— Precisam de ajuda? - Ladybug chegou acertando Volpina com um chute.

— Graças a Deus você está bem. - Alya comemorou enquanto derrubava Tortue.

— Cadê o Chat? - o moreno perguntou no chão.

— O tempo de transformação deve ter acabado a essa altura. - deu de ombros e todos pararam imediatamente de brigar.

— Você não viu a identidade dele? - Tortue se aproximou.

— Claro que não. Já disse, ao contrário dele eu não me importo com quem qualquer um de vocês seja por baixo da máscara. Eu só me importava com o fato de poder confiar em vocês na hora de salvar Paris, mas vejo que agora não é mais assim. - sentiu o coração apertar - Vão nos deixar ir ou teremos que lutar contra vocês novamente? - Volpina e Tortue se entreolharam.
*

— Porque diabos vocês deixaram elas irem embora? - Adrien perguntou irritado.

— Cara, fica calmo. Olha o seu estado, tá todo machucado. - Nino colocou a mão no ombro do amigo - E outra, sabemos que a Chloé é a Queen Bee, temos uma vantagem sobre elas.

— Tá certo, me desculpe. Mas acontece que só sabemos disso por causa dos arquivos que o prefeito me deu. Só que não sabemos quem é a Ladybug e a Peacock.

— Não acha meio frio da parte dele fazer isso? Tipo, entregar a própria filha. - Lila se pronunciou.

— Bem, ela foi contra ele quando decidiu se unir a Ladybug. - o loiro pontuou - Ele só estava fazendo o que é certo.

— Agora só precisamos dar um jeito de saber quem as outras são. - Nino deu de ombros.

— E você fala isso como se fosse super fácil.

— Na verdade não é tão difícil. - disse a garota - Por mais que Chloé tenha mudado seu comportamento detestável de antes, ela ainda não tem muitos amigos. E se considerarmos que talvez as três se conhecem por baixo da máscara, nesse caso...

— As pessoas mais próximas a ela podem ser a Ladybug e a Peacock. - Adrien completou - Isso é genial, Lila!

— Obrigada. - corou.

— A melhor amiga dela é a Sabrina. - Nino comentou.

— Sim, mas não é ela. Ela não é nem um pouco parecida com Ladybug e Peacock. - Adrien continuou pensando.

— Tem razão. - disse o garoto e logo arregalou os olhos - Essa não! Essa não! Essa não! - repetiu nervoso.

— O que foi Nino?

— Lembra aquele dia na escola que a Chloé estava simpática e todo mundo estranhou e tal?

— Sim, mas o que tem?

— Não lembra o que aconteceu na entrada, o que Marinette disse para nós?

— O que você quer dizer? Fala logo!

— Ela disse que ela e Chloé eram amigas agora. Depois a gente viu Alya conversando animadamente com ela também.

— Tá, e o que tem isso?

— Pelo amor de Deus, Adrien! Pensa um pouco. Como elas ficaram amigas assim do nada? E outra, a Marinette e a Alya lembram bastante quem a gente procura. - o loiro sentia como se um balde de água fria tivesse sido jogado em cima de si.

— Está sugerindo que Marinette seja a Ladybug? - questionou incrédulo.

— Sim. E Alya a Peacock.
*

Marinette só sentiu que cair de um prédio realmente doía demais depois que chegou em casa.

— Meu Deus, Tikki. Estou definitivamente acabada. Nem lutando contra os akumas eu me machucava tanto.

— É, você e o Chat conseguem ser bem destrutivos.

— Nem me fale! - suspirou pesadamente.

— Marinette, o jantar fica pronto em vinte minutos. - Sabine gritou lá de baixo.

— Certo, daqui a pouco eu desço então. - gritou de volta. - Preciso tomar um banho e dar um jeito de esconder os machucados do meu rosto.

A azulada seguiu para o banheiro, tomando uma chuveirada rápida e depois que saiu dedicou o seu tempo a passar maquiagem no rosto para cobrir as feridas. Só lamentava que não pudesse fazer isso com seu coração.
*

— Nathalie, meu pai está em casa? - perguntou assim que entrou em casa e avistou a assistente.

— Sinto muito, ele saiu e pediu para que não fosse incomodado.

— Pra onde ele foi?

— Ele não disse. - o loiro bufou irritado.

— Certo, obrigado.

— O que aconteceu como seu rosto? - a mulher perguntou se aproximando. - Andou brigando com alguém?

— Nada é demais. Eu apenas caí um tombo feio. Por favor não diga ao meu pai. - ela assentiu e suspirou se retirando logo depois.

Adrien subiu as escadas nervoso e bateu a porta do quarto assim que entrou.

— Ei, calma o coração! - Plagg saiu de dentro da camisa dele.

— Desculpa. Eu só não estou conseguindo lidar com o excesso de informações que eu recebi hoje. - se jogou na cama. - O que eu devo fazer?

— Primeiro de tudo, deve tomar um banho. Você está fedendo a suor e decepção.

— Nossa, era tudo o que eu precisava ouvir. - falou irônico. Em seguida foi logo tomar um banho, e enquanto estava no chuveiro começou a pensar o quanto o dia tinha sido difícil. Mais uma briga, mais machucados espalhados pelo corpo e muitas informações. O garoto precisava lidar com aquilo e resolver tudo de um vez por todas. Logo ele teve uma ideia que colocaria em prática assim que terminasse o banho.

— Devo me preocupar com esse sorriso esquisito no seu rosto? - o kwami falou enquanto comia seu camembert.

— Tive uma ideia brilhante.

— E qual seria? - o encarou com uma expressão de dúvida.

— Você vai ver. Plagg, mostrar as garras!
*

— Ainda bem que minha mãe não percebeu nada. - Marinette falou fechando a porta do quarto e soltando o ar.

— Mas foi por pouco. Ela percebeu que você estava usando maquiagem.

— É, mas ela acreditou quando eu disse que era porque queria tirar umas fotos mais arrumada. - parou em frente a penteadeira procurando o removedor de maquiagem. - Sorte que eu consegui cobrir, não acha? - perguntou mas não obteve respostas. Marinette então se virou procurando por Tikki, porém quase caiu ao ver uma sombra escorada na pequena escada que havia ali no seu quarto.

— Falando sozinha, princesa?

— Chat Noir? - engoliu em seco enquanto ele se aproximava. A mestiça recuou até sentir que não podia mais ir para trás a não ser que pudesse atravessar paredes, todavia infelizmente não tinha esse dom.

— Não está com medo, está? - parou no meio do caminho e deu uma risada. Marinette dizia para si mentalmente para que ficasse calma.

— N-Não. Só estou surpresa. O que faz aqui? - tentou soar o mais natural dentro do possível.

— Vim te visitar. Não há nada demais nisso.

— Assim do nada? Quero dizer, eu sei que você me salvou do Evillustrator e do Gamer, mas nós nunca nos falamos mais vezes. Então por isso eu fiquei surpresa.

— Sim, é claro. Mas podemos conversar um pouco agora, o que acha?

— A-Ah, é que sabe... Eu e-estou com m-muito sono. - tentou ir até a cama, porém o loiro entrou na sua frente.

— Você parece nervosa.

— Impressão sua.

— Mantenha a calma, princesa. - abriu um sorriso de canto - Eu não quero te machucar.