguém.

— Como elas... - Volpina deixou a frase morrer.

— Droga! - o felino esbravejou, socando uma parede. - Perdemos elas.
*

— Mari, tem certeza que você está bem?- Tikki perguntou preocupada.

— Tenho... só me ajudem a fazer um curativo por favor. - Chloé e Alya correram e pegaram a bolsinha de primeiros socorros, logo ajudando Marinette. A azulada deixou lágrimas escaparem dos seus olhos, já que a dor de um tiro, mesmo que de raspão, não era mínima.

— Não acredito que atiraram mesmo em você. - a morena disparou.

— Nós sabíamos que uma hora ou outra iria acontecer. - a garota jogou a cabeça para trás e mordeu o lábio inferior, tentando conter a dor dentro de si. - É perigoso que saiam daqui a essa hora da noite tanto como suas identidade civis quanto suas identidades de heroínas, então durmam aqui hoje.

— Temos que avisar nossos pais. - Alya comentou.

— Não precisa, amanhã vocês vão embora cedo e ninguém saberá que saíram de casa.

— Tem certeza? - Chloé perguntou - É que sabe, nunca fomos muito próximas e eu não quero que minha presença deixe vocês desconfortáveis.

— Não se preocupe com isso, Chloé. Você não vai nos deixar desconfortáveis. - sorriu mesmo que quase não fosse possível devido a dor que sentia. A Bourgeois também sorriu.

— Muito obrigada, Marinette.

— Eu é que agradeço, se não fosse por você, ou melhor, se não não fosse por vocês duas, nós teríamos sido presas.

— Nem quero pensar nisso.
*

— Chat, o que vamos fazer? - Tortue perguntou aflito.

— Eu não sei. Só sei que o prefeito não vai ficar nada feliz com isso. - bufou irritado, passando a mão nos cabelos.

— E agora? - Volpina chegou ao lado deles.

— Agora, precisamos ir para casa. Já está tarde. - o felino concluiu - Amanhã procuraremos por Ladybug e por Hawk Moth.

— Certo, boa noite.

— Boa noite. - os três se despediram e foram para suas respectivas casas.

Assim que chegou em casa, Adrien se atirou na cama enquanto desfazia sua transformação.

— Preciso de camembert!

— Dá um tempo, Plagg! - o loiro enfiou a cara na travesseiro. Aquele dia havia ido de mal a pior. Ele tinha brigado feio com sua lady, descoberto que Hawk Moth fugiu e ainda não conseguiu prender Ladybug, Peacock e Queen Bee.

Virou novamente encarando o teto. Não se sentia tão mal desde que soube que sua mãe havia desaparecido sem deixar vestígios. Era um sentimento horrível que queimava dentro do seu peito, uma sensação indescritível.

Adrien sabia que se não tomasse providências a situação ficaria pior do que já estava, no entanto, pensar que sua lady estava lutando contra o que ele defendia, o deixava totalmente magoado.

Para ele, era difícil ser racional quando se tratava de Ladybug.