Come A Little Closer escrita por nowicked, Beah


Capítulo 3
This world at times will blind you


Notas iniciais do capítulo

Primeiro cap que programo p ser postado (espero que dê certo!)!!! Perdoem quaisquer erros. A Pré-fic está acabando já, juro! Provavelmente teremos mais dois capítulos e um bônus, que vai falar sobre uma personagem bem especial!!! Sem mais spoilers, espero que gostem e deixem o comentário de vcs!



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2013

Uma de minhas principais preocupações naqueles meses que passei em Forks era sobre meu futuro. Como se fizesse tanto tempo desde que me encontrara sentada na mesa de jantar de Charlie, discutindo essa mesma preocupação; ás vezes nossa percepção de tempo pode ser estranha.

De qualquer maneira, desde pequena tive um interesse especial por História. Gostava de saber sobre guerras, marcos e sobre a desenvoltura da sociedade através dos anos; porém, quando confrontada com a percepção de um futuro incerto e, provavelmente, longe de minha zona de conforto, me sentia fraca e impotente, mesmo que tudo apontasse para um caminho sem grandes problemas.

De qualquer forma o universo não parecia levar em consideração minhas habilidades surpreendentes em decorar anos e nomes de pessoas mortas e ainda me fazia estudar cálculo. Os livros estavam abertos em minha frente e as páginas do caderno gastas nas bordas, onde eu agarrara em frustração; Klaus era bom nisso e poderia me ajudar, se ao mens eu soubesse onde ele estava.

Provavelmente atirando em pássaros inocentes com Charlie; nunca cheguei a descobrir o que exatamente eles faziam juntos sempre que saiam.

Meia hora passou como meio século, e foi o tempo que levou para os dois entrarem pela porta dos fundos com as botas encharcadas e os casacos úmidos. Fingi estar ocupada demais com meu caderno para nota-los enquanto penduravam as jaquetas escuras e conversavam sobre a famosa temporada de caça em Forks. Minha falsa concentração foi atrapalhada por Charlie que se aproximou de mim sorrindo e colocou a mão em minha cabeça, bagunçando as mechas castanhas de maneira esplêndida.

— Oi, Bells. – Klaus me cumprimentou sentando ao meu lado na mesa redonda.

Rolei os olhos, ele havia visto Jacob me chamando disso alguns dias atrás e passara a usar o apelido como uma forma de me irritar. Após dois dias eu me acostumara e ele, possivelmente, passara a gostar de me chamar assim.

— Ok, Nik, preciso da sua ajuda.

Ele arqueou uma sobrancelha loira, indicando que eu prosseguisse com meu pedido. Abri o melhor sorriso amarelo que podia e empurrei todo meu material em sua direção, ele riu balançou a cabeça. Charlie abriu a geladeira e retirou de lá uma garrafa de cerveja depois se apoiou na bancada da pia para observar nossa interação.

— Estou muito feliz em ver vocês, crianças, se darem bem, mas, Bella, já decidiu para qual faculdade quer ir?

O sorriso em meu rosto deslizou lentamente e o clima pareceu gelar, essa era a última coisa na qual precisava pensar naquele momento. Charlie tinha uma sobrancelha arqueada e bebia a cerveja enquanto eu bufava, pensando em uma resposta adequada. Sabia o quanto machucaria ele ver sua filha ir embora após dois meses morando com ele mas era meio inevitável que isso acontecesse, as faculdades mais próximas de Forks tinham péssimos cursos de História.

— Bem, eu sei o que quero fazer, pelo menos, mas não faço a mínima ideia de para onde ir.

Ele pareceu satisfeito o suficiente para deixar o assunto para lá e eu voltei meus olhos para o caderno que Klaus agora segurava, porém, o loiro aparentava uma curiosidade que eu nunca vira antes.

— O que você quer fazer?

— História, com certeza.

Ele percebera o quanto eu gostava da matéria pelo tempo que ficara em minha casa e assim que as palavras deixaram minha boca o sorriso dele cresceu mais ainda e ele concordou com a cabeça.

— Não sei como não imaginei isso antes.

Eu ri com ele um pouco e concordei:

— Realmente! E eu ainda achei que você era meu amigo de verdade!

Ele pareceu ser pego desprevenidamente pela minha piada mas deixou isso para lá e riu comigo. O lápis em sua mão batia rapidamente no caderno como se ele estivesse nervoso em relação a algo. Engraçado como os detalhes fazem total sentido quando analisamos as cenas depois de algum tempo e passamos a saber da verdadeira intenção das pessoas.

— Se serve de alguma ajuda eu conheço uma ótima faculdade; na verdade ela é na cidade em que moro, Mystic Falls.

Meus olhos aumentaram pelo que ele parecia estar querendo dizer, esqueci por um momento que Charlie estava no mesmo cômodo e observava tudo atentamente.

— Você não pre... – ele me cortou rapidamente.

— Você poderia ficar comigo por um tempo, até se ajustar a cidade e resolver toda a burocracia de morar sozinha.

Sorri pela gentileza e consideração que ele aparentemente tinha por mim. Klaus não parecia o tipo de homem que convidaria qualquer um para morar em sua casa, principalmente uma garota que ele conhecia a menos de um mês, independentemente de sua ligação com os pais. Olhei para Charlie, que parecia considerar a opção e esperei que ele falasse algo, sentindo os olhos azuis do outro em mim.

— Parece uma boa opção.

Eu sabia o que ele queria dizer com isso mas precisava considerar outras coisas antes de me jogar em uma ideia baseada em gentileza.

— É muito boa, realmente, Klaus. Muito obrigada, mas eu preciso considerar outras coisas também.

— Então considere, porém, não me agradeça. É o mínimo que posso fazer após usar a casa de vocês por um mês.

A sensação que me lembro de ter tomado meu corpo por completo era de pura animação e medo, só de pensar em como seria me mudar para tão longe.

Agarrei todo meu material rapidamente.

— Você pode ter arranjado uma desculpa para não me ensinar cálculo agora, porém, amanhã, depois que eu achar tudo que puder sobre essa faculdade, você não vai escapar!

Charlie e Klaus riram de minha reação e eu subi as escadas correndo.

Naquela mesma noite, após eu ter pesquisado e absorvido tudo que podia sobre a faculdade mencionada, me preparei para dormir por pelo menos 10 horas até a aula na manhã seguinte quando Charlie bateu na porta de meu quarto.

Ele usava a mesma roupa de mais cedo, confirmando minha teoria de que os dois teriam ficado lá embaixo a noite inteira.

— Bella. – me chamou antes de entrar.

Eu estava sentada na ponta da cama, com as cobertas levantadas e pronta para deitar.

— Sim?

E foi nesse mesmo dia que Charlie me convenceu de como seria bom Mystic Falls e eu termos um encontro de três anos.

(...)

Klaus teve de prolongar sua estadia na cidade mais chuvosa e fria que ele provavelmente já vira (pelo menos era o que eu pensava) para dois meses. Foi o tempo que me levou para fazer todos meus exames finais, para arrumar minhas malas, ligar para minha mãe e contar o que havia ocorrido e entrar em contato com a Universidade de Mystic Falls.

Minhas notas e meu histórico eu teria de levar pessoalmente quando chegasse a cidade, quando também passaria por uma espécie de entrevista.

Ruby e eu nos falávamos regularmente durante esses dois meses por mensagens de texto, ligações e, principalmente, e-mails. Ela nunca fora tão aberta a respeito de seus sentimentos e relações com o pai, com quem morava, mas pelo que eu conseguia tirar dela as coisas não iam muito bem.

Por mais que me doesse acreditar nisso, a última coisa em que pensava era nela.

Klaus passara a ser mais simpático que nunca, me fazendo desconfiar certas vezes de suas intenções em relação a mim, mas a ideia foi descartada rapidamente já que em uma das semanas de sua estadia conosco eu vira ele dando em cima de uma mulher loira em uma lanchonete.

Não que me incomodasse. De jeito maneira.

De qualquer forma, me despedir de Charlie fora mais difícil que imaginara, mas eu conseguira fazer antes de entrar no carro de Klaus e me dirigir com o loiro ao aeroporto.

E da primeira vez que vi Mystic Falls, a única coisa que parecia passar pela minha mente era o quão diferente tudo parecia ser de Forks, desde o clima ensolarado até as pessoas sorridentes por todo lado.


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